2º Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Resumo



Documentos relacionados
UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA PARA DELIMITAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO MUNICÌPIO DE BRASÓPOLIS MG.

Município de Colíder MT

VII Reunião de Atualização em Eucalitptocultura

Glossário das Camadas do SISTEMA CADEF

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 368, DE 2012

Diagnóstico Ambiental do Município de Alta Floresta - MT

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. II Seminário Estadual de Saneamento Ambiental

Definiu-se como área de estudo a sub-bacia do Ribeirão Fortaleza na área urbana de Blumenau e um trecho urbano do rio Itajaí-açú (Figura 01).

Modelagem Digital do Terreno

EPB0733 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NAS ÁREAS DE APP DA SUB- BACIA DO RIBEIRÃO DA PEDRA NEGRA, TAUBATÉ/SP, POR MEIO DE GEOTECNOLOGIAS

Metodologia para Elaboração dos PIPs. Bruno Magalhães Roncisvale Eng. Agrônomo EMATER-DF

MATERIAL DE APOIO PROFESSOR

Avaliação da ocupação e uso do solo na Região Metropolitana de Goiânia GO.

MODELAGEM DA PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS USANDO CENÁRIO AMBIENTAL ALTERNATIVO NA REGIÃO NO NOROESTE DO RIO DE JANEIRO - BRAZIL

Novo Código Florestal, Adequação Ambiental e CAR

Engenharia de Avaliações Aplicada às Áreas de Preservação Permanente (APP)

ANÁLISE DO USO DA TERRA NAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA BARRAGEM PIRAQUARA II E SEUS AFLUENTES. PIRAQUARA PARANÁ

USO DE GEOPROCESSAMENTO NA DELIMITAÇÃO DE CONFLITOS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO VERÊ, MUNICÍPIO DE VERÊ PR.

Enquadramento dos Corpos de Água em Classes segundo os Usos Preponderantes. Correlação com Plano de Bacia, Sistema de Informação e Monitoramento

Prefeitura INEPAC IPHAN Resumo. 0,5-0,5 0,5 3 pavim. Altura máxima de 13m. 8,5m 15% % Das Disposições Gerais (IPHAN)

TERMO DE REFERÊNCIA PLANO DE TRABALHO 123: GEOPROCESSAMENTO E CADASTRAMENTO DE PROPRIEDADES DO OESTE BAIANO

DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO JI-PARANÁ

Grupo: Irmandade Bruna Hinojosa de Sousa Marina Schiave Rodrigues Raquel Bressanini Thaís Foffano Rocha

DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS DE CONFLITO DO USO DO SOLO NA MICROBACIA DO RIBEIRÃO ÁGUA-FRIA, BOFETE (SP), ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO

Técnicas de Cartografia Digital

NOVO CÓDIGO FLORESTAL: IMPLICAÇÕES E MUDANÇAS PARA A REALIDADE DO PRODUTOR DE LEITE BRASILEIRO

DISTRIBUIÇÃO DO USO E COBERTURA DA TERRA POR DOMÍNIOS GEOMORFOLÓGICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO JOÃO - RIO DE JANEIRO

Aula 3 - Registro de Imagem

I Encontro Brasileiro de usuários QGIS

Módulo fiscal em Hectares

Sensoriamento remoto e SIG

Apps de Topo de Morro. Ministério Público de São Paulo CAO Cível e de Tutela Coletiva

Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - GEONORDESTE 2014 Aracaju, Brasil, novembro 2014

Excel Planilhas Eletrônicas

Sumário. 1 Características da propriedade Cobertura vegetal Hidrografia Topografia Área de reserva florestal legal 3

Utilização de SIG aliado ao sistema de gestão ambiental em cursos d água urbanos.

Lei /2012. Prof. Dr. Rafaelo Balbinot Departamento. de Eng. Florestal UFSM Frederico Westphalen

Lição VII ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO IBICUÍ

Perguntas Frequentes sobre o ICMS Ecológico

Caracterização das Unidades de Manejo Florestal Lote-1 da Floresta Estadual do Amapá

GERAÇÃO DE MAPAS DIGITAIS E MODELOS TRIDIMENSIONAIS DE SUPERFÍCIES. Manoel Silva Neto Engenheiro Cartógrafo

Licenciamento Ambiental no Estado de São Paulo

SIG - Sistemas de Informação Geográfica

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Prof. Charles Alessandro Mendes de Castro

MODELAGEM DIGITAL DE SUPERFÍCIES

Inventário Florestal Nacional IFN-BR

8º. Curso de Atualização em Eucaliptocultura. Adequação Legal da Propriedade Rural

1.2) PROJETO DE VIRTUALIZAÇÃO DE COMPUTADORES DE MESA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL

Ação 14- Indicação de Áreas Protegidas para Criação de Unidades de Conservação (incluindo nascentes e trechos de cursos de água com Classe Especial)

CONFLITO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO EM APPs DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO ESTRELA DO NORTE- ES

Instruções Técnicas Licenciamento Prévio para Destinação Final de RESIDUOS DE FOSSA SÉPTICA

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS LIVRES DA WEB, PARA O MONITORAMENTO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE O RIO MEIA PONTE, GO: UM ESTUDO DE CASO.

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

Saiba mais sobre o Novo Código Florestal Brasileiro e o CAR COLADO NA CAPA

Uso da terra na Área de Preservação Permanente do rio Paraíba do Sul no trecho entre Pinheiral e Barra do Piraí, RJ

APLICACAÇÃO DE METRICAS E INDICADORES NO MODELO DE REFERENCIA CMMI-Dev NIVEL 2

CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO

MAPEAMENTO FLORESTAL

Comparação entre lei 4771 e PL relatado pelo Dep.Aldo Rebelo preparado por Zeze Zakia Versão preliminar ( APP)

Aula 3 - Registro de Imagem

Ações Integradas em Microbacias Hidrográficas

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

Mestre não é quem ensina, mas quem, de repente, aprende.

[a11 a12 a1n 4. SISTEMAS LINEARES 4.1. CONCEITO. Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações do tipo

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO SESMARIAS - FASE l PRODUTO 06 MAPAS TEMÁTICOS CRESCENTE. F É R T l L MEIO AMBIENTE CULTURA COMUNICAÇÃO

DISPOSIÇÕES PERMANENTES

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA - HIDROLOGIA APLICADA EXERCÍCIO DE REVISÃO

GEOPROCESSAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE NOS IMPACTOS AMBIENTAIS: MINERADORA CAMPO GRANDE TERENOS/MS.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO IA Departamento de Solos CPGA-CIÊNCIA DO SOLO IA AGRICULTURA DE PRECISÃO

SPRING Apresentação

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto

2. METODOLOGIA DE TRABALHO

4 Segmentação Algoritmo proposto

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas CFH Departamento de Geociências Curso de Graduação de Geografia

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

Especialização em Direito Ambiental. 3. As principais funções das matas ciliares são:

Figura 1 Classificação Supervisionada. Fonte: o próprio autor

Para realizar a avaliação do impacto da aplicação da legislação ambiental nos municípios foram realizadas as seguintes atividades:

O Código Florestal, Mudanças Climáticas e Desastres Naturais em Ambientes Urbanos

6 - Áreas de Influência Delimitação das Áreas de Influência Área de Influência Direta (AID)... 2

MAPEAMENTO DE FRAGILIDADE DE DIFERENTES CLASSES DE SOLOS DA BACIA DO RIBEIRÃO DA PICADA EM JATAÍ, GO

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE USO DA TERRA EM ÁREAS PROTEGIDAS (APPs, RLs E APAs) E MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS

Cadastro Ambiental Rural CAR

A HIDROSFERA. Colégio Senhora de Fátima. Disciplina: Geografia 6 ano Profª Jenifer Tortato

ecoturismo ou turismo. As faixas de APP que o proprietário será obrigado a recompor serão definidas de acordo com o tamanho da propriedade.

APLICAÇÕES DA DERIVADA

FACULDADE DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO. PROJETO FINAL I e II PLANO DE TRABALHO <NOME DO TRABALHO> <Nome do Aluno> <Nome do Orientador>

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA MICROBACIA SANGA ITÁ, MUNICÍPIO DE QUATRO PONTES, PARANÁ

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Introdução a listas - Windows SharePoint Services - Microsoft Office Online

AULA 6 - Operações Espaciais

GEONFORMAÇÃO PARA NÃO ESPECIALISTAS

Histórico. Decreto 7.029/2009 (Decreto Mais Ambiente) Lei Federal /2012 Decreto 7.830/2012

GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIBEIRÃO DAS ALAGOAS, CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS - MG

Transcrição:

Fundamentação lógica para processamento digital de imagens para análise de uso e conflito em app s: aplicação com software excel Damáris Gonçalves Padilha 1, Mario Luiz Trevisan 2 1 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, UFSM (damarispadilha@gmail.com) 2 Departamento de Expressão Gráfica, UFSM (eletroduto@gmail.com) Resumo Ferramentas digitais e seus geoprodutos facilitam os estudos de monitoramento, análise e avaliação das áreas de interesse ambiental como, por exemplo, as áreas de preservação permanente (APP s). Entretanto, nem sempre essas operações estão claras aos iniciantes em geoprocessamento. Assim, o objetivo deste trabalho é demonstrar de forma simples, usando o software Excel, a fundamentação teórica na qual se baseia o processamento de imagens raster (matriciais), aplicando uma análise de uso e conflito das áreas de preservação permanente. A partir do um modelo hipotético de uma bacia hidrográfica, foram representados e processados os vários cruzamentos matriciais dos valores da análise. Partindo-se de um MNT onde cada célula representa uma altitude no terreno, foram geradas e classificadas as declividades acima de 45. Essas classes, juntamente com a matriz das APP s dos cursos d agua, resultou no modelo matricial das APP s da bacia. Esse modelo foi cruzado com a matriz hipotética de uso e ocupação do solo, resultando no modelo matricial das áreas de conflito das APP s da bacia. Desta forma, o estudo de matrizes e o conhecimento das operações lógicas entre elas são fundamentais para a compreensão do uso de imagens rasterizadas para geoprocessamento, proporcionando melhor compreensão da lógica dessa técnica. Palavras-chave: Geoprocessamento digital, Matrizes numéricas, Uso e conflito. Área temática: Impactos ambientais Abstract Digital tools and their "geoproducts" facilitate the monitoring studies, analysis and evaluation of environmental interest areas as, e.g., the Permanent Preservation Areas (PPA). However, these operations are not always clear to GIS beginners. The objective of this study is to demonstrate in a simple way, using Excel software, the theoretical foundation on which is based the raster image processing (matrix), applying a usage and conflict analysis of the permanent preservation areas. From the hypothetical model of a watershed, were represented and processed the various matrix crossings of the analysis values. Starting from a digital elevation model where each cell represents an elevation in the field, were generated and classified the slope higher than 45 (degrees). These classes, together with the PPA matrix of the water courses, resulted in the PPA matrix model of the watershed. This model was crossed with the hypothetical matrix of land use and occupation, resulting in the conflict areas matrix model of the watershed s PPA. Thus, the study of matrix and the knowledge of logical operations between them are fundamental for understanding the use of raster images for GIS, providing a better comprehension of this technique s logic. Keywords: Digital geoprocessing; Numerical matrixes; Use and conflict. Theme area: Environmental Impacts

1. Considerações Iniciais No momento em que cresce o uso de geotecnologias para o aprimoramento de estudos geográficos, crescem também as possíveis áreas de sua aplicação, fazendo com que os usuários (profissionais, pesquisadores ou acadêmicos) que desejam fazer uso dessa técnica estejam familiarizados com as informações e estruturas dos dados resultantes dessas ferramentas. A área voltada aos estudos ambientais vem usufruindo destas ferramentas e dos seus geoprodutos de maneira positiva, uma vez que os mesmos facilitam os estudos de monitoramento, análise e avaliação das áreas de interesse ambiental como, por exemplo, as áreas de preservação permanente (APP s), ao mesmo tempo em que são capazes de associar economia e praticidade na obtenção dos resultados. Para Nascimento et al. (2005), o monitoramento das áreas de preservação permanente tem sido um grande desafio sob o aspecto técnico e econômico, pois os critérios de delimitação com base na topografia exigem o envolvimento de pessoas especializadas e de informações detalhadas da unidade espacial em análise. Estudos e monitoramentos das áreas de vegetação ripária são muito comuns na engenharia florestal, principalmente em nível de bacia hidrográfica pois, segundo Jacob (2001), as bacias hidrográficas apresentam-se como unidades fundamentais para o gerenciamento dos recursos hídricos e para o planejamento ambiental, mostrando-se extremamente vulneráveis às atividades antrópicas. As áreas de vegetação ripária, segundo Hinkel (2001), têm várias funções de proteção à bacia hidrográfica, entre elas, de reter os sedimentos e os nutrientes na floresta, o que contribui para a qualidade da água, que tem significante associação às características químicas, físicas e biológicas, sendo esta qualidade, um reflexo do uso e manejo do solo da bacia hidrográfica. Apesar dessa importância, e de serem preservadas por lei, Vestena (2006) destaca que esse tipo de vegetação vem sendo alvo de pressões antrópicas, diante dos interesses conflitantes de uso e ocupação da terra. Diversos trabalhos utilizando geotecnologias têm sido desenvolvidos com a finalidade de delimitar as áreas de preservação permanente e identificar a ocorrência de conflito de uso da terra (NASCIMENTO et al, 2005). No entanto para o ensino do geoprocessamento, independentemente da área de aplicação é importante que o usuário, neste caso o acadêmico, tenha uma visão clara e objetiva dos princípios em que se fundamenta a análise espacial e as possíveis estruturas dos dados resultantes desses processos. Considerando-se uma primeira divisão de estruturas para mapeamento digital em i) vetoriais e ii) raster, essas últimas constituem-se de valores temáticos distribuídos em linhas e colunas. Isto é, para cada valor de intensidade do tema (valor do atributo temático) num intervalo digital, por exemplo, 0 a 255, têm-se dois outros valores referentes à sua posição no plano matricial. Quanto às estruturas vetoriais, elas não serão abordadas neste trabalho. Para a compreensão de estruturas raster (ou matriz numérica), não é necessário que o usuário obtenha um software específico de geoprocessamento, sendo bastante para isso que a metodologia esteja fundamentada nos princípios em que as estruturas se referem. As operações entre matrizes de igual tamanho resultam em outras matrizes numericamente diferentes, as quais são fonte de novos dados cientificamente analisáveis, constituindo-se em valioso objeto de interpretação por parte do cientista. Assim, o objetivo deste trabalho é demonstrar de forma simples, principalmente para iniciantes em geoprocessamento, usando o software Excel para Windows, da Microsoft (1985-2003), a fundamentação teórica na qual se baseia o processamento de imagens raster (matriciais), demonstrando de maneira prática uma análise de uso e conflito das áreas de preservação permanente. Inicialmente construiu-se um modelo matricial representante da área de uma bacia hidrográfica. Em seguida construiu-se um modelo hipotético de altitudes para se

obter as declividades e as classes de declividade. Finalmente foi feito o cruzamento com modelos também hipotéticos de uso e ocupação da terra, e de áreas de preservação permanente, calculando-se então os valores entre as células de cada modelo, resultando em uma matriz de uso e conflito das APP s. 2. Desenvolvimento 2.1. Modelo hipotético de representação de uma bacia hidrográfica Para este trabalho foi utilizado um modelo hipotético para representação de uma bacia hidrográfica, onde serão representados e processados os vários cruzamentos matriciais dos valores da análise. Considerou-se que cada célula seja a representação de um quadrado de 30 m de lado no terreno. A figura 1 representa a área da bacia hipotética em modelo matricial booleano, onde foi atribuído o valor de zero aos pixels (célula) externos à área da bacia e o valor 1 (um) para os pixels que representam a área interna. Multiplicando-se essa matriz inicial por outra matriz de mesmo tamanho, as operações resultantes somente serão processadas em células com valor 1, anulando-se qualquer outra célula que não seja de interesse por estar fora dos limites da bacia. Em outras palavras, esse é o princípio da obtenção das máscaras matriciais. Figura 1 Modelo matricial booleano da bacia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.2. Modelo numérico do terreno A figura 2 representa parte do levantamento topográfico hipotético que resultou na matriz do modelo de altitudes da bacia (ou modelo numérico do terreno MNT), necessária para a construção do modelo de declividades. Assim, cada célula possui o valor métrico médio do atributo de altitude. Figura 2 Matriz de altitudes do modelo numérico do terreno 80,2 85,3 100,0 109,0 81,7 87,2 103,2 111,1 82,5 86,6 92,1 106,4 83,8 83,1 89,1 93,7

2.3 Matriz de declividades A partir do MNT obtém-se a matriz de declividades. A matriz de declividades é calculada por triangulação tridimensional entre células (pixels), direcionadas nas linhas, colunas e diagonais conforme descreve Trevisan et al. (2010) na Equação 01. D h h sendo: D declividade (%) h i altitude da célula i (m) h iviz altitude da célula vizinha à célula i (m) d i-iviz distância entre células vizinhas (m) i iviz = (Equação 01) di iviz Neste trabalho os dados de declividades em graus para as soluções da Equação 1 foram convertidos para declividades em porcentagem, sendo que as variáveis foram calculadas pelas distâncias de centro a centro entre células adjacentes. O exemplo da Figura 4 mostra as matrizes de declividades com valores em percentual (a) e em graus (b). Figura 4 a) Matriz de declividades (%); b) Matriz de declividades (graus) 17 49 30 30 18 53 39 42 14 22 48 48 7 21 41 42 (a) 7,65 22,05 13,50 13,50 8,10 23,85 17,55 18,90 6,30 9,90 21,60 21,60 3,15 9,45 18,45 18,90 (b) 2.4. Matriz de classes de declividades Com a matriz de declividades obtém-se a matriz de classes de declividade (Figura 5). Esta é uma codificação para intervalos de declividades. Dado o enfoque didático (simplificador) deste modelo hipotético, as classes de declividade foram ajustadas em quatro intervalos, procurando manter a discriminância entre elas, tendo sido adotado o intervalo de abrangência entre 0 e 45, com divisão interna de 15, como mostra a Tabela 1. Tabela 1 Codificação das classes de declividade CLASSE DE DECLIVIDADE ( Graus ) CÓDIGO < 15 1 15-30 2 30-45 3 > 45 4 A partição da matriz de declividades em classes de declividade é obtida pela Equação 02 formulada com os recursos de função lógica SE do Excel.

fx =SE(ij=0;0;(SE(ij<=15;1;(SE(ij<=30;2;(SE(ij<=45;3;4))))))) (Equação 02) sendo: ij valor da declividade em graus da célula cuja linha é i e a coluna é j Esta equação faz a substituição do valor em graus da declividade lida na célula daquela matriz pelos códigos tabelados, obtendo-se a matriz de classes de declividade codificada (Figura 5). Figura 5 a) Matriz de classes de declividade codificada, b) Modelo matricial das classes de 0 0 2 2 0 1 2 3 1 2 3 3 2 2 4 4 2 2 3 3 (a) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1 1 1 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 3 2 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 2 2 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 3 3 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 2 0 0 1 2 3 3 3 3 4 4 3 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 2 1 1 1 2 3 3 3 4 4 4 4 4 4 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 4 3 3 3 3 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 1 2 1 1 1 2 2 2 1 1 2 1 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 1 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 3 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 3 3 3 4 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 0 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 3 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 1 1 2 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 4 4 0 0 0 0 0 1 1 2 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 4 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 4 4 4 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 4 4 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 4 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 2 2 1 2 3 3 4 4 4 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 < 15 15-30 30-45 >45 (b) Fenômenos superficiais ocorridos por gravidade são responsáveis por muitas alterações no solo. Combinações de solos descobertos ou de fácil desagregação com declividades acentuadas são responsáveis por transporte de elevados volumes de solo conforme a intensidade das chuvas. Desta forma, é necessário ter-se um mapa matricial de uso e ocupação da terra, codificado com o mesmo número e posicionamento de células para se efetuar um cruzamento entre as matrizes. 2.5 Matriz de uso e ocupação da terra (hipotético) A matriz de uso e ocupação da terra caracteriza as tipologias de cobertura (proteção) do solo presentes na bacia. De forma hipotética, determinou-se a bacia como sendo de uso exclusivamente rural, classificando-a em 5 tipologias distintas: agricultura, floresta nativa, floresta comercial (silvicultura com pinus e eucalipto), campo ou pastagem e água. Figura 6 a) Matriz do uso da terra, b) Modelo matricial das classes de uso da terra 4 4 5 5 2 4 5 5 2 2 2 2 1 1 1 1 5 5 5 2 (a) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 3 4 4 4 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 0 0 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 1 1 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 1 1 2 1 4 4 2 2 4 4 5 5 5 5 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 3 3 3 3 3 2 2 2 1 1 1 2 4 4 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 3 1 1 2 1 2 2 2 2 4 4 4 4 1 1 4 4 5 5 5 5 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 2 2 1 1 2 1 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 2 2 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 5 2 1 4 4 1 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 2 2 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 5 1 2 4 4 4 2 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 5 1 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 5 1 4 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 1 4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 4 4 4 4 2 2 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 5 5 5 5 5 1 4 4 4 4 4 4 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 5 5 5 1 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 5 1 1 4 4 4 4 4 4 1 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 2 2 2 1 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 5 5 5 2 2 1 4 4 4 4 4 4 1 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 5 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 5 5 5 2 2 1 1 4 4 4 4 2 1 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 5 5 5 5 1 1 1 2 1 4 4 2 2 1 2 2 3 3 5 5 5 5 0 0 0 5 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 5 5 5 5 1 5 5 2 2 2 1 4 2 2 1 2 3 3 3 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 5 1 1 5 5 5 2 2 1 1 1 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 1 1 5 5 5 5 5 2 2 2 2 2 2 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 5 5 5 0 0 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 5 0 0 0 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Água 2 Floresta nativa 3 Floresta comercial 4 Campo ou pastagem 5 Agricultura (b)

2.6 Matriz de áreas de preservação permanente Contempladas no Código Florestal Federal e Estadual, as matas ribeirinhas, também conhecidas como mata ciliar, ripária ou de galeria, funcionam como controladoras dos recursos hídricos, regulando os fluxos de água superficiais e subterrâneas, a umidade do solo e a existência de nutrientes. (FAGUNDES; JUNIOR, 2010). As Resoluções do CONAMA 302/02 e 303/02 também especificam os parâmetros sobre a proteção destas áreas, as quais relacionam a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada com a largura do curso d'água. Além disso, a vegetação que normalmente ocupa estas áreas apresenta uma alta variação em termos estrutural, de composição e de distribuição geoespacial. De acordo com a legislação citada, a largura mínima da faixa de vegetação ribeirinha em relação à largura dos cursos d'água, pode ser compreendida pela descrição constante na Tabela 1. Tabela 1 - Dimensões das faixas de vegetação em relação à largura dos cursos e nascentes fluviais, segundo a legislação ambiental. Fonte: Vestena, L. R.; Thomaz, E. L. (2006) apud Brazil (2002). A Resolução nº 303 do CONAMA determina, conforme o item VIII do artigo 3º, que áreas de encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento (ou quarenta e cinco graus) na linha de maior declive, fazem parte dessa categoria de preservação. A Figura 7 (a) representa um detalhe da classificação da área da bacia em 3 subdivisões (1 - cursos d água, 2 - APP e 3 - demais usos). A Figura 7 (b) representa o modelo matricial das APP s da rede de drenagem da bacia, como sendo de 30m de largura a partir de cada margem do curso d'água, adicionadas as classes de declividades acima de 45 (graus), apresentadas na Figura 5 (b), gerando a matriz das áreas de preservação permanente do modelo hipotético. Cabe destacar que as áreas de preservação a serem consideradas para um estudo de análise ambiental, levando em consideração a legislação vigente, abrangem outras situações como, por exemplo: dunas, mangues, topo de morro, restingas, linha de cumeada, escarpa, dentre outros (ver Resoluções CONAMA 302/02 e 303/02). No entanto, para o efeito didático dos fundamentos dos modelos matriciais utilizados em geoprocessamento neste trabalho, considerou-se apenas as APP s da rede de drenagem e das declividade existentes na bacia.

Figura 7 a) Matriz das APP s; b) Modelo matricial das APP s 3 2 1 1 3 2 2 1 3 3 2 2 3 3 3 2 (a) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 0 0 3 3 3 3 3 3 2 2 3 3 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 2 2 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 1 1 2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 2 1 1 2 1 2 2 2 2 3 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 2 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 2 2 1 1 2 1 2 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 2 2 1 2 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 2 2 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 2 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 0 0 0 0 0 3 3 3 3 2 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 0 0 0 0 0 3 3 3 3 2 1 2 2 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 2 0 0 0 0 0 0 3 3 3 2 2 1 2 3 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 2 1 1 2 3 3 3 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 3 3 3 2 2 1 2 2 3 3 2 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 3 3 2 2 2 1 1 2 2 3 3 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 0 0 0 0 0 3 3 2 2 1 1 1 2 1 2 2 3 2 1 2 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 3 3 3 2 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 1 2 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 2 1 1 2 3 3 2 2 1 1 1 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 2 1 1 2 3 3 3 3 2 2 2 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 3 3 0 0 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 3 0 0 0 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Drenagem <= 10m APP Restante da bacia (b) 2.7. Matriz de uso e conflito das áreas de preservação permanente APP s Os conflitos neste trabalho foram considerados do ponto de vista do uso da terra. De maneira geral, as classes de uso da terra mapeadas estão parcialmente situadas nas áreas legalmente protegidas (Nascimento et. al., 2005), principalmente aquelas resultantes de ações antrópicas. Contudo, o autor destaca que, apenas as classes pertencentes ao sistema antrópico caracterizam o conflito de uso, pois são resultantes da intervenção humana. Com base no mapa de uso e ocupação da terra (Figura 6) e no modelo das APP s da bacia (Figura 7) foi gerado o modelo matricial dos conflitos de uso da terra das APP s (Figura 8), conforme a Equação 03, em que se condicionou o cruzamento identificador das células demonstrativas dos conflitos: f x =SE(E(APPIJ=1;USOIJ=1);1;(SE(E(APPIJ=2;USOIJ>=3);3; (SE(E(APPIJ=3;USOIJ=2);2; (SE(E(APPIJ=3;USOIJ>=3);2; (SE(E(APPIJ=2;USOIJ=2);2; (SE(E(APPIJ=0;USOIJ=0);0))))))))))) (Equação 03) Figura 9 Modelo matricial dos conflitos de uso da terra das APP s 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 0 0 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 3 3 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 3 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 3 3 2 2 3 3 3 3 3 3 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 2 1 1 1 2 3 3 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 3 1 1 2 1 2 2 2 2 2 3 3 3 1 1 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 3 2 1 3 3 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 3 3 1 2 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 3 3 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 2 2 2 2 3 3 1 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 2 2 2 2 3 1 3 3 2 2 2 2 3 3 2 2 3 3 3 3 2 2 2 2 3 3 3 2 2 3 3 3 0 0 0 0 0 0 2 2 2 3 3 1 3 2 2 2 2 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 3 3 3 1 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 3 1 1 3 2 2 2 3 3 1 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 1 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 1 3 3 2 2 3 3 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 2 2 3 2 2 1 1 3 3 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 2 2 3 3 1 1 1 2 1 3 3 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 2 2 2 3 1 3 3 2 2 2 1 3 2 2 1 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 3 1 1 3 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 1 1 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 3 2 2 0 0 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 0 0 0 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Água Área sem conflito Área com conflito Foram consideradas sob uso inadequado (conflitante) todas as áreas com campo ou pastagem, áreas com agricultura, e floresta comercial que estavam em área de preservação, resultando 146 células (código 3). Já as áreas ocupadas com floresta nativa onde existe

vegetação intermediária e/ou fragmentação florestal, foram consideradas como de uso adequado do solo. Essas áreas, somadas ás áreas com demais usos e sem conflito, resultaram em 472 células não conflitantes (código 2). A área com código 1, representa os cursos d água, compreendendo 78 células. Como a bacia compreende 62,64ha, em termos superficiais, o exemplo prático da obtenção dos resultados (na Figura 9), correspondeu a uma área de 13,14ha ou, aproximadamente 21% da área da bacia com conflito. 3. Considerações Finais O estudo de matrizes e o conhecimento das operações lógicas entre elas são fundamentais para a compreensão do uso de imagens rasterizadas para geoprocessamento. O cruzamento matemático entre matrizes é uma ferramenta para auxiliar análises dos fenômenos e os aspectos da superfície da terra, acompanhamento, diagnóstico, previsão e apoio para a conservação e melhoria ambiental. A compreensão dos fundamentos do geoprocessamento digital é o primeiro passo para que melhores resultados sejam atingidos, de modo que, ao se apresentar esses fundamentos de forma simples e didática procurou-se proporcionar, principalmente aos iniciantes em SIG, um entendimento mais pratico da lógica dessa técnica. Desta forma, ampliando-se o horizonte de aplicação, conclui-se que qualquer variável temática mapeável pode ser testada em trabalhos similares a este. 4. Referências BRASIL. Resolução do CONAMA 302; CONAMA 302 de 20 de março de 2002. Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente [...]; e de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Brasília, DF: Congresso Nacional, 2002. HINKEL R., Vegetação ripária: funções e ecologia. In: I SEMINÁRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL: ZONAS RIPÁRIAS, 2003, Alfredo Wagner, SC. Anais. FAGUNDES, N. A; JÚNIOR, C. V.S. G. Diagnostico ambiental e delimitação de Áreas de Preservação, Permanente em um assentamento rural. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/actascibiolsci/article/ viewarticle/1440. Acesso em maio 2010. JACOB A. D., Zonas ripárias: relações com a fauna silvestre. In: I SEMINÁRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL: ZONAS RIPÁRIAS, 2003, Alfredo Wagner, SC. Anais. MICROSOFT Office Excel 2003 - Copyright 1985-2003 Microsoft Corporation. NASCIMENTO, M. C. et al., Uso do geoprocessamento na identificação de conflito de uso da terra em áreas de preservação permanente na bacia hidrográfica do Rio Alegre, Espírito Santo: Em Ciência Florestal, Vol. 15, No. 2, 2005, pp. 207-220. TREVISAN, M. L. et al, Fundamentos de geoprocessamento digital a partir de imagens raster como parte integrante de sistemas de informações geográficas (SIG). In: VII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE QUALIDADE AMBIENTAL, 2010, Porto Alegre RS. Anais. VESTANA, L. R.; THOMAZ, E. L. Avaliação de conflitos entre áreas de preservação permanente associadas aos cursos fluviais e uso da terra na bacia do rio das pedras, Guarapuava-PR. Ambiência - Revista do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais V. 2 N 1 Jan/Jun. 2006.