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RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

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Transcrição:

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES EMENTA ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA. ARROLAMENTO DE BENS E DIREITOS. ARTIGO 64 DA LEI N. 9.532/1997. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL ARROLADO. ANULAÇÃO DOS EFEITOS DO ATO DE ARROLAMENTO. 1. Recurso especial no qual se discute a permanência da averbação do ato de arrolamento de bem imóvel no registro de imóveis após a alienação pelo devedor 2. O bem imóvel regularmente adquirido do devedor tributário não mais pode constar de arrolamento administrativo, razão pela qual devem ser anulados seus efeitos, pois não mais poderá servir de garantia à satisfação do crédito 3. Recurso especial não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sérgio Kukina (Presidente), Regina Helena Costa, Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região) e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 27 de outubro de 2015(Data do Julgamento) MINISTRO BENEDITO GONÇALVES Relator Documento: 1457564 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 10/11/2015 Página 1 de 5

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO BENEDITO GONÇALVES (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pela FAZENDA NACIONAL contra acórdão do TRF da 4ª Região, cuaj ementa é a seguinte: TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ARROLAMENTO ADMINISTRATIVO DE BENS. LEI N. 9.532/97. ALIENAÇÃO DE BEM GRAVADO. MANUTENÇÃO DO ARROLAMENTO MESMO APÓS TRANSFERÊNCIA. INVIABILIDADE. 1. O arrolamento administrativo de bens tem como único escopo possibilitar ao Fisco o acompanhamento da evolução patrimonial do contribuinte, bem assim o monitoramento das alterações desse patrimônio, a fim de averiguar se ele está se desfazendo de seus bens como forma de elidir o pagamento da dívida, hipótese em que deverão ser adotadas medidas cabíveis. 2. Em momento algum, é imposto gravame sobre os bens arrolados que deva acompanhá-los em sucessivas transferências de domínio. Não há qualquer restrição á sua utilização, oneração ou alienação, podendo o proprietário deles dispor livremente, desde que dê ciência ao Fisco da respectiva movimentação. O descumprimento da formalidade de comunicação prevista no 3º do art. 64, da Lei n. 9.532/97, autoriza o Fisco a requerer medida cautelar fiscal, a teor do seu 4º, e há possibilidade de indicação dos bens arrolados como garantia em eventual execução fiscal. 3. A pretensão de manutenção da anotação restritiva, mesmo após a transferência do bem, a fim de resguardar os interesses do Fisco e de terceiros, não encontra respaldo legal. A Lei prevê expressamente que o arrolamento não implica restrição ao direito de propriedade, inexistindo impedimento legal à venda, de forma que não há como subsistir o registro da restrição, em prejuízo ao terceiro adquirente. A recorrente alega violação do art. 535 do CPC e do art. 64 da Lei n. 9.532/1997, por entender que a averbação do ato de arrolamento no registro de imóveis deve permanecer mesmo quando o imóvel for alienado pelo devedor. Contrarrazões às fls. 325 e seguintes. É o relatório. Documento: 1457564 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 10/11/2015 Página 2 de 5

EMENTA ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA. ARROLAMENTO DE BENS E DIREITOS. ARTIGO 64 DA LEI N. 9.532/1997. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL ARROLADO. ANULAÇÃO DOS EFEITOS DO ATO DE ARROLAMENTO. 1. Recurso especial no qual se discute a permanência da averbação do ato de arrolamento de bem imóvel no registro de imóveis após a alienação pelo devedor 2. O bem imóvel regularmente adquirido do devedor tributário não mais pode constar de arrolamento administrativo, razão pela qual devem ser anulados seus efeitos, pois não mais poderá servir de garantia à satisfação do crédito 3. Recurso especial não provido. VOTO O SENHOR MINISTRO BENEDITO GONÇALVES (Relator): Constatado que a Corte de origem empregou fundamentação adequada e suficiente para dirimir a controvérsia, é de se afastar a alegada violação do art. 535 do CPC. O artigo 64 da Lei n. 9.532/1997 dispõe que "a autoridade fiscal competente procederá ao arrolamento de bens e direitos do sujeito passivo sempre que o valor dos créditos tributários de sua responsabilidade for superior a trinta por cento do seu patrimônio conhecido". Observa-se que o arrolamento administrativo é espécie de inventário de bens que oportuniza eventual constituição de garantia para o adimplemento do crédito tributário caso este não seja pago pelo sujeito passivo e, via de regra, refere-se somente aos bens do próprio devedor À míngua de previsão legal, não há dúvidas de que a averbação do arrolamento no registro de imóveis não impede a regular negociação do bem, conclusão, inclusive, que se extrai do 4º do art. 64 da Lei n. 9.532/1997. Na hipótese de o devedor tributário conseguir vender o bem imóvel arrolado, a única consequência é a obrigação de comunicação da operação ao órgão fazendário, o qual, a depender da situação fático-jurídica, tem a prerrogativa de requerer a medida cautelar fiscal, caso preenchidos os requisitos legais. Assim, o bem imóvel regularmente adquirido do devedor tributário não mais pode constar Documento: 1457564 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 10/11/2015 Página 3 de 5

de arrolamento administrativo, razão pela qual devem ser anulados seus efeitos, pois não mais poderá servir de garantia à satisfação do crédito Ressalva-se a possibilidade de hipóteses em que é possível presumir a realização de alguma espécie de fraude por parte do devedor tributário, como se extrai do art. 2º, incisos V e VII, da Lei n. 8.397/1992 e dos artigos 185 e art. 185-A do CTN. Ante o exposto, nego provimento ao recurso especial. É como voto. Documento: 1457564 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 10/11/2015 Página 4 de 5

CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA Número Registro: 2015/0096252-9 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.532.348 / SC Números Origem: 13971720320201296 450018255120144040000 50003386220144047205 SC-50003386220144047205 TRF4-50018255120144040000 PAUTA: 27/10/2015 JULGADO: 27/10/2015 Relator Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. NÍVIO DE FREITAS SILVA FILHO Secretária Bela. MÁRCIA ARAUJO RIBEIRO (em substituição) AUTUAÇÃO ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Processo Administrativo Fiscal - Arrolamento de Bens CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sérgio Kukina (Presidente), Regina Helena Costa, Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região) e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1457564 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 10/11/2015 Página 5 de 5