A Eg. 8ª Turma desta Corte, mediante o acórdão das fls. 2867/2871, não conheceu do recurso de revista do sindicato reclamante

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Trata -se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista.

O Eg. Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, em acórdão de fls. 60/61, negou provimento ao Recurso Ordinário da Reclamante.

Tribunal Superior do Trabalho

O Tribunal do Trabalho da 12ª Região, pelo acórdão de seq. 01, págs. 267/274, negou provimento ao recurso do sindicato reclamante.

Transcrição:

A C Ó R D Ã O (SDI-1) GMHCS/gam RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 11.496/2007. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO DE OITO HORAS MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. POSSIBILIDADE. 1. O Colegiado Turmário entendeu ser válida a redução do intervalo intrajornada por autorização do Ministério do Trabalho quando fixada, mediante norma coletiva, jornada de oito horas em turnos ininterruptos de revezamento, não havendo falar em trabalho prorrogado e horas suplementares. 2. Decisão recorrida em harmonia com a jurisprudência desta Corte, firme no sentido de que o elastecimento da jornada de trabalho dos empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento para oito horas, nos moldes previstos na Súmula 423/TST, não inviabiliza a redução do intervalo intrajornada mediante autorização do Ministério do Trabalho, nos termos do art. 71, 3º, da CLT. Precedentes desta Subseção. Recurso de embargos conhecido e não provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Recurso de Revista n TST-E-RR-122900-58.2006.5.17.0007, em que é Embargante SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO E AFINS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - SINDIALIMENTAÇÃO e Embargado CHOCOLATES GAROTO S.A. A Eg. 8ª Turma desta Corte, mediante o acórdão das fls. 2867/2871, não conheceu do recurso de revista do sindicato reclamante

fls.2 no tema TURNOS ININTERUPTOS DE REVEZAMENTO. ELASTECIMENTO DA JORNADA. NORMA COLETIVA. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. Inconformado, o sindicato reclamante interpõe recurso de embargos (fls. 2875/2894), nos termos do art. 894, II, da CLT. Feito não submetido ao Juízo de admissibilidade da Presidência da Turma, na medida em que interposto o recurso em 24/4/2012, anterior, portanto, à edição da IN-TST-35/2012(DJE 25/10/2012). Impugnação da reclamada às fls. 2903/2909. Processo redistribuído por sucessão nos termos do art. 94-B do RITST. Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho (art. 83, 2º, II, do RITST). É o relatório. V O T O I - CONHECIMENTO 1 - PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Satisfeitos os pressupostos referentes à tempestividade (fls. 2873 e 2875), representação (fls. 37) e dispensado o preparo, estão presentes os requisitos extrínsecos de admissibilidade do recurso de embargos. 2 - PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. ELASTECIMENTO DA JORNADA. NORMA COLETIVA. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. A Eg. 8ª Turma desta Corte não conheceu do recurso de revista do sindicato reclamante no tema da redução do intervalo intrajornada por autorização do Ministério do Trabalho em turnos ininterruptos de revezamento em que elastecida a jornada de 6 para 8 horas por autorização em norma coletiva. Eis o teor da decisão (fls. 2867/2871):

fls.3 (...) TURNOS ININTERUPTOS DE REVEZAMENTO. ELASTECIMENTO DA JORNADA. NORMA COLETIVA. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO O Recorrente sustenta ser inválida norma coletiva que reduz o intervalo intrajornada sendo irrelevante se houve ou não anuência do Ministério do Trabalho. Sustenta que o intervalo intrajornada não pode ser reduzido por autorização do Ministério do Trabalho, vez que houve prorrogação da jornada de seis para oito horas. Aduz que a lei veda a redução do intervalo intrajornada independentemente da prorrogação implicar ou não pagamento de horas extras. Aponta violação do artigo 71, 3º, da CLT, contrariedade com a Orientação Jurisprudencial 342 da SBDI-1 do TST, e transcreve arestos. Sem razão. O Regional, em relação ao tema, consignou: 2.2.3. REDUÇÃO DOS INTERVALOS INTRAJORNADAS (...) No presente caso, os instrumentos negociais estabelecem intervalo intrajornada de 30 ou 40 minutos, conforme a vigência. Com o advento da Carta Magna de 1988, a redução do intervalo intrajornada não está restrito a autorização do Ministério do Trabalho, como consta no 3º do art. 71 da CLT (se é que esta parte foi recepcionada pela nova ordem constitucional), devendo ser negociada via norma coletiva. Não obstante, a reclamada obteve autorização do Ministério do Trabalho para tanto, fato incontroverso. A fixação de 8 (oito) horas diárias para turnos ininterruptos de revezamento não implica em prorrogação da jornada, mas sim na adoção de nova duração ordinária de trabalho, não impedindo, pois, a atuação do órgão ministerial. O próprio art. 71 da CLT, que regula o intervalo intrajornada, prevê sua redução ou aumento, conforme o caso, portanto não convence a alegação de que por ser matéria de ordem pública não pode ser alterado. Por esse motivo, também não incide o disposto na OJ n. 342, do C. TST. (fls. 1379/1381 g.n.). Destaca-se, inicialmente, que não há regime de trabalho prorrogado a horas suplementares, conforme dispõe o artigo 71, 3º, da CLT, quando norma coletiva prevê o elastecimento da jornada de seis para oito horas em regime de turnos ininterruptos de revezamento. Nesse sentido, dispõe a Súmula 423 do TST, a seguir: TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos

fls.4 de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. Em prosseguimento, verifica-se que o acórdão regional está em consonância com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte no sentido de ser válida a redução do intervalo intrajornada por autorização do Ministério do Trabalho quando fixada, mediante norma coletiva, jornada de oito horas em turnos ininterruptos de revezamento. Nesse sentido, aliás, os seguintes precedentes desta corte: RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. TURNO DE REVEZAMENTO. JORNADA DE TRABALHO DE OITO HORAS FIXADA MEDIANTE NORMA COLETIVA. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. POSSIBILIDADE. Inaplicável a diretriz da Orientação Jurisprudencial n.º 342 da SBDI-1 quando a redução do intervalo intrajornada é autorizada pelo Ministério do Trabalho. Irrelevante o fato de haver, mediante norma coletiva, o elastecimento da jornada de trabalho para oito horas, em se tratando de turno de revezamento. Não se cogita, em hipóteses tais, de regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Incidência secundária da Súmula n.º 423 deste Tribunal Superior. Embargos conhecidos e não providos. (E-ED-RR - 141100-98.2006.5.17.0012, Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 22/06/2010, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: 28/06/2010) RECURSO DE REVISTA. 1. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. ELASTECIMENTO DE JORNADA. NORMA COLETIVA. VALIDADE. Nos termos da Súmula nº 423 do TST, é válido o elastecimento de jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva para os empregados submetidos a turno ininterrupto de revezamento. Recurso de revista conhecido e provido. 2. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. VALIDADE. Não havendo submissão à prestação de horas extras habituais, deve-se reconhecer a validade da redução do intervalo intrajornada, porquanto o Regional consigna expressamente que havia autorização para tanto concedida pela Delegacia Regional do Trabalho, nos termos do artigo 71, 3º, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido. (...).( TST - RR - 225200-67.2007.5.02.0432, 8ª Turma, Rel.ª Min.ª Dora Maria da Costa, DEJT 25/11/211). Desse modo, a decisão do regional demonstra consonância com a jurisprudência atual, iterativa e notória desta Corte, razão pelo qual não se cogita violação do artigo 71, 3º, da CLT, contrariedade com a Orientação jurisprudencial 342 da SBDI-1 do TST, tampouco divergência jurisprudencial válida, nos termos preconizados no artigo 896, 4º, da CLT, e da Súmula 333 do TST. Não conheço.

fls.5 (...) Em suas razões de recurso de embargos, o sindicato reclamante aduz que, a teor do art. 71, 3º, da CLT, é inviável a redução do intervalo intrajornada, mediante autorização do Ministério do Trabalho, nas hipóteses em a jornada de trabalho é elastecida e que, no caso, ainda que as sétima e a oitava horas de trabalho não sejam consideradas como horas extras, nos moldes da Súmula 423 do TST, havia prorrogação da jornada de seis horas prevista para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, de modo que o intervalo intrajornada não pode ser reduzido, nem por autorização do Ministério do Trabalho. Alega que o raciocínio embargado implica em transgressão da OJ 342, que justamente veio para proibir a ingerência do acordo coletivo em matéria de higiene, saúde e segurança do trabalho. Aponta violação dos arts. 7, XXII e XXVI, da Constituição Federal e 71, caput e 3, da CLT e contrariedade à OJ 342/SDI-I e à Súmula 423, ambas do TST. Indica divergência jurisprudencial ao redor da interpretação do art. 71, 3º, da CLT, transcrevendo aresto paradigma. Ao exame. Registro, de plano, que o presente recurso foi interposto sob a égide da Lei 11.496/2007, mediante a qual conferida nova redação ao art. 894, II, da CLT, no sentido de que os embargos apenas são cabíveis quando demonstrada divergência entre decisões proferidas por Turmas desta Corte superior, ou destas com julgados da Seção de Dissídios Individuais. Nesse contexto, é inviável a análise da apontada ofensa aos arts. 7, XXII e XXVI, da Constituição Federal e 71, caput e 3, da CLT. Não há falar em contrariedade à Súmula 423/TST ou à OJ 342/SDI-I/TST convertida no item II da Súmula 437 -, pois os referidos verbetes, versando, respectivamente, sobre a fixação da jornada de trabalho dos empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento mediante instrumento coletivo de trabalho e a invalidade da cláusula coletiva que contempla a supressão ou redução do intervalo intrajornada, não disciplinam a matéria em debate, relativa à redução do intervalo

fls.6 intrajornada mediante Portaria editada pelo MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. Noutro giro, a Eg. Turma entendeu que a prorrogação da jornada de trabalho dos empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento para além da sexta hora, nos moldes da Súmula 423/TST, não inviabiliza a redução do intervalo intrajornada autorizada no art. 71, 3º, da CLT. E o aresto colacionado às fls. 2881-89, oriundo da Eg. 5ª Turma desta Corte (RR-173200-03.2006.5.17.0014, Relatora Ministra Kátia Magalhães Arruda) e publicado no DEJT de 28.08.2009, encerra divergência jurisprudencial válida e específica em relação à decisão turmária, ao expressar entendimento no sentido de que, embora não seja devido o pagamento das 7ª e 8ª horas como extras quando o elastecimento da jornada em turnos ininterruptos de revezamento tenha sido estabelecida por negociação coletiva (Súmula nº 423 do TST), é vedada a redução do intervalo intrajornada, seja por negociação coletiva, seja por autorização do Ministério do Trabalho. Conheço do recurso, por divergência jurisprudencial. II MÉRITO TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO DE OITO HORAS MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. POSSIBILIDADE. A CLT permite a redução do intervalo intrajornada, observadas as condições elencadas no art. 71, 3º, da CLT, verbis: "Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. (...) 3º - O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares."

fls.7 Nos moldes do dispositivo transcrito, a eficácia da autorização concedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego para a redução do intervalo intrajornada encontra-se expressamente condicionada à circunstância de não estarem os empregados sujeitos à prorrogação de jornada. Na hipótese, a partir do acórdão recorrido, constata-se que havia autorização do Ministério do Trabalho para a redução do intervalo intrajornada, consoante permissivo do art. 71, 3º, da CLT, e que os substituídos laboravam em turnos ininterruptos de revezamento, tendo sido fixada para os mesmos, mediante norma coletiva, jornada de oito horas. Assim, e considerando o entendimento cristalizado na Súmula 423 do TST ( Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras ), conclui-se que não havia trabalho em horas suplementares, restando válida a redução do intervalo intrajornada amparada em portaria ministerial. Registre-se que, ao exame de hipóteses análogas, esta Subseção já decidiu que o elastecimento da jornada de trabalho dos empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento para oito horas, nos moldes da Súmula 423/TST, não inviabiliza a redução do intervalo intrajornada por ato do Ministério do Trabalho: "RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA DA PETROBRAS. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 11.496/2007. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO DE OITO HORAS MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. POSSIBILIDADE. 1. O Colegiado Turmário deu provimento ao recurso de revista da reclamada, para "excluir da condenação o pagamento de 20 (vinte) minutos como extras, correspondentes à concessão parcial do intervalo intrajornada". Registrou que "a existência de autorização do Ministério do Trabalho viabiliza a redução do intervalo intrajornada nos termos previstos no artigo 71, 3º, da CLT" e que "não subsiste o argumento (...) de que a prorrogação da jornada de trabalho para além da sexta hora inviabilize a redução autorizada, tendo em vista o que dispõe a Súmula 423 do TST". 2. Decisão recorrida em harmonia com a jurisprudência desta Corte, firme no sentido de que o elastecimento da jornada de trabalho dos empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento para oito horas, nos moldes previstos na Súmula 423/TST, não inviabiliza a redução do intervalo intrajornada

fls.8 mediante autorização do Ministério do Trabalho, nos termos do art. 71, 3º, da CLT. Precedentes desta Subseção. Recurso de embargos conhecido e não provido (E-RR - 122600-05.2006.5.17.0005, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 28/08/2015). REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA MEDIANTE NORMA COLETIVA. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. JORNADA DE OITO HORAS FIXADA MEDIANTE ACORDO COLETIVO. VALIDADE. É válida a redução do intervalo intrajornada mediante norma coletiva e com autorização do Ministério do Trabalho, mesmo quando o empregado estiver submetido a jornada de oito horas em turnos ininterruptos de revezamento fixada mediante acordo coletivo, porquanto, nessa hipótese, não se caracteriza a existência de horas suplementares. Precedentes. Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento" (TST-E-RR-122200-76.2006.5.17.0009, Relator Ministro João Batista Brito Pereira, DEJT 21/6/2013). "RECURSO DE EMBARGOS. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. TRABALHO EM SISTEMA DE TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. A existência de autorização do Ministério do Trabalho impede que se afaste a validade da redução do intervalo intrajornada, quando não houver trabalho em sobrejornada, porque amparada no que dispõe o art. 71, 3.º, da CLT. A Súmula 423 do TST, que trata da submissão do empregado a jornada de oito horas, em turno ininterrupto de revezamento, estabelecido em acordo coletivo, não tem o condão de retirar a validade da redução do intervalo, visto que não se trata de mera prorrogação da jornada, mas sim de jornada definida contratualmente, por norma coletiva, com participação do Sindicato dos Trabalhadores, em respeito ao princípio que trata do reconhecimento constitucional da negociação coletiva, nos termos do art. 7.º, XXVI, da Carta Magna. Recurso de Embargos conhecido e desprovido" (TST-E-RR-99200-91.2008.5.17.0004, Relator Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, DEJT 1/3/2013). "RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.496/2007. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. PRORROGAÇÃO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. SÚMULA N.º 423 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA MEDIANTE AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. VALIDADE. A jurisprudência atual e iterativa desta Corte superior tem-se inclinado no sentido de reconhecer que a adoção do sistema de turnos ininterruptos de revezamento, com jornada de oito horas, mediante norma coletiva, não implica labor extraordinário, sendo compatível, portanto, com a redução do intervalo intrajornada devidamente autorizado pelo Ministério do Trabalho. Precedentes da SBDI-I. Recurso de embargos conhecido e não provido" (TST-E-RR-86700-26.2004.5.17.0006, Relator Ministro Lelio Bentes Corrêa, DEJT 31/8/2012).

fls.9 "RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. TURNO DE REVEZAMENTO. JORNADA DE TRABALHO DE OITO HORAS FIXADA MEDIANTE NORMA COLETIVA. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. AUTORIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. POSSIBILIDADE. Inaplicável a diretriz da Orientação Jurisprudencial n.º 342 da SBDI-1 quando a redução do intervalo intrajornada é autorizada pelo Ministério do Trabalho. Irrelevante o fato de haver, mediante norma coletiva, o elastecimento da jornada de trabalho para oito horas, em se tratando de turno de revezamento. Não se cogita, em hipóteses tais, de regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Incidência secundária da Súmula n.º 423 deste Tribunal Superior. Embargos conhecidos e não providos" (E-ED-RR-141100-98.2006.5.17.0012, Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 28/06/2010). Nesse contexto, em que a decisão recorrida está em harmonia com a jurisprudência deste Tribunal, nego provimento ao recurso de embargos. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do, por unanimidade, conhecer do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial e, no mérito, negar-lhe provimento. Brasília, 09 de junho de 2016. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) HUGO CARLOS SCHEUERMANN Ministro Relator