COTAS DE COOPERADOS EM ENTIDADES COOPERATIVAS E INSTRUMENTOS SIMILARES

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Transcrição:

COTAS DE COOPERADOS EM ENTIDADES COOPERATIVAS E INSTRUMENTOS SIMILARES Dorly Dickel Contador CRC/RS 31.335 POA/RS, 18 de agosto de 2017

HISTÓRICO ICPC 14 Resolução CFC nº 1.324/11; Resolução CFC nº 1.365/11, vigência 1º/01/16; Resolução CFC nº 1.501/15, vigência 1º/01/17; Resolução CFC nº 1.516/16, vigência 1º/01/18; Classificação das cotas-partes como instrumento financeiro e não instrumento patrimonial; http://banca.maven.com.br/pub/crcrs/index2/?n umero=19#page/7 Artigo publicado na Revista do CRC/RS nº 19/2014

LEI Nº 13.097/2015: DO CAPITAL SOCIAL DAS COOPERATIVAS Art. 140. O art. 24 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, passa a vigorar acrescido do seguinte 4º: "Art. 24... 4º As quotas de que trata o caput deixam de integrar o patrimônio líquido da cooperativa quando se tornar exigível, na forma prevista no estatuto social e na legislação vigente, a restituição do capital integralizado pelo associado, em razão do seu desligamento, por demissão, exclusão ou eliminação." (NR)

No item 7 do consenso da ICPC 14, descreve-se que as cotas-partes de cooperados constituem patrimônio líquido, se a entidade tiver um direito incondicional de recusar resgate das cotaspartes dos cooperados, enquanto que no item 8 do consenso, consta que, se o resgate estiver proibido de forma incondicional pela legislação, regulamento ou estatuto da entidade, as cotas-partes dos cooperados constituem patrimônio líquido.

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL Estabelece que deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente e compromisso futuro. Pressuposto da Continuidade.

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL características qualitativas da informação contábilfinanceira útil, assim estabelece: QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível.

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.

Primazia da Essência sobre a Forma: Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal.

NBC TG 24 Apresentação das Demonstrações Contábeis: 19. Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a concluir que a conformidade com um requisito de pronunciamento, interpretação ou orientação conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis a entidade não aplicará esse requisito e seguirá o disposto no item 20...

NBC TG 24 Apresentação das Demonstrações Contábeis: 24. Para a finalidade dos itens 19 a 23, um item de informação entra em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis quando não representa fidedignamente as transações, outros eventos e condição que se propõe a representar ou que se poderia esperar razoavelmente que represente e, consequentemente, seria provável que influenciasse as decisões econômicas tomadas pelos usuários das demonstrações contábeis.

ITG 2004 (Minuta) O capital social da entidade cooperativa é formado por quotas-partes, que devem ser registradas de forma individualizada, segregando o capital subscrito e, por dedução, em conta distinta o capital a integralizar, no Patrimônio Líquido, podendo, para tanto, serem utilizados registros auxiliares.

ITG 2004 (Minuta) 18. Os valores a restituir aos associados demitidos, eliminados e excluídos devem ser transferidos para contas passivas de capital social a restituir, assim que a entidade cooperativa receber o pedido de demissão ou deliberar pela eliminação ou exclusão do cooperado, conforme disposto no 4º do Art. 24 da Lei nº 5.764/1971.

Muito Obrigado! DORLY DICKEL dorly@dsmconsultores.com.br (51) 3377 4005 (51) 99714 9494 www.dsmconsultores.com.br