Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto
Histórico das reuniões 1992 - assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92. 1995 - O segundo informe de cientistas do IPCC 1997: Em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto.
Do que trata o protocolo de Kyoto Compromete a uma série de nações industrializadas a reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de 1990 para o período de 2008-2012. Esses países devem mostrar um progresso visível no ano de 2005, ainda que não se tenha chegado à um acordo sobre o significado desse item.
Os Estados Unidos, como outros países, tentam, à todo custo, evitar limites sobre o uso que podem fazer desses mecanismos.permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou seja, contabilizar as reduções de carbono vinculadas às atividades de desmatamento e reflorestamento. No entanto os Estados Unidos não podem bloquear o Protocolo sem o respaldo de outros países. Até o momento, 23 países, incluindo Bolívia, Equador, El Salvador e Nicarágua, já o ratificaram e outros 84 países, entre eles os Estados Unidos, somente o assinaram (em 7 de agosto).
Os países podem trocar a redução das emissões de gases por investimentos em florestas e campos capazes de absorver o dióxido de carbono na mesma proporção das emissões que não foram reduzidas.
Custos 580 dólares por tonelada para o Japão; 180 dólares por tonelada para os EUA; 270 dólares por tonelada para a comunidade Européia.
O EFEITO ESTUFA A denominação efeito estufa é dada por analogia ao que ocorre nas estufas de cultivo de plantas, normalmente feitas de vidro. O vidro deixa passar a luz do Sol livremente, mas impede a saída do calor formado no interior da estufa, provocando seu aquecimento. O mesmo se verifica dentro dos canos estacionados no sol. Seus vidros permitem que a luz solar passe livremente, mas barram a saída de calor, provocando aumento da temperatura interna.
O efeito estufa ocorre porque a atmosfera tende a reter o calor próximo à superfície. A Terra recebe radiação do Sol nas bandas do ultravioleta, visível e infravermelho, absorvendo uma parte e refletindo o restante ao mesmo tempo em que emite radiação infravermelha. da luz solar, mas absorvem muito eficientemente a radiação infravermelha emitida pela Terra.
O seqüestro de carbono Para entender este conceito é preciso saber que o refém deste seqüestro é todo carbono que é capturado e mantido pela vegetação, durante o processo respiratório de fotossíntese. Sua finalidade é conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera visando diminuição do efeito estufa. Desta maneira, o seqüestro de carbono se tornou assunto presente em questões ambientais, pois, apesar das quantidades de CO2 retiradas da atmosfera pela vegetação não estarem definidas esse tipo de medida é visto como uma importante atitude para sinalizar uma redução na emissão de carbono e atingir as metas estabelecidas pelo protocolo.
Brasil e o protocolo de Kyoto Para melhor compreender a participação brasileira nas negociações do regime de mudanças climáticas é necessário salientar que no referente às emissões de carbono o nosso país tem três grandes vantagens e uma grande desvantagem.
As vantagens Ser um país de renda média (estando fora dos compromissos obrigatórios de redução de emissões de carbono correspondentes aos países desenvolvidos), ter uma matriz energética com forte peso da hidreletricidade e conseqüentemente muito limpa do ponto de vista das emissões estufa, e, possuir no seu território 16% das florestas mundiais.
Desvantagens A grande desvantagem é ter uma grande emissão de carbono derivada do uso da queimada na agricultura tradicional e do desmatamento na Amazônia.
A FLORESTA AMAZÔNICA E O SEQUESTRO DE CARBONO 1987-6 quilos de carbono por hectare ao dia 1993 - Dos 6,7 bilhões de toneladas de carbono liberados, cerca de 3.3 bilhões de toneladas de CO2 acumulavam-se na atmosfera, o restante era absorvido pelos oceanos. 2002 - absorção de carbono pelos oceanos está sendo de apenas 1,5 bilhões de toneladas, que somados aos 3,3 bi de toneladas que ficam na atmosfera perfazem 4,8 bi toneladas.
2004 - concluiu que só as florestas da América do Sul, retém 0,62 bi toneladas por ano, ou quase 40% das 1,9 bilhões de toneladas de carbono do qual não se sabia o destino. Um grupo da Universidade dos (EUA), concluiu que as florestas do EUA e Canadá absorvem 1,7 bilhão de toneladas de carbono, ou 90% do carbono perdido. O curioso é que esse número é exatamente a quantidade de carbono emitida pelos 2 países com a queima de combustíveis.
(IMPA), concluiu que a floresta de terra firme próxima de Manaus seqüestra anualmente uma tonelada de carbono por hectare. A Amazônica está seqüestrando anualmente 250 milhões de toneladas de gás carbônico.