(Artigo 30-A, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que aprova o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras)

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Transcrição:

POLÍTICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO E TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS DA MERCEDES-BENZ FINANCIAL SERVICES PORTUGAL INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A. (MBF) (Artigo 30-A, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que aprova o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras) I. Enquadramento legal Nos termos do art.30.º/1 e 30.ºA/1 do Regime das Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras ( RGIC ), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, a adequação, para o exercício de funções pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização e dos titulares de funções essenciais encontra-se sujeita a avaliação pela MBF, que deverá verificar, em primeira linha, que todos os membros dos órgãos de administração e fiscalização [e titulares de funções essenciais] possuem os requisitos de adequação necessários para o exercício das respetivas funções. A presente política tem em vista estabelecer as regras aplicáveis à avaliação da adequação de candidatos às referidas funções pela MBF, i.e., a capacidade de assegurarem, em permanência, garantias de gestão sã e prudente da instituição de crédito tendo em vista, de modo particular, a salvaguarda do sistema financeiro e dos interesses dos respetivos clientes, depositantes, investidores e demais credores (art.30.º/2 RGIC). A avaliação da adequação pela MBF deverá ser realizada: i. No momento da seleção dos candidatos, através da avaliação das pessoas a designar; ii. No decurso do desempenho de funções, designadamente quando ocorram circunstâncias supervenientes que possam pôr em risco o preenchimento dos requisitos indispensáveis, caso em que se procederá à reavaliação da adequação dos colaboradores designados. A avaliação da adequação dos candidatos deverá ser feita à luz dos critérios de idoneidade, qualificação profissional, independência e disponibilidade previstos no RGIC, tendo em consideração as orientações emanadas das instâncias comunitárias com competências em matéria de supervisão, como seja a Autoridade Bancária Europeia. Adicionalmente, e no caso de candidatos a membro do Conselho de Administração, além da sua avaliação individual será igualmente necessário fazer uma avaliação da adequação coletiva, atendendo à composição geral do órgão colegial em questão. 1 8

A avaliação dos candidatos pela MBF antecede, no caso dos candidatos a funções no órgão de administração ou no órgão de fiscalização, a avaliação pelo Banco de Portugal. A avaliação pelo Banco de Portugal e consequente autorização para o exercício de funções dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é condição necessária para o exercício das respetivas funções. II. Cargos e funções abrangidas A presente política de avaliação da adequação é aplicável a candidatos aos seguintes cargos ou funções na instituição ( Colaboradores ): a) Membros do Conselho de Administração e Fiscal Único; b) Titulares de funções essenciais, i.e., os cargos cujos titulares, embora não pertencendo aos órgãos de administração e fiscalização, exerçam funções que lhes confiram influência significativa na gestão da MBF (art.33.º-a/1), incluindo: Compliance; Controlo Interno Directores c) Demais cargos que a MBF entenda compreenderem funções que confiram ao seu titular influência significativa na gestão da MBF. III. Política de seleção e avaliação da adequação dos Colaboradores 1. Processo de seleção e avaliação dos candidatos a membros dos órgãos de administração e fiscalização a) Os candidatos a membros do órgão de administração e fiscalização apresentam à MBF, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, uma Declaração Escrita nos termos e para os efeitos do art.30.º-a/3 RGIC, com todas as informações relevantes e necessárias para a avaliação da sua adequação, que servirá de base à avaliação da adequação pela MBF. b) O departamento de Recursos Humanos da MBF, recebida a declaração do candidato referida em a) supra, procede à análise do perfil do mesmo em função dos critérios de avaliação previstos em (3) e do perfil pretendido pela MBF para as funções em causa e prepara o Relatório de Avaliação da Adequação do candidato, submetendo o mesmo à apreciação por parte de dois administradores não executivos da MBF; 2 8

c) O Relatório de Avaliação da Adequação, uma vez validado por dois membros não executivos do Conselho de Administração, é remetido ao Banco de Portugal juntamente com o Requerimento de Autorização para o exercício de funções pelo candidato na MBF, o qual deverá ser submetido previamente à eleição do candidato em questão (art. 30.º-B RGIC). d) O Relatório de Avaliação da Adequação do candidato é colocado à disposição do acionista no âmbito das informações preparatórias relativas à assembleia geral convocada para designação do candidato (art.30.º-a/7 RGIC). 2. Processo de seleção e avaliação dos candidatos a funções essenciais a) O processo de seleção e avaliação dos candidatos a funções essenciais segue o regime aplicável aos candidatos a membros do órgão de administração e fiscalização, com as necessárias adaptações (art.33.º-a/3 RGIC). b) Os candidatos a funções essenciais apresentam à MBF, no âmbito do seu processo de candidatura, uma Declaração Escrita dirigida ao Presidente do Conselho de Administração, nos termos e para os efeitos do art.30.º-a/3 RGIC, com todas as informações relevantes e necessárias para a avaliação da sua adequação, que servirá de base à avaliação da respetiva adequação pela MBF. c) O departamento de Recursos Humanos da MBF, recebida a declaração do candidato referida em a) supra, procede à análise do respetivo perfil em função dos critérios de avaliação previstos em (3) e do perfil concretamente pretendido pela MBF para as funções em causa e prepara o Relatório de Avaliação da Adequação do candidato, submetendo o mesmo à apreciação por parte do Conselho de Administração; d) Compete ao Conselho de Administração uma decisão final sobre a adequação do candidato às funções essenciais a que o mesmo se candidata e sobre o respetivo recrutamento. Embora não seja obrigatória a avaliação do colaborador por parte do Banco de Portugal, este poderá, a todo o tempo, proceder a uma nova avaliação da adequação do titular de funções essenciais caso entenda que a apreciação feita pelo MBF relativa à adequação do colaborador é manifestamente deficiente ou se o surgimento de circunstâncias supervenientes assim o exigir, nos termos do art.33.º-a/5 RGIC. 3. Critérios legais de avaliação da adequação dos Colaboradores 3.1. Idoneidade (art.30.º-d RGIC); 3 8

A avaliação da idoneidade deve atender ao modo como o candidato gere habitualmente os seus negócios, tanto profissionais como pessoais, e exerce a profissão, assumindo especial relevo os aspetos que revelem a sua capacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, ou a sua tendência para cumprir pontualmente as suas obrigações ou para ter comportamentos compatíveis com a preservação da confiança do mercado, tomando em consideração todas as circunstâncias que permitam avaliar o comportamento profissional para as funções em causa. Cumpre salientar que deverão ser atendidos tanto fatores ligados à vida profissional do candidato mas também condicionalismos da sua vida pessoal, de modo a garantir um enquadramento global e assertivo do seu modo de atuação, possibilitando um juízo de prognose sobre as garantias que possa oferecer no que respeita à gestão sã e prudente da MBF. Neste sentido, deverão ser tidas em consideração e objeto de ponderação diversos condicionalismos, designadamente: a) Indícios de que o candidato não agiu de forma transparente ou cooperante nas suas relações com quaisquer autoridades de supervisão ou regulação nacionais ou estrangeiras; b) Recusa, revogação, cancelamento ou cessação de registo, autorização, admissão ou licença para o exercício de uma atividade comercial, empresarial ou profissional, por autoridade de supervisão, ordem profissional ou organismo com funções análogas, ou destituição do exercício de um cargo por entidade pública; c) Razões que motivaram um despedimento, a cessação de um vínculo ou a destituição de um cargo que exija uma especial relação de confiança; d) Proibição, por autoridade judicial, autoridade de supervisão, ordem profissional ou organismo com funções análogas, de agir na qualidade de administrador ou gerente de uma sociedade civil ou comercial ou de nela desempenhar funções; e) Factos que tenham determinado a destituição judicial, ou a confirmação judicial de destituição por justa causa, de membros dos órgãos de administração e fiscalização de qualquer sociedade comercial; f) Factos praticados na qualidade de administrador, diretor ou gerente de qualquer sociedade comercial que tenham determinado a condenação por danos causados à sociedade, a sócios, a credores sociais ou a terceiros; 4 8

g) Inclusão de menções de incumprimento na central de responsabilidades de crédito ou em quaisquer outros registos de natureza análoga, por parte da autoridade competente para o efeito; h) Resultados obtidos, do ponto de vista financeiro ou empresarial, por entidades geridas pelo candidato em causa ou em que esta tenha sido titular de uma participação qualificada, tendo especialmente em conta quaisquer processos de recuperação, insolvência ou liquidação, e a forma como contribuiu para a situação que conduziu a tais processos; i) Insolvência pessoal, independentemente da respetiva qualificação, e insolvência de empresa por si dominada ou da qual tenha sido administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou membro do órgão de fiscalização, independentemente de decretada em Portugal ou no estrangeiro; j) Ações cíveis, processos administrativos ou criminais, bem como quaisquer outras circunstâncias que, atenta a situação concreta, possam ter um impacto significativo sobre a solidez financeira do candidato em causa; k) A acusação, pronúncia ou condenação, em Portugal ou no estrangeiro, por crimes contra o património, crimes de falsificação e falsidade, crimes contra a realização da justiça, crimes cometidos no exercício de funções públicas, crimes fiscais, crimes especificamente relacionados com o exercício de atividades financeiras e seguradoras e com a utilização de meios de pagamento e, ainda, crimes previstos no Código das Sociedades Comerciais; l) A acusação ou a condenação, em Portugal ou no estrangeiro, por infrações das normas que regem a atividade das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das sociedades gestoras de fundos de pensões, bem como das normas que regem o mercado de valores mobiliários e a atividade seguradora ou resseguradora, incluindo a mediação de seguros ou resseguros; m) Infrações de regras disciplinares, deontológicas ou de conduta profissional, no âmbito de atividades profissionais reguladas. No caso do candidato se encontrar registado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, do Instituto de Seguros de Portugal ou de autoridades de supervisão da União Europeia, tem-se por verificada a sua idoneidade, desde que esse registo esteja sujeito a exigências de controlo da idoneidade, e caso não inexistam factos supervenientes que conduzam o Banco de Portugal a pronunciar-se em sentido diverso. 5 8

3.2. Qualificação profissional (art.31.º RGIC) As habilitações do candidato deverão ser adequadas às características, complexidade, dimensão e riscos da MBF, devendo a sua formação e experiência possibilitar a compreensão do funcionamento e atividade da MBF, a avaliação dos riscos a que se encontra exposta e a análise crítica das decisões tomadas. Para o efeito, deverá demonstrar que possui as competências e qualificações necessárias para o exercício das funções, através de habilitações académicas ou formações especializadas e de experiência profissional com duração e níveis de responsabilidade apropriados para o cargo a exercer. Em especial, é necessário ter em consideração que os candidatos a membros do órgão de fiscalização e de administração que não exerçam funções executivas, devem possuir as competências e qualificações que lhes permitam efetuar uma avaliação crítica das decisões tomadas pelo órgão de administração e fiscalizar eficazmente a sua função, nos termos do art.31.º/4 RGIC. 3.3. Independência (art.31.º-a RGIC) Com o intuito de prevenir a influência indevida de terceiros na atuação dos Colaboradores, devem ser tidas em consideração todas as situações que possam pôr em causa a sua independência, designadamente: a) Cargos que o candidato exerça ou tenha exercido na MBF ou noutra instituição de crédito; b) Relações de parentesco ou análogas, bem como relações profissionais ou de natureza económica que o candidato mantenha com outros colaboradores da MBF, da sua empresamãe ou das suas filiais; c) Relações de parentesco ou análogas, bem como relações profissionais ou de natureza económica que o candidato mantenha com pessoa que detenha participação qualificada na MBF ou na sua empresa-mãe. 3.4. Disponibilidade (art.33.º/1/2 RGIC) No que respeita aos candidatos a membros dos órgãos de administração e fiscalização, deve ser assegurado que uma eventual acumulação de cargos não comporta riscos graves de conflitos de interesses nem a falta de disponibilidade para o seu exercício, através da ponderação das circunstâncias do caso concreto, das exigências particulares do cargo e da natureza, escala e complexidade da atividade da MBF. 4. Outros aspetos a considerar 6 8

A MBF promove a diversidade de qualificações e competências, nomeadamente no que se refere à diversidade de género dos seus quadros, a composição actual do conselho de administração e cargos de funções essências é representado por 18% do género feminino. É objectivo da MBF que este rácio seja aumentado para um valor de 25% no médio e longo prazo. 5. Regras sobre prevenção, comunicação e sanação de conflitos de interesses Haverá uma situação de conflito de interesses quando estejam em causa condicionalismos pessoais ou profissionais suscetíveis de influenciar ou prejudicar o pleno exercício das funções desempenhadas, designadamente pelo facto de o Colaborador, direta ou indiretamente, poder ter um interesse pessoal, ou representar interesses de terceiros, que sejam conflituantes ou potencialmente conflituantes com os interesses da MBF e, como tal, suscetíveis de afetar a sua isenção no contexto do processo de tomada de decisão no âmbito da sua atividade no seio da MBF. O Colaborador que se encontre ou, devido a circunstâncias supervenientes, possa vir a encontrar-se numa situação de conflito de interesses, deve comunicá-lo de imediato nos seguintes termos: a) Tratando-se de membro do Conselho de Administração, a comunicação da existência de um conflito ou potencial conflito deverá ser feita ao presidente deste órgão; b) Tratando-se do presidente do Conselho de Administração, a comunicação da existência de um conflito ou potencial conflito deverá ser feita aos restantes membros do Conselho de Administração; c) Tratando-se do Fiscal Único, ao presidente da Mesa da Assembleia Geral; d) Tratando-se do departamento de Recursos Humanos da MBF, a comunicação da existência de um conflito ou potencial conflito deverá ser feita ao Conselho de Administração; e) Nos demais casos, ao departamento de recursos humanos da MBF. Em caso de um conflito de interesses potencial ou efetivo, o colaborador que por ele estiver afetado deverá abster-se de intervir no âmbito do processo de tomada de decisão no qual o conflito de interesses se coloca. 6. Meios de formação profissional disponibilizados Os Colaboradores objeto da presente Política serão objeto de ações de formação, ao nível da MBF ou do Grupo Daimler, nos termos em que se revelar necessário ao aprofundamento e consolidação dos conhecimentos necessários ou adequados a assegurar uma gestão sã e prudente da MBF. IV. Aprovação da política de seleção e avaliação da adequação dos Colaboradores 7 8

A presente política de seleção e avaliação da adequação dos Colaboradores deverá ser aprovada pela Assembleia Geral (art.30.º-a/2 RGIC). A presente política foi aprovada na Assembleia Geral Anual da MBF de 7 de julho de 2015, data a partir da qual se considera aplicável aos Colaboradores titulares a funções essenciais (art. 26.º/3 do DL 157/2014, de 24 de outubro). 8 8