AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE CUBAGEM TENDO SEÇÕES DE COMPRIMENTO ABSOLUTO AO LONGO DO TRONCO DE ÁRVORES DE EUCALIPTO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE CUBAGEM TENDO SEÇÕES DE COMPRIMENTO ABSOLUTO AO LONGO DO TRONCO DE ÁRVORES DE EUCALIPTO Murilo Azevedo Glória Junior 1 ; Valdir Carlos Lima de Andrade 2 1 Aluno do Curso de Engenharia Florestal; Campus de Gurupi - TO, murilo-junior@hotmail.com PIBIC/UFT. 2 Orientador do Curso de Engenharia Florestal, Campus de Gurupi - TO, vclandradeuft@gmail.com. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo avaliar fórmulas para obter o volume sólido de madeira de árvores de eucalipto, tendo como comparador o volume obtido pelo método gráfico. As fórmulas de cubagem avaliadas foram: Smalian, Huber e Newton. Foram utilizados dados de uma cubagem rigorosa feita em 19 árvores-amostra de um plantio clonal de VM01, localizado no município de Dueré, na Região Sul do Estado do Tocantins, com idade de 36 meses. Foram avaliadas três combinações de seções diferentes, até 1,3m e a partir dessa altura até o diâmetro mínimo de 3cm e a análise dos resultados foi baseada nos desvios em porcentagem apresentados pelos diferentes métodos quando comparados com o real. A partir de então, pode se escolher o comprimento de seção de cubagem mais indicado e, também, o melhor método. O método de Newton se mostrou o mais adequado nos diferentes comprimentos de seção seguido pelo método de Huber, sendo o método de Smalian o pior de todos. Palavras-chave: híbridos; VM 01; cubagem rigorosa; método gráfico. INTRODUÇÃO O eucalipto é uma espécie florestal nativa da Austrália e ilhas circunvizinhas que, em função de características como crescimento rápido e capacidade de resistir ao estresse hídrico, tem sido introduzido em diversos países, dentre esses, o Brasil. Diante disso, torna-se importante o conhecimento do volume solido de um povoamento de eucalipto. De acordo com Machado e Figueiredo Filho (2009), o volume sólido de uma árvore pode ser determinado de diversas formas: a) analiticamente, com a cubagem rigorosa e a divisão do tronco em pequenas seções, consistindo na medição da variável diâmetro e do comprimento de seções ao longo do tronco, assumindo alguns pressupostos sobre a forma; b) graficamente, em função de informações das variáveis diâmetro e altura da árvore, tomadas ao longo do fuste; c) pelo deslocamento de água, denominado método do xilômetro; e d) a partir do peso da árvore. Página 1

Machado e Figueiredo Filho (2009) e Thiersch (2002), apontam os métodos de Smalian, Huber e o de Newton como os que têm sido mais empregados por florestais, de um modo geral, principalmente pela facilidade de uso que os mesmos apresentam. A forma do tronco da árvore varia ao longo do seu perfil, e essas medidas podem ser alteradas de acordo com a rigorosidade da cubagem, onde se busca um menor erro. Por esses motivos, o presente trabalho tem como objetivo escolher o melhor método e os comprimentos de seções mais indicados. MATERIAL E MÉTODOS Os dados são provenientes de um plantio de híbridos clonais, VM01, localizado na Região Sul do Estado do Tocantins, com idade de 36 meses. Foram coletados dados de 19 árvores de diferentes classes de diâmetro, onde as mesmas foram abatidas e mensuradas a altura total e seus respectivos diâmetro nas alturas de 0,20; 0,40; 0,70; 1,30 e 2,70 metros, sendo as seções posteriores mensuradas a cada 2 metros. Com esses dados, foi possível aplicar o método Gráfico, para obtenção das áreas em qualquer posição ao longo do tronco e conhecer o volume verdadeiro do tronco até o diâmetro mínimo de, aproximadamente, 3 cm com casca. Conforme Silva e Neto (1979), para Smalian os diâmetros devem ser obtidos nas extremidades de cada seção. A fórmula de Huber exige a medição do diâmetro ou da circunferência na metade da seção da tora, assumindo que a área média de uma tora seccionada se encontra no seu ponto médio. No método de Newton, os diâmetros ou circunferências devem ser medidos em três posições ao longo de cada seção de tora, extremidades e centro. Essas formulas são: Smalian: (1) Huber: (2) Newton: (3) Em que: V: Volume (m³); AS1: Área seccional obtida na maior extremidade da seção (m²); AS2: Área seccional obtida na menor extremidade da seção (m²); AS( 1 /2): Área seccional obtida na metade do comprimento da seção (m²); L: Comprimento da seção (m). Página 2

Foram utilizadas diferentes combinações de seções para avaliação, a partir de uma cepa de 0,10 m, que são: *Até 1,3 m. *A partir de 1,3 m até o diâmetro de 3 cm. a) 0,2, 0,2, 0,4 e 0,4 m; d) 1 em 1m; b) 0,4, 0,4 e 0,4 m; e) 2 em 2 m; c) 0,4 e 0,8 m; f) 4 em 4 m. Os desvios em porcentagem foram calculados pela seguinte fórmula: Os valores dos desvios negativos (-), demonstram que o método subestimou o volume real, e os valores positivos representam uma superestimação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas Tabelas de 1 a 6, são apresentados os resultados das médias por classe diametrica, para os volumes obtidos pelo método Gráfico, Smalian, Huber, Newton (m³) e seus respectivos desvios em porcentagem, para comprimento de seção a, b, c, d, e, f. Nota-se nas tabelas acima que a formula de Newton foi a melhor, sendo a de Smalian a pior. Huber mostrou seus desvios praticamente constantes em todas as seções avaliadas, sendo que estes não chegaram a 0,5%. Tabela 1. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção a. 2 0,004600 0,004559-0,893 0,004641 0,886 0,004587-0,300 3 0,006714 0,006675-0,591 0,006754 0,586 0,006701-0,199 4 0,011668 0,011615-0,454 0,011726 0,497 0,011652-0,137 5 0,014609 0,014609 0,004 0,014609 0,003 0,014609 0,004 6 0,021460 0,021358-0,476 0,021562 0,476 0,021426-0,159 7 0,027374 0,027298-0,276 0,027449 0,277 0,027349-0,092 8 0,032588 0,032413-0,538 0,032763 0,535 0,032529-0,180 GERAL 0,119013 0,118527-0,409 0,119504 0,412 0,118852-0,135 Tabela 2. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção b. 2 0,004600 0,004560-0,888 0,004685 1,834 0,004601 0,019 3 0,006714 0,006675-0,586 0,006768 0,791 0,006706-0,127 4 0,011668 0,011614-0,462 0,011742 0,639 0,011657-0,095 5 0,014609 0,014608-0,003 0,014660 0,353 0,014625 0,115 6 0,021460 0,021357-0,479 0,021589 0,599 0,021434-0,120 7 0,027374 0,027298-0,277 0,027605 0,846 0,027400 0,098 Página 3

8 0,032588 0,032414-0,535 0,032777 0,579 0,032535-0,163 GERAL 0,119013 0,118526-0,410 0,119826 0,683 0,118959-0,045 Tabela 3. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção c. 2 0,004600 0,004560-0,888 0,004723 2,660 0,004614 0,294 3 0,006714 0,006675-0,586 0,006833 1,759 0,006728 0,195 4 0,011668 0,011614-0,462 0,011838 1,456 0,011688 0,177 5 0,014609 0,014608-0,003 0,014610 0,010 0,014609 0,001 6 0,021460 0,021357-0,479 0,021767 1,430 0,021494 0,157 7 0,027374 0,027298-0,277 0,027601 0,830 0,027399 0,092 8 0,032588 0,032414-0,535 0,033111 1,604 0,032646 0,178 GERAL 0,119013 0,118525-0,410 0,120482 1,234 0,119178 0,138 Tabela 4. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção d. 2 0,010960 0,010937-0,211 0,010995 0,316 0,010956-0,035 3 0,019291 0,019253-0,198 0,019348 0,297 0,019284-0,033 4 0,042544 0,042514-0,070 0,042597 0,125 0,042541-0,005 5 0,057416 0,057388-0,049 0,057464 0,083 0,057414-0,005 6 0,096927 0,096828-0,103 0,097103 0,182 0,096920-0,008 7 0,134486 0,134360-0,094 0,134684 0,147 0,134468-0,014 8 0,155548 0,155398-0,096 0,155775 0,146 0,155524-0,016 GERAL 0,517172 0,516677-0,096 0,517966 0,153 0,517107-0,013 Tabela 5. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção e. 2 0,010697 0,010655-0,390 0,010808 1,039 0,010706 0,086 3 0,019335 0,019276-0,305 0,019508 0,896 0,019353 0,096 4 0,042882 0,042806-0,177 0,042856-0,060 0,042685-0,460 5 0,057416 0,057365-0,090 0,057564 0,257 0,057431 0,026 6 0,096487 0,096273-0,221 0,097020 0,553 0,096522 0,037 7 0,134715 0,134476-0,178 0,135207 0,365 0,134650-0,048 8 0,155548 0,155241-0,197 0,156309 0,489 0,155597 0,032 GERAL 0,517080 0,516092-0,191 0,519272 0,424 0,516945-0,026 Conforme observado nas tabelas 4, 5 e 6, Newton também se mostrou o método mais preciso dentre os avaliados. E novamente Smalian foi o método com maiores erros, apresentando os maiores desvios encontrados. No entanto Huber se mostra um bom método, sendo considerado após Newton, o melhor. Tabela 6. Volumes médios e Desvios Porcentuais por classe de diâmetro para a os comprimentos de seção e. 2 0,011253 0,011061-1,705 0,011667 3,674 0,011263 0,088 Página 4

3 0,018847 0,018602-1,296 0,019450 3,200 0,018885 0,203 4 0,041640 0,041586-0,130 0,042057 1,001 0,041743 0,247 5 0,057416 0,057208-0,363 0,057919 0,876 0,057445 0,050 6 0,095558 0,094753-0,842 0,097284 1,806 0,095597 0,041 7 0,134715 0,133016-1,261 0,137682 2,202 0,134571-0,107 8 0,155548 0,153996-0,998 0,158622 1,976 0,155538-0,006 GERAL 0,514977 0,510223-0,923 0,524681 1,884 0,515042 0,013 CONCLUSÕES O método de Newton se mostrou o mais adequado nos diferentes comprimentos de seção, sendo este o mais indicado para clones de Eucaliptos VM 01. Huber se mostrou um bom método nos comprimentos de seções avaliados. Devido ser um método de fácil aplicação, pois só mede o diâmetro ao meio da tora, é o mais indicado em processos de cubagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO FILHO, A. Dendrometria. 2. ed. Guarapuava: Unicentro, 2009. 316 p. MACHADO, S. A.; NADOLNY, M. C. Comparação de métodos de cubagem de árvores e de diversos comprimentos de seção. In: CONGRESSO FLORESTAL E DO MEIO AMBIENTE DO PARANÁ, 3, 1991, Curitiba. Anais... Curitiba: Associação Paranaense de Engenheiros Florestais, 1991. p. 89-104. MACHADO, S. A.; TÉO, S. J.; URBANO, E.; FIGURA, M. A.; SILVA, L. C. R. Comparação de métodos de cubagem absolutos com o volume obtido pelo xilômetro para bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). Cerne, Lavras, v. 12, n. 3, p. 239-253, jul./set. 2006. MIGUEL, E. P. Avaliação biométrica e prognose da produção de Eucalyptus urophylla (S.T. Blake) na região norte do estado de Goiás. 165 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009. SILVA, J. A. A.; NETO, F. P. Princípios básicos de dendrometria. Recife. Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Ciência Florestal. Imprensa Universitária da UFRPE. 1979. 198 p. THIERSCH, C. R. Modelagem da densidade básica, do volume e do peso seco para plantios de clones de Eucalyptus spp. 197 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2002. AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT Página 5