PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA DIRETORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

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Transcrição:

DECISÃO FA nº. 0112000898-2 PROCON MUNICIPAL DE MARIANA / MG Reclamado...: DIGIBRAS INDUSTRIA DO BRASIL S/A - CEMAZ INDUSTRIA ELETRÔNICA DA AMAZONIA S/A - CCE MÁXIMO CELULAR LTDA I RELATÓRIO Tratam os autos de Procedimento Administrativo, instaurado pela Gerência do Procon Municipal de Mariana, das FA nº 011200898-2, em face do(s) fornecedores(s) DIGIBRAS INDÚSTRIA DO BRASIL S/A,CNPJ/MF nº 07.130.025/0001-59 / CEMAZ INDUSTRIA ELETRONICA DA AMAZONIA S/A- CCE, Endereço: RUA DOMINGOS MARCHETE, nº. 41, Bairro: LIMÃO, CEP:02712150, Cidade; SÃO PAULO SP ; MÁXIMO CELULAR LTDA, inscrito no CNPJ sob o nº 08.473.603/0002-01, com sede na End: RUA SALVADOR FURTADO, nº 31, Bairro: Centro, CEP: 35.420.000, Cidade: MARIANA/MG. Compulsados os autos, nos termos do art. 58, II do Decreto nº 2.181/97, verifica-se que a reclamação apresentada pelo consumidor é considerada como FUNDAMENTADA, por se tratar de notícia de lesão ou ameaça a direito previsto no(s) artigos 4º, 6º, 18, 1, inciso II do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que goza de elementos de verossimilhança suficientes para configurar a necessidade de registro e informação aos consumidores. O fornecedor, não atendeu, à solicitação dos consumidores ou não comprovou o cumprimento dos acordos firmado da FA descumprimento do prazo. Notificado em fls. 31 e 32, da inclusão no cadastro FUNDAMENTADA Estadual e Municipal, conseqüentemente, federal. Prossiga na análise da subsistência ou não de materialidade de infração, com a conseqüente aplicação ou não de sanção, nos termos do art. 56 do CDC e do art. 46 do Decreto 2.181/97.. II = FUNDAMENTAÇÃO A Lei Federal n 8.078 de 11 de setembro 1990 em seu artigo 4º, inc. II, III e VI, assim manifesta

Art. 4º = A Política Nacional de Relação de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção dos seus direitos econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: I(...) II(...) III = Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal) sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores. VI- coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; Ainda no Código de Defesa do Consumidor, assim, manifestam os artigos, 6º, inc. IV e VI art. 18, 1 inc. II da lei federal 8.078/90: Art. 6º = São direitos básicos do consumidor: (...) IV a proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; (...) VI a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Art. 18,Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das parte viciadas. Art. 18, 1º não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e á sua escolha: inc. II, a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos Dispõe o Decreto 2.181/97 o Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor de produtos ou serviços que, direta ou indiretamente, inserir, fizer circular ou utilizar-se de cláusula abusiva, qualquer que seja a modalidade do contrato de consumo, inclusive nas operações securitárias, bancárias, de crédito direto ao consumidor, depósito, poupança, mútuo ou financiamento, e especialmente quando: I II - deixar de reembolsar ao consumidor a quantia já paga, nos casos previstos na Lei nº 8.078, de 1990; III = CONCLUSÃO

O presente procedimento foi instaurado devido denuncia realizada neste órgão, através de Reclamações Pessoalmente e convertido em reclamação direta com abertura de processo administrativo. Ficou comprovado as infrações, da empresa, caracterizando pratica lesiva ao consumidor. Contrariando assim, as Leis nº. 8.078 de 27 de setembro de 1.990, combinado com Decreto 2.181 de 20 de março de 1.997 Constata-se nos autos o acordo FA nº. 011200898-2. DIGIBRAS / CCE / MÁXIMO CELULAR LTDA, fls. 28 e 29 acordo firmado em 18 de julho de 2012. não consta nos autos comprovante de quitação com o consumidor. Conclui-se que, as infrações constantes nos autos administrativos se encontram perfeitamente caracterizadas e tipificadas no dispositivo constante da legislação e Decreto, pertinente apontada, por trazer conseqüências danosas ao universo de consumidores, ofendendo seus direitos básicos. Anexo do Decreto nº 6.346 Classificação das Infrações ao Código de Defesa do Consumidor ( enquadrada no Grupo III grave ), artigo 13, XXIV do Decreto 2.181/97. Ante o exposto, JULGO SUBSISTENTE AS INFRAÇÕES, que culminou com a abertura dos processos administrativos da FA nº 0112000898-2 em relação ao fornecedor DIGIBRAS INDUSTRIA DO BRASIL S/A, CNPJ/MF nº 07.130.025/0001-59 - CEMAZ INDUSTRIA ELETRONICA DA AMAZONIA S/A- CCE, Endereço: RUA DOMINGOS MARCHETE, nº. 41, Bairro: LIMÃO, CEP:02712150, Cidade; SÃO PAULO SP. JULGO INSUBSISTENTE AS INFRAÇÕES Processo Administrativo FA nº 0112000898-2 em relação MÁXIMO CELULAR LTDA, inscrito no CNPJ sob o nº 08.473.603/0002-01, com sede na End: SALVADOR FURTADO, nº 31, Bairro: Centro, CEP: 35.420.000, Cidade: MARIANA/MG, CONSIDERANDO a natureza cogente das normas do Código de Defesa do Consumidor, de ordem pública e interesse social, na forma do artigo 1º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor); o reclamado apresenta DEFESA fls. 33 a 44. Ressalta-se que o artigo 18, caput, 1º, 2º, do Decreto Federal nº 2.181/97, determina que a inobservância das normas contidas na Lei n 8.078 e das demais normas de defesa do consumidor constituirá prática infrativa e sujeitará o fornecedor à sanção administrativa, entre outras, a de multa e que a pena de multa deve ser graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica da empresa, variando em montante não inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (UFIR), ou índice equivalente que venha substituí-lo (art. 57, parágrafo único do CDC); Assim, por desrespeito às normas consumeristas acima mencionadas, impõe-se a empresa conforme determinação do artigo 57, parágrafo único da Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1.990, Código de Proteção e Defesa do Consumidor, devidamente regulamentado pelo Decreto Federal nº 2.181 de 20 de março de 1.997, c/c, artigo 56, inciso I do referido diploma legal. Restou claro, portanto, que o infrator acima qualificado incorreu na prática infrativa do artigo 18, 1º, inciso II, do CDC, combinado com art. 13, XXIV do Decreto 2.181/97,estando, pois,

sujeito à sanção administrativa prevista no art. 56, inciso I da Lei8.078/90. Levando em consideração a natureza da infração, a condição econômica e a vantagem não auferida, aplico ao infrator a penalidade de multa, conforme artigo 56 da Lei 8.078/90. Atento aos dizeres do artigo 57 do CDC e artigos 24 e segs. do Decreto 2.181/97 e art. 41 do Decreto nº 6.346 de18 de junho de 2012, passo à graduação da pena administrativa: As infrações que ensejam essa sanção administrativa, em observância ao Decreto nº 6.346/2012, figuram no grupo III, em razão de sua gravidade, natureza e potencial ofensivo (art. 18, 1º, II, CDC, c/c art. 13, XXIV e art. 22, II do Decreto 2.181/97), pelo que aplico fator de pontuação I. Dessa forma, considero subsistente o auto de infração. Ex positis, passo, pois, à aplicação da SANÇÃO ADMINISTRATIVA. É cabível a aplicação da pena de multa prevista no artigo 56, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, a qual será aplicada observando-se os preceitos do artigo 57 do mesmo diploma, bem como as regras previstas na no Decreto Municipal Nº. 6346/2012. 6346/2012. FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA (artigo 57, CDC, e artigo 40 do Decreto De acordo com os artigos 57 do CDC e Decreto 6346/2012. O valor da pena de multa será fixado atendendo critérios estritamente legais, os quais levarão em conta a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor. a) Gravidade da Infração relaciona-se com sua natureza e potencial ofensivo. As infrações que ensejam essa sanção administrativa, enquadram-se na seguinte classificação I : b) Vantagem não auferida: aquela em que não restar comprovada a obtenção de vantagem e pelas próprias circunstâncias não pode ser mensurada. Vantagem apurada, aquela comprovadamente mensurada em razão da prática do ato infracional. c) Condição econômica Por fim, considerando a demonstração do Capital aplicado será para o critério do porte da empresa apresentada pelo reclamado (fl.16 FA nº.0112.000.898-2), cujo Capital bruto publicado no Diário Oficial 11 de julho de 2011 art. 5º, capital de R$ 3.459.255 (três milhões quatrocentos e cinqüenta e nove mil e duzentos e cinqüenta e cinco), ações ordinárias sem valor nominal verifico que sua condição econômica é de nível Médio Porte, cujo fator é R$ 288.271,25

CÁLCULO: I. Pena-base: Com os valores acima apurados, estando retratadas a gravidade das infrações, a vantagem auferida e a condição econômica do reclamado, aplico os dados à fórmula prevista em Decreto 6346/2012, fixando o quantum da pena-base no valor de R$3.882,71(três mil e oitocentos e oitenta e dois reais e setenta e um centavos ), tendo em vista a concorrência de infrações, nos termos do art. 57do CDC e Decreto 6346/2012, passará ao valor Multa Mínima base reduzida em 50% R$ 1.941,36( mil e novecentos e quarenta e um reais e trinta e seis centavos) conforme planilha de cálculo anexa, parte integrante deste decisum ; II. Atenuantes (artigos 25 do Dec. 2.181/97 e Decreto 6346/2012): Com fulcro no art. 25, II, do Decreto Federal 2.187/97, verifica-se existir circunstância atenuante em relação ao fornecedor, tendo em vista que o mesmo é primário. Em assim sendo, por imperativo legal, aplico a diminuição da pena prevista no artigo 44, I, do Decreto 6346/2012, diminuindo a pena-base em 1/2 (um meio). III. Agravantes (artigo 26, IV do Dec. 2.181/97 e 44 do Decreto 6346/2012: se vislumbra no feito circunstância agravante. IV. Por todo o exposto, fixo a PENA DE MULTA DE FORMA DEFINITIVA no valor de R$1.941,36( mil e novecentos e quarenta e um reais e trinta e seis centavos) conforme cálculos anexos. ISTO POSTO, determino: A notificação do reclamado DIGIBRAS INDÚSTRIA DO BRASIL S/A, CNPJ/MF nº. 07.130.025/0001-59, para recolher à conta do Fundo Municipal de Defesa do Consumidor (FMDC), BANCO DO BRASIL, Agencia 2279-9, Conta 11029-9 no valor da multa administrativa aplicada, ou seja, R$ 1.941,36( mil e novecentos e quarenta e um reais e trinta e seis centavos ), caso queira, apresentar recurso no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de sua notificação (Decreto Federal de nº 2.181/97, art. 9 do Decreto 6346/2012 Na ausência de recurso, ou após o seu improvimento, caso o valor da multa não seja quitado em até 30 (trinta) dias, que se proceda à inscrição do débito em dívida ativa, na forma do art. 55 do Decreto Federal de n.º.2.181/97, devendo, ao final do mencionado prazo, incidir juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária de acordo com o índice oficial

Após o trânsito em julgado desta decisão, seja realizada a inscrição do nome do infrator no cadastro de fornecedores mantido pelo PROCON Municipal, nos termos do artigo 44, caput, da Lei 8.078/90 e dos artigos 57 a 62, do Decreto Federal de nº 2.181/97. Publique-se na imprensa oficial. Registre-se. Intime-se. Remeta-se cópia do inteiro teor desta decisão, por correspondência eletrônica, ao responsável pelo Setor de Relações Institucionais do PROCON Estadual, disponibilizando-a no site deste órgão. Cumpra-se na forma legal. Cientifiquem-se as partes interessadas. Mariana 07de novembro de 2012 Encarregado serviço administrativo do PROCON Encarregado serviço Fiscalização do PROCON

PLANILHA DE CÁLCULO DE MULTA ATENÇÃO: INSERIR INFORMAÇÕES NOS CAMPOS DESTACADOS PELA COR CINZA NOVEMBRO DE 2012 Infrator DIGIBRAS INDÚSTRIA DO BRASIL S/A Processo FA. Nº0112000898-2 Motivo art.18, 1,inc.II do CDC c/c art. 13,XXIV do Decreto 2.181/97 1 - RECEITA BRUTA R$ 3.459.255,00 Porte => Grande Porte 12 R$ 288.271,25 2 - PORTE DA EMPRESA (PE) a Micro Empresa 220 R$ 0,00 b Pequena Empresa 440 R$ 0,00 c Médio Porte 1000 R$ 1.000,00 d Grande Porte 5000 R$ 5.000,00 3 - NATUREZA DA INFRAÇÃO a Grupo I 1 b Grupo II 2 c Grupo III 3 d Grupo IV 4 4 - VANTAGEM a Vantagem não apurada ou não auferida 1 b Vantagem apurada 2 1 1 Multa Base = PE + (REC BRUTA / 12 x 0,01) x (NAT) x (VAN) R$ 3.882,71 Multa Mínima = Multa base reduzida em 50% R$ 1.941,36 Multa Máxima = Multa base aumentada em 50% R$ 5.824,07 Valor da UFIR em 31/10/2000 1,0641 Taxa de juros SELIC acumulada de 01/11/2000 a 31/08/2012 164,19% Valor da UFIR com juros até 31/08/2012 2,8112 Multa mínima correspondente a 200 UFIRs R$ 561,25 Multa máxima correspondente a 3.000.000 UFIRs R$ 8.433.695,87