Crónicas Bibliográficas

Documentos relacionados
Crónicas Bibliográficas

ÍNDICE. Compêndio da Arte da Guerra. Da política e da guerra. Estudo Introdutório

Hinos Patrióticos e Militares Portugueses

CRÓNICAS III - Crónicas Bibliográficas

Verões na Revista Militar Julho/Agosto

Crónicas Bibliográficas

Da Estratégia Aérea Uma abordagem informal

Crónicas Bibliográficas

CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas

Crónicas Bibliográficas

Outonos na Revista Militar Outubro/Novembro/Dezembro

Crónicas Bibliográficas

Projecto Individual de leitura DESFIGURADA De Rania Al-Baz. Realizado por Steven Soares De Pinho 10º E nº18

Regulamento Interno de Funcionamento da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular GEOPOLÍTICA E GEOESTRATÉGIA Ano Lectivo 2014/2015

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA E SOCIOLOGIA DO DESPORTO Ano Lectivo 2010/2011

As especificidades da logística sanitária militar

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular GEOPOLÍTICA E GEOESTRATÉGIA Ano Lectivo 2013/2014

ESTATUTOS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE QUÍMICA E FÍSICA CAPÍTULO I

A arte. da sun tzu. guerra

Forças Armadas em Portugal

Capitão-de-mar-e-guerra Luís Nuno da Cunha Sardinha Monteiro O MAR NO SÉCULO XXI

REVISTAS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E A INICIAÇÃO PROFISSIONAL E CIENTÍFICA EM GEOGRAFIA: O CASO DA REVISTA ÁREA

REGULAMENTO DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Cabo Verde é hoje uma referência para a Comunidade. Internacional e um exemplo para África. Atingiu uma

Biblioteca de Escola Secundária/3ºC de Vendas Novas. Plano de acção Nota introdutória

PROPOSTA PARA A CRIAÇÃO DO CENTRO NACIONAL DE TRATAMENTO DE DADOS DE CUIDADOS INTENSIVOS

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E DE TECNOLOGIAS AGRO-AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS REGULAMENTO GERAL NATUREZA E OBJECTIVOS. Artigo 1º (Natureza)

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ARBITRAGEM

nota à 5ª edição 9 nota à 4ª edição 11 nota à 3ª edição 13 nota introdutória 2ª edição 15 abreviaturas 19

Pesquisa e Tratamento de Informação

UNIDADE 1: Linguística, Linguagem e Língua

Variações Sobre o Trabalho Moderno

Museu do Ar. No âmbito das Comemorações do Centenário O DEVER DA MEMÓRIA NA GRANJA DO MARQUÊS INAUGURAÇÃO

S. R. PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Proposta de Lei de alteração da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro (CEJ)

IN MEMORIAM - Tenente-general Guilherme de Sousa Belchior Vieira ( )

aille O a b c Lançado no 15 de Outubro

Plano de Actividades Ano lectivo 2008/2009 Tema: A aventura dos livros

NEWSLETTER CULTURAL. Câmara Municipal de Almeida. J U N H O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA 1 de junho

A Memória, muito mais do que um mero recordatório, é um processo cultural de reflexão e de crítica sobre o passado que nos trouxe a este presente.

PROTOCOLO ENTRE O EXÉRCITO PORTUGUÊS E A SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE N. o de Agosto de 2005

REGULAMENTO INTERNO DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS DOCENTES DO ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO. CAPÍTULO I Disposições Comuns

Conversas de fim de tarde O Doente crónico: Um desafio clínico e de gestão

CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas

H ISTÓRIA DAS C IÊNCIAS

Newsletter. Academia de Marinha

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º Ano

Clube Português de Canicultura Regulamento de Juízes de Provas de Trabalho para Cães de Parar

O Exército Português em Timor-Leste

Media Training APDH ESQUEMA DA AÇÃO DE FORMAÇÃO

Projecto de Apoio à Literacia. Introdução. Pesquisa e tratamento de informação

CURRICULUM VITÆ MAJOR-GENERAL ANTÓNIO XAVIER LOBATO DE FARIA MENEZES Data de Referência: 25/01/2010

Identificação do aluno:

Intervenção III Fórum Abrigo

Prémio ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR - EGEAC

Ternos pitagóricos e sequências numéricas

Outros Assuntos da Actualidade

Sociedades urbanas e primeiros Estados. Profª Ms. Ariane Pereira

Regulamento Interno Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social /Protocolo de RSI

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO Prémio ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR EGEAC

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios.

Império Romano e outros impérios de sua época. Profª Ms. Ariane Pereira

PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INVESTIGAÇÃO EM CANCRO PARA 2016

DIREÇÃO DE SERVIÇOS DO DESPORTO ESCOLAR

LIVRO DO MÊS JANEIRO 2009 NOTAS BIOGRÁFICA E BIBLIOGRÁFICA DA AUTORA

ELEMENTOS DE CULTURA HISTÓRICA, POLÍTICA, ESTRATÉGICA E MILITAR

REGULAMENTO INTERNO DA MUSIKARISMA ASSOCIAÇA O

A Memória, muito mais do que um mero recordatório, é um processo cultural de reflexão e de crítica sobre o passado que nos trouxe a este presente.

Os estudos da História da Arte abrangem desde a Arte Pré-Histórica, primeira manifestação artística conhecida, até a Arte Contemporânea, que é como

A Guerra das Laranjas e a Questão de Olivença num contexto internacional

UMA CARTA. para Garcia

Excelência Senhor Pier Paolo Balladelli, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas e Representante do PNUD em Angola;

Licenciatura em Ciências da Nutrição

O império foi criado no norte da África, no deserto do Saara Com as cheias do rio nilo que deixava o solo fértil, era possível o cultivo de: cereais

IN MEMORIAM E EVOCAÇÃO

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO SECÇÃO REGIONAL DO SUL DA ORDEM DOS ARQUITECTOS

O Perfil do Psicólogo na Administração Local

A Guerra do Futuro e Implicações na Estratégia Militar

UDESC 2017/2 HISTÓRIA. Comentário

Administração. Visão Geral das Teorias Administrativas. Professor Rafael Ravazolo.

Negócios Internacionais

1. AVALIAÇÃO DA COLECÇÃO

DESPACHO NORMATIVO Nº 24/2000

CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD

Normas de funcionamento interno da 3.ª Secção do Tribunal de Contas (NFI)

A MULHER NA HISTÓRIA ACTAS DOS COLÓQUIOS SOBRE A TEMÁTICA DA MULHER ( ) CÂMARA MUNICIPAL DA MOITA

Índice. agradecimentos Hemeroteca Municipal de Lisboa Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Apresentação 9 Introdução 11

Junto se envia, à atenção das delegações, a versão desclassificada do documento referido em epígrafe.

1. ANÁLISE ESTRATÉGICA

Remunerações 2009-Corpos Especiais Não Revistos 1 de 13

JORNAL DA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO JOÃO DE DEUS

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular CONTENCIOSO DO PODER PÚBLICO Ano Lectivo 2013/2014

Enquadramento institucional da actividade do Governo em matéria de Sociedade da Informação

Reorganização do Exército

Localização geográfica

Transcrição:

Crónicas Bibliográficas General Gabriel Augusto do Espírito Santo Coronel António de Oliveira Pena Tenente-general Adelino Rodrigues Coelho :: Neste pdf - página 1 de 5 ::

A Arte de Vencer A Fronteira do Caos, Editores, teve a amabilidade de enviar à Redacção da Revista Militar, que agradece, um exemplar da sua recente publicação, com o Título A ARTE DE VENCER - Clássicos Chineses da Estratégia, Duas obras inéditas, com uma Introdução e Notas do Mestre Francisco Abreu, autor que já nos habituou às suas meditações sobre Estratégia. Nos dois textos que constituem a obra encontram-se alguns dos princípios que caracterizam, no domínio dos estudos estratégicos clássicos da China, duas das suas principais escolas de pensamento: a realista (Wei Liao-tzu) e a idealista (Sssu-ma Fa). A obra, de leitura fácil e agradável, merece atenção, já que o pensamento estratégico militar contemporâneo tem recorrido cada vez mais aos clássicos chineses e o seu saber estratégico, reconhecendo que na sua cultura, há vários milénios, se fazia estratégia de um modo operacionalmente consistente e se reflectia sobre ela de um modo conceptualmente sofisticado. Gabriel Augusto do Espírito Santo General, Presidente da Direcção da Revista Militar :: Neste pdf - página 2 de 5 ::

O Povo do Nilo O Egipto dos Faraós, Luzia Seromenho De leitura muito agradável e apelativa o livro trata uma civilização esplendorosa e de fascínio inesgotável pois, ainda hoje, estão a ocorrer descobertas fabulosas, mostrandonos um esplendor quase inimaginável que ocorresse há tantos séculos, com os meios e técnicas então disponíveis. A sequência na apresentação dos assuntos é lógica e o desenvolvimento é sóbrio, procurando salientar os aspectos mais relevantes e menos conhecidos. Considero especialmente interessante o capítulo que trata da organização social pela caracterização que faz das diferentes classes sociais nomeadamente do funcionalismo público e da mulher e a família. Quanto àqueles relevos a exigência de saber ler e escrever correctamente e ter conhecimentos específicos das tarefas a desempenhar. E para neles superintender, em todo o reino, agindo como intendente-geral do reino um só homem, o vizir (mais tarde dois, um para o Norte e outro para o Sul). Exemplo seguro e claro da não-burocracia, tanto mais de assinalar que as funções eram vastas e os meios de comunicação e as técnicas grandemente limitadas. A família era fundamental para os egípcios. Iniciava-se com o casamento, um contrato civil e económico no qual a mulher tinha sempre a palavra final. Que melhor exemplo para os nossos dias? É surpreendente o relevo dado à mulher na sociedade, de tal forma que podemos pensar que se regrediu, e muito, séculos mais tarde. Mesmo no tocante á poligamia, que muitos salientam, parece ter sido muito rara, na prática, e a ter existido seria mais nas classes mais altas porque o cidadão comum tinha somente uma mulher, só voltando a casar em caso de viuvez. É grande a tentação em continuar a referenciar dados sobre a mulher e a família, mas o melhor mesmo é ler o livro :: Neste pdf - página 3 de 5 ::

A economia no tempo dos faraós tinha uma relação muito estreita com o Rio Nilo, as suas enchentes, as secas, a fertilidade das margens, como ainda hoje acontece. Curioso foi terem criado um instrumento, o nilómetro, para puderem acompanhar o seu comportamento ao longo do ano! A Religião e a Arte e a Arquitectura são campos que nunca poderiam ser omitidos e o seu tratamento em dois capítulos completam, da melhor forma, o livro que nos coube apreciar, o que fizemos com imenso gosto e que recomendamos não somente àqueles que já visitaram ou tencionam visitar o Egipto, mas a todos os que queiram aprofundar os seus conhecimentos sobre uma civilização única e sempre surpreendente. Adelino Rodrigues Coelho Tenente-General. Sócio Efectivo e Vogal da Direcção da Revista Militar Teoria do Combate Carl von Clausewitz As Edições Sílabo, colecção Clássicos do Pensamento Estratégico, no âmbito A Estratégia ao Serviço da Política, da Guerra e das Empresas, acompanhando o interesse pela adaptação do modelo clausewitziano aos mundos da organização e gestão da economia, apresenta este texto que é considerado continuação da maior obra - Da Guerra - de Carl von Clausewitz. O Estudo Introdutório e as Notas são da autoria do Major-General Pedro de Pezarat Correia e a tradução, de José Bóia, foi realizada a partir de uma edição alemã de 1980. :: Neste pdf - página 4 de 5 ::

No seu Estudo o General Pezarat Correia salienta que esta teorização de Clausewitz se ajustou à Revolução Industrial sendo essa antecipação causa do sucesso e sobrevivência da obra. Por isso, quando a partir dos finais do século XX se começou a falar da Revolução nos Assuntos Militares (RAM), a qual passa por uma profunda renovação tecnológica, mas também pela reformulação organizacional, conceptual e doutrinária (só esta última justifica a classificação de revolução), é forçoso recuar à anterior RAM napoleónica e clausewitziana. O General salienta a importância de Clausewitz reflectir sobre a guerra com preocupações políticas e militares, dando supremacia à política na forma da estratégia cumprir objectivos definidos pela política, e no âmbito militar valorizando a dialéctica entre meios e fins, a combinação das várias armas e serviços e a actuação de milícias e da guerrilha, e ainda, no campo da conceptualização estratégicotáctica releva a incerteza, o imprevisto e o acaso, bem próprias da actual realidade bélica. A Teoria do Combate organiza-se num Esboço de um plano sobre táctica ou teoria do combate, por sua vez distribuído por Introdução; Teoria Geral do Combate (Combate - Aquartelamento - Acampamentos - Marchas); Combates, Secções bem determinadas, diferentes maneiras de as utilizar; Combates em ligação com a região e o terreno; Combates com objectivos específicos; Sobre os acampamentos e aquartelamentos e Sobre marchas e por um Guia para o estudo da táctica ou da teoria do combate - Teoria geral dos combates, por sua vez dividido em 28 rubricas. Deste importante conjunto destaca-se, para além dos domínios da estratégia e da táctica, o último número dedicado ao Carácter da direcção por ser um dos temas de tratamento privilegiado pela parte do Mestre Clausewitz, onde se diz haver necessidade de dois tipos de coragem, um para não se ser dominado pela sensação de perigo pessoal e outro para se ter em conta o imprevisto, a incerteza e a eles ajustarmos os actos. A Revista Militar agradece a Edições Sílabo o exemplar enviado para a sua Biblioteca, felicita a Editora por mais esta obra e os intervenientes na edição; José Bóia, tradutor; Pedro Mota, Capa; Major-General Pezarat Correia, Estudo Introdutório e Notas e o coordenador editorial da colecção, Mestre em Estratégia, Francisco Abreu. António de Oliveira Pena Coronel, Director-Gerente do Executivo da Direcção da Revista Militar :: Neste pdf - página 5 de 5 ::