EFEITO DO USO DE HIDROGEL NO DESENVOLVIMENTO DA SOJA CULTIVADA NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS

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Transcrição:

EFEITO DO USO DE HIDROGEL NO DESENVOLVIMENTO DA SOJA CULTIVADA NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS Nome dos autores: Danilo Alves Veloso; Rodrigo Ribeiro Fidelis Danilo Alves Veloso 1 ; Rodrigo Ribeiro Fidelis; 1 Aluno do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; e-mail: danilo.veloso@hotmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador(a) do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; e-mail: fidelisrr@mail.uft.edu.br RESUMO: A soja é uma espécie originária da Ásia, e vem sendo cultivada há centenas de anos. Em virtude das suas características nutritivas e industriais e à sua adaptabilidade a diferentes latitudes, solos e condições climáticas, o cultivo se expandiu por todo o mundo, constituindo-se na principal leguminosa cultivada. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da utilização do hidrogel na retenção e disponibilização de água para o desenvolvimento e produção da cultura da soja quando submetido a estresse hídrico. O experimento foi conduzido na estação experimental da Universidade Federal do Tocantins - Campus de Gurupi, em delineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições, em esquema fatorial de 4 x 2, sendo quatro doses do produto (5, 10, 15 e 20 Kg/ha -1 ) e duas fontes de hidrogeis (Hydroplan e Polim-Agri). Para verificar a interferência dos produtos e das doses do hidrogel no desenvolvimento e produção da soja foram avaliadas as características: Altura da planta, Número de vagens por planta, Peso de 100 sementes, Produtividade de grãos. Palavras-chave: (Glycine max; produtividade; condicionador de solo) INTRODUÇÃO: No decorrer dos últimos anos, a produção da soja tem apresentado variações importantes na sua produção apontando acréscimos ou decréscimos tornando a cultura oscilante. Estas variações na produção são típicas de regiões cujos processos produtivos estão diretamente dependentes do clima, em ano de distribuição pluviométrica regular quase sempre é seguido de um de distribuição irregular, com reflexos diretos na produção. Neste contexto, os hidrogéis podem ser interessantes, atuando como reguladores da disponibilidade de água para as culturas, aumentando a produtividade local e minimizando os custos de produção. A adição de hidrogéis no solo otimiza a disponibilidade de água, reduz as perdas por percolação e lixiviação de nutrientes e melhora a aeração e drenagem do solo, acelerando o desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea das plantas ( HENDERSON e HENSLEY, 1986). Página 1

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi conduzido no sul do Estado do Tocantins, na estação experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, no dia 18/12/2015, período da safra de 2015/2016, localizada a latitude de 11º 43` 45``S e longitude de 49º 04` 07``W, a 280 m de altitude. De acordo com Embrapa (2006) o solo é classificado em Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Para a realização do estudo foi usado o cultivar de soja Mon Soy 8644 com diferentes doses de hidrogel e fontes do produto comercial (hidrogel - condicionador de solo que retém água e nutriente para as plantas). O delineamento estatístico adotado é em blocos ao acaso com 4 repetições, num esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco doses do produto (0,5, 10, 15 e 20 Kg/ha - 1 ) e duas fontes de hidrogeis (Hydroplan e Polim-Agri). As sementes foram submetidas ao tratamento de sementes com produto comerciais indicados para a cultura. Antes do plantio à soja foi inoculada, em seguida realiza-se a adubação de base de acordo com a análise de solo e posteriormente, adicionado o hidrogel hidratado na proporção de 1 grama de produto para 400 ml de agua e aplicando em cada linha de semeadura. Os tratos culturais seguiram conforme a necessidade da cultura. Para verificar a interferência dos produtos e das doses do hidrogel no desenvolvimento e produção da soja foram avaliadas as características: Altura de planta; Número de vagens por planta; Peso de 100 sementes; Produtividade de grãos. Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância, com aplicação do teste F. Realizou-se a análise de regressão, com auxílio do sistema computacional SISVAR (FERREIRA, 2008). RESULTADOS E DISCUSSÃO Analisando o resumo da análise de variância (Tabela 1), observa-se que houve efeito significativo na interação doses versus fontes para as características altura de plantas e produtividade evidenciando que os fatores são dependentes. Já as demais características (vagens por planta e peso de 100 grãos) não apresentaram significância alguma, isso mostra que não há dependência entre os fatores avaliados. Analisando as fontes de hidrogel, não se observou diferenças significativas para as características, ou seja, altura de plantas, peso de 100 Página 2

grãos, produtividade e número de vagens por planta não mostraram efeito significativo com a mudança dos hidrogeis. No entanto ao analisar-se a fonte de variação doses, há efeito significativo para as características, peso de 100 grãos, produtividade e número de vagens por planta e nenhum efeito de significância sobre a característica altura de plantas. Bortolin et al. (2012), explicam que outra característica que pode influenciar o desempenho inferior dos polímeros é o grau de intumescência, que está associado a concentração de acrilamida (AAm) presente no grânulo. Maiores concentrações de Acrilamida aumentam a rigidez das cadeias poliméricas, provocando menor capacidade de absorção de água. De forma geral, redes poliméricas formadas com alta concentração de AAm são fortemente reticuladas e isso reflete em menor expansão, fazendo com que o volume de água difundido para o interior da matriz seja menor. Desta forma, provavelmente o Hidrogel 2 possui menor teor de acrilamida que o Hidrogel 1, resultando em maior absorção de água e consequentemente, maior disponibilização de água para a planta ao longo de seu ciclo, apresentando assim médias crescentes de altura de plantas, mesmo o Hidrogel 1 apresentando médias maiores em algumas doses (5 e 15 Kg/ha -1 ), o comportamento do Hidrogel 1 é totalmente instável, ficando nítido no gráfico quando vemos as oscilações de acordo o aumento nas doses, comportamento esse que não é observado no Hidrogel 2 (Figura 1). Observando o comportamento do Hidrogel 2 percebe-se incremento de altura em resposta as doses crescente de hidrogel, mesmo que a dose 15 Kg/ha -1 tenha apresentado um comportamento anômalo, contudo nas doses restantes (5, 10 e 20 Kg/ha -1 ) é visível a resposta da característica altura de plantas para o uso de doses crescentes do hidrogel, com um aumento de 30% em relação a testemunha. (Figura 1) Observa-se acréscimo do número de vagens por planta (Figura 2) para todos os hidrogeis em função do aumento da dose, com destaque para o Hidrogel 2 que obteve média de 59,7 vagem por planta de soja na dose 15 Kg/ha -1, cerca de 87% da produção da testemunha, superando assim a testemunha que obteve 31,9 vagens por planta. Como nas demais características o Hidrogel 1, destacou-se com cerca de 78% da produção da testemunha. Um fator importante a destacar é que a dose 20 Kg/ha -1 apresentou produtividade inferior a dose 15 Kg/ha -1 em ambos os hidrogéis, isso pode ser referente alta concentração de hidrogel no solo e Página 3

a não disponibilização de água para a planta, retendo assim água no solo, mas não a disponibilizando para a planta. Observa-se acréscimo de peso dos grãos (Figura 3) para todas as fontes de hidrogel em função do aumento da dose, com destaque para o Hidrogel 1 que obteve peso de 20,3 gramas na dose 15 Kg/ha -1, superando a testemunha que produziu 15,8, um acréscimo de 28,48% em relação ao peso de grãos da testemunha. O Hidrogel 2 apresentou um índice satisfatório de peso com 19,5 gramas na dose 15 Kg/ha -1, superando a testemunha, com um acréscimo de 23,42% em relação ao peso apresentado pela testemunha. Observa-se acréscimo da produtividade de grãos (Figura 4) para todas as fontes em função do aumento da dose, com destaque para o Hidrogel 1 que obteve produtividade de 3.010,4 Kg/ha na dose de destaque (dose 15 Kg/ha -1, cerca de 190% da produção da testemunha, superando a testemunha que produziu 1037,8 Kg/ha -1. Como na característica anterior o Hidrogel 1 destacou-se em produtividade, no entanto boas medias de produtividade foram obtidas com o Hidrogel 2, que também destacou-se na dose 15 Kg/ha -1, resultando em produtividade de 2.566,7 Kg/ha -1, cerca de 147% da produção da testemunha. Tabela 1. Resumo da análise de variância para altura de plantas (ALT), número de vagens por planta (VP), peso de 100 sementes (P100) e produtividade (PROD em kg ha -1 ) em um cultivar de soja com cinco doses de hidrogel e duas fontes de hidrogel. Gurupi, TO. 2016. F.V. G.L. ALT VP P100 PROD Repetição 3 15,83 73,59 2,01 87448,2 Fontes 1 0,75 ns 9,22 ns 0,11 ns 38545,47 ns Doses 4 311,987 ns 907,4 ** 18,3 ** 3179127,2 ** D x F 4 63,48 * 3,4 ns 0,89 ns 98017,78 ** Residuo 27 22,35 38,22 0,75 20047,56 C. V. (%) 6,79 12,42 4,88 7,28 Média geral 69,66 49,77 17,76 1943,95 Página 4

Figura 1. Altura de planta do cultivar de soja MSOY 8644 submetida a diferentes doses (0; 5; 10; 15; 20 Kg/ha -1 ) e produtos comercias (H1: Hydroplan; H2: Polim-agri). ns não significativo; ** significativo para P 0,01; * Significativo para P 0,05 pelo teste F. Figura 2. Vagens por planta do cultivar de soja MSOY 8644 submetida a diferentes doses (0; 5; 10; 15; 20 Kg/ha -1 )e produtos comercias (Hydroplan 1 HyA;2 Polim-agri). ns não significativo; ** significativo para P 0,01; * Significativo para P 0,05 pelo teste F. Página 5

Figura 3. Peso de cem grãos do cultivar de soja MSOY 8644 submetida a diferentes doses (0; 5; 10; 15; 20 Kg/ha -1 ) e produtos comercias (Hidrogel 1 Hydroplan; 2 Polim-agri). ns não significativo; ** significativo para P 0,01; * Significativo para P 0,05 pelo teste F. Figura 4. Produtividade em kg/ha do cultivar de soja MSOY 8644 submetida a diferentes doses (0; 5; 10; 15; 20 Kg/ha -1 ) e produtos comercias (Hidrogel 1 Hydroplan; 2 Polim-agri). ns não significativo; ** significativo para P 0,01; * Significativo para P 0,05 pelo teste F. Página 6

LITERATURA CITADA Bortolin, A.; Aouada, F. A.; Longo, E.; Mattoso, L. H.C. Investigação do Processo de absorção de água de hidrogéis de polissacarídeo: efeito da Carga iônica, presença de sais concentrações de monômeros e polissacarídeo. Polímeros, São Carlos, v.22, n.4, p.311-317, 2012. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2 ed. Brasília: EMBRAPA, 2006. 306 p. FERREIRA, D.F.. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, Lavras, v.6, n. 2, p. 36-41. 2008 HENDERSON, J.C.; HENSLEY, D.L. Efficacy of a hydrophilic gel as a transplant aid. Horticulture Science, London, v.21, n. 4, p.991-992, 1986. AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT Página 7