ANÁLISE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE DOSES CRESCENTES DE N EM COBERTURA EM DIFERENTES POPULAÇÕES NA CULTURA DO MILHO

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1 ANÁLISE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE DOSES CRESCENTES DE N EM COBERTURA EM DIFERENTES POPULAÇÕES NA CULTURA DO MILHO Fabiano Pacentchuk (ICV-UNICENTRO), Diogo Davi Follmann, Marciela Rodrigues da Silva, Nelson Luiz Brandalise Filho, Leonardo Serpa Maciel, João Daniel Nerone Turok, Itacir Eloi Sandini, isandini@hotmail.com. Universidade Estadual do Centro-Oeste/Departamento de Agronomia/Guarapuava, PR. Ciências Agrárias Agronomia Palavras-chave: Custo de produção, eficiência econômica, lucratividade. Resumo: Tendo em vista a grande importância da cultura do milho, existe uma grande busca pelo aumento da produtividade, porém, muitas vezes o aumento da produtividade não se reflete no aumento de lucratividade, assim, realizou-se um trabalho no município de Candói, PR, cujo objetivo foi estudar a viabilidade econômica do aumento da população de plantas e do uso de doses crescentes de N em cobertura. O ensaio foi conduzido em esquema fatorial 2 x 5 (população de e plantas ha -1 e dose de 0, 75, 150, 225 e 300 kg ha -1 de N). Dos resultados obtidos, verificou-se que o aumento de população na cultura do milho foi uma prática inviável, em contrapartida, a aplicação de N em cobertura proporcionou aumento da lucratividade. A MEE foi obtida através da aplicação de 217 e 206 kg ha -1 de N em cobertura, para as populações de e plantas ha -1 respectivamente. Introdução O milho (Zea mays L.) é um dos mais importantes produtos para o consumo humano e animal (SILVA, et al., 2011). Para tanto, a busca pelo aumento de produtividade deve ser incessante. A população de plantas é uma das práticas culturais que mais interfere na produtividade da cultura do milho, pois pequenas modificações na densidade podem alterar significativamente o rendimento de grãos (SILVA et al., 2009). Assim, a produtividade tende a variar com o aumento da população, porém a população ideal é dependente do material genético, da disponibilidade hídrica, da época de semeadura e da fertilidade do solo. De certa maneira o aumento da população de plantas se configura como umas das alternativas para aumento de produtividade, pois possibilita uma distribuição uniforme, consequentemente melhorando a utilização da luz, água e nutrientes. Em função disso é que se procura diminuir os espaçamentos entre linhas para a cultura do milho e aumentar a quantidade de plantas por área, buscando aumentar a produção de grãos (GROSS et al., 2006). Entretanto, o aumento da população de plantas por si só não possibilita grandes aumentos na produtividade, faz-se necessário assim um correto manejo do

2 solo e a utilização de adubação nitrogenada, pois a demanda de N nos solos, na grande maioria das vezes, não supre a quantidade requerida pelas plantas nos diversos estádios do seu desenvolvimento. Deste modo, a obtenção de altas produtividades de milho é diretamente dependente de elevadas doses de N (SOUSA & LOBATO, 2004). O milho é uma cultura totalmente dependente de grandes quantidades de nitrogênio, sendo que a maioria dos experimentos realizados com milhos em diferentes solos brasileiros apresenta resposta à aplicação de nitrogênio. Todavia, a busca pelo aumento de produtividade deve ser realizada cautelosamente, pois se deve levar em consideração fatores que aumentam o custo de produção, como por exemplo a adubação nitrogenada, que é o fator que mais onera o custo de produção da cultura (DUETE et al., 2008). O aumento da população também é um fator que onera o custo de produção, pois sementes de qualidade tem um preço relativamente elevado. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise econômica da aplicação de doses crescentes de N em cobertura em diferentes populações na cultura do milho, de forma a identificar qual é a dose de máxima eficiência econômica para cada população. Materiais e métodos O experimento foi conduzido na fazenda Capão Redondo, município do Candói, PR na safra agrícola 2013/2014. O clima da região é classificado como mesotérmico úmido sem estações secas e com verões amenos (Cfb). A área experimental possui solo do tipo Latossolo Bruno Típico. Foi utilizado delineamento experimental de blocos casualizados, com 4 repetições e unidade experimental constituída de 7 linhas com espaçamento de 0,45 e comprimento de 5m. A área do experimento estava sobre sistema de semeadura direta, sendo que se semeou sob a palhada de aveia. A semeadura do híbrido de milho AS 1555 foi efetuada dia 13/10/13, com adubação realizada através da aplicação de 350 kg ha -1 da fórmula O experimento foi alocado em arranjo fatorial 2 x 5 (2 populações de plantas e 5 doses de N em cobertura). As populações de plantas utilizadas no experimento foram e plantas ha -1, e as doses de N em cobertura foram 0, 75, 150, 225 e 300 kg ha -1. Após a colheita das espigas, procedeu-se à debulha mecânica e pesagem, sendo a umidade dos grãos corrigida para 14%, obtendo-se a produtividade em kg ha -1. Posteriormente realizaram-se os cálculos para obter a receita bruta marginal (RBM), a RBM obteve-se subtraindo da receita bruta (RB - valor obtido pela venda do milho) os custos da semente do híbrido (CS) e os custos com o N-ureia (CN), logo, RBM = RB (CS + CN). Os dados foram tabulados em uma planilha eletrônica através do software Microsoft Excel. Os valores de custo da ureia (N) e das sementes do milho foram levantados em consultas a revendas autorizadas destes produtos. Para tanto, na data da consulta (31/07/2014) o preço da ureia (saco de 60 kg) era R$ 55,00 e o preço do saco de sementes do híbrido AS 1555 (60000 sementes) era de R$ 520,00. Por fim, procede-se a análise econômica dos valores obtidos. Os dados de produtividade e da RBM foram submetidos à análise de regressão através do software SISVAR, buscando o modelo que melhor expressasse a relação entre as variáveis. Após serem gerados os gráficos, encontrou-se por equações matemáticas

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5 Sousa, D. M. G.; Lobato, E. Cerrado: correção do solo e adubação. 2 ed. Brasília: Embrapa Cerrados, p.