A contabilidade e gestão na atividade agrícola. Benefícios Fiscais. Santarém 5 de junho de 2018

Documentos relacionados
RFAI. (Regime Fiscal de Apoio ao Investimento) INVESTIMENTOS LEGÍVEIS BENEFÍCIOS DESTINATÁRIOS

Apresentação de Incentivos. Fiscais

Apresentação de Incentivos. Fiscais

Estatuto dos Benefícios Fiscais

OE 2017 IRC. Catarina. Tax Director. Orçamento do Estado Proposta de Lei. Outubro 2016 PwC

IMPUTAÇÃO DE RENDIMENTOS. Profissionais, Comerciais e Industriais. Agrícolas, Silvícolas e Pecuários IDENTIFICAÇÃO DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S)

IRC PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DECORRENTES DO OE 2013

Instruções de preenchimento do anexo D da declaração modelo 22 (impresso em vigor a partir de 2012)

BENEFÍCIOS FISCAIS. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

Tributação dos advogados , delegação de Viana do Castelo

Descomplicar o Orçamento do Estado 2018: Principais Alterações Fiscais Marta Machado de Almeida Braga, 9 de Fevereiro de 2018

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 184/2015, Série I, de 21/09, páginas

MEDIDAS FISCAIS PARA EMPRESAS

Código Fiscal do Investimento. 3º encontro 5/12/2014

REGIME FISCAL DE APOIO AO INVESTIMENTO

Circular 4/2014 ASSUNTO: IRC EBF - BENEFÍCIO AO REINVESTIMENTO DE LUCROS E RESERVAS

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

JORNAL OFICIAL. 2.º Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Terça-feira, 21 de fevereiro de Série. Número 35

MÓDULO: IRC Imposto sobre Rendimentos

Rua Comendador Raínho, 1192, S. João da Madeira Tlf.: / 234 Fax:

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 67/XIII. Exposição de Motivos

LEGAL ALERT ALTERAÇÕES AO ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS LEI N.º 43/2018

RFAI Regime Fiscal de Apoio ao Investimento

Proposta de alteração à Proposta de Lei n.º 37/XIII/2.ª. Orçamento do Estado para 2017

CIRCULAR. Gabinete Jurídico-Fiscal

Comprovativo de Entrega da Declaração IES/DA Via Internet - Informação Vigente. Cód. Validação: VILA NOVA DE FOZ COA 1295

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 316/XII. Exposição de Motivos

Orçamento do Estado 2018 IRS Ana Duarte

Obrigações Fiscais e a relação com o Estado

Lei n.º 42/2016, de 28/12 Lei do Orçamento do Estado para 2017 / LOE2017. Alterações para Código Impostos sobre Património

OS BENEFÍCIOS FISCAIS EM IRC. Fique a conhecer os principais benefícios fiscais que a sua empresa poderá usufruir

PDR Jovens Agricultores Investimentos na Exploração Agrícola

IES - INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA)

Create value with public funding. Código Fiscal do Investimento da Região Autónoma da Madeira

DERRAMA MUNICIPAL. (art.º 18.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro) 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO INFORMAÇÃO RELEVANTE .., .., ..

PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO 02 ÁREA DA SEDE, DIRECÇÃO EFECTIVA OU ESTAB. ESTÁVEL IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO TIPO DE SUJEITO PASSIVO

ANEXO B DECLARAÇÃO MODELO 22

Fiscal, 12.ª Edição Col. Legislação, Edição Académica

O S N O V O S B E N E F Í C I O S F I S C A I S A O I N V E S T I M E N T O

DERRAMA MUNICIPAL. [art.º 18.º da Lei n.º 73/2013, de 03 de setembro] 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO INFORMAÇÃO RELEVANTE .., ..

1 IMPUTAÇÃO DE RENDIMENTOS. Profissionais, Comerciais e Industriais. Agrícolas, Silvícolas e Pecuários. Capitais

Regime de transparência fiscal sociedades de profissionais. Enquadramento em sede de segurança social

Orçamento do Estado para Principais Medidas Fiscais

IES - INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA)

Circular nº 48/2016. Caros Associados,

Regime Fiscal de Apoio ao Investimento

BENEFÍCIOS FISCAIS. Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) UWU SOLUTIONS

RENDIMENTOS DA CATEGORIA B REGIME SIMPLIFICADO / ATO ISOLADO. Regime Simplificado de Tributação. Profissionais, Comerciais e Industriais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

RENDIMENTOS DA CATEGORIA B REGIME SIMPLIFICADO / ATO ISOLADO. Regime Simplificado de Tributação. Profissionais, Comerciais e Industriais

Newsletter de Março de 2016

O REGIME SIMPLIFICADO DO IRC

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

REGIÕES AUTÓNOMAS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO REGIÕES AUTÓNOMAS

RFAI. Regime Fiscal de Apoio ao Investimento

CIRCULAR. Para conhecimento, junto se envia a circular 12/2014 do nosso Gabinete Fiscal, relativa ao assunto em epígrafe

Qual o valor do subsídio de refeição para 2017? Possuo um alojamento local. A que tributação estarei sujeito em 2017?

Linha de Crédito Capitalizar Versão v.2

Proposta de Lei do OE 2018 IRC. João Magalhães Ramalho Sócio PLMJ Fiscal. Outubro de 2017

Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro

Proposta OE Principais medidas. Mariana Gouveia de Oliveira

RESIDENTE NÃO HABITUAL

Regime Fiscal de Apoio ao Investimento

LINHA DE CRÉDITO COM GARANTIA MÚTUA, IFD PROGRAMA CAPITALIZAR PORTUGAL Perguntas Frequentes

OPERAÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS E RENDIMENTOS OBTIDOS NO ESTRANGEIRO OPERAÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS CÓDIGO DO PAÍS DENOMINAÇÃO DA ENTIDADE

RFAI. Regime Fiscal de Apoio ao Investimento

LEI DO ORÇAMENTO DE ESTADO 2014

Fórum da Competitividade

BENEFÍCIOS FISCAIS RENDIMENTOS ISENTOS REGIME DE ISENÇÃO TEMPORÁRIA ZONA FRANCA DA MADEIRA E DA ILHA DE SANTA MARIA

Questões Frequentes Decreto-Lei n.º 66/2016, de 3 de novembro Regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 5

DECRETO N.º 38/XIII. Regime de apoio à agricultura familiar nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

VICTORIA SEGUROS BENEFÍCIOS FISCAIS

SISTEMA DE INCENTIVOS AO EMPREENDEDORISMO E EMPREGO (SI2E) FSE

Regime facultativo de reavaliação n.º 14/2016 _ 25 de novembro de 2016

As possíveis implicações fiscais

3.1 - Jovens Agricultores Investimentos na Exploração Agrícola PSZ CONSULTING

Fiscal, 10.ª Edição Col. Legislação, Edição Académica

DEDUÇÃO POR LUCROS RETIDOS E REINVESTIDOS (DLRR)

Comprovativo de Entrega da Declaração IES/DA Via Internet - Informação Vigente. Cód. Validação: PAREDES 1848

CIRCULAR N.º 4/2013. A) IRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

Tributação Autónoma Novas regras

AIMI 135.º-A a 135.º-K. Oficio circulado 40115; Instrução de Serviço 40050

MÓDULO: IRC IMPOSTO SOBRE RENDIMENTOS

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas Proposta de lei para o OE 2019

MÓDULO: IRC Imposto sobre rendimento

Artigo 14.º. (Aditado pela Lei n.º 55/2013, de 8 de agosto, com entrada em vigor a 9 de agosto de Produz efeitos a 1 de julho de 2013)

INFORMAÇÃO FISCAL CFEI. Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018

Subsídios e outros apoios das entidades publicas Operacionalização

Benefícios Fiscais Guia Prático

Como constituir uma cooperativa?

ORGANISMOS INVESTIMENTO COLETIVO. Síntese do Regime Tributário

direção municipal de urbanismo e ambiente. divisão de planeamento e reabilitação urbana. janeiro 2017

Comprovativo de Entrega da Declaração IES/DA Via Internet - Informação Vigente. Cód. Validação: PAREDES 1848

PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO DE 2015

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 23º

Transcrição:

A contabilidade e gestão na atividade agrícola Benefícios Fiscais Santarém 5 de junho de 2018

Sumário A dimensão da atividade agrícola em sede de IRC Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Benefícios genéricos no âmbito do IRC 2

A dimensão da atividade agrícola em sede de IRC Número de declarações de IRC apresentadas (CAE Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) 2014 2015 2016 N.º de declarações do agregado 14 902 16 442 17 434 Total de declarações 440 168 452 683 464 780 Peso do agregado no total de declarações 3,4% 3,6% 3,8% (fonte: Autoridade Tributária) 3

A dimensão da atividade agrícola em sede de IRC Evolução do número de declarações apresentadas (CAE Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) face ao total de declarações modelo 22 de IRC 2014 2015 2016 N.º de declarações do agregado 14 902 16 442 17 434 Taxa de crescimento das declarações do agregado 10,3% 6,0% Total de declarações 440 168 452 683 464 780 Taxa de crescimento do total de declarações 2,8% 2,7% 4

A dimensão da atividade agrícola em sede de IRC Número de declarações de IRC apresentadas (CAE Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) com resultado líquido positivo 2014 2015 2016 N.º de declarações do agregado 14 902 16 442 17 434 N.º de declarações com resultado positivo 6 831 7 286 8 304 Peso das declarações com resultado positivo 45,8% 44,3% 47,6% (fonte: Autoridade Tributária) 5

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários Os benefícios de carácter regional estão condicionados por limites Existem dois tipos de limitação à utilização de benefícios fiscais Taxas máximas de auxílio Regra de Minimis Incentivos ao investimento Incentivos de carácter financeiro 6

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários Benefícios ao investimento RFAI - Enquadramento comunitário Em conformidade com as Orientações relativas aos auxílios estatais com finalidade regional para 2014-2020, publicadas no Jornal Oficial da União Europeia n.º C 209, de 27 de julho de 2013 e com o Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 16 de junho de 2014, publicado no Jornal Oficial da União Europeia n.º C 187, de 26 de junho de 2014 (Regulamento Geral de Isenção por Categoria), não são elegíveis para a concessão de benefícios fiscais os projetos de investimento que tenham por objeto determinadas atividades económicas. 7

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários RFAI Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - Portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro Assim, não são elegíveis para a concessão de benefícios fiscais os projetos de investimento que tenham por objeto as atividades económicas dos setores: siderúrgico, do carvão, da pesca e da aquicultura, da produção agrícola primária, da transformação e comercialização de produtos agrícolas enumerados no anexo I do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, da silvicultura, da construção naval, das fibras sintéticas, dos transportes e das infraestruturas conexas e da produção, distribuição e infraestruturas energéticas. 8

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários DLRR Dedução de lucros retidos e reinvestidos A dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR) constitui um regime de incentivos fiscais ao investimento em favor de micro, pequenas e médias empresas nos termos do RGIC. Portaria n.º 297/2015, de 21 de Setembro A DLRR não é aplicável ao reinvestimento de lucros retidos nos setores da pesca, da aquicultura e da produção agrícola primária, tal como definida no 9 do artigo 2.º do RGIC. 9

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários Auxílios de minimis Os auxílios de minimis são um conjunto de ajudas que os Estados podem conceder às empresas residentes que, pelo seu reduzido valor, não afetam de forma significativa o livre comércio e a concorrência entre os países membros da União Europeia. De acordo com a regra geral de minimis, constante do Regulamento n.º 1407/2013, da Comissão, de 18 de dezembro, que se aplica entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2020, o montante total dos referidos incentivos e de outros incentivos de natureza não fiscal concedidos a uma empresa única, de acordo com a definição dada pelo n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento, não pode exceder o montante de 200.000,00, durante um período correspondente a três períodos financeiros. 10

Os benefícios fiscais e os regulamentos comunitários Auxílios de minimis Na atividade agrícola, o limite de acumulação das ajudas a conceder a uma empresa única (ou autónoma) não pode exceder 15.000 euros, durante um período de três exercícios financeiros (o exercício financeiro em causa e os 2 exercícios financeiros anteriores). Este limite aplica-se: aos incentivos fiscais que consistam em reduções de taxa de IRC, e aos incentivos não fiscais que consistam em bonificações ou isenções de juros em linhas protocoladas com o Estado. 11

Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Artigo 59.º do EBF - baldios Estão isentos de IRC os baldios, enquadráveis nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IRC, quanto aos rendimentos derivados dos terrenos baldios, incluindo os resultantes de cessão de exploração ou de arrendamento, bem como os da transmissão de bens ou da prestação de serviços comuns aos compartes, quando, em qualquer caso, aqueles rendimentos sejam afetos, de acordo com o plano de utilização aprovado, com os usos ou costumes locais, ou com as deliberações dos órgãos competentes dos compartes, em investimento florestal ou outras benfeitorias nos próprios baldios ou, bem assim, em melhoramentos junto da comunidade que os possui e gere, até ao fim do quarto exercício posterior ao da sua obtenção, salvo em caso de justo impedimento. 12

Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Artigo 59.º-D do EBF - incentivos fiscais à atividade silvícola Para efeitos de determinação da taxa de IRS a aplicar a rendimentos da categoria B decorrentes de explorações silvícolas plurianuais, o respetivo valor é dividido: a) Por 12, para os rendimentos que sejam determinados com base na aplicação das regras decorrentes do regime simplificado, incluindo os atos isolados; b) Pela soma do número de anos ou fração a que respeitem os gastos imputados ao respetivo lucro tributável, nos termos do n.º 7 do artigo 18.º do Código do IRC, para os rendimentos que sejam determinados com base na contabilidade, incluindo os atos isolados. 13

Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Artigo 59.º-D do EBF - incentivos fiscais à atividade silvícola Exemplo: Um sujeito passivo de IRS auferiu rendimentos provenientes da venda de eucaliptos, no valor total de 42.000 euros. Taxa média do IRS para este nível de rendimentos = 37,613% Com aplicação deste benefício = 42.000 : 12 = 3.500 taxa média = 14,5% 14

Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Artigo 59.º-E do EBF - despesas com certificação biológica de explorações É considerado gasto do período de tributação para efeitos de determinação do lucro tributável, o valor correspondente a 140 % das despesas de certificação biológica de explorações com produção em modo biológico, incorridas por sujeitos passivos de IRC e IRS, com contabilidade organizada. 15

Benefícios específicos da atividade agrícola e silvícola Artigo 66.º-A do EBF cooperativas agrícolas As cooperativas agrícolas estão isentas de IRC, com exceção dos resultados provenientes de operações com terceiros e de atividades alheias aos próprios fins. São ainda isentos de IRC: a) Os apoios e subsídios financeiros ou de qualquer outra natureza atribuídos pelo Estado, nos termos da lei às cooperativas de primeiro grau, de grau superior ou às régies cooperativas como compensação pelo exercício de funções de interesse e utilidade públicas delegados pelo Estado; b) Os rendimentos resultantes das quotas pagas pelas cooperativas associadas e cooperativas de grau superior. 16

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Artigo 41.º-B do EBF - Benefícios fiscais relativos à instalação de empresas em territórios do interior Às empresas que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de prestação de serviços em territórios do interior, que sejam qualificados como micro, pequena ou média empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, é aplicável a taxa de IRC de 12,5 % aos primeiros 15.000 euros de matéria coletável. 17

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Artigo 41.º-B do EBF - Benefícios fiscais relativos à instalação de empresas em territórios do interior Para que possam usufruir desta taxa de IRC, os sujeitos passivos têm que: a) Exercer a atividade e ter direção efetiva nas áreas beneficiárias; b) Não ter salários em atraso; c) Não ter resultado de cisão efetuada nos dois anos anteriores à usufruição dos benefícios; e d) A determinação do seu lucro tributável ser efetuada com recurso a métodos diretos de avaliação ou no âmbito do regime simplificado de determinação da matéria coletável. 18

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho Esta portaria definiu as áreas geográficas onde os sujeitos passivos de IRC poderão utilizar a nova taxa de IRC de 12,5%, com efeitos a partir do período de tributação de 2017. Exemplos de concelhos abrangidos por este benefício: Chamusca, Coruche, Abrantes, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Vila de Rei, Vila Nova da Barquinha, e em Santarém a União das freguesias de Casével e Vaqueiros. 19

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Remuneração Convencional do Capital Social Este benefício aplica-se no âmbito de operações de constituição de sociedade ou do aumento do capital social. Na determinação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas, empresas públicas, e demais pessoas coletivas de direito público ou privado com sede ou direção efetiva em território português, pode ser deduzida uma importância correspondente à remuneração convencional do capital social, calculada mediante a aplicação, limitada a cada exercício, da taxa de 7 % ao montante das entradas realizadas até 2.000.000 de euros, por entregas em dinheiro ou através da conversão de suprimentos ou de empréstimos de sócios. 20

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Remuneração Convencional do Capital Social A dedução ao lucro tributável do IRC: a) Aplica-se exclusivamente às entradas, no âmbito da constituição de sociedades ou do aumento do capital social da sociedade beneficiária; b) É efetuada no apuramento do lucro tributável relativo ao período de tributação em que ocorram as mencionadas entradas e nos cinco períodos de tributação seguintes 21

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Remuneração Convencional do Capital Social Com a aprovação do OE 2018 foi efetuado o alargamento do âmbito de aplicação do regime da remuneração convencional do capital social às conversões de créditos de qualquer natureza em capital. Passa também a estar contemplado o aumento de capital com recurso aos lucros gerados no próprio exercício, desde que o registo do aumento de capital se realize até à entrega da declaração de rendimentos relativa ao exercício em causa. 22

Benefícios genéricos no âmbito do IRC Remuneração Convencional do Capital Social Exemplo O Sr. X realizou em 2018 um aumento de capital por conversão de suprimentos que tinha sobre a sociedade B no montante de 50.000,00. A sociedade B vai poder deduzir ao lucro tributável dos exercícios de 2018 a 2023 a quantia de 3.500 (por ano). Efeito total do benefício = 3.500 X 21% X 6 anos = 4.410,00 Retorno = 8,82% 23

Obrigado pela atenção 24