24 06 3 PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) PLD - 4ª Semana de Junho de 203 Junho (22.06.203 a 28.06.203) PLD médio PLD médio 2 R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 92,90 89,7 Pesada 4,89 40,84 4,89 4,89 Sul 92,87 89,4 Média 39,50 39,50 39,50 39,50 Nordeste 93,05 89,3 Leve 34,57 34,57 34,57 34,57 Norte 92,90 89,7. Preço médio é a média ponderada dos valores divulgados do PLD pelas horas do período, no caso, nas quatro semanas de junho. 2. Preço médio supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes Fonte: CCEE Índice Setorial Comerc (maio de 203) O Índice Setorial Comerc apurou um decréscimo de 3,9% no consumo de energia elétrica no mês de maio de 203 em comparação ao mês anterior e de,37% em relação a maio do ano passado, com base nos dados de consumo de energia elétrica das 450 unidades sob gestão da Comerc no mercado livre de energia. Fonte: Comerc Uma hipótese para essa redução pode estar no feriado de Corpus Christi que aconteceu em maio e é quando as empresas geralmente reduzem o regime de produção e, portanto, o consumo de energia. Diante disso, é prematuro afirmar que a redução do consumo energético esteja relacionada a um desaquecimento da economia. Fonte: Comerc 24 DE JUNHO DE 203
Na comparação setorial do Índice Comerc entre maio e abril de 203, percebe-se a queda de todos os setores avaliados, salvo o de Higiene e Limpeza, que cresceu,34%. O setor de Comércio e Varejo, por sua vez, caiu 6,29%. Importante ressaltar que a temperatura média na cidade de São Paulo, em maio de 203, foi,5ºc menor do que a média do mês anterior, segundo o Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas. A variação pode ter refletido em uma menor carga dos sistemas de arcondicionado vilões do consumo de energia elétrica em shoppings e grandes lojas -, contribuindo também para a queda do consumo de energia do setor de Comércio e Varejo. No comparativo entre maio de 203 e 202, destaque para o setor de siderurgia, com queda de 5,% no consumo de energia. Isso reforça o comportamento de queda, confirmado pela resenha de abril da EPE, em que se afirma que o comportamento do consumo do setor metalúrgico tem afetado as estatísticas do mercado de energia elétrica, em especial na parcela de fornecimento de energia contratada no mercado livre. Por outro lado, o setor de Veículos e Autopeças teve desempenho positivo de 2,70% no comparativo entre maio de 203 e maio de 202 0 das 6 empresas avaliadas do setor apresentaram variações positivas. Este quadro se alinha aos dados divulgados pela ANFAVEA, em que a produção de veículos no primeiro trimestre de 203 é superior ao mesmo período de 202. O gráfico abaixo mostra o consumo industrial divulgado pela EPE no acumulado de janeiro a abril. Em 203, a variação está,7% abaixo do registrado em relação ao mesmo período de 202. Nível dos Reservatórios Fonte: EPE O nível dos reservatórios, em junho de 203, está melhorando na região Sul. Começou o mês com 54,9% da capacidade máxima e atingiu 74,4% no dia 23 de junho. Os submercados Sudeste e Nordeste estão com índices inferiores aos anos anteriores e a região Norte se mantém na média dos valores registrados desde 2000. Fonte: ONS 24 DE JUNHO DE 203 2
Energia Natural Afluente em Junho Nesta semana, a previsão de afluência mensal no Sul e Sudeste apresentaram aumento de 27% da MLT e 5% da MLT, sendo 5% e 39% da MLT, respectivamente. A região Norte apresentou queda de 2% da MLT, seguido pelo Nordeste, com queda de % da MLT. O mesmo cenário se repete na previsão semanal, onde Sul e Sudeste melhoraram a previsão ficando acima da média histórica (MLT) e Norte e Nordeste queda. Destaque para o aumento da previsão de 84% da MLT do subsistema Sul, chegando à quarta semana com uma previsão semanal de 46% da MLT. A região Sudeste variou 4% da MLT entre a quarta e terceira revisão da previsão semanal. As regiões Norte e Nordeste tiveram queda de 5% e 3% da MLT, respectivamente. Previsão do tempo Fonte: SOMAR Esta semana, no subsistema Sul, a bacia mais beneficiada será a do Iguaçu devido às chuvas generalizadas sobre o Paraná e o norte de Santa Catarina, com acumulados que podem chegar a 30mm. No Rio Grande do Sul, os acumulados atingem índices mais baixos, de até 70mm. Nos subsistemas Sudeste e Centro-Oeste, as bacias mais beneficiadas são a do Paraná, Paranapanema e do Paraguai. As precipitações concentram-se sobre faixa sul, centro e oeste de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. No subsistema Nordeste, as chuvas permanecem sobre a faixa litorânea. No subsistema Norte, as precipitações concentram-se sobre o Norte do Amazonas e em Roraima com baixos acumulados. 24 DE JUNHO DE 203 3
Clipping Comerc Na última sexta-feira (2/06/203), a Folha de S. Paulo publicou uma nota sobre o Índice Setorial Comerc na coluna Mercado Aberto. A seguir, leia a nota na íntegra. Fonte: Folha de SP Energia em baixa O consumo de energia elétrica no mercado livre caiu 3,9% em maio ante abril, segundo índice da Comerc (gestora independente de energia). Em relação a maio de 202, a queda foi de,37%. O levantamento é feito com base no consumo das 450 empresas sob gestão da Comerc. A hipótese mais provável para a queda é o fato de que o mês de maio teve um feriado prolongado, de Corpus Christi, segundo a gestora. "A temperatura mais baixa também interfere, pois o setor é muito ligado à refrigeração", diz Cristopher Vlavianos, presidente da empresa. 24 DE JUNHO DE 203 4
Glossário de termos Sigla Termo Explicação ACL Ambiente de Contratação Livre Nesse ambiente existe livre negociação entre os agentes geradores, comercializadores, consumidores livres, importadores e exportadores de energia, sendo que os acordos de compra e venda de energia são pactuados por contratos bilaterais. ACR Ambiente de Contratação Regulada A contratação no ACR é formalizada por Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEAR), celebrados entre Agentes Vendedores e as distribuidoras que participam dos leilões de compra e venda de energia elétrica específicos para o agente distribuidor. ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica Biomassa Agência reguladora que tem como missão proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica. Pode ser de origem florestal (madeira), agrícola (soja, arroz ou cana-de-açúcar) ou ainda urbanos/industriais (sólidos ou líquidos como lixo). CAR Curva de Aversão ao Risco A CAR define o requisito de nível mínimo mensal de armazenamento de cada subsistema equivalente de usinas hidrelétricas para garantir a segurança da operação do Sistema Interligado Nacional SIN. DECOMP Programa Computacional utilizado a partir dos resultados do NEWAVE para um horizonte de até 2 meses. O Custo Marginal de Operação (CMO), no qual o PLD se baseia, é resultado da utilização do DECOMP que gera os valores em base semanal por patamar de carga. Despacho Térmico Fora da Ordem de Mérito Geração térmica não considerada no modelo de formação de preços que tem como objetivo atender a segurança energética do SIN. EAR Energia Armazenada Energia disponível em um sistema de reservatórios expresso em porcentagem da capacidade máxima de armazenagem. ENA Energia Natural Afluente Energia que pode ser produzida a partir das vazões naturais afluentes aos reservatórios. Os valores são expressos em MW médios ou em percentual da média histórica de longo termo, MLT (histórico de 82 anos). ESS Encargo de Serviços do Sistema Encargo que tem como objetivo ressarcir a geração térmica fora da ordem de mérito para atender aos requisitos de segurança no fornecimento de energia do SIN (restrições elétricas e razões energéticas). MLT Média de Longo Termo A partir do histórico de 82 anos de vazões, o ONS gera uma média de ENA para cada mês. Esse valor passa a representar a média de longo prazo para o ano vigente. NEWAVE Nível Meta Programa computacional utilizado no planejamento mensal da operação para um horizonte de 5 anos. A metodologia do programa é baseada em um modelo matemático que visa determinar a melhor política de geração (mix entre geração hidráulica e térmica) minimizando o custo da operação do sistema para todo o período de planejamento. Nível mínimo de armazenamento, determinado pelo ONS, que deve ser mantido ao final do período seco, de maio a novembro. Atualmente para o Sudeste o nível meta é de 42% e para o Nordeste 25% da capacidade máxima. ONS Operador Nacional do Sistema Associação sem fins lucrativos responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). PLD Preço de Liquidação das Diferenças É o preço de curto prazo divulgado semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), base para as negociações que ocorrem no mercado de curto prazo. Em 203, esse valor pode variar entre R$4,3 a R$780,03/MWh. PMO Programa Mensal da Operação Acontece na última semana de cada mês, no ONS, uma reunião entre os agentes do setor elétrico para estabelecer as diretrizes eletroenergéticas de curto prazo para otimizar a utilização de recursos de geração e transmissão do SIN. SIN Sistema Interligado Nacional É toda a área interligada pela energia distribuída pelo ONS. Compreende cinco regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte). Apenas 3,4% da capacidade de produção está fora do SIN, em sistemas isolados localizados na região Amazônica (Fonte: ONS). O presente Informativo foi preparado pela COMERC para uso exclusivo do destinatário, não podendo ser reproduzido ou distribuído por este a qualquer pessoa sem a expressa autorização desta. O presente informativo é distribuído somente com o objetivo de prover informações, sendo que as opiniões nele contidas são baseadas em julgamento e estimativas. Informações adicionais podem ser obtidas por meio de solicitação por escrito no seguinte endereço eletrônico: comerc@comerc.com.br 24 DE JUNHO DE 203 5