ÉPOCA DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA PARA O SUL DO MATO GROSSO DO SUL COM BASE EM DADOS CLIMÁTICOS

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Transcrição:

ÉPOCA DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA PARA O SUL DO MATO GROSSO DO SUL COM BASE EM DADOS CLIMÁTICOS Wagner Justiniano (1), Leonardo Cirilo da Silva Soares (2), Joice Jardim (3) Introdução O sucesso no cultivo do milho safrinha depende, fundamentalmente, de condições climáticas adequadas por ocasião da semeadura e durante os períodos críticos de crescimento da cultura. Os elementos climáticos apresentam grande variabilidade espacial e temporal devido à ocorrência de períodos prolongados de escassez de chuvas e temperaturas baixas no período em que, usualmente, se faz a semeadura, florescimento e enchimento de grãos. Objetivo deste trabalho foi definir janelas de semeadura mais adequadas para o cultivo de milho safrinha na Região Sul do Mato Grosso do Sul. Material e Métodos Para realização desse trabalho utilizou-se o banco de dados de clima para Dourados, MS da Embrapa Agropecuária Oeste com sede em Dourados, MS, com as informações de temperatura (mínima, máxima e média) e precipitação pluviométrica (mm) de 1980 a 2011 (EMBRAPA, 2012). Para precipitação (Tabelas 1 e 2), foram somadas a quantidade de chuvas dentro de cada semana e quinzena de cada mês, e utilizando-se a cor vermelha para as semanas com ocorrência entre 0 2 (semanal), 0 5 mm (quinzenal), amarelo entre 2 10 (semanal), 5-20 mm (quinzenal), verde entre 10 30 (semanal), 20 60 mm (quinzenal) e azul para precipitações superiores a 30 (semanal) e 60 mm (quinzenal), respectivamente. 1Engenheiro-Agrônomo, M.Sc., Monsanto do Brasil,, Sorriso, MT. wagner.justiniano@monsanto.com 2Engenheiro-Agrônomo, M.Sc., Monsanto do Brasil,, Dourados, MS. leonardo.s.soares@monsanto.com 3Engenheira-Agrônoma, Monsanto do Brasil, Campo Novo dos Parecis, MT. joice.jardim@monsanto.com [1]

Os dados referentes à temperaturas inferiores a 4 graus, ou seja, geadas eminentes, foram identificadas semanal, quinzenal e anualmente, sendo identificado por cores, onde amarelo infere ocorrências igual ou inferiores a 25% e vermelho acima de 25% (Tabela 3). A probabilidade foi calculada dado um acontecimento A, sendo na o número de casos favoráveis relativo a sua realização e ña o número de casos contrários a probabilidade de A pode ser definida como: p(a) = na/(na+ña). Resultados e Discussão Na cultura de milho o pleno florescimento se caracteriza pelo estádio VT que pode variar de acordo com soma calórica exigida por cada híbrido, já após esse estádio entre uma e duas semanas ocorre a polinização e início da formação de grãos, estádio R1. A maturação fisiológica das plantas de milho se configura pelo estádio R6, onde todos os grãos da espiga alcançam o máximo peso seco e vigor, e ocorre entre 50 e 60 dias após a polinização (RITCHIE et al., 1993; ALDRICH et al., 1982). Considerando a implantação do milho safrinha, utilizando híbridos super precoces como AG9030PRO, AS1661PRO e DKB285PRO, apresentando exigência térmica inferior a 800 GDU (unidade de calor) e atingirem pleno florescimento antes de 55 dias após a semeadura, somando duas semanas para polinização e 55 dias para maturação fisiologica tem-se um ciclo total da cultura de aproximadamente 124 dias da semeadura ao estádio R6. Desta forma, confrontando com o histórico de chuvas e probabilidade de geadas, a janela de semeadura adequada e consequentemente a obtenção dos maiores rendimentos ocorre nos plantios realizados logo após a colheita da cultura de verão soja, no mês de fevereiro e se estendendo até a segunda semana de março. Os híbridos super precoces semeados nesse período devem florescer dentro do mês de abril e primeira semana de maio, com probabilidade de precipitações semanais de 43,8; 34,4; 46,9; 31,3 e 21,9% acima de 30 mm, respectivamente (Tabelas 1 e 2). A semeadura realizada até segunda semana de março propicia que maturação fisiológica ocorra até primeira quinzena de junho, onde a probabilidade de temperaturas inferiores a 4 graus, e consequentemente geadas é inferior a 30% (Tabela 2). [2]

Tabela 1. Histórico semanal de 32 anos para precipitação pluviométrica (mm) para cultivo de milho safrinha. Dourados, 2013 (1). Anos Semanas 2ªFev 3ªFev 4ªFev 1ªMar 2ªMar 3ªMar 4ªMar 1ªAbr 2ªAbr 3ªAbr 4ªAbr 1ªMai 1980 18 8,2 64,4 30,5 6,6 1,3 25,5 22 17,3 0 0 0,6 1981 13,4 35 7,3 42,8 12,5 6,2 0 0 1,5 0 41,1 0 1982 21,2 48,1 57,7 72 33,3 60 7,9 30 8,6 62 0,1 0 1983 30,9 48,8 20,6 46,1 6,1 49 0 35,6 15,4 33,3 76,7 1,3 1984 18,2 13,6 7,4 35,3 0,6 112,1 43,2 1,7 43,8 39,2 21,9 0,6 1985 30,5 19,4 55,5 57,6 125,5 218,4 29,4 55,8 6,9 29 12,7 0 1986 51 72,9 0,5 14,2 38,6 7 69,2 17,3 0,6 26,3 13,2 5,6 1987 4,4 34,6 8,7 25,8 0 8,9 134,2 72,9 57,5 33,6 0,8 29,8 1988 34 119,6 31,6 46,9 6,6 33,2 27,9 56,9 41 9,4 92,1 6,5 1989 19,5 22,5 29,5 12,2 45,6 68,4 14,1 18,1 16,2 22,8 17 3,4 1990 30,5 3,2 0 20,4 6,4 85,8 15,8 6,2 32 140 8,2 60,2 1991 34,8 6,6 0 8,7 11,2 20,4 0 2,2 47 20,8 17,5 64,3 1992 32,5 3,3 39,3 53,3 58,6 5,3 88,4 35,8 43,4 67,6 125 173,9 1993 0 86,4 0 26,8 17,1 98,7 73 66,6 2,8 9,6 0 7,4 1994 38,1 84 28,1 11,3 0 30,5 18,2 26,3 2,9 33,8 0 0 1995 6,6 11,3 28,1 19,2 18,1 13,6 37,4 18,3 0 68,5 19,4 11 1996 39,8 36,9 17,7 31,8 12,2 101,7 6,2 9 30 131 3 0 1997 14,2 17,2 14,1 14 47 11,4 3,8 28,6 12,1 68,5 7,5 0 1998 9,1 84 42 38 5 79,8 43,2 65,2 0,6 84,7 57,2 15,6 1999 29,3 13,3 26,9 45,5 160,7 54 55,2 3,7 30,8 27 0 16 2000 0,8 36,1 46,7 56,4 28,5 6,1 47,7 0 4,9 22,2 44,7 32,3 2001 78,6 40,4 36,6 79,5 42,5 93,5 60 8 0,6 28,9 11,5 0 2002 70,4 48,1 6,4 7,1 0 44,9 7,6 0 0 1,6 1,8 25,8 2003 69,9 117,6 81,1 58,7 15,5 42,7 0 121 79,7 142 41 112,6 2004 40,6 0,6 8,4 13 33,1 30,5 0 48,4 28,9 54,5 65,8 123,8 2005 0,2 0 4,8 0,2 16,8 0 17,8 0 0,2 46,8 105 0 2006 39,8 38,6 31 29,2 0 50,2 80,6 88,8 27,4 0 0 0 2007 44,2 63,6 7,2 39,2 70,4 15,2 0,8 9,2 14 2,2 20,8 24,8 2008 45 82,4 120 2 43,8 52,2 1,8 15 33 50,2 6,6 13 2009 27 4,8 37,2 4,4 15 15,2 21,4 0 0 0 0 5,6 2010 68,6 53 0,2 0 32,2 26,2 33 0,4 0 7,4 17 30,6 2011 76,2 1,4 18,6 22,6 22 32,8 43,4 105 44,4 16,8 48,8 5,8 Média mm 32,42 39,23 27,43 30,15 29,11 46,1 31,46 30,30 20,10 40,00 27,40 24,08 0-2 mm* 3 3 5 2 5 2 7 7 9 5 9 13 2-10mm* 3 4 7 4 5 7 4 5 5 4 4 6 10-30mm* 7 6 8 11 10 4 8 6 7 8 9 5 >30mm* 19 18 12 15 12 19 13 14 11 15 10 7 [3]

Continuação (1) Anos Semanas 2ªMai 3ªMai 4ªMai 1ªJun 2ªJun 3ªJun 4ªJun 1ªJul 2ªJul 3ªJul 4ªJul 1ªAgo 2ªAgo 1980 29,1 157,1 19,7 6,6 8,2 0,1 15,4 5,8 0,4 0 5,3 0,1 3,7 1981 1,6 0 0 70 25,1 13 0,5 9,4 0 2,2 0 13,6 34,3 1982 6,4 57,9 46,5 35,4 133 52,2 9,6 13,1 15,5 31,4 3,9 0,7 0,3 1983 66,7 57,1 107,3 72,7 0,6 0 57,6 3 0,2 22,3 0 5,8 5,3 1984 32,5 0 12 0 7,5 0 3,1 0 0 0 0 0 0 1985 30,7 38,9 0 10,7 0 0 0 36,6 0 0 0 32,4 0 1986 52,9 42,1 51,7 16,5 0 0 0 0 0 67,9 29,2 21,5 0 1987 76,9 58,3 0,2 65,1 23,8 2,2 0 0 7,8 0 12,2 4,4 40,3 1988 22,1 11,7 58,8 4,7 3,4 0 0,5 0 0 0 0 18,7 0 1989 0 0 1,4 13,5 20,9 5,7 50,3 0 0 0 90,5 0 0 1990 66,2 18 0,1 16,2 6,8 2,5 56,4 0,6 31,3 13,7 1,8 26,6 35,1 1991 82,6 15,4 0 10,5 0,2 56,2 12,4 0 5,9 0 0 0 0 1992 55,7 29,9 80,5 5,2 29,7 0 18,4 8,7 0 18,3 22,4 6,4 23,9 1993 70,9 0 9,3 55,2 24,9 24 0 2,2 52,9 12,2 30,3 7,2 23,8 1994 38,4 99,5 53,6 24,4 0,2 21,6 21,4 67,8 0 30 0 0 9,4 1995 0,3 0,2 0 0 22,6 0,9 24,6 9,6 2,5 17,7 0 0,3 15 1996 3,4 65,3 28,7 2,5 0 0 8,5 0 5,9 0 0,3 7 0 1997 16 33,8 17 161 68,2 7,3 63,2 1,2 0 11 0 0 19,8 1998 33,6 0 36,2 0 1,9 4,8 12,6 0 5,3 16,8 0 0,4 0 1999 0 0 9,4 0 84,1 0,4 21,6 61,6 0 0 0 40 101,5 2000 0 3,3 55,1 12,7 1,8 18,5 25,8 0,5 4,7 50 1,1 0 0 2001 12 43,5 26,2 21,1 0 21,8 11,7 4,6 11,2 0 8,1 13,6 2,4 2002 0,3 67,1 24,9 0 0 0 0,3 4,4 4,4 25 3 0 0 2003 0 96,3 0,3 149 0,3 3,3 0 9,7 11,8 0 0 7,6 0 2004 66,6 78,5 62,3 0,7 26,2 0 84,6 9,5 8,9 33,6 1,4 103,3 57,4 2005 0,2 17 29,4 1 4,4 24 11,6 4 0 9,4 1,8 0 0 2006 0 16,6 0,4 15,8 1,4 0,4 28,2 28,2 1,6 0 4 0 0 2007 0 29,4 0 7,2 0 0 0 0 9,4 66,6 47,6 0 0 2008 1,6 0,8 25 2,6 10,2 1,2 0 0 0,2 6 24,4 0 0 2009 15,8 0 35 0 21,6 1,8 30 65 18,3 24,7 16,8 84,6 13,6 2010 0 64,8 66 1,4 0 0,6 0 0 29,4 21,2 0 7,2 0 2011 0 0 0 3,6 33 0 86,5 44 0 59 14,4 35,8 0 Média mm 24,45 34,45 26,78 2450 17,50 8,20 20,50 12,2 7,11 16,80 9,95 13,66 12,06 0-2 mm* 13 10 11 9 14 18 11 14 16 12 19 15 18 2-10mm* 2 1 2 7 5 6 3 11 9 3 4 7 4 10-30mm* 5 7 8 9 9 6 12 2 5 10 6 5 5 >30mm* 12 14 11 7 4 2 6 5 2 7 3 5 5 (1) cor vermelha para as semanas com ocorrência entre 0 2mm, amarelo entre 2 10mm, verde entre 10 30mm e azul para precipitações superiores a 30mm. *Precipitação e número de anos. [4]

Tabela 2. Média semanal, quinzenal e probabilidade (%) de precipitação pluviométrica (mm) entre os anos de 1980 a 2011 para cultivo de milho safrinha. Dourados, 2013 (1). Semanas 2ªFev 3ªFev 4ªFev 1ªMar 2ªMar 3ªMar 4ªMar 1ªAbr 2ªAbr 3ªAbr 4ªAbr 1ªMai Média mm 32,4 39,2 27,4 30,1 29,1 46,1 31,5 30,3 20,1 40 27,4 24,1 0-2 mm 9,4 9,4 15,6 6,3 15,6 6,3 21,9 21,9 28,1 15,6 28,1 40,6 2-10mm 9,4 12,5 21,9 12,5 15,6 21,9 12,5 15,6 15,6 12,5 12,5 18,8 10-30mm 21,9 18,8 25,0 34,4 31,3 12,5 25,0 18,8 21,9 25,0 28,1 15,6 >30mm 59,4 56,3 37,5 46,9 37,5 59,4 40,6 43,8 34,4 46,9 31,3 21,9 Semanas 2ªMai 3ªMai 4ªMai 1ªJun 2ªJun 3ªJun 4ªJun 1ªJul 2ªJul 3ªJul 4ªJul 1ªAgo 2ªAgo Média mm 24,5 34,5 26,8 24,5 17,5 8,2 20,5 12,2 7,1 16,8 10 13,7 12,1 0-2 mm 40,6 31,3 34,4 28,1 43,8 56,3 34,4 43,8 50,0 37,5 59,4 46,9 56,3 2-10mm 6,3 3,1 6,3 21,9 15,6 18,8 9,4 34,4 28,1 9,4 12,5 21,9 12,5 10-30mm 15,6 21,9 25,0 28,1 31,3 18,8 37,5 6,3 15,6 34,4 18,8 15,6 15,6 >30mm 37,5 43,8 34,4 21,9 9,4 6,3 18,8 15,6 6,3 18,8 9,4 15,6 15,6 Quinzenas 1ª Fev 2 ª Fev 1ª Mar 2ª Mar 1ª Abr 2ª Abr Média mm 75,6 66,7 59,3 77,6 50,4 67,4 0-5 mm 0,0 9,4 0,0 0,0 18,8 12,5 5-20mm 6,3 6,3 15,6 12,5 9,4 3,1 20-60mm 43,8 37,5 53,1 37,5 40,6 37,5 >60mm 50,0 46,9 31,3 50,0 31,3 46,9 Quinzenas 1ª Mai 2ª Mai 1ª Jun 2ª Jun 1ª Jul 2ª Jul 1ª Ago Média mm 48,5 6,2 42,0 28,7 19,3 26,8 25,7 0-5 mm 15,6 12,5 12,5 31,3 25,0 28,1 37,5 5-20mm 21,9 18,8 34,4 15,6 40,6 25,0 28,1 20-60mm 37,5 34,4 28,1 37,5 25,0 34,4 21,9 >60mm 25,0 34,4 25,0 15,6 9,4 12,5 12,5 (1) cor vermelha para as semanas com ocorrência entre 0 2 (semanal), 0 5 mm (quinzenal), amarelo entre 2 10 (semanal), 5-20 mm (quinzenal), verde entre 10 30 (semanal), 20 60 mm (quinzenal) e azul para precipitações superiores a 30 (semanal) e 60 mm (quinzenal). Tabela 3. Número de anos e probabilidade (%) de geadas para milho safrinha entre 1980 e 2011. Dourados, 2013 (1). Temperaturas < 4 C Semanas 3ªMai 4ªMai 1ªJun 2ªJun 3ªJun 4ª Jun 1ª Jul 2ª Jul 3ª Jul 4ª Jul 1ª Ago Anos* 2 2 6 6 7 5 6 10 8 12 6 Semanas 3ª e 4ª Mai 1ª e 2ª Jun 3ª e 4ª Jun 1ª e 2ª Jul 3ª e 4ª Jul Anos* 4 8 10 13 14 Semanas 4 ª Mai e 1ª Jun 2ª e 3ª Jun 4ª Jun e 1ª Jul 2ª e 3ª Jul 4ªJul e 1ªAgo Anos* 7 12 8 15 15 Probabilidade de temperaturas < 4 C Semanas 3ª Mai 4ª Mai 1ª Jun 2ª Jun 3ª Jun 4ª Jun 1ª Jul 2ª Jul 3ª Jul 4ª Jul 1ª Ago Anos 6,3 6,3 18,8 18,8 21,9 15,6 18,8 31,3 25,0 37,5 18,8 Semanas 3ª e 4ª Mai 1ª e 2ª Jun 3ª e 4ª Jun 1ª e 2ª Jul 3ª e 4ª Jul Anos 12,5 25,0 31,3 40,6 43,8 (1) cor amarela igual ou inferiores a 25% e vermelho acima de 25%. *Número de anos com temperaturas infeior a 4 C. Para os híbridos de ciclo precoce como AG8500PRO2, AS1642PRO2 e DKB390PRO2 e que necessitam uma quantidade maior acumulada de calor para o florescimento, variando entre 845 a 871 GDU (58 a 63 dias após a semeadura em Mato [5]

Grosso do Sul). Seguindo o mesmo raciocínio para dimensionar o ciclo até a maturação fisiológica, considerando 62 dias após a semeadura para o pleno florescimento, duas semanas para polinização, e 60 dias para a maturidade fisiológica, tem-se um ciclo estimado de 136 dias da semeadura ao estádio R6. Para tais híbridos a época de semeadura mais adequada é dentro do mês de fevereiro e primeira semana de março onde as condições climáticas no florescimento são mais favoráveis culminando com maior probabilidade de chuvas e menor ocorrência de geadas na maturação fisiológica. Conclusões Para híbridos super precoces a janela de semeadura mais adequada se inicia após a colheita da soja, no mês de fevereiro e primeira quinzena de março. Para híbridos precoces a semeadura mais adequada se inicia após a colheita da soja, no mês de fevereiro e primeira semana de março. Referências ALDRICH, S.R.; SCOTT, W.O.; LENG, E.R. Modern corn production. 2.ed. Champaign: A & L Publication, 1982. 371 p. EMBRAPA. Banco de dados Climáticos para Dourados e região. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste. Disponivel em: < http://www.cpao.embrapa.br/clima/index.php? pg=base_dados&busca=geral>. Acesso em 25 de abril de 2012. RITCHIE, S.W.; HANWAY, J.J.; BENSON, G.O. How a corn plant develops. Ames: State University of Science and Technology, 1993. 21p. (Special Report, 48). [6]