Orientador da Faculdade (FMH) UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA ESCOLA SECUNDÁRIA GAMA BARROS Mestre Acácio Gonçalves Orientador da Escola (EBSGB) Mestre José Pedro Ribeiro ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA PROJETO SUPER TURMA Orientador da Faculdade (FMH) Mestre Acácio Gonçalves Orientador da Escola (EBSGB) Mestre José Pedro Ribeiro
Índice Índice de Tabelas 2
1 Introdução Segundo Matos, Carvalhosa & Diniz (2002), a noção da saúde está associada à prática de Atividade Física (AF) e um melhor conhecimento sobre esta contribui para uma maior prática. São então verificadas repercussões positivas da AF na saúde, tanto a nível físico como psicológico, pois, de acordo com a USDHHS & CDC (2005), uma prática regular de AF ajuda a desenvolver e a manter os ossos e os músculos saudáveis. Além dos benefícios ao nível da saúde, segundo o programa Pessoa (2012), uma prática de AF regular pode promover também, melhorias significativas no desempenho académico dos alunos Reconhecendo a importância dos benefícios associado à prática de AF e de Desporto, o Grupo de Educação Física (GEF) da decidiu criar O Super Turma. Este projeto engloba um vasto programa de atividades físicas e desportivas, que envolvem, um extenso número de alunos e professores. Os objetivos principais do Super Turma são, a promoção da saúde, do sucesso escolar e dos valores sociais, através da prática de AF e de Desporto. 3
2 Pertinência do Projeto Agrupamento de Escolas D. Maria II Segundo a WHO (2006a), saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. A atividade física (AF) e os desportos saudáveis são essenciais para a nossa saúde e bem estar. Deste modo, a atividade física regular ajuda a prevenir a obesidade e a reduzir o risco de doenças crónicas, como a diabetes ou doenças cardiovasculares. Strong et al. (2005), afirma ainda, que a atividade física tem um contributo positivo na concentração, memória, comportamento dos alunos dentro da sala de aula, bem como a diminuição de sintomas de ansiedade e depressão. De acordo com o programa PESSOA (2012), a AF regular promove melhorias significativas no desempenho académico dos alunos, essencialmente por um aumento do aporte sanguíneo para o cérebro, aumentando desta forma a atividade deste último. A corroborar esta ideia, Davenport et al. (2012), afirmam que a associação entre AF e aptidão cognitiva é mediada, em parte, por meio de processos que envolvem a circulação cerebral. Do programa PESSOA, destacam se algumas conclusões que fundamentam a existência de uma relação positiva entre a AF e o desempenho académico dos alunos. Salienta se então: Os alunos do 2º ciclo com aptidão cardiorrespiratória saudável têm melhor classificação nas disciplinas de Matemática e as raparigas na disciplina de Língua Portuguesa; Os alunos do 3º ciclo com aptidão cardiorrespiratória saudável têm melhor classificação nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa; Os alunos que não têm aptidão cardiorrespiratória saudável têm maior probabilidade de terem classificação negativa ( 2 valores) na disciplina de Matemática; Os alunos com aptidão cardiorrespiratória saudável têm um maior somatório das classificações nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Inglês. Hoje em dia existe conhecimento suficiente para definir estratégias eficientes que justifiquem a intervenção no sentido de implementar programas e políticas compreensivas que consolidem estilos de vida ativa. Para tal, é necessário responsabilizar a sociedade, garantindo que esta crie condições que permitam a prática regular de atividade física. É então essencial que a atividade física comece a ser entendida como uma necessidade e não como um luxo. Esta deve ser promovida no sentido de ser acessível a todos, sendo incrementada a equidade de acesso (WHO, 2006b). Segundo o autor Kaplan et al. (1993) citado por Calmeiro e Matos (2004), a escola é um meio privilegiado para a promoção de estilos de vida ativos, pelo facto de facilitar o acesso de atividades físicas a um grande número de jovens. Contudo, esta atividade proporcionada pela Educação Física apresenta algumas limitações, sendo insuficiente à luz das atuais recomendações. 4
Reconhecendo o valor da escola para a promoção de AF e estilos de vida ativa e saudável, o American Academy of Pediatrics (2000) e Pate et al. (2006) enunciaram algumas recomendações, onde destacamos que as escolas devem expandir as oportunidades para os alunos participarem em atividades físicas, através de torneios internos que satisfaçam os interesses de todos os alunos. De acordo com a Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (1997) (cit in. Marques, 2010), parece consensual na literatura a importância que a escola representa para o desenvolvimento de hábitos relacionados com a prática de atividades físicas e desportivas (Daley, 2002; Fardy, Azzollini & Herman, 2004; Trudeau & Shephard, 2005). Neste sentido, e numa atitude de responsabilização social o Grupo Disciplinar de Educação Física da procura proporcionar e incentivar a atividade física regular através do Projeto Super Turma. O Super Turma engloba um vasto programa de atividades físicas e desportivas, que envolvem, um extenso número de alunos e professores. Pretende se que este projeto seja uma mais valia na formação pessoal e social dos alunos, uma vez que procura promover um espirito de pertença e uma cultura desportiva de escola. Espera se também que proporcione momentos de convívio, experiências e vivências únicas, bem como o desenvolvimento de valores e atitudes associadas ao desporto (fair play, cooperação, solidariedade espírito de equipa/turma). Além dos benefícios supracitados para a formação global dos alunos, este projeto tem também uma contribuição importante para atingir as Metas e Objetivos (O) do Plano Educativo de Escola (PEE): META 1 Desenvolver a educação dos alunos para a cidadania e prepará los para a vida ativa; O1 Consolidar a cultura de escola vocacionada para a cidadania; O5 Reduzir a ocorrência de situações de indisciplina. META 4 Consolidar uma política ativa de inclusão sócio escolar; O2 Integrar os alunos provenientes de minorias étnicas. META 5 Desenvolver hábitos saudáveis, consolidar uma cultura ambiental e promover comportamentos de segurança; O1 Desenvolver hábitos saudáveis. Neste sentido, à semelhança do ano anterior, o Super Turma continua a ser um projeto com várias competições inter turmas, tendo como objetivo a participação de todas as turmas presentes na escola como unidades de trabalho, fomentando o espirito de turma e a motivação dos alunos com diferentes capacidades. Por fim, além deste projeto fomentar um maior empenhamento dos alunos na disciplina de Educação Física, este promove a interdisciplinaridade e o sucesso educativo através da valorização dos alunos que integram os quadros de excelência e a evolução das notas da turma ao longo do ano. Por outro lado, 5
desvaloriza se todos os comportamentos de indisciplina por parte dos alunos. Desta forma, o Super turma conta dar respostas a metas presentes no PEE, nomeadamente: META 1 Desenvolver a educação dos alunos para a cidadania e prepará los para a vida ativa; O4 Valorizar o sucesso dos alunos. META 2 Melhorar o sucesso escolar. 6
3 Objetivos 3.1 Gerais Melhorias na saúde e bem estar; Prevenir doenças (como a diabetes ou doenças cardiovasculares);~ Desenvolvimento de valores e atitudes associadas ao desporto (fair play, cooperação, solidariedade e espirito de equipa/turma); META 1 Desenvolver a educação dos alunos para a cidadania e prepará los para a vida ativa; O1 Consolidar a cultura de escola vocacionada para a cidadania; O4 Valorizar o sucesso dos alunos; O5 Reduzir a ocorrência de situações de indisciplina; META 2 Melhorar o sucesso escolar; META 4 Consolidar uma política ativa de inclusão sócio escolar; O2 Integrar os alunos provenientes de minorias étnicas; META 5 Desenvolver hábitos saudáveis, consolidar uma cultura ambiental e promover comportamentos de segurança; O1 Desenvolver hábitos saudáveis (PEE). 3.2 Específicos Proporcionar e incentivar a atividade física regular; Interdisciplinaridade; Sucesso Educativo (quadro de excelência e evolução das notas); Planear e acompanhar todas as atividades; Reformulação e adaptação do regulamento do projeto do ano transato; 3.3 De formação Adquirir conhecimento, competências e aptidões no âmbito de torneios escolares (interturmas); Desenvolvimento das capacidades de planeamento e organização de torneios interturmas; Desenvolvimento de capacidades de liderança e cooperação; Intervir de forma cada vez mais autónoma na organização dos torneios; Pesquisa sobre as regras das diferentes modalidades; Diálogo com todos os professores do GDEF de modo a perceber os pontos fortes e fracos do projeto. 7
4 Estratégias/Atividades de Formação Agrupamento de Escolas D. Maria II Dialogo regular com todos os professores do GDEF sobre todos os aspetos relacionados com organização dos torneios; Encontrar estratégias para colmatar a falta de experiência; 8
5 População alvo No presente projeto podem inscrever se todas as turmas de Escola. Serão agrupadas por ano e por ciclo. Será constituído um grupo com todos os cursos de cariz profissional. 5º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 10º Ano 11º Ano 12º Ano Cursos Profissionais 6 6 7 5 7 6 7 13 Tabela Número de turmas por ano de escolaridade 9
6 Recursos 6.1 Humanos Para o bom desenvolvimento de todas as atividades inerentes ao projeto Super Turma participam os professores do GDEF e os quatro professores estagiários da FMH. A organização de cada torneio é da responsabilidade de diferentes professores, de acordo com as suas áreas de formação. Essa organização conta ainda com a nossa participação (Artur e Nelson) e com a dos alunos dos cursos profissionais e tecnológicos de desporto, organizando o regulamento específico de cada modalidade e o quadro competitivo. 6.2 Materiais e Espaciais A escola dispõe de todo o material necessário, em bom estado de conservação, para a organização e desenvolvimento de todos os torneios que integram o projeto Super Turma. Quanto aos recursos espaciais, as competições podem decorrer nos três espaços existentes na escola. Pavilhão Exterior Ginásio Tabela Recursos Espaciais 10
7 Calendarização das atividades desportivas Calendarização Datas Atividades 1º Período 2º Período 3º Período 16 de Novembro Corta Mato 11, 12 e 13 de Dezembro Andebol e Dança 6, 7 e 8 de Fevereiro Voleibol e Ginástica 12 e 13 Março Basquetebol e acrobática 25 de Abril Orientação/Corrida de Precisão 4,5 e 6 Junho Futebol e Atletismo Poderão ser ainda consideradas outras atividades desportivas Tabela Calendarização 11
8 Atividades a desenvolver/calendarização Atividades a Desenvolver Reformulação do regulamento Criação do logotipo Auxilio na organização do Corta mato Cooperação na prova de Cortamato Criação de uma base de dados com todas as pontuações dos torneios Recolha dos dados competitivos do Corta mato Impressão e afixação pela escola das classificações Participação no Corta mato a nível regional Auxilio na organização do torneio de Andebol e Dança Cooperação no torneio de Andebol e Dança Recolha dos dados competitivos do Andebol e Dança Pedidos de patrocínio para os prémios finais Impressão e afixação das classificações Auxilio na organização do torneio de Voleibol e Ginástica Cooperação no torneio de Voleibol e Ginástica Recolha dos dados competitivos do Voleibol e Ginástica Impressão e afixação das classificações Auxilio na organização do torneio de Voleibol e Ginástica Cooperação no torneio de Voleibol e Ginástica Recolha dos dados competitivos do Voleibol e Ginástica Impressão e afixação das classificações Auxilio na organização do Calendarização Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. 12
torneio de Orientação/Corrida de Precisão Cooperação no torneio de Orientação/Corrida de Precisão Recolha dos dados competitivos da Orientação/Corrida de Precisão Impressão e afixação das classificações Auxilio na organização do torneio de Futebol e Atletismo Cooperação no torneio de Futebol e Atletismo Recolha dos dados competitivos da Futebol e Atletismo Impressão e afixação das classificações finais Entrega de prémios aos primeiros classificados Avaliação do projeto Tabela Atividades a desenvolver 13
9 Avaliação A avaliação deste projeto será realizada através do parecer atribuído pelo orientador de escola e professores do GEF durante e no final de todas as atividades desenvolvidas. Desta forma, será possível perceber se todos os objetivos foram ou não cumpridos. 14
10 Bibliografia Calmeiro, L., Matos, M. G. de (2004). Psicologia do Exercício e da Saúde. Lisboa: Visão e Contextos. Davenport, M., Hogan, D., Eskes, G., Longman & Poulin M. (2012). Cerebrovascular Reserve: The Link Between Fitness and Cognitive Function? American College of Sports Medicine, 40 (3), 153 158. Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Gama Barros (2010). Regulamento Interno. Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Gama Barros. Projeto Educativo de Escola Triénio 2011/2012 a 2013/2014 Uma escola para a cidadania e para o sucesso. Obtido em 10 de dezembro de 2012 do sítio http://esgamabarros.pt/gbarros/. Programa PESSOA (2012). Alguns resultados provisórios. Laboratório de exercício e saúde: Faculdade de Motricidade Humana. USDHHS, & CDC. (2005). Physical Activity and the Health of Young People. Atlanta: U.S.Department of Health and Human Services. WHO. (2006a). Physical activity and health in Europe: Evidence for Action. Copenhaga: World Health Organization. WHO. (2006b). Promoting physical activity for health a framework for action in the WHO European Region. Instambul: World Health Organization. 15