CONTRATO DE OBRAS DE URBANIZAÇÃO Entre: CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, representada, nos termos legais, pela respetiva Presidente, Maria das Dores Meira, que outorga em execução da deliberação tomada em.. adiante designada por PRIMEIRA OUTORGANTE E IMORETALHO - GESTÃO DE IMÓVEIS, S.A, com sede na Rua Tierno Galvan, Torre 3, Piso 9, Letra J, freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, e escritórios na Lisboa, na Rua Actor António Silva, n.º 7-9.º (1649-033), matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 502.214.597, com o capital social de 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões de euros), representada neste ato pelos seus administradores João Manuel Lobo Araújo dos Santos e Maria Manuela Paz Fonseca de Barros, portadores, respetivamente do Cartão de Cidadão n.º 04808452 2ZZ5, válido até 07 de Abril de 2014, e do Cartão de Cidadão n.º 9512701 1 2ZZ9 válido até 25 de Novembro de 2014, adiante designada por SEGUNDA OUTORGANTE; FOI AJUSTADO E RECIPROCAMENTE ACEITE, NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NO N.º 3 do ARTIGO 25.º DO DECRETO-LEI N.º 555/99, DE 16 DE DEZEMBRO, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI N.º 26/2010, DE 30 DE MARÇO E PELA LEI N.º 28/2010, DE 2 DE SETEMBRO (ADIANTE DESIGNADO ABREVIADAMENTE POR RJUE), O CONTRATO DE URBANIZAÇÃO CONSTANTE DAS CLÁUSULAS SEGUINTES: 1/6
CLÁUSULA 1.ª 1. A SEGUNDA OUTORGANTE submeteu a controlo prévio da PRIMEIRA OUTORGANTE a operação urbanística de obras de construção e licenciamento de um estabelecimento comercial de supermercado que girará sob o logótipo Pingo Doce, a implantar no prédio rústico designado por Vinha do Porto, Quinta Velha, atualmente composto por parcela de terreno de cultura, com a área de 119.244m2, sito à Estrada Nacional 10, freguesia de S. Simão, concelho de Setúbal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 100, da Secção C, e descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o n.º 1237, no âmbito do processo camarário n.º 403/06. 2. Esta operação urbanística pressupõe a realização de obras de urbanização fora do prédio da SEGUNDA OUTORGANTE, sujeitas à realização do presente contrato de urbanização. CLÁUSULA 2.ª 1. O presente contrato é estabelecido nos termos do n.º 3 do artigo 25.º do RJUE, obrigando-se a SEGUNDA OUTORGANTE a proceder aos seguintes trabalhos: a. Ao alargamento da via já existente, com início na confluência das estradas EN10/EN379, onde atualmente se situa a nova rotunda, terminando junto ao futuro supermercado Pingo Doce, passando esta a ter um perfil de 13,5m, dispor de duas faixas de rodagem com 4,5m, de passeios com 2,25m de largura, incluindo, a execução de uma ciclovia com 1,85m de largura. (que consta do anexo I, o qual faz parte integrante do presente contrato ); b. À construção do coletor dos Pasmados, entre a rotunda mencionada na alínea anterior e o futuro supermercado Pingo Doce (que consta do anexo II, o qual faz parte integrante do presente contrato); c. À execução do projeto da via P5 entre o futuro supermercado Pingo Doce e a via P4, o qual será executado, após a emissão da licença de construção e de acordo com a proposta técnica 2/6
apresentada pela equipa projetista (que consta do anexo III, o qual faz parte integrante do presente contrato). 2. É ainda da responsabilidade da SEGUNDA OUTORGANTE a construção do coletor dos Pasmados, entre o futuro supermercado Pingo Doce e a via P4. 3. A SEGUNDA OUTORGANTE cederá ainda à PRIMEIRA OUTORGANTE a faixa de terreno melhor identificada na planta que se junta como anexo IV para a execução das obras previstas na alínea a) supra. 4. A PRIMEIRA OUTORGANTE entregará à SEGUNDA OUTORGANTE a documentação necessária para atualização da área do prédio junto da repartição das finanças e conservatória do registo predial. CLÁUSULA 3.ª 1. O projeto das obras mencionadas no n.º 1 alíneas a) e b) e no n.º 2 da cláusula anterior, tem parecer favorável dos serviços camarários e o projeto mencionado no n.º 1 alínea b) e no n.º 2 da cláusula anterior foi executado por Águas do Sado, entidade concessionária das redes de água e saneamento do concelho de Setúbal. 2. É da responsabilidade da PRIMEIRA OUTORGANTE, a entrega dos terrenos, onde se realizará a obra mencionada no n.º 2 da cláusula anterior. 3. Para efeitos do disposto no número anterior, a PRIMEIRA OUTORGANTE entregará uma declaração à SEGUNDA OUTORGANTE, onde mencionará que os respetivos terrenos, estão livres para execução da obra. 4. A entrega dos terrenos, para a realização da obra mencionada no n.º 2 da cláusula anterior terá de acontecer até à emissão da licença de construção, da obra constante no n.º 1 da cláusula 1.ª. 3/6
CLÁUSULA 4.ª 1. O valor global estimado das obras a realizar e da elaboração do projeto, mencionados no n.º 1 da cláusula 2.ª é de 287.586,30 (duzentos e oitenta e sete mil, quinhentos e oitenta e seis euros e trinta cêntimos.), com a seguinte discriminação: a. Alargamento da via já existente, referida na alínea a) - 207.861,50 (duzentos e sete mil, oitocentos e sessenta e um mil euros e cinquenta cêntimos.); b. Construção do coletor doméstico, referido na alínea b) - 34.585,80 (trinta e quatro mil, quinhentos e oitenta e cinco euros e oitenta cêntimos.); c. Elaboração do projeto da via P5, referido na alínea c) - 45.121,00 (quarenta e cinco mil cento e vinte um euros). 2. O valor da obra mencionada no n.º 2 da cláusula 2.º é de 69.171,59 (sessenta e nove mil cento e setenta e um euros e cinquenta e nove cêntimos), valor que não será a descontar nas taxas urbanísticas. CLÁUSULA 5.ª 1. O valor total das taxas urbanísticas devidas, pela SEGUNDA OUTORGANTE é de 163.918,52 (cento e sessenta e três mil novecentos e oito euros e cinquenta e dois cêntimos.),conforme anexo V, que faz parte integrante do presente contrato, sendo: a. 142.926,52 (cento e quarenta e dois mil novecentos e vinte e seis euros e cinquenta e dois cêntimos.), a título de Taxas de Realização, Manutenção e Reforço da infraestrutura; b. 20.992,00 (vinte mil novecentos e noventa e dois euros.), a título de Taxa de Compensação por não cedências, que será convertido em espécie no âmbito do presente contrato. 2. A SEGUNTA OUTORGANTE realizará por sua conta as obras e o projeto identificados na cláusula 4ª, independentemente do valor das taxas urbanísticas referidas na cláusula 5ª. 4/6
CLÁUSULA 6.ª 1. A SEGUNDA OUTORGANTE prestará caução para garantir a boa e regular execução das obras previstas no presente contrato. 2. A caução prevista no número anterior, de valor correspondente ao valor previsto na cláusula 4.ª, acrescida de IVA à taxa legal em vigor e de 5%, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 54.º do RJUE, por remissão do disposto no n.º 5 do art.º 25.º do mesmo diploma, poderá ser prestada, por acordo entre as partes, mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução. 3. A PRIMEIRA OUTORGANTE procederá à redução e cancelamento da caução no termos do artigo 295.º do Código dos Contrato Públicos. CLÁUSULA 7.ª A emissão do título de licença de construção para a realização da operação urbanística de construção do supermercado ficará dependente da outorga do presente contrato. CLÁUSULA 8.ª As obras e o projeto previstos no presente contrato, deverão ser realizados até à data de emissão da autorização de utilização do edifício comercial, desde que o Município de Setúbal tenha disponibilizado os terrenos melhor identificados no n.º 4 da cláusula terceira. CLÁUSULA 9.ª 1. A PRIMEIRA OUTORGANTE disporá, quanto à realização das obras previstas no presente contrato, dos poderes de fiscalização que legalmente lhe assistem em matéria de realização das obras de urbanização. 2. A PRIMEIRA OUTORGANTE poderá, designadamente, sempre que em ação de fiscalização se detete que a realização das obras prevista no presente contrato não está a obedecer aos projetos aprovados, ordenar 5/6
à SEGUNDA OUTORGANTE que proceda à regularização da situação, fixando-lhe prazo razoável para o efeito. 3. A PRIMEIRA OUTORGANTE, sempre que se verifique uma situação de incumprimento por parte da SEGUNDA OUTORGANTE, designadamente não acatamento das instruções dadas nos termos do número anterior, suspensão não autorizada ou abandono injustificado das obras, pode promover a respetiva realização por conta da SEGUNDA OUTORGANTE. 4. Na situação prevista no número anterior, as despesas serão pagas por força da caução prestada, nos termos da cláusula 6.ª do presente contrato. CLÁUSULA 10.ª À receção provisória e definitiva das obras previstas no presente contrato, aplicar-se-á o disposto no artigo 87.º do RJUE. Setúbal,...de...de 2012 A PRIMEIRA OUTORGANTE A SEGUNDA OUTORGANTE 6/6