QUANTIFICAÇÃO DE FÉNOLICOS TOTAIS E FLAVONOIDES PRESENTES NO FACHEIRO Pilosocereus pachycladus subesp. pernambucoensis (F.

Documentos relacionados
QUANTIFICAÇÃO DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE E DE COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO QUIPÁ Tacinga Inamoena (K. Schum) NPTaylor & Stuppy

ANÁLISE DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ANTOCIANINAS EM EXTRATO AQUOSA DA CASCA E POLPA DE JABUTICABA

EXTRAÇÃO DE FENOIS EM ERVA MATE (2011) 1

INFLUÊNCIA DOS PROCESSOS DE DESIDRATAÇÃO NOS COMPOSTOS BIOATIVOS EM POLPA DE NONI (MORINDA CITRIFOLIA)

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) UTILIZANDO AR QUENTE

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

ESTUDO DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE ACEROLA EM TAMBOR ROTATIVO ACOPLADO A MICRO-ONDAS

ESTUDO DOS POLIFENÓIS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA CASCA, FOLHAS E FRUTO DE Hymenaea stigonocarpa (JATOBÁ).

POTENCIAL ANTIOXIDANTE E TOXICIDADE DO EXTRATO AQUOSO DE SYZYGIUM CUMINI (L.) SKEELS E SPONDIAS MOMBIN L. FRENTE À ARTEMIA SALINA LEACH.

PALAVRAS-CHAVE: Ilex paraguariensis St.-Hil; fenólicos; flavonoides; capacidade antioxidante.

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DA POLPA DE PEQUI

Por que razão devemos comer fruta? Determinação da capacidade antioxidante da pêra abacate.

ESTABILIDADE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS PRESENTES NA FARINHA DO BAGAÇO DE UVA TINTA VITIS VINÍFERA E VITIS LABRUSCA

QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM NÉCTAR DE CAJÁ ENRIQUECIDOS COM FARINHA E EXTRATO FUNCIONAL

AVALIAÇÃO DO TEOR DE COMPOSTOS BIOATIVOS DO RESÍDUO DE ACEROLA (Malpighia emarginata D.C.) APÓS SECAGEM EM LEITO FIXO

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE SECAGEM SOBRE OS COMPOSTOS FENÓLICOS EM RESÍDUOS DE UVAS

QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONÓIDES E FENÓIS DO EXTRATO DO FEIJÃO BRAVO

QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONÓIDES NA CULTURA FORRAGEIRA CUNHÃ

COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM DIFERENTES ESPÉCIES DE FRUTOS NATIVOS

CACTACEAE JUSS. DE UMA MESORREGIÃO DO SERTÃO PARAIBANO, NORDESTE DO BRASIL

ELABORAÇÃO DE FARINHA DE UVA UTILIZANDO BAGAÇO DA INDÚSTRIA VITIVINÍCOLA: EFEITO SOB OS COMPOSTOS FENÓLICOS

SECAGEM DE RESÍDUOS DE ACEROLA EM SECADOR ROTO-AERADO COM REALIMENTAÇÃO

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DO MARACUJÁ UTILIZANDO UM MICROONDAS DOMÉSTICO

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) UTILIZANDO INFRAVERMELHO

USO DO EXTRATO DAS CASCAS DO FRUTO DO MANDACARU COMO INDICADO ÁCIDO-BASE ALTERNATIVO EM AULAS EXPERIMENTAIS DE QUIMICA

COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DA POLPA DE BIRI-BIRI (Averrhoa bilimbi L.) EM DIFERENTES SAFRAS AGRÍCOLAS

Introdução. Orientadora do TCC e Professora do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 4

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE ESPÉCIES VEGETAIS DO TOCANTINS

ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO DO DOCE DA COROA DE FRADE (MELOCACTUS BAHIENSIS)

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E COMPOSTOS BIOATIVOS EM POLPA DE MARACUJÁ CONGELADA E APLICAÇÃO DE QUIMIOMETRIA PARA ANÁLISE DOS DADOS

CARACTERIZAÇÃO DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE DUAS ESPÉCIES DE PITAIA

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) POR LIOFILIZAÇÃO

Influência de hidrocolóides na cor de estruturado de maracujá-do-mato

Caracterização físico-química do fruto de ameixa selvagem (Ximenia americana L.)

QUALIDADE E POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DE FRUTOS DE CAJAZEIRAS (Spondias mombin L.) ORIUNDOS DA REGIÃO MEIO-NORTE DO BRASIL

EXTRATOS DE ALECRIM-PIMENTA

DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO TAMARINDUS INDICA FRENTE AO RADICAL DPPH

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DO MARACUJÁ UTILIZANDO UM MICROONDAS DOMÉSTICO

ELABORAÇÃO DE LICOR DE FRUTAS NATIVAS E TROPICAIS

AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS ANTIOXIDANTES DE UMA GELEIA DE UVA DESENVOLVIDA COM OS RESÍDUOS DA CASCA DA UVA

FENÓLICOS TOTAIS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DE POLPAS DE FRUTOS TROPICAIS 1

Determinação de flavonóides e antocianinas totais em morango de cultivo convencional e orgânico

DETERMINAÇÃO DA MATURAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PINHEIRO

Ensaio em microplaca de substâncias redutoras pelo método do Folin-Ciocalteu para extratos de algas

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO QUÍMICA DA POLPA E CASCA DE FRUTOS DO MANDACARÚ (Cereus jamacaru)

70ª Reunião Anual da SBPC - 22 a 28 de julho de UFAL - Maceió / AL Ciência e Tecnologia de Alimentos

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE DIFERENTES MÉTODOS DE SECAGEM DE ERVAS AROMÁTICAS NO POTENCIAL ANTIOXIDANTE

CARACTERIZAÇÃO CENTESIMAL DAS PARTES COMPONENTES DOS FRUTOS DE LICHIA EM FUNÇÃO DO CLIMA

Determinação do solvente ótimo para extração dos compostos fenólicos do fruto de buriti

AVALIAÇÃO FENOLÓGICA E SCREENING FITOQUÍMICO DA CARAMBOLA (Averroha carambola L.)

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para contato:

Teor de fenóis, flavonóides e taninos condensados do extrato bruto metanólico obtido da casca e folhas de Trichilia silvatica.

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DO SUCO VERDE

AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO RESÍDUO DE GOIABA VERMELHA (Psidium guajava L.) DESIDRATADA

POTENCIAL OXI-REDOX FAVORÁVEL EM RESÍDUOS SÓLIDOS DE UVAS PROCESSADAS

WALISSON JUNIO MARTINS DA SILVA 1, FERNANDO TORRES MACHADO 2, LUISA TROILES ROMERO 2, ALESSANDRA LOPES DE OLIVEIRA 3

PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE FARINHAS DE FRUTAS.

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS (FOLIN-CIOCALTEU) - ESPECTROFOTOMETRIA

TÉCNICA CROMATOGRÁFICA DE SEPARAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NAS CASCAS DO JAMBOLÃO (Syzygium cumini)

ESTUDOS PRELIMINARES PARA OBTENÇÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA DE UMBÚ SEMELHANTE A VINHO

Estudo comparativo entre a quantidade de fenólicos totais presentes em folhas e cálices de Hibiscus sabdariffa L

PRÓPOLIS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA Apresentação: Pôster

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE GELADO COMESTÍVEL ELABORADO COM POLPA DO FRUTO DE MANDACARU ADICIONADO DE SORO DE LEITE

Maria Eugênia Silveira da Rosa 1 ; Sheila Mello da Silveira 2 INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SOLVENTES NA EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS DE INTERESSE BIOLÓGICO DAS PARTES DO FRUTO DE GUABIROBA

POLIFENÓIS E ATIVIDADE ANTIRRADICAL LIVRE DO CÁLICE DA VINAGREIRA (Hibiscus sabidariffa, L).

Antioxidantes são compostos oxi-redox favoráveis (oxi-redox f ) e podem ser

XII Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática ENZITEC 2016

Quantificação de compostos fenólicos e ácido ascórbico em frutos e polpas congeladas de acerola, caju, goiaba e morango

INFLUÊNCIA DOS PROCESSOS DE DESIDRATAÇÃO NOS COMPOSTOS BIOATIVOS DE POLPA DE CAJÁ-MANGA ( SPONDIAS DULCIS)

PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULOS DE TEORES DE METABÓLITOS VEGETAIS BIB0315 METABÓLITOS VEGETAIS ANTONIO SALATINO 22/09/2016

COMPARAÇÃO DO TEOR DE COMPOSTOS BIOATIVOS ANTES E APÓS A SECAGEM DE RESÍDUO DE ACEROLA EM UM SECADOR DE LEITO FIXO (CAMADA ESPESSA)

Composição química do café submetido ao processo de descafeinação.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MORFOLÓGICAS DE VAGENS E SEMENTES DE FEIJÃO-BRAVO (Capparis flexuosa L.)

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

MAMONA: DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DO TEOR DE ÓLEO ( 1 )

COMPORTAMENTO ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS ETANÓLICOS NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DE BIODIESEL DE SOJA

AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA E QUÍMICA DAS FOLHAS (RAMAS) DE NABO PARA USO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA

COMPOSTOS BIOATIVOS EM DOCE DE BANANA ENRIQUECIDO COM AÇAÍ E LINHAÇA

LINHA DE PESQUISA TECNOLOGIAS EM SAÚDE ESPELHO DA PROVA

AVALIAÇÃO DOS TEORES DE ÓLEOS ESSENCIAIS PRESENTES EM PLANTAS AROMÁTICAS FRESCAS E DESIDRATADAS

Caraterização nutricional e funcional de três variedades portuguesas de figo de piteira Licenciatura em. Ciências da Nutrição

Caracterização Química e Avaliação de Toxicidade de Extratos Aquosos de Subprodutos de Castanheiro. Paula Alexandra Pinto

TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA SEMENTE DE JABUTICABA (Myrciaria cauliflora)

POLPA E GELEIA DE FRUTOS DO UMBUZEIRO: COMPARATIVO DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE

DETERMINAÇÃO DE FENÓLICOS, FLAVONOIDES E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA PIMENTA DEDO-DE-MOÇA

AVALIAÇÁO BROMATOLÓGICA DE RESÍDUOS DE MANDIOCA PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM RESÍDUO DE PROCESSAMENTO DE POLPA DE MIRTILO

Caracterização físico-química e atividade antioxidante do fruto calabura (Muntingia calabura L.)

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DO COGUMELO SHIMEJI (PLEUROTUS OSTREATUS)

VIABILIDADE DO APROVEITAMENTO DA CASCA DA JABUTICABA (Myrciaria cauliflora) PARA A ELABORAÇÃO DE NOVOS ALIMENTOS

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE TRATAMENTO PRÉVIO NA ACEITAÇÃO DA APARÊNCIA E DO SABOR DE CASCA DE MELANCIA DESIDRATADA OSMOTICAMENTE

VITAMINA C, CAROTENÓIDES E FENÓLICOS TOTAIS DURANTE A MANIPULAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE FRUTAS EM RESTAURANTE COMERCIAL

Comunicado268 Técnico

COMPARAÇÃO DAS QUALIDADES FÍSICO-QUIMICAS DA MAÇÃ ARGENTINA RED COM A MAÇÃ NACIONAL FUJI

COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DE FRUTOS DE JUAZEIRO NO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO MADURO CENTESIMAL COMPOSITION OF JUAZEIRO FRUIT AT MATURE MATURATION STAGE

THALITA PASSOS RIBEIRO 1 ; MARIA AUXILIADORA COÊLHO DE LIMA 2 ; ANA LAÍLA DE SOUZA ARAÚJO 3 ; EMANOELLA RAMOS COELHO 3

ESTABILIDADE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS PRESENTES NA FARINHA DO BAGAÇO DE UVA BRANCA VITIS LABRUSCA

CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA DOS FRUTOS E SEMENTES DA Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

Transcrição:

QUANTIFICAÇÃO DE FÉNOLICOS TOTAIS E FLAVONOIDES PRESENTES NO FACHEIRO Pilosocereus pachycladus subesp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi A.C.P. Sousa 1, M.P. Pinto 2, M.E.M. Cavalcante 3, M.M. Sousa 4, S.R.A. Medeiros 5, A. Lima 6 1-Departamento de Nutrição Universidade Federal do Piauí, CEP: 64049-550 Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga - Teresina - PI Brasil, e-mail: (cibelepsousa@hotmail.com) 2- Departamento de Gastronomia e Alimentos- Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí, (myhpereira1@gmail.com) 3 - Departamento: Hospitalidade e Lazer - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí, (mauricio-edu@hotmail.com) 4 - Departamento: Hospitalidade e Lazer - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí, (mariana_msousa@yahoo.com.br) 5- Departamento de nutrição- Universidade federal do Piauí - Campus Senador Helvidio Nunes de Barros. - Picos/PI - Rua Cícero Eduardo, S/N - Bairro Junco - Picos/PI, Brasil. CEP: 64600-000. e-mail: (stellaarcanjo@ufpi.edu.br) 6- Departamento: Hospitalidade e Lazer - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí, (alessandro@ifpi.edu.br) RESUMO Cactacéas são plantas com alta capacidade de adaptação a climas quentes e secos, o facheiro Pilosocereus pachycladus subesp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi e um dos pertencentes a essa espécie cuja a predominância e comum no nordeste brasileiro, apesar de seu fruto ser comestível, este é pouco difundida na alimentação humana bem como para outros fins. Perante isso este trabalho teve como objetivo quantificar o teor de compostos fenólico totais e flavonoides totais presentes na casca e polpa do fruto facheiro. A partir dos resultados obtidos observou-se um maior teor desses compostos presentes na casca do fruto, e em ambas as partes o extrato acetônico foi o mais eficiente na extração dos compostos. Apesar dos resultados promissores quanto à capacidade antioxidante desse fruto mais estudos são necessários para um angariar maior conhecimento a respeito dos compostos presentes neste e que viabilize alternativas ao seu aproveitamento. ABSTRACT Cacti are plants with high adaptability to hot and dry climates, the facheiro Pilosocereus pachycladus subsp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi and of belonging to this species whose prevalence and common in northeastern Brazil, although its fruit is edible, it is little known in food as well as for other purposes. Given that this study aimed to quantify the content of total phenolic compounds and total flavonoids present in the peel and pulp of the fruit facheiro. From the results we observed a higher content of these compounds in the peel of the fruit, and on both sides the acetone extract was the most efficient in the extraction of compounds. Despite the promising results regarding the antioxidant capacity of this fruit more studies are needed for a raise greater awareness about the compounds in this and that makes possible alternatives to its use. PALAVRAS-CHAVE: facheiro; caatinga; compostos bioativos.

KEYWORDS: cactaceous; antioxidant; bioactive compounds. 1. INTRODUÇÃO As cactáceas são plantas geralmente xerofíticas, afilas, com caule e ramos suculentos, espinhosos, flores solitárias e vistosas que ocorrem principalmente em áreas quentes e secas (ROCHA; AGRA, 2002). No Brasil ela está distribuída em todos os domínios fitogeográficos do país e é representada pela ocorrência de 233 espécies agrupadas em 37 gêneros e três subfamílias. Essa ampla gama de espécies coloca o Brasil com a terceira maior diversidade de cactos do mundo, apesar da abundante distribuição por todo o território nacional, as regiões mais importantes, em termos de biodiversidade, estão no leste do país principalmente nos estados da Bahia, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul (ZAPPI et al., 2011; ZAPPI; TAYLOR; MACHADO, 2012). Dentre essa vasta variedade de espécies tem-se o facheiro Pilosocereus pachycladus subesp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi é uma espécie perene, arbustiva, robusta, de tronco ereto com galhos laterais, porém pouco ramificada, de coloração verde escura, que apresentam espinhos agudos e flores grandes, alvas e isoladas (BRAGA, 1976). O seu fruto é amplamente difundido na alimentação animal principalmente por pássaros, além desse uso os frutos podem ser utilizados para a alimentação humana, como também o caule que com tratamento adequado pode ser utilizado na produção de doces, bolos, bolachas, cocadas, mousses entre outros. Toda a planta pode ser aproveitada para a produção de forragem para animais (LIMA; FIGUEIRÊDO; QUEIROZ, 2007) Varias substancia antioxidantes estão amplamente distribuídas no reino vegetal e no grande grupo dos compostos fenólicos, os flavonóides e os ácidos fenólicos são os que mais se destacam e, são considerados os antioxidantes fenólicos mais comuns de fontes naturais (KARAKAYA 2004). Deste modo esse trabalho teve como objetivo, quantificar o teor de compostos fenólico totais e flavonoides totais presentes na casca e polpa do facheiro. 2. MATERIAL E MÉTODOS Os frutos do facheiro foram obtidos na zona rural da cidade de Caldeirão Grande do Piauí, e foram conduzidas ao Laboratórios de Análise de Alimentos do Instituto Federal do Piauí (IFPI) Campus Teresina Zona Sul onde foram realizadas as analises. Os extratos das polpas e cascas foram obtidos em agitação continua em ultrassom em banhomaria por 1h, utilizando solventes de diferentes polaridades: extratos aquoso, etanólico e acetônico, utilizando-se água destilada, álcool etílico absoluto (PA) e acetona (PA), respectivamente. A quantificação de compostos bioativos constitui-se de quantificação dos compostos fenólicos a qual seguiu a metodologia descrita por Swain e Hills (1959), adaptada por (SOUSA, VIEIRA e LIMA, 2011), utilizou-se o reagente Folin Ciocalteu e as leituras foram realizadas em triplicata das absorbâncias em espectrofotômetro a 720 nm. Os flavonoides totais presentes no EA e suas frações foram determinados pelo método de Zhishen, Mengchen e Jianming (1999), com algumas modificações, usando o método do tricloreto de alumínio (AlCl3), onde foi medido espectrofotometricamente o produto rosa avermelhado a 510 nm. A intensidade da cor rosa foi medida a 510 nm. (+) Catequina foi utilizada para calcular a curva padrão. Os resultados foram calculados por meio do cálculo de médias e desvio-padrão, e aplicado do

teste de Tukey considerou-se como diferença significativa p<0,05 utilizou-se o software GraphPad Prism 6.0. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na tabela 1 observa-se os resultados encontrados referentes ao teor total de flavonoides totais presentes nos extratos aquoso, etanolico, e acetonico da casca e polpa do facheiro. Tabela 1-teor de flavonoides totais dos extratos aquoso, alcoólico e acetônico da polpa, da casca do facheiro. Parte Extrato Flavonoides totais (mg de catequina/100g amostra fresca) Polpa Extrato Aquoso 20,64 c ± 1,49 Extrato Etanolico 39,18 b ± 0,58 Extrato Acetônico 87,98 a ± 0,53 Extrato Aquoso 122,74ª ± 2,22 Casca Extrato Etanolico 92,98 b ± 0,22 Extrato Acetônico 122,78ª ± 5,24 Fonte: Autoria própria. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem estatisticamente entre si. Observa-se que a casca demonstrou possuir um maior teor de flavonoides totais sendo que os extratos aquosos e acetônicos propiciaram uma maior extração desse composto sem diferença estatística entre si. Na polpa houve diferença estatística entre os extratos com maior teor presente no extrato acetônico. Os resultados do extrato acetônico da polpa, e os extratos da casca corroboram os resultados de Dessimoni-Pinto et al., (2011) ao avaliar geleia de pele de jaboticaba. No entanto em todos os casos estão abaixo do encontrado por Wolfe; Wu; Liu, (2003) ao avaliarem cascas de maça. Tabela 2 Teor de polifenóis totais presentes na casca e polpa do facheiro. Parte Extrato Polifenóis (mg EAG. 100g -1 amostra) Polpa Extrato Aquoso 206,19 c ± 6,23 Extrato Etanolico 253,33 b ± 5,53 Extrato Acetônico 275,51ª ± 4,53 Extrato Aquoso 211,22 c ± 0,47 Casca Extrato Etanolico 305,59 b ± 3,03 Extrato Acetônico 379,10 a ± 7,71 Fonte: Autoria própria. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem estatisticamente entre si. Conforme mostra a figura 2, houve diferença estatística entre os extratos analisados para as

diferentes partes da Fruta, sendo que em ambos casos no extrato acetonico apresentou um maior teor desse composto, e a casca de modo geral apresentou um maior teor de compostos fenólicos comparado a polpa. Comparando os resultados obtidos com os de Costa et al., (2013), onde avaliou-se o Noni (Morinda citrifolia Linn), tanto casca, polpa e semente, constata-se que os resultados encontrados são significativamente superiores, bem como ao dos resíduos de cinco polpas de frutas com exceção da acerola os valores obtidos pelos seus extratos aquosos e hidroalcoólico são significantemente inferiores (SOUSA; VIEIRA; LIMA, 2011). Ao analisar o teor de fenólicos totais de 17 frutos provenientes do equador, Vasco, Ruales e Kamal-Eldin (2008) os classificaram os seus frutos em três categorias: baixo (< 100 mg EAG.100 g -1, médio (100 a 500 mg EAG.100 g -1 ) e alto (> 500 mg EAG.100g -1 ), Dessa forma todos os extratos obtidos são considerados fontes médias de compostos fenólicos. Dentre os fatores que podem interferir na extração das substancias tem-se a polaridade hidrofobicidade dos compostos (WU et al., 2007). Observa-se que as diferenças entre as extrações justifica-se provavelmente por uma presença de compostos hidrofóbicos presentes no facheiro. 4. CONCLUSÕES Conclui-se que a casca Pilosocereus pachycladus subesp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi, possui alto teor de flavonóides e fenolicos totais comparado a polpa, e com isso um elevado potencial antioxidante, estudos mais aprofundados são necessários a para a determinação desses compostos e a valorização desse fruto. 5. AGRADECIMENTOS A CAPES pela bolsa concedida a primeira autora, e ao Programa de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnologógica (ProAGRUPAR INFRA) IFPI, pelo financiamento do projeto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Braga, R. (1976) Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. (3. ed). Mossoró: Escola Superior de Agricultura de Mossoró. 510 p. Dessimoni-Pinto, N.A.V., Moreira, W.A., Cardoso, L.M., Pantoja, L.A., (2011). Jaboticaba peel for jelly preparation: an alternative technology, Ciênc. Tecnol. Aliment. 31(4), 864-869. Karakaya, S. (2004). Bioavailability of Phenolic Compounds. Critical Rev. Food Sci. Nutr., 44(6), 453-64. Rocha, E. A., Agra, M. F. (2002). Flora do pico do Jabre, Paraíba, Brasil: Cactaceae Juss. Acta Botânica Brasílica, 16(1), 15-21. Lima, E. E.. Figueirêdo, R. M. F., Queiroz, A. J. M. (2007). Cinética de secagem de polpa de facheiro. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 9(1), 17-28.

Swain, T., Hills, W. E. (1959). The phenolic constituints of Punnusdomestica. I- quantitative analysis of phenolics constituintes. Journal of the science of food and agriculture, 19, 63-68. Vasco, C.; Ruales, J.; Kamal-Eldin, A. Total phenolic compounds and antioxidant capacities of major fruits from Ecuador, (2008). Food Chemistry, 111, 816 823. Sousa, M.S.B.; Vieira, L.M.; Lima, A. Fenólicos totais e capacidade antioxidante in vitro de resíduos de polpas de frutas tropicais Braz. (2011). Brazilian Journal of Food Technology 14(3), 202-210. Vieira, L. M., Sousa, M. S. B., Mancini-Filho, J., Lima, A. (2011). Fenólicos totais e capacidade antioxidante in vitro de polpas de frutos tropicais. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(3), 888-8. Wolfe, k.; Wu, X.; Liu, R.H. (2003). Antioxidant Activity of Apple Peels. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 51 (3), 609 614 Wu, C.-R.; Huang, M.-Y.; Lin, Y.-T.; Ju, H.-Y.; Ching. H. (2007). Antioxidant properties of Cortex fraxini and its simple coumarins, Food Chemistry, 104, 1464 1471. Zappi, D., Taylor, N., Machado, M. (2012). Cactaceae. In: LISTA de espécies da flora do Brasil. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/fb001434>. Zhishen, J.; Mengcheng, T.; Jianming, W. (1999) The Determination of Flavonoid Contents in Mulberry and their Scavenging Effects on Superoxide Radicals. Food Chemistry, 64, 555-55