Nos termos da Lei n.º 7/2003, de 15 de Janeiro, estiveram presentes os seguintes elementos do Conselho Municipal de Educação:

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Transcrição:

Acta da oitava reunião do Conselho Municipal de Educação realizada em 9 de Abril de 2008 No dia nove de Abril de dois mil e oito, reuniu na Sala de Sessões da Câmara Municipal de Coimbra, o Conselho Municipal de Educação, tendo como ponto único a Aprovação da Carta Educativa do Município de Coimbra. Nos termos da Lei n.º 7/2003, de 15 de Janeiro, estiveram presentes os seguintes elementos do Conselho Municipal de Educação: Dr. Carlos Manuel de Sousa Encarnação Presidente da Câmara Municipal de Coimbra; Dr. Manuel Ernesto Rodrigues Paiva Coordenador Educativo de Coimbra; Prof. Doutora Maria Luísa F. Cabral Santos Veiga Representante das instituições de ensino superior público; Dr.ª Josefina Maria Artiaga Dias Miranda Campos Representante do pessoal docente da educação pré-escolar pública. Dr. Paulo Manuel M. L. Santos Representante dos estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário particular privado; Dr.ª Maria Emília Bigotte de Almeida Representante das associações de pais e encarregados de educação; Dr. Ana Baptista Representante das associações de pais e encarregados de educação; Dr.ª Maria Fernanda Pinto Silva Representante dos serviços públicos de saúde; Dr.ª Ana Rodrigues Representante do Centro Distrital de Solidariedade Social de Coimbra; Eng.º Pedro Miguel M. Miguens Amaro Representante dos serviços de emprego e formação profissional Não estiveram presentes o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, os representantes das instituições de ensino superior privado, do pessoal docente do ensino básico público, do ensino secundário público, das freguesias do Concelho, dos serviços públicos da área da juventude e do desporto, das IPSS s que desenvolvem actividades na área social, das Associações de Estudantes e das forças de segurança. D.S/D.S_DEC 1/7

Dando início à reunião, e após verificar a existência de quórum, o Sr. Presidente da Câmara lembrou os presentes que os contributos dos conselheiros deveriam ter sido entregues até ao final da semana passada, o que aconteceu, tendo depois sido incorporados, corrigindo ou aditando, no texto, algumas das alterações propostas, e fazendo, igualmente, uma alusão explícita ao compromisso assumido de avaliar periodicamente o disposto na Carta Educativa, procurando actualizá-la face aos últimos dados conhecidos. As alterações consistiram materialmente na página vinte e cinco foram acrescentados dois números com princípios gerais, na página vinte e nove foi feito um acréscimo relativo à capacidade das escolas secundárias, na página trinta e um foi acrescentada uma tabela referente à Educação Especial, prevista na Lei 3/2008, de 7 de Janeiro, na página quarenta foi feita uma alteração ao financiamento previsto a curto e a médio prazo, faltando apenas a obrigação de revisão e acompanhamento da carta. O Dr. Oliveira Alves esclareceu que não constava porque dependeria do que fosse decidido nesta reunião do Conselho Municipal de Educação, nomeadamente no que respeita à constituição da Comissão de Acompanhamento. O trabalho que resultou foi sujeito à apreciação do Professor Pais Antunes, o qual mereceu a sua concordância expressa. No entanto, o Sr. Presidente referiu, ainda, que de forma a ficar claro, no texto, fica a exigência de incorporar a revisão e acompanhamento e que relativamente à constituição da Comissão de Acompanhamento esta será objecto de proposta e votação no Conselho. O Dr. Ernesto Paiva pediu a palavra esclarecendo o Conselho dos motivos de ausência do Dr. Filipe Jorge do Couto Xavier e da Dr.ª Maria do Pilar Carreira, representantes do ensino básico público e do ensino secundário público, respectivamente. A Dr.ª Emília Bigotte agradeceu ao Sr. Presidente da Câmara e ao Dr. Oliveira Alves o terem recepcionado os pareceres e o terem aceite introduzir no documento algumas das alterações propostas pela FRAPP Centro. Informou o Conselho da intenção de declaração de voto, pedindo autorização para a leitura de um documento do qual solicitou que fosse dado conhecimento à Câmara. Depois da leitura do documento, o Sr. Presidente da Câmara questionou a Dr.ª Emília Bigotte se, face à incorporação na Carta Educativa, como já havia referido, do último ponto do documento, que faz referência à constituição de uma comissão de acompanhamento, mantinha esse ponto do documento, tendo aquela referido que, apesar de ver acolhidas as sugestões, desejava que o documento ficasse tal como D.S/D.S_DEC 2/7

estava independentemente de estar já acolhida na Carta Educativa a proposta de criação de uma Comissão de Acompanhamento. Em sequência, o Dr. Oliveira Alves referiu que os representantes das Escolas EB 2,3 manifestaram preocupação relativamente à transferência de competências para os municípios e à alteração do paradigma de ensino naqueles estabelecimentos, solicitando ao representante da Direcção Regional de Educação do Centro que elucidasse o Conselho, dado que se podia estar a validar uma revisão da Carta Educativa quando não se dispõem ainda de todos os elementos para o poder fazer. O Dr. Ernesto Paiva informou que, no que respeita às Escolas EB2,3, e depois da publicação do Decreto-Lei n.º 299/97, está bem definida a tipologia das escolas portuguesas, o que significa que existe Educação Pré-escolar, Ensino Básico e Ensino Secundário, acrescentando que, havendo ensino básico, as escolas básicas devem ser 1, 2, 3, ainda que a prática não tenha sido essa e o 1.º ciclo continuasse separado. A preocupação actualmente é transportar para a escola esta escolaridade sequenciada do ensino básico, trabalho que está a ser feito em todas as escolas de Coimbra de forma a que possam vir a ser Escolas Básicas 1,2,3, em articulação com a Câmara Municipal, tendo sido realizadas já diversas reuniões com os vários agrupamentos. Reportando-se a um ofício da Direcção Regional de Educação do Centro distribuído no final da reunião anterior, e que elencava um conjunto de indicações, o Dr. Ernesto Paiva referiu que o mesmo carecia de contextualização, já que, neste momento, as cartas educativas são analisadas através do preenchimento, por parte dos técnicos da DREC, de uma aplicação informática que, com base nos dados constantes da Carta Educativa, avalia, identifica pontos fracos e fortes e atribui uma notação qualitativa que vai permitir aos técnicos propor ou não a sua homologação. Salientou, ainda, que a DREC fez questão de alertar os municípios para os dados que, a não existirem, inviabilizariam a análise positiva do documento. O Sr. Presidente da Câmara relembrou então que, na reunião anterior, as questões suscitadas haviam já sido analisadas, tendo, nesse contexto, questionado o Dr. Ernesto Paiva se a Carta Educativa continha alguma disfunção em relação ao espírito da nova organização educativa tendo obtido uma resposta negativa. Já em relação às objecções levantadas estas prendiam-se essencialmente com faltas de dados, situação que já se encontra ultrapassada. Quanto à questão dos Centros Educativos, também foi explicado que já se encontra ultrapassada. Quanto à questão dos Centros Educativos, o Sr. Presidente da Câmara é da opinião de que não lhe parece uma questão tão simples de resolver já que o conceito presente na Carta, não sendo substancialmente diferente, é-o materialmente, já que o que contém são Centros Educativos polinucleados que não são mais do que vinte e três em relação aos quais existe um edifício da Escola Básica do D.S/D.S_DEC 3/7

1.º Ciclo e, ao lado, um edifício de Jardim de Infância. Este conceito, no seu entendimento, evita a demolição de estabelecimentos de educação e ensino e preenche os requisitos que são exigidos, constituindo exemplos do referido os dois últimos jardins de infância edificados Montes Claros e Vale das Flores que têm perto escolas Secundárias, EB2,3 EB1 e creches. Uma objecção no mesmo sentido era apresentada pelos representantes dos professores do ensino secundário mas não levava em linha de conta esta característica que Coimbra tem. Por outro lado, existiam outras objecções que, embora compreendesse, considera que não devem traduzir-se em inclusões na Carta por uma razão simples: por exemplo, no que se prende com o edifício da Escola de Santa Cruz, ele pode não estar capacitado para desempenhar funções como escola básica do 1.º ciclo de acordo com o novo sistema de ensino, pelo menos com a quantidade de alunos que lá tem. No entanto, se se reduzir o número de alunos, através da migração para outros estabelecimentos, e se o edifício sofrer alterações, é opinião do Sr. Presidente da Câmara que a escola pode continuar a funcionar naquele espaço. A este propósito, referiu também ser sua opinião de que, em alguns casos, deve ser criada capacidade excedentária para responder a possíveis modificações no sistema educativo, isto porque também seria errado, do ponto de vista económico, desperdiçar escolas que estão bem localizadas e que necessitam apenas de ser intervencionadas, até porque, enquanto decorrem as obras, é necessário gerar as folgas necessárias para acomodar os alunos. Em relação às alterações previstas para as escolas de Montes Claros e Vale das Flores o que acontece é que existe uma alteração das capacidades por alteração das condições. Um dos aspectos que foi modificado e com o qual manifesta a sua concordância prende-se com a ampliação das escolas de duas salas para quatro, aumentando a qualidade e a capacidade das condições oferecidas para o seu funcionamento, desde que exista espaço disponível, já que a concentração nem sempre significa uma boa resposta. Em resposta, o Dr. Ernesto Paiva referiu que, em termos genéricos, concordava com o que havia sido dito pelo Sr. Presidente, mas fez questão de salientar que, se em Coimbra existem de facto jardins de infância ao lado de escolas do 1.º Ciclo, essa é a filosofia dos centros educativos, mas que, não estando neste momento nas equipas que avaliam as cartas educativas, não sabe de que forma são estas questões tratadas. Nesse sentido, procurará informar a equipa de forma a que estes pontos sejam avaliados pela forma como funcionam e não apenas pela simples verificação de uma lista. Sobre esta questão, a Drª Ana Rodrigues referiu sentir-se um pouco incomodada com a questão do preenchimento com cruzinhas. Compreendendo que se trata de um D.S/D.S_DEC 4/7

procedimento de execução e todos os serviços têm procedimentos de execução -, é exactamente por isso que os Serviços têm os seus representantes no Conselho, acrescentando que se competisse à Segurança Social assinalar a lista de verificação eu teria a preocupação de falar com os técnicos que iriam proceder à inserção dos dados, que até podem ser competentes na sua tarefa mas que poderão ter algum desconhecimento face às questões que estão em causa e à importância de ter uma Carta Educativa aprovada. Referiu ainda, que Coimbra é o único Município do distrito que não tem o documento aprovado o que pode vir a ser prejudicial para acesso a verbas o que deve ser tomado em consideração. Congratulou-se, por fim, com a disponibilidade do Dr. Ernesto Paiva em fazer chegar à equipa de avaliação o seu conhecimento da realidade, tendo o Sr. Presidente da Câmara referido que, se na avaliação anteriormente realizada, os técnicos não foram capazes de ler, a partir dos dados de que dispunham, esta realidade dos centros polinucleados, então, nesta versão os dados foram claramente indicados. Acrescentou, também, que uma das dificuldades foi perspectivar a migração de alunos das EB1 para as EB2,3, até porque quando a Carta Educativa foi elaborada não havia qualquer certeza que os alunos viessem a ser admitidos, isto porque todas as diligências que foram feitas nesse sentido tiveram como resposta a impossibilidade deste movimento. Lamenta o facto de o Ministério da Educação não conseguir dar uma resposta positiva e, ao mesmo tempo, penalizar a Câmara na avaliação da Carta Educativa por não comportar esta migração. Afirma, concluindo, que esperava que estas questões estivessem agora ultrapassadas. Acrescentou, depois, que na Região Centro outras cartas educativas ainda não se encontram aprovadas, além de referir que este é um modelo que encaixa perfeitamente em populações escolares muito grandes ou diminutas, sendo que Coimbra se encontra num estádio de desenvolvimento verdadeiramente intermédio, já que ainda tem zonas em redor da cidade com capacidade para reter populações e apresenta depois grandes concentrações, em três ou quatro pontos, do centro urbano. Coimbra tem uma peculiaridade que deve ser compreendida. Por fim, referiu que quanto aos objectivos de melhorar a educação todos estão de acordo. A Dr.ª Josefina Campos questionou então o Sr. Presidente da Câmara sobre a periodicidade prevista para as reuniões da Comissão de Acompanhamento, tendo-lhe sido dito que não existe uma proposta. Nesse sentido, o Sr. Presidente apresentou ao Conselho uma proposta de constituição da Comissão de cinco elementos, a reunir semestralmente ou trimestralmente se assim a Comissão o entendesse, na certeza de que aquela pode fixar o número de reuniões adequado ao seu funcionamento. Neste ponto, a Dr.ª Ana Rodrigues questionou se a comissão, funcionando no âmbito do D.S/D.S_DEC 5/7

Conselho, não deveria reunir pelo menos com a mesma periodicidade deste, tendo depois a Dr.ª Emília Bigotte referido que a FRAP Centro entende que esta comissão deve funcionar em regime de permanência, devendo por isso fixar o seu próprio regimento, sendo certo que, de acordo com o previsto, terá de apresentar uma proposta de revisão daqui a um ano, tendo por isso de trabalhar de forma célere, até porque é seu entendimento que esta Carta Educativa é limitada na visão estratégica que tem para a educação do Município, não se revendo os pais nela e propondo, por isso, uma revisão rápida. A proposta foi colocada à votação a qual foi aprovada por unanimidade. No que respeita à constituição da Comissão, o Sr. Presidente da Câmara, tomando como base o número de elementos aprovado anteriormente, solicitou aos conselheiros que apresentassem propostas. Neste ponto, o Dr. Ernesto Paiva salientou apenas que, por uma questão de funcionalidade, seria bom que a Comissão tivesse um interlocutor, isto porque sendo a Carta um documento dinâmico que terá de ter em conta possíveis alterações ou novos dados que os responsáveis do Ministério da Educação possam contactar, acrescentando que, habitualmente, o elemento proposto pelas autarquias é o técnico que supervisionou a elaboração do documento dado que rapidamente pode ser contactado através de telefone ou correio electrónico, coordenando também a Comissão de Acompanhamento. O Dr. Paulo Santos, em nome dos estabelecimentos de ensino particulares, manifestou interesse em estar presente. O Sr. Presidente propôs então que a comissão fosse composta por: o representante das associações de pais, o representante do ensino básico e secundário particular, o representante do ensino básico público, o representante do ensino secundário público e o representante da educação pré-escolar, ficando o representante da autarquia como assessor da Comissão e fazendo a ponte entre aquele órgão e a Autarquia, não a integrando propriamente. Antes da votação da proposta, a Dr. Emília Bigotte questionou o Conselho acerca das competências desta Comissão, nomeadamente com o facto de estar apenas em causa o acompanhamento da Carta Educativa que é hoje apresentada ao Conselho ou se pode também propor alterações ao mesmo documento, num momento que também gostava de ver definido. Neste aspecto particular, o Sr. Presidente referiu que a comissão exerce as suas funções no âmbito do conselho mas que só se devem estabelecer prazos após a aprovação da Carta pelo Ministério da Educação, o que não se sabe quando irá ocorrer, admitindo porém o prazo de um ano para revisão após aquela ocorrer. No mesmo sentido, a Dr.ª Josefina Campos concluiu que, emanando do Conselho Municipal de Educação, é a ele que a Comissão apresentará os seus contributos ou objecções. Por D.S/D.S_DEC 6/7

isso mesmo, como referiu novamente o Sr. Presidente da Câmara, nem farão parte membros da autarquia nem da Direcção Regional de Educação, isto porque são sempre interlocutores no processo, acrescentando que a proposta pretende densificar a capacidade de intervenção e de reflexão do Conselho, corporizando-o num organismo mais pequeno de acompanhamento permanente em relação à Carta Educativa e à sua revisão, só tendo sentido desta forma, propondo depois o que entender por bem ao Conselho. O representante da Câmara deve estar presente, deve fornecer elementos de forma permanente para informar a comissão sobre a capacidade da Autarquia de aplicar o sistema. A Dr. Ana Rodrigues sugeriu que o grupo fosse constituído por menos elementos porque, e com base na sua experiência pessoal, seria mais fácil, em termos de disponibilidade, promover as reuniões de trabalho sugestão que não foi acolhida. A proposta de constituição da Comissão de Acompanhamento foi aprovada por unanimidade. Foi colocada à votação a Carta Educativa do Município de Coimbra que foi aprovada com nove votos a favor e com a abstenção do Dr. Ernesto Paiva. O Dr. Ernesto Paiva apresentou uma declaração de voto relativamente à sua abstenção dado que não pretende que o mesmo, enquanto sim ou não, condicione o trabalho da equipa técnica, reafirmando, no entanto, o compromisso de lhe fazer chegar a realidade dos centros polinucleados com já havia afirmado. Nesse sentido o Sr. Presidente da Câmara congratulou-se com a disponibilidade manifestada, acrescentando que não conhece qualquer outro processo de aprovação deste documento tão atribulado como o de Coimbra, sendo também certo que, e reportando-se às exigências da representante das associações de pais, agora contempladas, nenhuma das cartas que conhece vai tão longe. No final da reunião, a representante das Associações de Pais propôs que o Conselho Municipal de Educação reunisse no mês de Maio, tendo como objectivos avaliar o decurso do presente ano lectivo e preparar o próximo. O Sr. Presidente anuiu e ficou acordada a marcação de uma reunião para finais de Maio, com data a definir. E nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião, da qual foi lavrada a presente acta. D.S/D.S_DEC 7/7