2016-03-16 00:49:59 http://justnews.pt/noticias/associacao-protectora-dos-diabeticos-de-portugal-apresentou-programa-de-comemoracaodos-90-anos APDP vai celebrar 90 anos de «combate à diabetes» com um vasto programa de atividades A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), presidida por Luís Gardete Correia, anunciou o conjunto de iniciativas com que vai celebrar, até final do ano, o seu 90.º aniversário. O destaque vai, naturalmente, para o dia 13 de maio, data oficial da comemoração dos 90 anos. Na sua intervenção, Luís Gardete Correia fez uma contextualização histórica do papel da APDP ao longo dos anos e das atividades desenvolvidas, realçando os campos em que atua hoje em dia, nomeadamente, "na educação terapêutica, cardiologia, oftalmologia, acompanhamento às crianças e jovens, a colocação de bombas, a podologia e a confeção das palmilhas, a diálise, o acompanhamento na gravidez, o laboratório, a cirurgia". Fez também questão de sublinhar a importância dos cursos da "Escola onde nós estamos, que é o 4º edifício especificamente dedicado à área da formação dos técnicos de saúde e também dos doentes". Referiu ainda que, no Dia Mundial da Saúde, dia 7 de abril, a APDP vai abrir de novo das portas do seu museu, "que nesta altura está em remodelação".
Coube a João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, explicar com mais detalhe as ações que serão desenvolvidas no âmbito do 90.º aniversário, adiantando o que "vamos fazer para além do que já fazemos". Começou por recordar que a diabetes é o tema central deste ano do Dia Mundial da Saúde, pelo que é ainda mais oportuno que seja feita nesse dia a inauguração do renovado Museu da APDP. Já no dia 13 de maio, data oficial do 90.º aniversário da APDP, adiantou que "vamos celebrar os 90 anos da associação, da parte da tarde, no edifício sede da APDP". De 11 a 13 de maio, e a propósito das comemorações de Fátima, "desafio que também partiu do Ministério da Saúde", a APDP vai procurar dar apoio, "fazendo a sensibilização, dentro do contexto possível, para a prevenção e controlo da diabetes". Inauguração do 1.º "Passeio Saudável" "Construir ou alterar um passeio em Lisboa é muito complicado, não só pela calçada portuguesa mas também pelo processo burocrático que envolve", explicou João Filipe Raposo. Este é o desafio associado à inauguração do 1.º Passeio Saudável, que terá lugar em junho: "vai ser o passeio que parte da entrada principal da APDP até ao largo do rato, não parece muito mas é significativo e é simbólico também. O objectivo é darmos o exemplo para melhorar a mobilidade." Em setembro está prevista a realização de um jogo de futebol entre Benfica e Sporting, com as glórias das duas equipas, e "será um dos marcos das comemorações". O objectivo é "aproveitar estes momentos para sensibilizar
para a causa da APDP e da luta contra a diabetes, mobilizando a comunidade". 1º Congresso Nacional do Pé Diabético Nos dias 14 e 15 de outubro vai organizar "outro tipo de intervenção da saúde em diabetes": o 1º Congresso Nacional do Pé Diabético, evento que decorrerá na Costa da Caparica, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Diabetologia. O tema é o pé diabético no séc XXI. João Filipe Raposo referiu que, "na prática, é o reconhecimento que os nossos resultados na área do pé diabético não são bons em Portugal. Há evidência que estão provavelmente melhores e que estamos na boa trajetória mas ainda temos espaço para dar aqui saltos quantitativos e qualitativos apreciáveis e este é um reconhecimento importante que temos de o fazer." Ainda em outubro a APDP realiza "algo que felizmente passou a estar também na moda": a 2.ª edição da corrida/marcha APDP, "mais uma oportunidade para aumentar a atividade física, mais um espaço para mobilizar a comunidade". João Filipe Raposo, José Luis Medina (presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia), Luís Gardete Correia e José Manuel Boavida (diretor do Programa Nacional para a Diabetes).
Jornadas APDP Dia 17 de novembro, no âmbito das Jornadas da APDP, será promovida a discussão sobre a investigação em diabetes, refletindo sobre "se estamos a responder ou não às necessidades das pessoas com diabetes", a diabetes e saúde pública, e a diabetes e política, onde o "desafio" passa por debater com os representantes dos grupos parlamentares "do que é que são as ideias para as políticas de saúde, que vão muito mais além do que é política do Ministério da Saúde". Para a APDP, a diabetes "é um problema de saúde pública, um problema de sociedade, e a resposta passa obrigatoriamente por toda a intervenção política, sendo este o objectivo das jornadas". Ainda em novembro a APDP vai realizar um espectáculo no Coliseu dos Recreios. Estratégias de intervenção Ao longo do ano, acrescenta João Filipe Raposo, serão também dinamizadas outras ações, com o propósito de alertar "que a resposta passa pela prevenção" e refere dois projetos que estão já a decorrer, "mas que vão ter um foco importante": um projeto "prestart", em que a associação está envolvida com outros parceiros europeus e que pretende "conhecer o risco, classificar as crianças e jovens como tendo o risco de vir a desenvolver diabetes e usar estratégias de intervenção para demonstrar que é possível prevenir a diabetes". O outro projecto é o desafio Gulbenkian não à diabetes em que se pretende "avaliar o risco e intervenção para prevenir a diabetes em adultos". Trata-se de um projeto que arranca em colaboração entre a Associação, o Ministério da Saúde, o Programa Nacional para a Diabetes, as autarquias e com o apoio da Gulbenkian. Educação terapêutica O diretor clínico da APDP recordou também que, "desde o início" que a APDP tem o foco na educação terapêutica, sendo que, "hoje em dia, a palavra-chave é chamar literacia em saúde". Nesse sentido, neste ano será lançado um livro sobre educação terapêutica, "novas edições da colecção dos livros da APDP, folhetos e materiais educativos". Está igualmente planeada a realização de um curso de educação, "que é o programa gosto`, que vai fazer parte não só daquele programa da Gulbenkian, como vai fazer parte de toda a intervenção em prevenção em diabetes". João Filipe Raposo referiu ainda a importância da utilização de tecnologias, "com o lançamento da plataforma de ensino à distância, quer para profissionais de saúde, quer para as pessoas com diabetes, quer para os cuidadores informais", independentemente de se encontrarem em Portugal ou em outros países, "porque temos tido muitos pedidos do Brasil e de países africanos de língua oficial portuguesa que querem ter acesso aos cursos da APDP".
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