TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

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Transcrição:

PROCESSO N.º: 638045/14 ASSUNTO: ENTIDADE: INTERESSADO: ADVOGADO / PROCURADOR RELATOR: RECURSO DE REVISTA COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE FOZ DO IGUAÇU PAULO MAC DONALD GHISI, RENI CLÓVIS DE SOUZA PEREIRA FABIAN EMANUEL DALTOE DALMINA (OAB/PR 57859) CONSELHEIRO ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO ACÓRDÃO N.º 2637/15 - Tribunal Pleno Ementa: Tomada de Contas Ordinária instaurada em face da Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu. Exercício de 2011. Persistência da omissão na apresentação das contas. Voto acompanhando as manifestações da Diretoria de Contas Municipais e Ministério Público de Contas pelo Desprovimento do Recurso, mantendo-se integralmente a decisão consubstanciada no Acórdão n.º 3.706/14 - Segunda Câmara. I- RELATÓRIO Trata-se de Recurso de Revista proposto em face da decisão consubstanciada no Acórdão n.º 3706/14 - Segunda Câmara, que decidiu pela Procedência da Tomada de Contas Ordinária instaurada em face da Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu - CODEFI, relativa ao exercício de 2011, em razão da ausência de prestação de contas. Determinou a decisão recorrida a devolução integral do montante de R$ 51.813,03 pelo Sr. Paulo Macdonald Ghisi, diante da não comprovação da aplicação do montante repassado pelo Município à entidade em questão. Propôs ainda a aplicação da multa prevista no art. 87, III, b da Lei Orgânica do Tribunal de Contas ao Sr. Paulo Mac Donald Ghisi, em razão do não encaminhamento da prestação de contas anual. Por meio do Despacho n.º 2842/14 - GCNB, o feito foi recebido, eis que preenchidos os pressupostos de admissibilidade.

O peticionário, em sua peça recursal, alega, em síntese, que a Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, bem como a Foz do Iguaçu Turismo S/A e a Companhia de Habitação de Foz do Iguaçu foram extintas pela da Lei Municipal n.º 2184 de 23 de dezembro de 1998, a qual estabeleceu expressamente que o Município assumiria todos os ativos e passivos, o que foi levado a efeito, conforme pode ser observado nos balanços e nos dados do SIM/AM do Município. Assevera, contudo, que os débitos apurados junto a RFB/INSS e PGFN, referentes às dívidas das Companhias, por exigência dos próprios órgãos, tiveram que ser parcelados no CNPJ das empresas devedoras, as quais não possuem conta bancária e não movimentam recursos públicos, tampouco bens, eis que estes são administrados pelo Município. Aduz que o Município repassou os valores para a conta da CODEFI apenas para a quitação dos débitos referentes aos parcelamentos realizados pela companhia visando a sua liquidação plena, conforme demonstra a razão contábil do período de 01/01/2011 até 31/03/2011, para fins de facilitar os pagamentos relativos aos parcelamentos assumidos em nome da Entidade. Por fim, diante da ausência de desvio de dinheiro público ou desvio ao erário, requer a reforma da decisão consubstanciada no Acórdão n.º 3706/14 - Segunda Câmara, para fins de que seja julgada improcedente a Tomada de Contas Ordinária em comento. A Diretoria de Contas Municipais, em Informação n.º 2657/14, verifica que o recorrente continua a ser desidioso no cumprimento de obrigações elementares de prestar contas, pois não juntou aos autos as demonstrações contábeis de 2011, tampouco as levantadas especialmente quanto da liquidação da Companhia (em 2014) ou cópia do pedido e deferimento de parcelamento das contribuições previdenciárias PAES (parcelamento especial de débitos junto à Secretaria da Receita Federal). Observa que do exame dos autos não é possível emitir qualquer juízo de valor sobre a gestão da Companhia ou de seu controlador (Município), eis que, além de não prestarem contas, se limitaram a informar o motivo/origem dos

repasses à Companhia, não havendo elementos de prova que evidenciem como seus bens e direitos foram gestados até sua extinção em 2014. Aduz que o ora recorrente deveria ter desempenhado suas funções e responsabilidades como o exige o art. 210, da Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), não podendo relegar ao Município essas obrigações, bem como a de demonstrar que tomou todas as providências para realizar os ativos/créditos da Companhia. Quanto aos repasses de R$ 51.813,03 (cinquenta e um mil, oitocentos e treze reais e três centavos) feitos pelo Município em favor da CODEFI, diante da ausência de informações robustas e confiáveis sobre a legalidade e fundamentação jurídica do termo de parcelamento das obrigações da Companhia perante a Secretaria da Receita Federal, ou da falta de comprovação da impossibilidade jurídica do Município assumir diretamente tais compromissos na condição de liquidante, assevera ser impossível opinar por sua legalidade, impondose a manutenção da decisão que determinou sua devolução. Por fim, opina pelo conhecimento, e no mérito, pelo não Provimento do Recurso de Revista, mantendo-se, consequentemente, a decisão consubstanciada no Acórdão n.º 3.706/14 - Segunda Câmara. No mesmo sentido manifesta-se o Ministério Público de Contas em Parecer n.º 2486/15. II- DO VOTO Da análise do feito tem-se que o peticionário não logrou êxito em afastar os motivos que ensejaram a irregularidade da Tomada de Contas instaurada em face da Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, senão vejamos. Conforme apontou a Diretoria de Contas Municipais, a Companhia somente foi extinta no exercício de 2014, sendo que o liquidante (Prefeito Municipal) deveria ter desempenhado suas funções e responsabilidades como o exige o art. 210, da Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), não podendo relegar ao Município (controlador) essas obrigações, bem como a de demonstrar que tomou todas as providências para realizar os ativos/créditos da Entidade.

Apontou a Unidade Técnica que o recorrente não colacionou aos autos a prestação de contas de 2011, tampouco as demonstrações contábeis especialmente levantadas quando da liquidação da Companhia, deixando de juntar aos autos o termo de parcelamento das obrigações previdenciárias e a fundamentação jurídica demonstrando as razões pelas quais o Município teve que transferir os recursos para a CODEFI ao invés de proceder diretamente ao pagamento por intermédio do Município (controlador e incorporador dos direitos e obrigações da Companhia). Em razão da ausência das referidas informações e documentos torna-se impossível ao Tribunal de Contas emitir um juízo de valor confiável sobre as contas, diante da insegurança gerada pelo gestor que deixou de demonstrar que adotou todas as medidas administrativas e judiciais para proteger o erário público, pelo que, impende-se pela manutenção da irregularidade da Tomada de Contas. Do mesmo modo, diante da insuficiência de informações sobre a legalidade e fundamentação jurídica do termo de parcelamento das obrigações da Companhia perante a Secretaria da Receita Federal e da falta de comprovação da impossibilidade jurídica do Município assumir diretamente tais compromissos na condição de liquidante, mantém-se a decisão que determinou a devolução integral do montante de R$ 51.813,03, pelo Sr. Paulo Mac Donald Ghisi. Igualmente mantém-se a determinação de aplicação da multa prevista no art. 87, III, b da Lei Orgânica do Tribunal de Contas, em razão do não encaminhamento da prestação de contas. Diante do exposto, acompanhando as manifestações da Diretoria de Contas Municipais e do Ministério Público de Contas, VOTO, pelo conhecimento do Recurso de Revista, e no mérito, pelo não provimento, mantendo-se integralmente a decisão consubstancia no Acórdão n.º 3.706/14 - Segunda Câmara, que decidiu pela irregularidade da Tomada de Contas Ordinária instaurada em face da Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, relativa ao exercício de 2011. VISTOS, relatados e discutidos,

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL PLENO do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ, nos termos do voto do Relator, Conselheiro ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO, por unanimidade, em: Conhecer do Recurso de Revista, para, no mérito, negar-lhe provimento, mantendo-se integralmente a decisão consubstancia no Acórdão n.º 3.706/14 - Segunda Câmara, que decidiu pela irregularidade da Tomada de Contas Ordinária instaurada em face da Companhia de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, relativa ao exercício de 2011, acompanhando as manifestações da Diretoria de Contas Municipais e do Ministério Público de Contas. Votaram, nos termos acima, os Conselheiros NESTOR BAPTISTA, ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO, FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES, JOSÉ DURVAL MATTOS DO AMARAL e IVENS ZSCHOERPER LINHARES e o Auditor CLÁUDIO AUGUSTO CANHA. Presente o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas FLÁVIO DE AZAMBUJA BERTI. Sala das Sessões, 18 de junho de 2015 - Sessão n.º 22. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO Conselheiro Relator IVAN LELIS BONILHA Presidente