localização Bengo - Angola Dono da Obra Casa Militar do Presidente da República / GRN Custo Estimado 3 mil milhões de EUR Perspetiva geral do NAIA Fase Projeto de Execução Área 1.980 ha O Novo Aeroporto Internacional de Angola (NAIA) constituiu uma alternativa ao Aeroporto 4 de Fevereiro e estava localizado a cerca de 40 km a sudeste de Luanda. Inserido no contexto adjacente ao plano geral diretor em curso, integrou desde logo, premissas de proximidade às novas implantações urbanas programadas, que se assumem como vetores estratégicos fundamentais na sedimentação territorial deste novo equipamento urbano. Previu-se ainda a construção e melhoria da autoestrada Luanda / Cacuaco / Viana / Cabolombo, facilitando a ligação destas localidades, bem como a Samba e Kilamba Kiaxi, ao novo aeroporto. Em termos de transportes públicos, o projeto previu a existência de uma ligação direta do aeroporto para a linha ferroviária localizada a norte da autoestrada. Avenida de acesso ao Aeroporto Fachada principal do Aeroporto 120 ae
Vista exterior do Terminal Passageiros Concebemos o novo complexo aeroportuário de forma a responder às necessidades urgentes, face ao grande incremento de tráfego aéreo de passageiros e carga, como consequência do forte crescimento económico que Angola tem vindo a verificar nos últimos anos e que é expectável que venha a manter. Simultaneamente, a crescente exposição do país face ao exterior tornou necessário dotá-lo de modernas e eficientes infraestruturas. A área disponível para a construção do NAIA era de cerca de 8.000 ha. A área de implantação que se previa ocupar especificamente com o projeto do Novo Aeroporto era de aproximadamente 1.324 ha, dos quais 1.111 ha se referiam à zona aeroportuária. A área de implantação referida abrange as funções de operação do aeroporto, nomeadamente as áreas de circulação, terminais de passageiros, complexos de carga e instalações complementares, mas também as áreas destinadas a atividades que não estão diretamente relacionadas com as funções de aviação. A solução apresentada para a revisão do Master Plan do Aeroporto é baseada num conjunto de opções que permitem segregar certas áreas de serviço e organizá-las de uma forma mais racional. Fachada do Terminal de Passageiros Zona de recolha de bagagens Grande Hall do Terminal de Passageiros 120 be
Terminal Presidencial Assim, propusemos: A transferência de toda a zona Industrial e Comercial com ligações ao exterior, tais como hangares de manutenção e carga aérea e centro de logística postal, para a zona sudoeste da área do aeroporto, com acesso próprio à estrada Viana-Catete; Manter a função de serviços imobiliários relacionados com a atividade do aeroporto, em torno do eixo principal de acesso ao aeroporto, no lado norte; A organização do terminal de passageiros, com distribuição linear na relação com a aeronave, com a possibilidade de adicionar mais dois elementos de finger piers no futuro, se a exigência do mercado o justificar; O dimensionamento do terminal de passageiros para o ano horizonte dos 10 milhões passageiros/ano, sendo apenas necessário, quando fosse previsível alcançar essa meta, expandir os piers e aumentar o número de pontes telescópicas; Vista aérea Terminal da Aviação Geral e Executiva 120 ce
Edifício de Catering A localização isolada da Torre de Controlo - mantendo-a afastada de qualquer interferência externa sendo é uma parte fundamental do sistema de segurança do aeroporto; A criação de taxiways (TWY) paralelos, numa segunda linha, a fim de racionalizar as vias de circulação de e para cada pista num fluxo contínuo; A criação de áreas de estacionamento e abrigos para a aviação geral e executiva; A criação de áreas de operações para helicópteros; A criação de 35/44 posições de estacionamento remotas para aeronaves códigos C, D e E, dadas as características específicas de tráfego de passageiros. Foi considerado um número de posições em contact stand com pontes de embarque para 12 aeronaves. O Master Plan proposto, projetado para um serviço horizonte de 30 anos, era constituído por um sistema de duas pistas paralelas com orientação idêntica à da pista principal do Aeroporto 4 de Fevereiro (05-23), o que permitiria operações mistas independentes em condições de visibilidade reduzida e tetos (nuvens) baixos. Torre de Controlo e Bloco Técnico Terminal de Carga 120 de
Vista aérea do complexo aeroportuário Na solução que propusemos, as pistas paralelas afastadas 2.200 m, eram ambas servidas (TWY) paralelos e com a mesma extensão das pistas a que estavam associados. A pista nascente, com um comprimento de 4.200 m e largura de 75 m, tinha condições para poder servir as maiores aeronaves em serviço - os Airbus A380. A pista poente, com um comprimento de 3.200 m e largura de 60 m, serviria aeronaves até ao Código E. Ambas as pistas eram dotadas de equipamentos que permitiriam operações simultâneas de aterragem em condições de baixa visibilidade. Este aeroporto estava preparado para atuar como o novo de cartão de visita de um país que quer estar na vanguarda do desenvolvimento. O projeto NAIA é o que chamamos de projeto chave na mão, o que significa que a A1V2 desenvolveu todo o projeto: Plano Diretor, Arquitetura, Rede de Abastecimento de Água, Sistema de Combate a Incêndio, Sistema de Gestão Técnica Centralizada, Sistema de Handling de Bagagem, Pavimentação, Sinalização, Paisagismo, Tabela de Circulação no solo, Sinalização Luminosa dos caminhos das Aeronaves, Componentes aeronáuticos, entre outros. Das infraestruturas propostas destacou-se o terminal de passageiros, um edifício com 178.000 m 2, servindo voos nacionais e internacionais, que integrou um conjunto de 12 pontes telescópicas, das quais 2 se destinam aos novos aviões A380. A solução arquitetónica do terminal assumiu como mote a formalização plástica de um objeto marcante, moderno, que deixasse uma impressão indelével para sempre associada à memória do país, afirmandose como porta de entrada e de saída na cidade e no país. O seu conceito formal inspirou-se na geometria prismática dos cristais, trabalhando reflexos, transparências e superfícies polidas, em contraste com elementos marcadamente telúricos de forte raiz africana. O terminal presidencial e protocolar, destinado a servir a Presidência da República de Angola, bem como altos dignitários estrangeiros em visita ao território Angolano, é outro edifício de destaque. Possuindo uma manga de embarque própria, foi concebido de modo a conjugar a eficácia das funções aeroportuárias, com as necessidades protocolares, pretendendo afirmar-se como marco de entrada oficial em Angola. A envergadura e complexidade deste enorme projeto evidenciaram que a grande experiência, multidisciplinaridade, rigor e dedicação da A1V2 foram as marcas diferenciadoras e decisivas para o seu sucesso. Ficou ainda demonstrada a sua capacidade criativa, em todas as escalas e nos variadíssimos tipos de equipamentos. 120 ee