MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROMOTORIA DE JUSTIÇA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E SOCIAL DA CAPITAL

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Inquéritos civis PJPP-CAP 440/2015 e PJPP-CAP 934/2017 RECOMENDAÇÃO Os PROMOTORES DE JUSTIÇA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E SOCIAL DA CAPITAL (SÃO PAULO SP) infra-assinados, no exercício de suas atribuições legais, com base nos arts. 1º e 6º do Ato normativo CPJ 484/2008 (MPSP), nos arts. 127 e 129, II e VI, da Constituição Federal, e nas disposições da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público): CONSIDERANDO que foi instaurado o inquérito civil MP 14.0695.0000440/2015-9, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, para apurar irregularidades na concorrência Internacional nº 01/SES/2015, relativa à manutenção e controle remoto e em tempo real da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de São Paulo, pelo prazo de 20 anos, com possível favorecimento de empresas; CONSIDERANDO que também foi instaurado o inquérito civil MP 14.0695.0000934/2017-1, da mesma Promotoria de Justiça, para apurar eventual irregularidade na contratação emergencial da empresa FM RODRIGUES, sem prévio procedimento licitatório, com término em 31/3/2018, para a prestação de serviços de manutenção de iluminação pública, constando que o contrato nº 027/SMSO/17 foi firmado com dispensa de certame em razão de decisão judicial; CONSIDERANDO que o DEPARTAMENTO DE ILUMINAÇÃO (ILUME) DA SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERVIÇOS DE SÃO PAULO subscreveu contrato mediante licitação com o CONSÓRCIO FM RODRIGUES/CLD, formado por sociedades empresárias lideradas pela FM RODRIGUES & CIA. LTDA. (concorrência internacional 01/SES/15); 1

CONSIDERANDO que o contrato decorre de PPP (parceria público-privada), com prazo de 20 (vinte) anos de duração e com valor aproximado de R$ 6.900.000.000,00 (seis bilhões e novecentos milhões de reais), com o objetivo de modernizar o parque de iluminação pública da Capital paulista; CONSIDERANDO que as informações no sentido de que um dos consórcios foi desclassificado, embora tenha apresentado proposta mais vantajosa, em razão de constar como integrante uma sociedade considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU); CONSIDERANDO que, no dia 13 de março de 2018, foi ouvida pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social e pelo GAECO Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, uma testemunha que declarou que: (...) no início do ano de 2017 a declarante se encontrava desempregada razão pela qual foi indicada por um conhecido para trabalhar com DENISE ABREU, diretora do Departamento de Iluminação Pública de São Paulo. Em meados de março/2017 recebeu um telefonema de Denise Abreu pedindo a sua presença no Gabinete para tratar de uma vaga de trabalho naquele departamento. A declarante esteve com DENISE ABREU em um encontro no próprio ILUME, quando ficou acertado que seu salário seria pago pela PMSP no valor aproximado de R$ 2.000,00 para exercer o cargo de secretária de gabinete, que era o cargo então disponível no momento (secretária de gabinete) e que essa remuneração seria complementada por uma verba de gabinete no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) cujo valor era entregue sempre em dinheiro na semana subsequente ao pagamento oficial de seu salário oriundo da prefeitura. A declarante iniciou seu trabalho em 17/04/2017 a pedido da DENISE ABREU, como secretária de seu gabinete e para apreender o ofício e a rotina de tal cargo DENISE ABREU deixou as funcionárias ALESSANDRA e LUCILEIA para as devidas orientações à declarante. Na sequência, depois de aproximadamente um mês, a funcionária ALESSANDRA foi designada para outro departamento e permaneceram como secretárias do gabinete de DENISE ABREU a declarante e a funcionária LUCILEIA MIRA. À declarante foi atribuída a função de 2

cuidar da agenda profissional de DENISE ABREU, sendo lhe delegado o agendamento de reuniões com vereadores, prefeitos regionais, presidentes de empresas que gostariam de oferecer serviços ao departamento e contratados. No entanto, nem todos os compromissos de DENISE lhe eram repassados ou agendados, principalmente, reuniões que diziam respeito à FM Rodrigues. A declarante após sofrer inúmeras ofensas por parte da diretora do ILUME, DENISE ABREU, tomou a decisão de gravar todas as conversas com referida diretora a fim de se resguardar e eventualmente tomar providências em razão das ofensas proferidas. Essas gravações tiveram início a partir de meados de junho de 2017. A declarante utilizava sempre o mesmo gravador digital da marca Sony e também registrava as conversas através de seu aparelho de celular (11 99925-0746). As gravações tiveram por finalidade inicial registrar o assédio moral sofrido, no entanto, começou a desconfiar de determinadas conversas. A declarante notou que DENISE ABREU falava muito sobre a PPP e que o sucesso desta dependeria da vitória do consórcio liderado pela empresa FM RODRIGUES, de propriedade de MARCELO RODRIGUES. Chamou a atenção da declarante o fato de MARCELO RODRIGUES estar em contato frequente com DENISE, no próprio ILUME, não sendo estas reuniões agendadas previamente. Também era contato frequente de DENISE o Senhor LUIS CERQUEIRA, proprietário da CRA, empresa que prestava serviço de consultoria ao Departamento de Iluminação. Ambos tinham livre acesso ao gabinete de DENISE. A empresa FM Rodrigues prestava serviço de manutenção de iluminação pública à cidade de São Paulo desde a gestão Haddad, inclusive com suspeitas de corrupção noticiadas pela imprensa antes de ser cogitada a PPP. O processo licitatório da PPP se iniciou no final de 2014 com previsão de término para meados de 2015, no entanto, em razão de entraves judiciais entre os concorrentes, a licitação acabou sendo retomada no final do ano de 2016. Em razão dessas disputas judiciais, a Prefeitura de São Paulo realizou dois contratos emergenciais com a própria FM RODRIGUES. A PPP estava sendo disputada por dois consórcios, sendo que a FM RODRIGUES liderava o consórcio em parceria com a empresa CONSLADEL e o outro consórcio denominado WALKS era liderado pela empresa W TORRE em conjunto com a 3

QUAATRO PARTICIPAÇÕES e uma empresa de origem chinesa. A comissão de licitação da PPP se reunia na sede da SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS E OBRAS e o ILUME nessa comissão era representado pelo Dr. JOSÉ THOMAZ MAUGER, assistente jurídico da ILUME e pela Dra. ALESSANDRA ROSSINI, Procuradora do Município lotada no ILUME. A diretora do ILUME, DENISE ABREU se reunia com muita frequência com o Dr. JOSÉ THOMAZ MAUGER e a Dra. ALESSANDRA ROSSINI para tratar de assuntos relacionados ao andamento da licitação da PPP. A declarante informa que MARCELO RODRIGUES, representante da FM RODRIGUES, participava de reuniões com DENISE ABREU e com a DRA. ALESSANDRA ROSSINI para tratar de assuntos relacionados à licitação da PP da iluminação pública de São Paulo, o que causava estranheza por parte da declarante, uma vez que nunca viu qualquer outro representante do consórcio WALKS se reunir com DENISE ABREU e com a Procuradora do Município ALESSANDRA ROSSINI. A declarante inclusive registrou em áudio uma conversa com DENISE ABREU no dia 04 de dezembro de 2017 onde verifica-se claramente que o valor de R$ 3.000,00 que eram entregues a declarante como se fosse verba de gabinete, na verdade, eram pagos pela FM RODRIGUES e repassados por DENISE ABREU para a declarante (...). A declarante informa ainda que DENISE ABREU nessa conversa travada no dia 04 de dezembro de 2017, expressamente demonstra a sua inimizade com WALTER TORRE, representante da empresa W TORRE, que era líder do consórcio WALKS, que disputava a PPP contra a FM RODRIGUES. A declarante registrou também outras conversas cujos áudios originais estão sendo entregues neste ato, bem como trechos selecionados sem corte ou edição de conversas que demonstram a conduta ilegal de DENISE ABREU que defendia abertamente a empresa FM RODRIGUES que efetuava pagamentos de propina a mesma, observando que a própria declarante recebeu durante oito meses o valor de R$ 3.000,00 em dinheiro entregues pela Diretora do ILUME, DENISE ABREU, que confessa o recebimento de tais valores da empresa FM RODRIGUES. CONSIDERANDO que, conforme depoimento e gravações em áudio realizadas pela própria testemunha, supostamente receberam 4

vantagem indevida, durante a execução do contrato emergencial n. 027/SMSO/17, firmado entre a MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO e a sociedade FM RODRIGUES, os funcionários públicos DENISE ABREU (ex-diretora do ILUME), JOSÉ THOMAZ MAUGER (Assistente jurídico do ILUME), ALESSANDRA ROSSINI (Procuradora do Município de São Paulo lotada no ILUME) e MICHEL KANGE (Engenheiro civil do ILUME); CONSIDERANDO que já há indícios no sentido de que houve favorecimento do CONSÓRCIO FM RODRIGUES/CLD, que apresentou proposta desvantajosa, se considerada aquela apresentada pelo CONSÓRCIO WALKS, formado pelas empresas WTORRE, QUAATRO e KS BRASIL LED HOLDINGS; CONSIDERANDO que constitui ato de improbidade administrativa o recebimento de valores indevidos e qualquer ação ou omissão que atente contra os princípios da administração pública por violação aos deveres de imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições (arts. 9º, I, e 11, da Lei n. 8.429/92); RECOMENDA ao PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO PAULO, que, por intermédio do SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SERVIÇOS E OBRAS, Sr. MARCOS PENIDO: A) promova, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados desta data, a suspensão do contrato decorrente de parceria público-privada firmado em 8/3/2018 com o CONSÓRCIO FM RODRIGUES/CLD, por força da concorrência internacional 01/SES/2015. B) promova a apuração administrativa pela CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO ou CORREGEDORIA GERAL DO MUNICÍPIO, para verificação de prática de atos de improbidade administrativa por agentes públicos municipais e favorecimento ao CONSÓRCIO FM RODRIGUES/CLD, no mesmo certame licitatório, no prazo de 60 (sessenta) dias contados desta data. C) promova a rescisão administrativa ou judicial do contrato firmado com o CONSÓRCIO FM RODRIGUES/CLD, por força da concorrência internacional 01/SES/2015, considerando os crimes e irregularidades administrativas apuradas, no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados desta data. 5

D) informe a esta Promotoria de Justiça, em 10 dias contados desta data, se acatará ou não a presente RECOMENDAÇÃO, evitando a ação judicial prevista nos art. 9º e 10 c.c. art. 12, I ou II, da Lei 8.429/1992 e outras medidas. São Paulo, 27 de março de 2018. KARYNA MORI Promotora de Justiça JOSÉ CARLOS GUILLEM BLAT Promotor de Justiça SILVIO ANTONIO MARQUES Promotor de Justiça PAULO DESTRO Promotor de Justiça 6