UNINGÁ-UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA GIOVANE POLLA

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Transcrição:

UNINGÁ-UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA GIOVANE POLLA ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS MATERIAIS EMPREGADOS EM RETROBTURAÇÕES ENDODÔNTICAS PASSO FUNDO 2007

1 GIOVANE POLLA ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS MATERIAIS EMPREGADOS EM RETROBTURAÇÕES ENDODÔNTICAS Monografia apresentada à unidade de Pós-graduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia Orientador: Prof. Ms.Volmir J. Fornari PASSO FUNDO 2007

2 GIOVANE POLLA ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS MATERIAIS EMPREGADOS EM RETROBTURAÇÕES ENDODÔNTICAS Monografia apresentada à comissão julgadora da Unidade de Pós- graduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia Aprovada em / / BANCA EXAMINADORA: Prof: Ms. Volmir J. Fornari Prof: Ms. Mateus Hartmann Prof: Ms. Lílian Rigo

3 DEDICATÓRIA A Deus por tudo; Aos meus pais, Hélio e Iloide, que me deram a vida e a revestiram de amor e carinho, abriram as portas do meu futuro, iluminando o meu caminho com a luz mais brilhante que puderam encontrar: o estudo. Não foram apenas pais, mas amigos e companheiros. À minha irmã Simone, que acompanhou os meus passos, por ter escutado minhas constantes angústias, alegrias e decepções. Ao meu namorado Murillo, pela incansável compreensão, carinho e paciência, todo o meu amor. Aos colegas do Curso de Especialização pelas lutas, ansiedades, conquistas e alegrias. Saudades...

4 AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Prof. Ms. Volmir João Fornari Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... (Rubem Alves) Obrigada pela disponibilidade, humildade e exemplo. As professoras Maria Esther Vanni e Lilian Rigo que nos surpreenderam a cada dia com seus conhecimentos e experiências, com seu amor pela profissão e paciência em promover o crescimento de todos os seus alunos. Aos professores José Roberto Vanni, Mateus Hartmann, Ezequiel Signor e a Endodontista Ingrid Würzius, pelos valiosos ensinamentos, pela paciência e carinho que sempre nos atenderam. Aos queridos Marcos e Dionatan que, mesmo não estando diretamente relacionados com a realização deste trabalho, não mediram esforços para que esse projeto se tornasse uma realidade. Aos demais professores, amigos e funcionários do CEOM, obrigada pela amizade, pela cumplicidade, pelo apoio e por mais que não estejamos mais juntos fisicamente, ainda restarão as recordações do tempo que ficou.

5 Quando sonhamos sozinhos, é só um sonho. Quando sonhamos juntos, é o começo de uma nova realidade. ( D. Helder Câmara)

6 RESUMO A cirurgia parendodôntica é um procedimento cirúrgico que visa à resolução de complicações decorrentes de um tratamento endodôntico ou do seu insucesso. Dentre as diversas modalidades cirúrgicas, temos a apicectomia com obturação retrógrada, a qual procura solucionar os casos cujos tratamentos endodônticos não poderiam ser realizados por via convencional. Essa técnica é caracterizada pelo corte da porção apical da raiz, seguido do preparo de uma cavidade nesta porção e, posteriormente, segue-se à obturação deste espaço. Diversos materiais têm sido estudados, empregados e utilizados como retrobturadores (cimentos à base de óxido de zinco e eugenol, cimentos resinosos, cimentos de ionômero de vidro, amálgama e MTA- Agregado de Trióxido Mineral). O objetivo deste estudo foi analisar as propriedades físico-químicas dos diferentes materiais retrobturadores sendo que cada um apresenta vantagens e desvantagens específicas. Concluiu-se que, apesar de todo o avanço científico nesta área, nenhum material retrobturador reúne todas as propriedades físicas, químicas e biológicas que permitam considerá- lo como ideal. Palavras-Chave: Endodontia. Apicectomia. Obturação Retrógrada.

7 ABSTRACT The parendodontic surgery is a surgical procedure that aims for the resolution of complications resulting from a endodontal treatment or its insucess. Among many of surgical kinds we have the apicectomy with retrograde filling that tries to solve the cases whose endodontic treatments could not be realized by conventional way. This technique is characterized by the cut of the apical portion from the rood followed by the prepare of the cavites in this portion and after is followed by the filling of this place. A lot of materials have been studied, employed and used as retrofillings (cements based on oxide of zinc and eugenol, resinous cements, cements of glass ionomer, amalgam and MTA- Aggregated of Trioxide Mineral). The aim of this study was to analyse the physical- chemistry properties of the different retrofillings materials considering that each one shows specific advantages and desadvantages. But it was concluded that although all the cientific advance on this area no retrofillings joins all of the physical, chemistry and biological properties that permit consider them as ideal. Key Words: Endodontics. Apicectomy. Retrograde Filling.

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...09 2. REVISÃO DA LITERATURA...11 3. CONCLUSÃO...21 REFERÊNCIAS...22

9 1 INTRODUÇÃO As pesquisas científicas que geram o progresso na Endodontia, tanto nas técnicas como nos materiais e instrumentais, têm demonstrado aumento no índice de sucesso dos tratamentos endodônticos convencionais (YUNES, 1999). O sucesso do tratamento endodôntico envolve diversos fatores, que incluem desde o correto diagnóstico até o selamento hermético do sistema de canais radiculares. A limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares são requisitos básicos para um prognóstico favorável. A permanência de microrganismos e sujidades no complexo sistema de canais radiculares é fator de risco no reparo periapical e no comprometimento da saúde dos tecidos após concluído o tratamento endodôntico (SPESSATO, 2005). Quando não se obtém sucesso na terapia endodôntica convencional e, existindo a impossibilidade do retratamento ou em casos onde há persistência de lesões periapicais, sinais estes confirmados clínica e radiograficamente, existe o recurso terapêutico da cirurgia parendodôntica. Os procedimentos cirúrgicos na região periapical são basicamente de três tipos: curetagem, que consiste na remoção cirúrgica dos tecidos ou materiais da área periapica,l sem reduzir o comprimento da raiz; apicectomia, onde a porção apical da raiz é amputada; e apicectomia com obturação retrógrada, que é o corte da porção apical da raiz, seguido do preparo de uma cavidade nesta porção e da obturação deste espaço, com um material adequado (YUNES, 1999; LEONARDO, 2005). O insucesso nos tratamentos cirúrgicos com retrobturações está diretamente relacionado à falta de capacidade de selamento dos diferentes materiais utilizados com essa finalidade (VALOIS, COSTA JR., 2003). As pesquisas científicas têm evidenciado o emprego de vários materiais obturadores apicais, como alternativas ou coadjuvantes da terapia endodôntica convencional. Historicamente, a busca pelo material ideal que promova o selamento hermético, tem sido um grande desafio (ZANETTINI e ZANETTINI, 2004). O material retrobturador ideal deveria selar o conteúdo do sistema de canais radiculares, evitando a saída e entrada de microrganismos e toxinas para o interior do sistema de canais radiculares e tecidos periapicais. O material deve ter como propriedades ser biocompatível, não-reabsorvível, ter fácil manuseio e induzir à regeneração tecidual (COHEN e HARGREAVES, 2007).

10 São utilizados como materiais retrobturadores: o amálgama, resinas compostas, cimentos de ionômero de vidro, cimentos à base de óxido de zinco e eugenol (IRM e Super EBA), cimentos de policarboxilato, de fosfato de zinco, cimentos à base de hidróxido de cálcio, ouro coesivo, Cavit e mais recentemente o MTA- Agregado de Trióxido Mineral (LEONARDO, 2005). Dentre estes, ao longo das décadas, o amálgama reinou quase absoluto (ZANETTINI e ZANETTINI, 2004), sendo o material mais empregado e investigado, uma vez que sua importância é reconhecida até os dias atuais, por ser talvez o mais antigo, servindo como parâmetro de comparações em muitos trabalhos de pesquisa que avaliam outros materiais (YUNES, 1999). Embora o amálgama tenha se mostrado bastante eficaz em diversos estudos, ainda não é o material ideal; por isso, muitos estudos estão sendo realizados com o objetivo de desenvolver novos materiais. O MTA tem demonstrado, através das pesquisas, comportamento biológico aceitável quando utilizado como material retrobturador (CASTRO, CASTRO, 2002). Por meio desta revisão de literatura, objetivamos estudar as propriedades físicoquímicas dos diferentes materiais retrobturadores e avaliar qual destes apresenta melhor comportamento quando utilizado para selar a retrocavidade apical.

11 2 REVISÃO DE LITERATURA Dorn e Gartner (1990), em uma retrospectiva da literatura, avaliaram o sucesso e o insucesso de apicectomias onde o Super EBA (Ácido Etoxibenzóico), IRM (Material Restaurador Intermediário) e amálgama foram utilizados como materiais retrobturadores. A amostra consistiu em 488 radiografias provenientes de pacientes que haviam realizado apicectomias com retrobturações. As radiografias foram comparadas num tempo mínimo de retorno de seis meses e tempo máximo de dez anos. O insucesso foi definido nos casos de dentes com radiolucidez perirradicular. Os autores concluíram que os melhores resultados foram apresentados pelo Super EBA e IRM. Torabinejad et al. (1995) compararam a capacidade de adaptação marginal do MTA (Agregado de Trióxido Mineral) a outros materiais retrobturadores como amálgama, Super Eba e IRM. Utilizaram 88 dentes humanos extraídos, que foram instrumentados, obturados, e suas retrocavidades foram preparadas e retrobturadas com os materiais: Amálgama, Super EBA, IRM e MTA. Os autores concluíram que o MTA apresentou uma melhor adaptação e selamento podendo ser usado como material retrobturador. Paiano e Brito (1998) avaliaram a biocompatibilidade do adesivo cianocrilato (Super Bonder), em obturações retrógradas de dentes de cães, no período de 15 e 25 dias. As peças operatórias (dentes e os tecidos periapicais) foram analisadas em microscopia ótica. Os resultados mostraram presença de células gigantes multinucleadas no grupo experimental de 25 dias, e presença generalizada de abscessos nas amostras estudadas. Dessa forma, os autores concluíram haver necessidade de novos estudos, in vivo, a fim de avaliar a biocompatibilidade e o vedamento apical do cianocrilato (Super Bonder). Tanomaru Filho et al. (1998) estudaram a capacidade seladora dos cimentos NRickert, CRCS e Sealer 26 empregados na técnica de retroinstrumentação com retrobturação, em 30 caninos humanos extraídos. Após a ressecção da porção apical, impermeabilização, retroinstrumentação, os espécimes foram divididos em três grupos e retrobturados: Grupo I retrobturados com N-Rickert; Grupo II com CRCS; Grupo III retrobturados com Sealer 26. Segundo o estudo, o melhor selamento apical foi obtido pelo Sealer 26, seguido do CRCS e N-Rickert. Yunes (1999) comparou in vitro a infiltração pelo azul de metileno 0,5% com os seguintes materiais: amálgama, cimento N-Rickert e cone de guta-percha, cianocrilato de etila e cone de guta-percha e polímero derivado do óleo da mamona em 64 caninos superiores humanos extraídos. Após a obturação dos canais radiculares, os dentes foram apicectomizados

12 perpendicularmente, a 1 mm do ápice radicular e as cavidades apicais foram preparadas com 3 mm de profundidade, usando pontas ativas pelo ultrassom. Os dentes foram divididos em quatro grupos e retrobturados utilizando amálgama, cimento N-Rickert e cone de guta-percha, cianocrilato de etila e cone de guta-percha e polímero derivado do óleo da mamona. Após os dentes foram impermeabilizados e imersos em solução de azul de metileno a 0,5%, submetidos à aplicação de vácuo por 5 minutos e mantidos no corante por 24 horas. Dois examinadores realizaram a leitura com auxílio de um perfilômetro. Os resultados mostraram que o N -Rickert mais cone de guta-percha apresentou maior infiltração, seguido do amálgama, enquanto que o polímero da mamona e o cianocrilato de etila e cone de gutapercha apresentaram resultados estatisticamente semelhantes. Concluiu que o polímero derivado do óleo da mamona e o cianocrilato de etila mostraram resultados que permitem aceitá- los como materiais para retrobturação. Bernardineli (1999) realizou um estudo in vitro da infiltração marginal apical de obturações retrógradas, no qual avaliou a capacidade de selamento do ionômero de vidro (Ketac Cem), cimento EBA e cimento Zoecim, e diferentes soluções de limpeza: solução fisiológica, EDTA ( Ácido Etileno Diamino Tetracético) e ácido poliacrílico. Para realizar o teste da retrocavidade, foram selecionados 90 dentes humanos. Após instrumentados e obturados tiveram seus ápices seccionados a 3 mm com uma broca número 701. Cavidades apicais foram preparadas a 2 mm de profundidade com broca esférica número 2 e a superfície externa dos dentes foi impermeabilizada. Os dentes foram divididos em 9 grupos, os quais receberam as substâncias complementares de limpeza e os materiais retrobturadores testados. A seguir, as raízes foram imersas em azul de metileno 2% por 24 horas e foi realizada a leitura em microscópio comum. O autor concluiu que todos os grupos, independente do cimento ou substância para limpeza da cavidade, mostraram microinfiltrações em maior ou menor intensidade. Os melhores resultados foram obtidos com o cimento de ionômero de vidro seguido dos cimentos Zoecim e EBA, que não tiveram diferença estatística. Também foi constatado que os diferentes materiais de limpeza não interferiram nas infiltrações ocorridas. Azevedo et al. (2000) compararam a capacidade de selamento em 25 dentes apicectomizados e retrobturados com Sealer 26, Histoacryl, IRM, N-Rickert e resina Z100. Após a instrumentação e obturação dos canais radiculares, foi realizada a apicectomia, removendo 2 mm do ápice radicular com broca número 701 tronco-cônica para peça de mão. O preparo retrógrado foi padronizado em 2 mm de profundidade e feito em baixa rotação com broca esférica número 2. Os espécimes foram divididos segundo o material empregado na retrobturação em cinco grupos, após foram imersos no corante azul de metileno 0,5%, PH=

13 7,2 por 72 horas e posteriormente a leitura da infiltração foi realizada em microscópio óptico. Os autores constataram que a maior eficiência no selamento apical foi dada pelo Histoacryl, seguido do Sealer 26. Não houve diferença estatística entre o IRM e a resina composta fotoativada, e o material retrobturador que permitiu maior infiltração foi o N-Rickert. Roy, Jeansonne e Gerrets (2001) avaliaram a infiltração de alguns materiais retrobturadores em um ambiente ácido. Para isso, utilizaram 156 raízes unirradiculares humanas que foram instrumentadas e obturadas e tiveram seus ápices seccionados a 3 mm do ápice radicular. Em seguida, os dentes foram divididos em seis grupos de acordo com os materiais retrobturadores: amálgama, Geristore, Super EBA, MTA, cimento de fosfato de cálcio (CPC) ou MTA com matriz de cimento de fosfato de cálcio. Os dentes foram imersos em corante por 5 dias e descalcificados em ácido nítrico 10%, tornando-se transparentes por imersão em metilsalicilato. Avaliando os resultados, os autores concluíram que um ambiente ácido não impede a capacidade de selamento de alguns materiais testados e aumenta a capacidade de selamento do Geristore e da matriz de MTA com CPC. Tanomaru Filho et al. (2001) estudaram o selamento apical proporcionado por diferentes materiais retrobturadores imediatamente após o preenchimento da cavidade retrógrada e 90 dias após a imersão em soro fisiológico. Sessenta caninos humanos extraídos tiveram seus canais radiculares instrumentados e obturados e então submetidos à apicectomia com broca tronco-cônica. As cavidades retrógradas foram confeccionadas com 3 mm de profundidade com broca de aço nº 4. As amostras foram divididas em seis grupos e as obturações retrógradas foram realizadas utilizando três diferentes materiais: cimento de óxido de zinco e eugenol, Sealer 26 e Sealapex acrescido de óxido de zinco. Os três primeiros grupos de dentes foram imersos em solução de azul de metileno a 2% por 48 horas, enquanto os outros três grupos receberam os mesmos materiais, porém foram mantidos em soro fisiológico por 90 dias. Os resultados mostraram que todos os materiais analisados permitiram infiltração apical. O cimento Sealer 26 e o Sealapex acrescido de óxido de zinco apresentaram melhor selamento em relação ao óxido de zinco e eugenol, com aumento significativo da infiltração para todos os materiais após 90 dias. Castro, Castro (2002) com o intuito de avaliar os efeitos da irradiação do laser sobre a permeabilidade dentinária marginal da superfície apical dos dentes, compararam a apicectomia pelo método convencional com diversos tipos de laser, com e sem obturação retrógrada. Este estudo consistiu numa vasta revisão literária, concluindo que o laser tem grande aplicabilidade na prática endodôntica, especialmente nas cirurgias parendodônticas. Em relação aos materiais utilizados, verificaram um grande avanço quanto à capacidade

14 seladora, sendo o amálgama o mais usado e o mais estudado para esse fim. Este material mostrou-se bastante eficaz, porém não é o ideal. Muitos estudos estão sendo realizados com o objetivo de desenvolver novos materiais, como exemplo, tem-se o MTA que vem demonstrando bons resultados, mas que ainda precisa de estudos que comprovem sua eficácia. Tang, Torabinejad e Kettering (2002), sabendo que o MTA possuía excelente capacidade seladora, quando testado com bactéria, corante e uma técnica de filtração fluída, propuseram avaliar a Endotoxina como patógeno de lesões perirradiculares, visto ser ela um componente da parede celular de bactérias Gram-Negativas. Utilizaram para esse estudo, um teste modificado para verificar a presença da Endotoxina, comparando a capacidade de selamento do Super EBA, IRM, amálgama e MTA. Concluíram que o MTA permite menor infiltração de Endotoxina que o IRM e amálgama, e também apresenta menor escoamento que o Super EBA. Valois e Costa Jr. (2003) avaliaram o selamento marginal apical promovido por três materiais retrobturadores. Utilizaram 36 caninos superiores onde foram preparadas cavidades retrógradas classe I com 3 mm de profundidade. Estes foram divididos em 3 grupos com 12 amostras cada; 2 dentes serviram como controle positivo e 2 dentes como controle negativo. Como materiais retrobturadores foram utilizados Fuji I, Sealer 26 e MTA. Após, os dentes foram impermeabilizados externamente, retrobturados e armazenados em 100% de umidade a 37º por 2 dias. Na seqüência, foram imersos em tinta nankin e então diafanizados. A quantificação da penetração linear do corante foi por meio de um estereomicroscópio. Os resultados mostraram que o Fuji I apresentou maior infiltração, seguido do Sealer 26 e do MTA. Dessa forma, os autores constataram que o Fuji I apresentou um selamento menos eficaz que o Sealer 26 e o MTA que não tiveram diferença estatística. Silva Neto et al. (2003) avaliaram em obturações retrógradas a capacidade seladora dos MTA (Pro Root e Angelus) comparando-os ao Super-EBA. Utilizaram 34 incisivos superiores humanos extraídos, cujos canais radiculares foram preparados e obturados. Foi realizada apicectomia em 3 mm do ápice com uma broca de aço tronco cônica, e as cavidades retrógradas preparadas com 2 mm de profundidade com pontas ultrassônicas. Os dentes foram divididos em três grupos e retrobturados com os materiais: MTA, MTA Angelus e Super EBA e imersos em solução aquosa de rodamina B a 0,2%. Constataram que todos os materiais testados permitiram infiltração apical e não houve diferença estatística entre os materiais testados. Tanomaru et al. (2003) estudaram a atividade antimicrobiana in vitro de materiais obturadores e retrobturadores utilizados em tratamento endodôntico convencional e cirurgias

15 parendodônticas. Foram utilizados os cimentos: Sealer 26, Sealapex e óxido de zinco e eugenol, os quais foram avaliados em duas consistências sobre sete diferentes microrganismos de procedência (ATCC American Type Culture Collection): Micrococcus luteus, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus (Cepa de campo), Escherichia coli, Pseudomonas aeroginosa e Cândida albicans pela técnica de difusão em ágar. Verificaram que todos os cimentos avaliados, nas duas consistências, apresentaram atividade antimicrobiana in vitro sobre todas as cepas utilizadas. Tanomaru Filho, Tanomaru e Ishikawa (2003) determinaram a capacidade de selamento em obturações retrógradas à base de MTA. Para isso utilizaram 48 caninos humanos extraídos os quais tiveram os canais radiculares instrumentados e obturados. Após foram realizadas apicectomias com broca de aço tronco-cônica nº 699 e na seqüência cavidades retrógradas foram confeccionadas com 3 mm de profundidade empregando broca de aço número 3. As amostras foram divididas em quatro grupos de acordo com os materiais utilizados: Grupo I- Sealer 26, Grupo II- óxido de zinco e eugenol, Grupo III- Pro Root MTA e Grupo IV- MTA Angelus. Em seguida os dentes foram imersos em solução de azul de metileno 0,2%. Concluíram que todos os materiais avaliados permitiram infiltração apical onde o Sealer 26, Pro Root MTA e MTA Angelus não apresentaram diferença estatística. Belíssimo (2004) verificou a capacidade adesiva do MTA como material de selamento apical, bem como comparou a necessidade ou não de retenção adicional e a forma empregada nessas caixas retentivas apicais. Foram utilizados 30 caninos, com apicectomias divididos em três grupos: grupo A não foi confeccionada caixa retentiva apical; grupo B com caixa retentiva apical confeccionada com broca esférica e grupo C também com caixa retentiva apical, a qual foi confeccionada com broca cone-invertido. Os resultados mostraram que no grupo C a degradação superficial do MTA foi ligeiramente inferior do que nos grupos A e B. No grupo C não foi observado degradação marginal na interface dente/material, mas ocorreram trincas apicais no contorno radicular. O autor concluiu que o tipo de retenção na forma da caixa apical não é determinante para a manutenção do MTA como selador apical, pois a hidrólise deste sempre ocorre e a permanência do material sobre a superfície apical depende do volume de material colocado. Yaltirik et al. (2004) avaliaram as reações subcutâneas de tecido conjuntivo frente ao MTA e amálgama. Estes materiais foram colocados em tubos de polietileno e após implantados em tecido conjuntivo dorsal de ratos albinos. Foram colecionadas biópsias de tecido, que foram examinadas histologicamente em 07, 15, 30, 60 e 90 dias depois de realizada a implantação. Registraram a presença de inflamação, tipo de célula predominante,

16 calcificações e espessura de tecido conjuntivo. Concluíram que as respostas inflamatórias causadas pelo amálgama e MTA foram favoráveis no período de observação de 90 dias, com presença de calcificação distrófica no tecido conjuntivo adjacente para o MTA, sendo esse achado consistente com a hipótese de indução de formação de tecido duro por este material. Os autores relataram que as experiências adicionais são necessárias para confirmar os dados observados. Economides et al. (2004) examinaram a microinfiltração de dois materiais retrobturadores com e sem o uso de agentes de união. Utilizaram 60 dentes unirradiculares, que foram submetidos a apicectomias e divididos em quatro grupos segundo o material retrobturador: Grupo I - cimento de ionômero de vidro Fuji II LC, Grupo II- Fuji II LC com um novo agente de união Fuji Bond, Grupo III- Resina Composta Admira e Grupo IV- com Admira e Admira Bond um novo agente de união. A infiltração foi avaliada a 24 h, um mês e dois meses depois a uma pressão de 0,1 atm. Concluíram que os grupos em que o ionômero de vidro foi utilizado, apresentaram significativamente menores índices de infiltração quando comparados com as resinas. Zanettini, Zanettini (2004) avaliaram os resultados clínicos obtidos com a utilização do MTA como material retrobturador em lesões periapicais nas quais houve insucesso do tratamento endodôntico. Foram avaliados clínica e radiograficamente 41 dentes de 35 pacientes submetidos à cirurgia parendodôntica. As apicectomias foram realizadas a 2 mm do ápice radicular com broca esférica número 8 e as retrocavidades foram preparadas com broca esférica ½ com 3 mm de profundidade e em seguida realizada a obturação com MTA. Os critérios de avaliação foram definidos como sucesso, incerto e insucesso. Os autores concluíram que o MTA pode ser uma alternativa para o tratamento cirúrgico de lesões periapicais. Favieri et al. (2004) realizando um relato de caso em relação ao cimento Sealer 26 como material retrobturador constataram que os cimentos à base de hidróxido de cálcio apresentaram boas perspectivas para a utilização em retrobturações. O Sealer 26 permitiu a possibilidade de modificação de sua consistência, favorecendo a obtenção de um material mais denso o que viabiliza sua utilização em retrocavidades. Araújo et al. (2004) testaram, in vitro, a qualidade do selamento apical de materiais retrobturadores comparando o MTA de diferentes marcas comerciais com o IRM. Foram utilizados 66 pré- molares humanos extraídos que tiveram seus canais radiculares instrumentados e obturados. Após foram realizadas apicectomias de 3 mm apicais e confeccionadas as retrocavidades com pontas ultrassônicas. As amostras foram divididas em

17 três grupos de acordo com os materiais retrobturadores utilizados: MTA Angelus, Pro Root MTA e IRM, e então avaliada a infiltração do corante (tinta nankin) entre as paredes do canal e do material retrobturador. Concluíram que não há diferença estatística no selamento apical das diferentes marcas de MTA, porém estas foram superiores ao IRM que demonstrou maiores níveis de microinfiltração. Spessato (2005) estudou a capacidade seladora de três diferentes materiais retrobturadores, com e sem aplicação prévia de EDTA. Utilizou 76 caninos superiores, instrumentados e obturados; após os seus ápices foram seccionados, cavidades retrógradas foram preparadas e os dentes foram divididos em 6 grupos segundo os materiais retrobturadores utilizados: EDTA e Vitremer; Vitremer; EDTA e Durafill; Duraffil; EDTA e MTA; e MTA. Em seguida, as amostras foram impermeabilizadas, imersas em tinta nankin por cinco dias, submetidas à clivagem longitudinal e a infiltração linear foi mensurada com auxílio de um paquímetro digital. Os resultados mostraram que o Vitremer e Durafill apresentaram um selamento eficaz, com diferença estatística sobre os demais grupos analisados. A autora concluiu que o MTA apresentou índices maiores de infiltração e o uso do EDTA não interferiu nos resultados. Tanomaru Filho, Figueiredo e Tanomaru (2005) analisaram a influência de diferentes soluções corantes no selamento apical proporcionado pelo MTA. Utilizaram 56 caninos humanos extraídos, após a instrumentação e obturação dos canais radiculares a porção apical foi seccionada com uma broca carbide e cavidades retrógradas de 3 mm foram preparadas com ponta ultrassônica. Os dentes foram divididos em quatro grupos experimentais e dois grupos controles. Nos grupos 1 e 2 foi utilizado o Pro-Root MTA como material retrobturador e nos grupos 3 e 4 foi utilizado o cimento de óxido de zinco e eugenol. Em seguida as amostras dos grupos 1 e 3 foram imersas em solução de azul de metileno a 2% enquanto que as amostras dos grupos 2 e 4 foram colocadas em solução de rodamina B 0,2%. Decorrido 48 hs os dentes foram longitudinalmente seccionados com disco diamantado e a infiltração marginal foi analisada. Os resultados demonstraram que o grupo 1 apresentou menor infiltração apical que os demais grupos. Assim, concluíram que a capacidade seladora do MTA é influenciada pela solução corante, uma vez que o mesmo apresentou melhores resultados com o azul de metileno e infiltração marginal semelhante a do óxido de zinco e eugenol quando avaliado em solução de rodamina B. Panzani (2005) avaliou a capacidade seladora de três materiais usados para retrobturação, em dois tempos diferentes onde o marcador foi o corante rodamina B 0,2%. Foram utilizados 66 dentes instrumentados, obturados, seccionados a 2 mm da porção apical;

18 após foram confeccionadas cavidades retrógradas com pontas de ultrassom. Os espécimes foram divididos em três grupos experimentais de acordo com os materiais retrobturadores utilizados: MTA Angelus, Real Seal e um material experimental desenvolvido pelo IPENUSP (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da Universidade de São Paulo). Dez espécimes de cada grupo foram impermeabilizados e colocados no corante por 24 horass e os demais permaneceram 60 dias no soro fisiológico, posteriormente colocados no corante. O autor concluiu que o material experimental apresentou menor capacidade de vedamento apical quando comparado ao MTA e Real Seal, e estes não tiveram diferença estatística. Também o tempo de permanência na umidade não influenciou na capacidade de selamento dos materiais testados. Moraes, Duarte e Moraes (2005) compararam a capacidade de selamento do MTA com o Sealer 26 em obturações retrógradas após o uso de diferentes soluções de limpeza: soro fisiológico, EDTA e ácido cítrico. Foram utilizadas 90 raízes de dentes bovinos instrumentadas, obturadas, apicectomizadas a 2,5 mm do ápice radicular e cavidades retrógradas preparadas por meio de pontas diamantadas de ultrassom com 3 mm de profundidade. As raízes foram impermeabilizadas e divididas em seis grupos: Grupo I irrigação com soro fisiológico e retrobturação com Sealer 26; Grupo II- irrigação com soro fisiológico e retrobturação com MTA; Grupo III- irrigação com EDTA e retrobturação com Sealer 26; Grupo IV- irrigação com EDTA e retrobturação com MTA; Grupo V- irrigação com ácido cítrico e retrobturação com Sealer 26 e Grupo VI- irrigação com ácido cítrico e retrobturação com MTA. Imediatamente após a obturação retrógrada as raízes foram imersas em rodamina B a 0,2 % a 37º C por 48 horas. Concluíram que a retrobturação com Sealer 26 associado à solução irrigante do EDTA proporcionou um melhor selamento apical. Gomes et al. (2005) avaliaram a capacidade de adaptação de diferentes materiais retrobturadores às paredes cavitárias do preparo apical. Foram realizadas apicectomias e preparo cavitário através do ultrassom em 24 raízes palatinas de molares superiores extraídos. Para a retrobturação as raízes foram divididas aleatoriamente em oito grupos contendo três amostras cada: Grupo I- amálgama; Grupo II- guta-percha; Grupo III- óxido de zinco e eugenol; Grupo IV- IRM; Grupo V N-Rickert; Grupo VI Ketac-CEM; Grupo VII- Super EBA; Grupo VIII- MTA. Os espécimes foram fotografados ao microscópio ótico e eletrônico de varredura e analisados estatisticamente. Concluíram que houve diferença significativa ao nível de 1% entre as amostras testadas, sendo que o MTA obteve os melhores resultados seguidos pelo Super EBA. Os demais materiais não apresentaram boa adaptação às paredes do preparo cavitário.

19 Tanomaru Filho et al. (2005) estudaram o comportamento biológico após implante intra-ósseo em tíbia de ratos dos seguintes materiais empregados em obturações retrógradas: Sealer 26, Sealapex com óxido de zinco e MTA. Foram utilizados 20 ratos machos que tiveram duas cavidades confeccionadas em cada tíbia com broca esférica número 2 que, após foram preenchidas com os materiais em estudo. Após 07, 15, 30 e 60 dias os animais foram mortos, as tíbias removidas e analisadas histologicamente. Concluíram que os materiais Sealer 26, Sealapex com óxido de zinco e MTA apresentaram biocompatibilidade após implante em tecido ósseo de ratos. Tanomaru-Filho, Jorge e Tanomaru (2006) avaliaram a capacidade de selamento apical dos materiais retrobturadores Sealer 26, óxido de zinco e eugenol e MTA. Foram utilizados 45 caninos humanos extraídos com canais radiculares instrumentados e obturados. Após, a porção apical foi seccionada, cavidades retrógradas foram preparadas e os dentes divididos em três grupos experimentais e dois grupos controle. As amostras foram imersas no corante rodamina B a 0,2%. Na seqüência, as raízes foram seccionadas longitudinalmente e a infiltração do corante analisada com auxílio de um perfilômetro. Concluíram que o Sealer 26 apresenta uma capacidade de selamento apical superior ao óxido de zinco e eugenol e MTA, quando avaliada em solução de rodamina B. Pichardo et al. (2006) realizaram um estudo a fim de determinar se o armazenamento de dentes em formalina 10% influencia na microinfiltração em retrobturações realizadas com MTA, Geristore (composto resinoso) e Super EBA. Foram usados 130 dentes recém extraídos, os quais foram divididos em grupos e imersos em formalina 10% por 4 semanas. Os dentes tiveram os canais radiculares instrumentados e obturados; após fez-se a ressecção apical, preparação de retrocavidades e a retrobturação com: Grupo I- com MTA, Grupo IIcom Geristore e Grupo III- com Super EBA. Após 72 horas as porções apicais foram imersas em tinta da índia com uma pressão vácua por 30 minutos e então armazenadas por uma semana. Os resultados evidenciaram que as amostras armazenadas em formalina 10% tiveram significativamente menor infiltração quando comparadas com dentes recém-extraídos. Menor infiltração foi observada nos dentes obturados com Geristore, seguido do MTA e Super EBA e estes sem diferença estatística. Dessa forma, concluíram que o armazenamento de dentes em formalina 10% por um período acima de quatro semanas pode influenciar significativamente a infiltração quando comparados com dentes recentemente extraídos. Tanomaru Filho et al. (2006) avaliaram o reparo periapical após a obturação retrógrada em cães. Para isto, induziram lesões periapicais em 48 canais radiculares de dentes de cães, após realização de cirurgia parendodôntica e retrobturação com: Sealer 26, Sealapex com

20 óxido de zinco e MTA. Após 180 dias foi realizada análise histológica, e concluíram que não houve diferença no reparo do tecido periapical independentemente dos materiais estudados. Cohen e Hargreaves (2007) compararam diferentes materiais retrobturadores e observaram as vantagens e desvantagens específicas de cada material. Segundo os autores, existe uma perspectiva biológica de melhor regeneração dos tecidos perirradiculares quando do uso do MTA e do Retroplast (composto resinoso). Como desvantagem os autores citam que o Retroplast requer hemostasia meticulosa e um campo cirúrgico seco para que os resultados sejam alcançados. A desvantagem mais comumente citada ao MTA é a sua dificuldade de manipulação. Observaram ainda que, mesmo quando adequadamente preparado, o MTA é mais difícil de ser colocado na cavidade apical do que a maioria dos outros materiais.

21 3 CONCLUSÃO Após a análise da revisão da literatura, conclui-se que: 1- Materiais como o MTA, Ionômero de Vidro, Sealer 26 e cimentos resinosos podem ser uma excelente alternativa como materiais retrobturadores devido às suas propriedades físico-químicas. 2- Apesar de todo o avanço científico nesta área, mais pesquisas devem ser realizadas para a busca de um material que tenha eficiência para um selamento apical adequado. 3- Nenhum material retrobturador apresenta todas as características necessárias para ser indicado como o ideal.

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