VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CLIMATOLOGIA Painel 2: Recursos Energéticos e Discussões Climáticas Globais EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DO SETOR DE ENERGIA David Tsai 14 de outubro de 2015
INSTITUTO DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Missão: Produzir e compartilhar conhecimento técnico-científico, como contribuição ao aperfeiçoamento e implantação de políticas de impacto no ambiente urbano, especialmente em mobilidade, qualidade do ar, energia e redução de emissões de gases de efeito estufa www.energiaeambiente.org.br
TEMA: RECURSOS ENERGÉTICOS E DISCUSSÕES CLIMÁTICAS GLOBAIS Emissões de GEE no Brasil O Sistema de Estimativa de Emissões de GEE (SEEG) A importância do Setor de Energia nas emissões de GEE Características do Setor de Energia no Brasil e suas emissões de GEE Análise das emissões de GEE do Setor de Energia no Brasil Exemplo de abordagem para integrar o aperfeiçoamento de políticas domésticas e a questão das emissões de GEE
EMISSÕES BRASILEIRAS DE GEE Total Mudança de Uso da Terra Resíduos Agropecuária Processos Industriais Energia www.seeg.eco.br
www.seeg.eco.br SEEG é promovido pelo Observatório do Clima (OC) Quatro instituições compartilharam a coordenação técnica: Energia e Processos Industrias Agropecuária Resíduos Mudança de Uso da Terra e Florestas Objetivos Disponibilizar dados de emissões de GEE para o Brasil de forma consistente, atual e acessível. Ampliar a capacidade da sociedade civil compreender e antecipar as tendências relacionadas as emissões de GEE e suas implicações para políticas públicas. Produtos Estimativas Anuais para os principais GEE e todos os setores da economia. Relatórios Analíticos setoriais e temáticos. Plataforma pública on-line para disponibilização dos dados, metodologia e fontes. Seminário técnico anual para debater os dados e o modo de fazer.
www.seeg.eco.br Todos os setores Todos os gases Nacional e por Estado CO 2 CH 4 N 2 O HFCs CFs Período 1970 a 2013 Exceto Mudança de Uso da Terra que compreende o período de 1990-2013
EMISSÕES BRASILEIRAS DE GEE www.seeg.eco.br
OFERTA INTERNA BRUTA DE ENERGIA Petróleo e derivados Biomassa Energia hidráulica Carvão mineral Gás natural Urânio Eólica (elaborado a partir do Balanço Energético Nacional)
OFERTA INTERNA BRUTA DE ENERGIA Urânio Carvão mineral Petróleo e derivados Energia hidráulica Gás natural Biomassa (elaborado a partir do Balanço Energético Nacional)
PARTICIPAÇÃO DE FONTES PRIMÁRIAS NAS EMISSÕES DE GEE Brasil*, 2012 Mundo, 2012 Carvão Mineral 13% Gás Natural 14% Petróleo 73% Carvão Mineral 44% Petróleo 36% Gás Natural 20% *Os valores brasileiros foram obtidos da IEA e diferem dos reportados pelo SEEG, pois, na indústria, estão incluídas as emissões geradas no uso de combustíveis como termo-redutores na produção de metais. No SEEG, essas emissões são contabilizadas em Processos Industriais conforme recomendado pelo IPCC. (elaborado a partir de dados da Agência Internacional de Energia)
MtCO2 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E EMISSÕES DE CO 2 10.000 China EUA 1.000 100 10 Emirados Árabes Unidos Arábia Saudita Cazaquistão África do Sul República Tcheca Austrália Iraque Indonésia Irã Polônia Israel Ucrânia MalásiaTailândia Kuwait Turquia Grécia Egito Uzbequistão Filipinas Argentina Bielorrússia Holanda Vietnã Paquistão Venezuela Romênia Chile Omã Algéria Bélgica Catar Áustria Nigéria Colômbia Índia Rússia Japão Coreia do Sul Taiwan Alemanha Reino Unido Itália México Canadá Espanha França Brasil 1970-2013 1 10 100 1.000 10.000 TWh (elaborado a partir de dados da IEA)
PARTICIPAÇÃO DE ATIVIDADES EMISSORAS NAS EMISSÕES DE GEE Brasil*, 2012 Mundo, 2012 Outros 9% Produção de Combustíveis 6% Transportes 45% Outros 10% Produção de Combustíveis 5% Transportes 23% Industrial 20% Geração de Eletricidade 12% Industrial 28% Geração de Eletricidade 42% *Os valores brasileiros foram obtidos da IEA e diferem dos reportados pelo SEEG, pois, na indústria, estão incluídas as emissões geradas no uso de combustíveis como termo-redutores na produção de metais. No SEEG, essas emissões são contabilizadas em Processos Industriais conforme recomendado pelo IPCC. (elaborado a partir de dados da Agência Internacional de Energia)
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 1991 Milhões de toneladas de CO2e 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Agropecuário Comercial Público 250 200 150 4% EMISSÕES DE GEE DO SETOR DE ENERGIA Transportes Industrial Geração de Eletricidade Produção de Combustíveis Residencial Agropecuário Comercial Público 4% 5% 11% 11% 15% 2013 47% 17% 20% 100 50 0 www.seeg.eco.br
EMISSÕES DE GEE DO SETOR DE ENERGIA (e processos industriais) CARVÃO MINERAL 26,3 Mt (4,8%) GÁS NATURAL 75,1 Mt (13,7%) Fugitivas PETRÓLEO e GÁS NAT. 9,4 Mt (1,7%) Total: 548,6 MtCO 2 e TRANSPORTE: 212,3 Mt (38,7%) PETRÓLEO 321,7 Mt (58,6%) INDÚSTRIA 174,4 Mt (31,8%) gasolina C e óleo diesel (CH 4 e N 2 O) 5,7 Mt (1,1%) BIOMASSA 11,1 Mt (2,0%) Processos industriais 99,3 Mt (18,1%) GERAÇÃO DE E.E. 66,5 Mt (12,1%) PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS 51,0 Mt (9,3%) Resid, Com. e Púb. 26,1 Mt (4,8%) Agropec. 18,3 Mt (3,3%) www.seeg.eco.br
EMISSÕES DE GEE PELA ATIVIDADE DE TRANSPORTE,2 Energia Primária PETRÓLEO 202,2 Mt (95,3%) GÁS NATURAL 4,0 Mt (1,9% %) ÓLEO COMBUSTÍVEL 3,1 Mt (1,5%) GASOLINA C e ÓLEO DIESEL (CH 4 e N 2 O) 5,4 Mt (2,5%) Energia Secundária DIESEL MINERAL 118,0 Mt (55,6%) GASOLINA AUTOMOTIVA 70,1 Mt (33,0%) QUEROSENE DE AVIAÇÃO 10,8 Mt (5,1%) RODOVIÁRIO 193,6 Mt (91,2%) Modal Categoria Função HIDROVIÁRIO(*) 4,2 Mt (2,0%) FERROVIÁRIO (*) 3,4 Mt (1,6%) AÉREO 10,8 Mt (5,1%) EMBARCAÇÕES LOCOMOTIVAS CAMINHÕES 86,0 Mt (40,5%) ÔNIBUS 22,8 Mt (10,7%) COM. LEVES 17,9Mt (8,5%) AUTOMÓVEIS 60,8 Mt (28,6%) MOTOCICLETAS 6,1 Mt (2,9%) AERONAVES QUEROSENE DE AVIAÇÃO 10,8 Mt (5,1%) CARGA 97,0 Mt (45,7%) PASSAGEIROS 115,2 Mt (54,3%) a parcela do uso de combustíveis em embarcações e em locomotivas decorre do transporte de passageiros. Devido a ausência de informações fundamentadas e a sua pouca to das emissões, optou-sepor alocar as emissões deste modal no transporte decargas. luídas as emissões do consumo deálcool hidratado no transporte rodoviário www.seeg.eco.br que correspondem a 0,6 Mt (0,3%) e as emissões do consumo de gasolina de aviação no transp ondem a 0,1 Mt (0,1%). Essas emissões não foram incluídas no diagrama por representarem quantidades muito pequenas em relação ao total.
Participação dos modais no transporte de cargas DIVISÃO MODAL NO TRANSPORTE DE CARGA EM PAÍSES SELECIONADOS 100% 90% 80% 70% 8% 11% 32% 43% 53% 58% Modal rodoviário 60% 50% 40% 30% 81% 25% 11% 4% 17% Modal hidroviário 20% 43% 46% 43% 10% 0% 25% Rússia EUA Canadá Austrália Brasil Modal ferroviário - Elaborado a partir do PSTM (MT e MCID, 2013) -
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Milhões de toneladas de CO2e 120 100 80 60 EMISSÕES DE GEE PELO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Microônibus Ônibus Urbanos Ônibus Rodoviários Comerciais Leves Motocicletas Automóveis 40 20 0 www.seeg.eco.br
Poluição do ar Emissões de GEE Congestionamentos Aumento da frota e circulação de automóveis Planejamento de transporte orientado para o automóvel Espraiamento da cidade, aumento de espaço viário Padrão de mobilidade urbana centrado no automóvel Opções alternativas de transporte reduzidas e desvalorizadas (Adaptado de VTPI) Planejamento territorial urbano orientado para o automóvel Suburbanização e degradação do ambiente urbano Desigualdade de acesso às oportunidades oferecidas pela cidade
COMO REDUZIR AS EMISSÕES DE GEE PELO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS? FOCO EM VEÍCULOS Substituição de fontes energéticas Padrões de eficiência energética Ampliação da participação de biocombustíveis FOCO NA MOBILIDADE Melhoria do transporte público (faixas exclusivas, sistemas de alta capacidade, etc.) Oferta de condições para o transporte ativo (bicicletas) Desestímulo ao uso do transporte individual motorizado
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