ADUBAÇÃO DE CULTURAS ANUAIS EM SOLOS ARENOSOS. Heitor Cantarella

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Transcrição:

ADUBAÇÃO DE CULTURAS ANUAIS EM SOLOS ARENOSOS Heitor Cantarella INSTITUTO AGRONÔMICO - CAMPINAS

Solos arenosos Definições variáveis. Assumindo esta < 25% de argila CTC < 60 mmol c /dm 3

Solos arenosos?? SOLOS ARENOSOS? Camada superficial arenosa Fertilidade Estoque nutrientes Argissolos: Menos problema c/água Estoque de nutrientes no subsolo Argissolo Latossolos textura média/arenosa Neossolos quartzarênicos

Princípios básicos da adubação precisam ser seguidos Análise de solo Disponibilidade de nutrientes Acidez Manejo deve visar atingir teores médios (ou altos??) Extração e Exportação de nutrientes pelas culturas Manejo de médio e longo prazo

INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE ANÁLISE DE SOLO PARA P E K Classe de teor K + trocável P resina Floresta Perenes Anuais Hortal. mmol c /dm 3 ----------------------- mg/dm 3 --------------------- Muito baixo 0,0-0,7 0-2 0-5 0-6 0-10 Baixo 0,8-1,5 3-5 6-12 7-15 11-25 Médio 1,6-3,0 6-10 13-30 16-40 26-60 Alto 3,1-6,0 11-20 31-60 40-80 61-120 Muito alto > 6,0 >20 > 60 > 80 >120 Manejo da fertilidade: META PARA FERTILIDADE: importante manter o histórico das análises e adubações feitas e acompanhar a evolução da fertilidade com o tempo.

4. Demanda de Nutrientes Extração e exportação de nutrientes: Parâmetro importante para o dimensionamento da adubação, especialmente para nutrientes extraídos em grandes quantidades (N, K, P).

Solo pobre: eficiência maior quando localizado Adubo P granulado, mesmo incorporado, mantem parcialmente o caráter localizado Solo pobre adubo no sulco Solo pobre adubo incorporado

Solo pobre: eficiência maior quando localizado Baixa eficiência especialmente para P. O solo pobre não pode suprir a necessidade da planta enquanto o adubo na superfície se torna disponível para as plantas (LENTO) Solo pobre adubo no sulco Solo pobre adubo a lanço

Solo fértil: eficiência pouco afetada pela localização O solo enquanto o adubo na superfície se torna disponível para as plantas (LENTO) P: acúmulo na superfície Solo fértil adubo incorporado Solo fértil adubo a lanço

Características relevantes para manejo da adubação Argila é altamente correlacionada com MO Baixo teor de argila e MO CTC Poder tampão Retenção de água Estoque de nutrientes N, P, S Lixiviação de nutrientes solúveis N, K, B (Ca, Mg,S) Erosão

Características relevantes para manejo da adubação Portanto: Restrições a culturas anuais Água (estoque, veranicos) Reservatório de nutrientes (N, outros) Erosão

Calagem Mais frequente Doses menores (para mesma V%) Baixo poder tampão do solo Reacidificação mais rápida Baixo reservatório para bases Magnésio: cumprir exigência de algumas culturas Milho, soja: 5 mmol c /dm 3 Algodão: 9 mmol c /dm 3

Fósforo Manejo menos crítico Lixiviação pouco relevante Fixação é menor em solos arenosos Fosfatagem (se necessária) demanda menos adubo P (kg/ha P 2 O 5 ) = 5 kg P 2 O 5 * % de argila Solo com 20% de argila: 100 kg/ha P 2 O 5 eleva teor para nível médio

Potássio Requer manejo mais cuidadoso Baixa capacidade de retenção Efeito salino 50 a 60 kg/ha de K 2 O no sulco para solo de baixa CTC Parcelamento em cobertura Lanço, em área total, é opção

Exigências de potássio são altas Cultura K extraído K exportado kg K 2 O/t grãos ou produto kg K 2 O/t grãos ou produto Soja (grãos) 120 20 Milho (grãos) 22 5,6 Algodao (em caroço) 60 19 kg/ha K 2 O kg/ha K 2 O Soja (3 t/ha grãos) 360 60 Milho (8 t/ha grãos) 180 45 Algodão (3 t/ha em caroço) 180 60

Potássio Requer manejo mais cuidadoso Lanço, em área total, é opção Cálculo estequiométrico Dose (kg/ha de K 2 O) = (teor desejado teor no solo) * 94 Ex. Teor atual: 0,7 mmol c /dm 3 ; desejado 3,0 mmol c /dm 3 K = 216 kg/ha K 2 O Levar em conta que a saturação de K na CTC geralmente não é alta CTC 40 mmolc/dm3, K = 2,0 mmolc/dm3 CTC 60 mmolc/dm3, K = 3,0 mmolc/dm3 ph deve ser corrido antes da aplicação de K

O K trocável no solo pode ser facilmente esgotado na camada superficial Quantidade na camada 0- Extração p/ Elemento Teor médio 20 cm 14 t/ha MS Elemento Óxido mmol c /dm 3 ------------------ kg/ha ------------------- K 1,6-3,0 120-230 (150-280 K 2 O) 330 (K 2 O) Mg 5,0-8,0 120-200 (200-340 MgO) 37 (Mg) Ca 7,0 240 (340 CaO) 70 (Ca) Outras fontes: K não trocável K subsolo Reciclagem K biomassa

Capacidade do solo reter K é limitada pela CTC e localização do adubo 1 m 0,5 m espaçamento entre linhas 0,1 m largura da faixa adubada Volume adubado representa 20% do volume do solo a 0-20 cm de profundidade Assumindo K = 5% da CTC Se aplicado em área total CTC 40 mmol c /dm 3 : 2 mmol c /dm 3 K + 40 kg/ha de K 2 O 187 kg/ha K 2 O em toda a camada de 0-20 cm CTC 60 mmol c /dm 3 : 3 mmol c /dm 3 K + 56 kg/ha de K2O SBSA 2014 P Prudente 280 kg/ha (Cantarella) K2O em toda a camada de 0-20 cm

Exemplo: absorção de K pelo milho Para algumas culturas: alta absorção no início do ciclo: Milho: 70% no florescimento Aplicação tardia (cobertura) não produz o efeito esperado

Nitrogênio também tem alta demanda pelas culturas Cultura N extraído N exportado kg N/t grãos ou produto kg Nproduto Milho (grãos) 28 15 Algodao (em caroço) 59 23 kg/ha N kg/ha N Milho (8 t/ha grãos) 224 120 Algodão (3 t/ha em caroço) 180 70

Nitrogênio em solos arenosos N: eficiência de uso é baixa (~50%) Parte permanece na MOS, realimentando o ciclo Solo é o grande fornecedor de N para as plantas Solo arenoso: baixo estoque de N Adubação Doses mais altas em solos arenosos (faixa mais alta das tabelas) Parcelamento para evitar perdas Aplicação antecipada tem grande risco Adubos de eficiência aumentada???

Recuperação de N fertilizante em sistemas tropicais Fonte de N Eficiência de N na planta proveniente do uso de N Fertilizante Solo -------------------- % --------------------- Fertilizante mineral 7 a 63 (33) 21 79 Resíduos de cultura 1 a 17 (7) 4 96 13 ensaios em 8 países (15N) EUN: N na planta/naplicado SBSA 2014 P Prudente (Cantarella) Dourado Neto et al. 2010

INIBIDORES DE NITRIFICAÇÃO NH 4+ + 1,5 O 2 X NO 2- + H 2 O + 2H + NO 2 - + 0,5 O 2 NO 3 - Muitos compostos testados Nitrapirina (2-cloro-6-(triclorometil) piridina) Para fluidos Relativo sucesso no mercado americano Dicianodiamida (DCD) Bom efeito mas doses são relativamente altas É também fertilizante de liberação lenta (65% N) DMPP (fosfato de 3,4-dimetil pirazole) Molécula comercial recente Mistura com fertilizantes sólidos Bom potencial. 23

Inibidor de nitrificação em milho no Brasil: Solo arenoso, milho de verão 10.000 UR (4F+8F) Milho, kg ha -1 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 UR (4F) UR (S) UR+DCD (4F+8F) UR+DCD (4F) UR+DCD (S) DMS Teste t (LSD) 5% 4.000 0 30 60 90 120 150 N Aplicado, kg ha -1 SBSA 2014 P Prudente (Cantarella) Sem resposta ao DCD, mas, recuperação do N Fertilizante (90 kg/ha N,) aumentou ( 15 N): UR: 35% UR+DCD: 55% Marcelino, 2009

Inibidor de nitrificação (DCD) em SPD em Argissolo arenoso, SP Época de aplicação Fonte de N Rendimento Recuperação N Foliar de grãos de N ( 15 N) kg ha-1 g kg-1 % Semeadura UR 7.574 26,2 UR + DCD 7.567 28,5 4 folhas UR 8.117 29,3 34,7 UR+DCD 8.014 29,4 54,7 4 + 8 folhas UR 8.553 30,4 UR + DCD 8.169 29,6 Contraste semeadura X - ** ** cobertura Contraste UR X UR+DCD ns ns * Resposta a N Resposta a época de aplicação (pior na semeadura) Ausência de resposta ao DCD, mas, este aumentou a recuperação de N Marcelino, 2009

Fertilizantes nitrogenados de liberação controlada Coberturas com polímeros Água penetra Ureia liberada Ureia (ou outra fonte) Polímero (resina sintética permeabilidade controlada) Vários produtos, com diferentes tecnologias de produção da cobertura Osmocote; Meister Nutricote; Poly-S polímero S e polímeros Liberação é controlada pela composição ou espessura do recobrimento: Ex. 80% liberado em 30 dias, 90 dias etc enxofre ureia

Liberação controlada de nutrientes em fertilizantes recobertos com polímeros Temperatura média do solo 3 M 6 M 9 M 12 M Tempo médio para liberação (meses) 15 o C 4 a 5 6 a 7 9 a 10 13 a 14 21 o C 3 a 4 5 a 6 8 a 9 11 a 12 27 o C 2 a 3 4 a 5 7 a 8 10 a 11 Prazo para liberação dos nutrientes controlado pelas características do material de cobertura e pela temperatura do solo Compo, 2010

Relação de preços de fertilizantes LL/C SCU PCSCU 2:1 UF 3 a 5:1 Polímeros 4 a 8:1 Custo do polímero: 10 a 30 vezes o custo do fertilizante Indústrias no Japão, Israel e EUA trabalham para reduzir custo de fertilizantes LL/C Mercado pequeno mas em grande crescimento LL/C: 0,19% do mercado do convencional (EUA ~1,1%) China (2006/07): 1 Mt de capacidade (SCU/PCSCU) Incluindo China: 0,47% do consumo de fertilizantes minerais SBSA 2014 P Prudente (Cantarella)

Enxofre e boro Perdas por lixiviação são geralmente maiores Aplicações mais frequentes Boro: não alterar a dose

Solos arenosos: comentários finais Maiores riscos devido a limitações hídricas Baixa capacidade de retenção de nutrientes e altas chances de perdas (solúveis) requer manejo cuidadoso Calagens mais frequentes Doses de nutrientes: levar em conta análise do solo e produtividade esperada (extração/exportação) K somente no sulco não é geralmente suficiente Lixiviação Salinidade N: parcelamentos; Doses maiores B: aplicações mais frequentes S: aplicações mais frequentes

Muito obrigado Heitor Cantarella cantarella@iac.sp.gov.br