ETEs Sustentáveis PAINEL CIDADES SUSTENTÁVEIS / ODS

Documentos relacionados
ETEs sustentáveis os desafios e as perspectivas da valorização de subprodutos e sua viabilidade financeira

BIOGÁS: O COMBUSTÍVEL PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL

GERENCIAMENTO DE GASES EM ESTAÇÕES SUSTENTÁVEIS DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO

Prof. Dr. Luciano dos Santos Rodrigues EV-UFMG. Contato: Telefone: (31)

TECNOLOGIA E EFICIÊNCIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL PODEMOS DIZER: SANEAMENTO SUSTENTÁVEL? Eduardo Pacheco Jordão, Dr. Eng.

Geração de Energia a partir do Biogás gerado por Resíduos Urbanos e Rurais. Potencial e Viabilidade Econômica

COPASA PPP SES DIVINÓPOLIS

Influência das condições operacionais na eficiência de Estações de Tratamento de Esgotos.

Aula 5: Química das Águas Parte 3b

Potencial energético das Estações de Tratamento de Esgoto. Potencial energético das Estações de Tratamento de Esgoto

EXPERIÊNCIAS DA SANEPAR EM GESTÃO SUSTENTÁVEL DE ENERGIA

BIBLIOGRAFIA TRATAMENTO DE ESGOTO. Rodrigo Amado Garcia Silva. Engenheiro Ambiental M.Sc. Professor Universo EAD

USO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS NA GERAÇÃO DE BIOGÁS PARA FINS DE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO

A utilização do biogás em ETE no Brasil é viável? O potencial de aproveitamento na realidade brasileira. Christoph Platzer

Química Ambiental Aula 5 Química das águas Parte 3b Antonio Pedro Guimarães Departamento de Química

O ESTADO DA ARTE DA TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL Tratamento de esgotos

CAPÍTULO 1 RESUMO. Primeiro colocado na Categoria Mestrado e Doutorado do Prêmio Sanepar de Tecnologias Sustentáveis

(Publicado no Minas Gerais em 11 de maio de 2011) São requisitos para habilitar um município a receber o Prêmio ICMS Melhor Performance:

Marina Andrada Maria Pesquisadora em Tecnologia, DSc

Tratamento de Esgoto

dpi, contendo o logotipo em escala de cinza;

16 Tratamento e disposição de lodos

Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul

BIOGÁS de ETE PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. CASE da ETE RIBEIRÃO PRETO

BLOCO 05 SISTEMA DE COLETA DE ESGOTO SANITÁRIO DO DISTRITO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DA ENTIDADE

Aproveitamento energético de biogás no setor de tratamento de esgotos

AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE UM SISTEMA ALAGADO CONSTRUÍDO DE ESCOAMENTO VERTICAL PARA O TRATAMENTO DE LODOS DE CAMINHÕES LIMPA-FOSSA

Desenvolvidos pelo CENBIO

Resolução SEMAD nº 1.273, de 23 de Fevereiro de (Publicação Diário do Executivo Minas Gerais 24/02/2011)

Aula 5: Química das Águas Parte 3b

PROCESSO DE TRATAMENTO

No mundo, o Grupo Kirin produz bebidas alcóolicas, não alcóolicas, funcionais, produtos farmacêuticos e bioquímicos.

AGÊNCIA DE ÁGUA PCJ PARECER TÉCNICO Nº: 02/2007. Assunto: SOLICITAÇÃO DE ABATIMENTO DO VALOR DBO IDENTIFICAÇÃO

Avaliação das Demandas e Potenciais Associados à Gestão de Resíduos Sólidos em Cidades Emergentes: O Caso do Município de Rio das Ostras, RJ

PROSAB Um exemplo de programa cooperativo de pesquisa e modelo de desenvolvimento tecnológico em saneamento básico

Mesa - Tratamento térmico: alternativa a ser discutida. A visão do órgão ambiental sobre o processo de licenciamento ambiental

II-565 PANORAMA DO TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS - MG

Eficiência Operacional: Estações de Tratamento de Esgoto

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SANEAMENTO BÁSICO MAIO 2015

41. Mercês. 1 Diagnóstico. 1.1 Dados demográficos e localização

Aproveitamento Energético do Biogás Aspectos Construtivos de Reatores UASB e Digestores Anaeróbios

PRELIMINARES. Conversão biológica nos sistemas aeróbios e anaeróbios (CHERNICHARO, 1997)

CRVR COMPANHIA RIOGRANDENSE DE VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS. EZIQUIEL DANIELSSON Engenheiro Civil Coordenador Unidade

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

XI DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA PARA AVALIAÇÕES E MEDIÇÕES DO BIOGÁS GERADO EM UMA ETE COM REATOR UASB

IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO. NÚMERO DE CADASTRO DA ENTIDADE NO MUNICÍPIO (Preenchido de acordo com o Relatório de Números Cadastrais / IBGE)

ETE Sustentável COPASA MG

II GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SANEAMENTO NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

Estratégia para conservação de energia com base com base na conservação nas escalas das edificações e das cidades

II VIABILIDADE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM COGERAÇÃO COM BIOGÁS EM DIFERENTES ESCALAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ANÁLISE ECONÔMICA

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

PRODES. Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

Documento Síntese da 1ª Oficina de Trabalho sobre Operação de Tratamento de Esgotos Sanitários da Câmara Temática de Tratamento de Esgotos da ABES

VI ENCONTRO ESTADUAL DE COOPERAÇÃO TÉCNICA FUNASA/ASSEMAE-SC. PAINEL IV: Soluções locais alternativas para Esgotamento Sanitário ADIR FACCIO

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO TÉCNICA DOS SISTEMAS DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

Projetos Aproveitamento Energético do Biogás

COPASA Day 2010 GESTÃO DE ENERGIA

Tratamento, Minimização e Utilização:

Saneamento Energético

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS

A GESTÃO De RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS. sob a ótica da COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ

17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro. Aproveitamento Energético com Biogás Beatriz Blauth Schlobach

Inventário Municipal de Emissões de GEE

Resolução Conjunta SEMAD-SEPLAG nº de 29 de setembro de (Publicação Diário do Executivo Minas Gerais 30/09/2010)

Biodigestão Anaeróbia de Resíduos Animais

Sistemas de Esgotamento Sanitário. Ernani de Souza Costa Setembro de 2016

Iniciativas do Projeto Brasil Alemanha de fomento ao aproveitamento energético do biogás no Brasil Tema Esgotos

Tecnologias de tratamento de esgoto -de pequenas a grandes ETEs Experiências com projetos e operações

Buss-SMS-Canzler. Tecnologia simples e segura para secagem de lodos sanitários

Mínima Média Máxima (l/s) (l/s) Mínima Média Máxima 0,00 285,64 80,53

Biogás e biodigestores para a geração de energia sustentável. 04 de dezembro de de 49. João Wagner Silva Alves

Solid Recovered Fuel Plant Solution Provider. Quem somos?

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS DEPARTAMENTO DE OBRAS HIDRÁULICAS

Índice. Estudo de PDDs Aterro Tratamento de efluentes Resíduo rural

Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento

USINA TERMOELÉTRICA DO NORTE FLUMINENSE,MACAE, RIO DE JANEIRO

II-511 AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DOS VOLUMES DE LODO DA ETE GOIÂNIA

SEMINÁRIO CAPACIDADE DE SUPORTE. Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis

Parte 6: Qualidade do efluente. Paulo Gustavo de Almeida, Thiago Bressani Ribeiro, Bruno da Silva, Lariza Azevedo, Carlos Chernicharo

II-480 PANORAMA DA COBERTURA DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS DE UM MUNICÍPIO NO ESTADO DE MATO GROSSO

Geração de energia elétrica a partir de biogás proveniente do tratamento de esgoto utilizando microturbina a gás

PROGRAMA MINAS TRATA ESGOTO

PAINEL 1: RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS: ASPECTOS DE ENGENHARIA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Tratamento e disposição de lodo de esgoto. TH029 - Saneamento Ambiental II - Prof. Regina Tiemy Kishi

Introdução ao Tratamento de Esgoto Sanitário. Daniel Costa dos Santos Professor DHS/PPGERHA/UFPR 2017

TRATAMENTO DE LODO GERADO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

Casos Práticos e Genéricos de Projetos Resíduos e Energia

MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

AGÊNCIA DE ÁGUA PCJ. Tomador: Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A - SANASA

Engenharia - Alavanca para o desenvolvimento Reunião de Câmaras CREA MG Araxá maio/2018

II CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS AFLUENTES A 206 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS EM OPERAÇÃO NO PAÍS

ALTERNATIVES REUSE FOR WASTE OF TREATMENT PLANTS WATER AND SEWAGE: THE BRAZILIAN SITUATION NASCIMENTO, C. M. da S., EL-DEIR, S. G.

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

1º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE REUSO DE ÁGUA

CENÁRIO DOS RSU MINAS GERAIS. Valéria Cristina Gonzaga TCEMG

Objetivo 7 - Garantir a sustentabilidade ambiental

II BIORREATOR COMBINADO ANAERÓBIO-AERÓBIO DE LEITO FIXO PARA TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

ESTUDO DAS POTENCIALIDADES ENERGÉTICAS VISANDO ELABORAÇÃO DE UMA MATRIZ ELÉTRICA TERRITORIAL PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS

Transcrição:

PAINEL CIDADES SUSTENTÁVEIS / ODS

INCT ETEs SUSTENTÁVEIS Agregar as principais competências nacionais e internacionais em torno de um centro de excelência que possa desenvolver ações de pesquisa, de formação de recursos humanos e de transmissão de conhecimento para a sociedade, para o setor empresarial e para o governo, com vistas à melhoria, à ampliação e ao avanço técnico-científico na área de tratamento de esgoto em nosso país. UFMS UFC UFPE FGV - ISAE UFMG UFRJ USP

INCT ETES SUSTENTÁVEIS 1. Nucleação de competências na área de tratamento de esgoto (Formação de recursos humanos qualificados para atuar na área) 2. Transferência de conhecimento para a sociedade, setor empresarial e governo 3. Realização de pesquisas básicas e aplicadas que propiciem o desenvolvimento de sistemas integrados e sustentáveis de tratamento de esgoto, com recuperação e valoração dos subprodutos do tratamento

Estimativa populacional dos municípios mineiros Tabela 2 - Faixa populacional dos municípios mineiros. Município População Faixa Populacional Nº Mun. (%) Mun. Pop. (hab) (%) Pop. População <2000 17 2,0 28.348 0,1 2000< População <10000 460 53,9 2.536.358 12,2 10000< População <100000 344 40,3 8.866.751 42,5 100000> População 32 3,8 9.437.644 45,2 (Fonte: IBGE, 2015)

Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal (IESM) Tabela 1 - Classificação do número percentual de municípios que se enquadra em cada faixa do IESM no Estado de Minas Gerais. IESM Classificação Nº Mun. % Mun. 75 <x<100 Bom 135 15,8 50<x<75 Médio 64 7,5 35<x<50 Ruim 272 31,9 0<x<35 Alarmante 382 44,8 (FEAM,2015) O IESM é comporto por 3 indicadores: Percentual de Coleta (PC); Percentual de Tratamento (PT); Regularização Ambiental (RA): ETE Regularizada (ER), Atendimento à DN nº 96/2006 (DN); Monitoramento de Efluentes Líquidos (ME) ICMS Ecológico (IE)

ETEs Convencionais Benefícios x Limitações

Potencial para recuperação de recursos em estações de tratamento no Brasil Sistemas anaeróbios 48% da população brasileira não é atendida com coleta de esgoto e 36% do esgoto gerado é tratado (SNIS 2015) Cenários de recuperação de recursos adotando sistemas anaeróbios para a parcela da população sem tratamento Cenário 1 - Cenário 2 - Cenário 3 - EP <10.000 hab (6,3 milhões de habitantes, 2.445 cidades) EP: 10,000 100,000 hab (37,8 milhões de habitantes, 3.124 cidades) EP: > 100,000 hab (56,9 milhões de habitantes, 309 cidades)

Potencial para recuperação de recursos em estações de tratamento no Brasil Sistemas anaeróbios Cenário 1: Uso direto do biogás para aquecimento de água ou gás de cozinha EP <10.000 hab (6,3 milhões de habitantes, 2.445 cidades) Recuperação de MW.d energia -1 térmica ENERGIA 1000 CASAS/ MÊS caldeira Geração de vapor ou de água quente Biogás Gás de cozinha Tratamento Preliminar Efluente Lodo Reator UASB Filtro Biológico Percolador (espuma) Fertirrigação Efluente líquido: 8.500 t N.ano -1 2.300 t P.ano -1 Leito de secagem Higienizador de lodo Biossólidos Cultivo Lodo higienizado 6.400 t N.ano -1 Efluente + lodo 1.500 ha.ano -1

Potencial para recuperação de recursos em estações de tratamento no Brasil Sistemas anaeróbios Cenário 2: Uso de biogás para geração de calor (tratamento de lodo) EP: 10,000 100,000 hab (37,8 milhões de habitantes, 3.124 cidades) Tratamento Preliminar Biogás Reator UASB Controle de odor Sistema de oxidação biológica de sulfeto Filtro Biológico Percolador (espuma) Efluente Efluente líquido: 51.500 t N.ano -1 Efluente + lodo 9.000 ha.ano -1 Fertirrigação Lodo Enxofre Elementar.ano -1 Lodo higienizado 36.600 t N.ano -1 Cultivo (16,1 Mha) Centrífuga Recuperação de energia térmica Wh.d -1 Secador Térmico Combústivel Redução de 24% do gasto em transporte Redução de 2.100 tco 2.ano -1 Aterro 24% Redução em transporte de lodo

Potencial para recuperação de recursos em estações de tratamento no Brasil Sistemas anaeróbios Cenário 3: Uso de biogás para co-geração de calor e eletricidade EP: > 100,000 hab. (56,9 milhões de habitantes, 309 cidades) Energia disponível Tratamento Preliminar Biogás Controle de odor Sistema de oxidação biológica de sulfeto Efluente Efluente líquido 77.500 t N.ano -1 Fertirrigação.d -1 Escuma Reator UASB Filtro Biológico Percolador (espuma) Efluente + lodo 13.600 ha.ano -1 Energia disponível Biogás Biodigestor Lodo Enxofre elementar.ano -1 Lodo Cultivo higienizado (40,4 Mha) 58.100 t N.ano -1 Geração de energia Centrífuga Aterro Eletricidade Wh.d -1 Recuperação de energia térmica Wh.d -1 Secador Combustível Redução de 3.100 tco 2.ano -1 16% Redução em transporte de lodo

Recuperação de cursos d água em área urbana Madri Espanha Rio Manzanares

Recuperação de cursos d água em área urbana Seul Coréia do Sul Rio Cheonggyecheon

Recuperação de cursos d água em área urbana Ipatinga Brasil Ribeirão Ipanema

Oficina para Formação de Instrutores e Monitores Pedagogia do Saneamento 06 e 07 de abril de 2013 Belo Horizonte Centro Pastoral da Basílica de Lourdes Instrutoras: Izabel Chiodi e Fernanda Oliveira Que a nossa experiência seja capaz de criar uma ponte unindo teoria e prática

OBRIGADA! belchiodi@yahoo.com.br inct.etes.sustentaveis@gmail.com