CONEXÕES MUSICAIS CONCERTO COMEMORATIVO 90 ANOS DO CONSERVATÓRIO UFMG PERCURSOS DE VIDA: Ex alunos da Escola de Música inseridos no cenário nacional Flávia Botelho - piano solo, Duo com Charles Augusto (percussão) e Joana Radicchi (flauta), Flávio Ferreira - clarone solo, Marcos Flávio (trombone), Nilton Moreira (flauta), Pedro Mota (trompete) acompanhados pelo Regional do Clube de Choro de Betim. Música erudita Data: 28 de maio de 2015 Quinta-feira Horário: 20h Local: Conservatório UFMG Av. Afonso Pena, 1534 Centro BH/MG Entrada franca. Info: 3409-8300 O projeto Conexões Musicais do Conservatório UFMG tem o orgulho de apresentar, no dia 28 de maio às 20h, o segundo concerto comemorativo dos 90 Anos do Conservatório UFMG, Percursos de Vida. Os convidados poderão apreciar, primeiramente, uma apresentação de Piano solo com Flávia Botelho interpretando peças do renomado compositor César Guerra- Peixe. Em seguida, Charles Augusto e Joana Radicchi se apresentarão em duo de percussão e flauta Toward The Sea de Toru Takemitsu e uma improvisação dos dois músicos sobre Für Aline de Arvo Pärt. Flávio Ferreira interpretará músicas Francisco Zumaque, Fernando Cerqueira e Rob van Bavel para clarone solo. Finalizando o espetáculo teremos vários sucessos do Choro com Marcos Flávio (trombone), Nilton Moreira (flauta) e Pedro Mota (trompete), acompanhados pelo Regional do Clube de Choro de Betim. Breve curriculum dos músicos: Flavia Botelho (Piano) Natural de Teófilo Otoni/MG, iniciou seus estudos de piano em Jequitinhonha/MG aos seis anos de idade. Foi aluna da Escola de Música da UFMG, onde concluiu em 1997 o Bacharelado em Piano, tendo sido aluna de Berenice
Menegale, Regina Amaral, Najla Kumaira e Miguel Rosselini. Em 2001 concluiu o mestrado em Práticas Interpretativas pela UFRJ, na classe de Luiz Senise. Em 2013 concluiu o Doutorado em Música pela Escola de Comunicações Artes (ECA) da USP, no qual pesquisou a obra para piano de Guerra-Peixe, sob a orientação de Fernando Corvisier. Participou de vários festivais e masterclasses nos quais esteve sob a orientação de Paul Badura-Skoda, Arnaldo Cohen, Luis Carlos de Moura Castro, Gilberto Tinetti, Fernando Lopes, Fany Solter, Michael Uhde, entre outros. Obteve treze premiações em concursos nacionais de piano, destacando-se os primeiros lugares nos concursos: Paulo Giovanini, Cidade de Araçatuba, Honorina Barra, EMBAP (Curitiba), Rosa Mística e Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica da UFMG. Em 1999 participou como solista do cd O SOM DE ALMEIDA PRADO produzido pela UNIRIO. Atuou como docente no Departamento de Artes da Universidade Federal de Ouro Preto (2002/2003) e na Escola de Musica da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) de 1997 a 2004. Como pianista colaboradora atuou junto à CIA. MINAZ de Ribeirão Preto de 2007 a 2012, participando de diversas montagens e recitais. Além de atuar como pianista e camerista também se dedica ao ensino do piano e à pesquisa em música. Desde 1999 mantém o Duo Cerri-Botelho, com o flautista Sérgio Cerri, tendo se apresentado em diversas cidades do Brasil. Desde maio de 2012 é professora efetiva de piano no Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia/MG. Flávio Ferreira (clarineta) é Mestre em Música e Bacharel em Clarineta pela UFMG. A experiência musical abrange atuação como clarinetista e claronista em música popular e erudita em grupos de diversas formações como música de câmara, banda e orquestra sinfônica, bandas de música popular brasileira e orquestras de música popular. Tem se dedicado à performance da música erudita contemporânea, participando de estreias nacionais e mundiais de obras bem como de gravações no Brasil e no exterior. As atividades de pesquisa se voltam para a música contemporânea, incluindo aquelas que utilizam as novas tecnologias eletrônicas em união com os instrumentos musicais
tradicionais. Como músico convidado, participou de grupos como Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra Experimental da UFOP entre outros. Como clarinetista e claronista, foi membro do Quarteto de Clarinetas Clariventos, Grupo Oficina Música Viva e Misturada Orquestra e atuou e gravou ao lado de diversos compositores e grupos como Rafael Macedo, Rafael Martini e Banda Quebra-Pedra. Foi professor dos Cursos de Licenciatura em Música e Licenciatura em Música à Distância da Universidade Vale do Rio Verde UninCor e, atualmente, é professor de Clarineta, Teoria e História da Música da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Charles Augusto (percussão) Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014), sob a orientação do Prof. Dr. Fernando Rocha. Concluiu o Bacharelado em Música, com habilitação em Percussão, na Universidade Estadual Paulista (UNESP), em 2010. Durante o curso de Mestrado, foi bolsista do Programa CAPES/REUNI, tendo lecionado, em 2013, a disciplina Instrumento Complementar Licenciatura - PERCUSSÃO, no Curso de Graduação da Escola de Música da UFMG, sob a tutoria do Prof. Dr. Fernando Rocha. De 2012 a 2014, atuou como monitor do Grupo de Percussão da UFMG. Atualmente é professor de percussão no Centro de Formação Artística - CEFAR, da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte. Realizou atividades diversificadas como percussionista, tendo atuado em Orquestras como: Filarmônica de Minas Gerais (Belo Horizonte) e Orquestra do Theatro São Pedro (São Paulo). Atuou também em importantes grupos como: Camerata Aberta (de 2010 a 2014); Grupo PIAP (Grupo de Percussão da UNESP, dirigido pelo Prof. Dr. John Boudler, de 2006 a 2010); Grupo SONANTE 21 (Grupo de Pesquisa e Performance em Música Contemporânea, dirigido pelo Prof. Dr. Fernando Rocha, de 2012 a 2014); Percorso Ensemble (Dirigido pelo Prof. Ms. Ricardo Bologna -2011). Além disso, atuou juntamente a solistas como Fábio Zanon (violão), Duo Labèque (pianistas Katia e Marielle Labèque) e Shawn Mativetsky (percussão). Atualmente é membro do grupo SCHLAG!, grupo de câmara especializado em música, tecnologias sonoras e visuais.
Joana Radicchi (flauta) A flautista Joana Radicchi é mestre em Música pela UFMG, e em 22 anos de carreira desenvolveu a habilidade de transitar por diversos estilos e linguagens musicais. Isto porque, seu trabalho enquanto performer baseia-se na premissa de que o prazer em tocar reside aonde a música estiver, o que confere à sua pratica musical maleabilidade e um diálogo particular entre a música erudita, a música contemporânea, o pop e a música popular brasileira. Esta foi uma das razões que fez com que a flautista optasse por continuar seus estudos no Brasil, mesmo tendo sido aprovada para realizar seu mestrado na Royal College of Music, na Royal Academy of Music, assim como na Guildhall School of Music and Drama, todas elas com sede em Londres. No meio clássico, Joana já apresentou-se ao lado de solistas e maestros internacionais como Fred Mills (Canadá), Steve Trinckle (EUA), Andrea Bocelli (Itália) e Osvaldo Ferreira (Portugal), além de ter participado da apresentação dos balés O Lago dos Cisnes (2011) e O Quebra-Nozes (2008) com a OSMG e a companhia russa de dança Kirov. No campo da música popular e do jazz, a flautista participou da gravação e do lançamento do CD Jazz Mineiro Orquestra (2012) Nivaldo Ornelas. Ela também participou da gravação e do lançamento do álbum Big Band Darcy James Argue (2012), uma compilação de obras do maestro e compositor Dacy James Argue (EUA) que também foi responsável pela regência das peças. Além destes importantes artistas, Joana já se apresentou ao lado de Naná Vasconcelos, Paula Santoro, Jacques Morelembaum, João Bosco, Juarez Moreira, entre outros. A música contemporânea também é parte de seu trabalho como intérprete, o que inclui a colaboração com compositores vivos e é uma parte significante de sua carreira. Desde 2003, ela vem explorando este campo de atuação por meio da encomenda e estreia de obras em recitais e concertos. Marcos Flávio (trombone), Nilton Moreira (flauta), Pedro Mota (trompete) são formados pela Escola de Música da UFMG e atualmente lecionam respectivamente nas universidades: UFMG, UFJF e UFSJ. Juntos têm o projeto Chora na Universidade que
o intuito de divulgar e apresentar o choro nas universidades de todos o país, e já se apresentaram na UFMG, UFJF, UFSJ, UFBA e UFRS. Regional do Clube de Choro de Betim é um grupo de choro e de samba que há mais de dez anos vem participando ativamente de projetos relacionados à música brasileira. Com um repertório dançante e variado, que vai das gafieiras e marchinhas à bossa nova e música regional, o grupo tem como integrantes músicos gabaritados que carregam em seus currículos apresentações na Espanha, França, Suíça, Nova Zelândia e Argentina. PROGRAMA Com Flávia Botelho piano solo César Guerra-Peixe (1914-1993) Valsa n. 3 Prelúdios Tropicais 1 Cantiga de Folia de Reis 4 Ponteado de viola 6 Reza-de-Defunto 7 Tocata Com o Duo com Charles Augusto (percussão) e Joana Radicchi (flauta) TOWARD THE SEA (Em três movimentos: 1- The Night; 2- Moby Dick; 3- Cape Cod)
Compositor: Toru Takemitsu Improvisação sobre a peça FÜR ALINA Compositor: ARVO PART Com Flávio Ferreira clarone solo Francisco Zumaque, Pascaliana I para clarone solo Fernando Cerqueira, Paraphrase para clarone solo Rob van Bavel, 4 Little Studies for Bass Clarinet Com Marcos Flávio (trombone), Nilton Moreira (flauta), Pedro Mota (trompete) acompanhados pelo Regional do Clube de Choro de Betim Proesas de Solon Pixinguinha Peguei a reta Porfírio Costa Princesinha no Choro Dominguinhos Receita de Samba Jacob do Bandolim Acariciando Abel Ferreira Espinha de Bacalhau Severino Araújo No Rancho Fundo Ari Barroso Carioquinha Waldir Azevedo
Breve Histórico No dia de 17 de março de 1925, um decreto assinado pelo presidente Fernando de Mello Vianna e pelo Secretário do Interior Sandoval Soares de Azevedo estabeleceu o Regulamento Provisório do Conservatório Mineiro de Música cujo destino era ministrar a instrução musical em todos os seus ramos, formando professores de música, de instrumentos e de canto, compositores e regentes de orchestra. Nasce, então, um espaço destinado à música em Belo Horizonte. O Conservatório foi oficialmente inaugurado 29 de abril de 1925, em solenidade realizada em sua sede provisória: o velho casarão do Parque Municipal. Já o seu prédio atual, localizado na Avenida Afonso Pena, foi estabelecido em 05 de setembro de 1926 pelo então presidente do Estado de Minas Gerais, Fernando Mello Viana, como sede do Conservatório Mineiro de Música, que passou a integrar, em 1962, a Universidade Federal de Minas Gerais oferecendo à cidade de Belo Horizonte um curso de música de nível superior. A partir de 1972 o Conservatório Mineiro de Música recebe o nome de Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, permanecendo, porém, o seu nome original na fachada do prédio. Após a mudança da Escola de Música para o campus Pampulha da UFMG, o prédio do Conservatório, tombado em 1988 como patrimônio arquitetônico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), recebeu investimentos da Universidade, através da sua Fundação de Desenvolvimento a Pesquisa/Fundep, para revitalização e restauração de sua arquitetura neoclássica. Em 11 de agosto de 2000, o Conservatório UFMG foi inaugurado como um novo complexo cultural em BH, e que agora completa 90 anos de existência preservando, ainda, seus princípios de incentivo à música e à cultura.