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Transcrição:

Direito Processual Civil Da Intervenção de Terceiros Professor Giuliano Tamagno www.acasadoconcurseiro.com.br

Direito Processual Civil DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Intervenção de terceiro é a oportunidade legalmente concedida às pessoas que não participam de determinada relação jurídica processual para nela atuarem ou serem convocadas a atuar, na defesa de interesses jurídicos próprios. No NCPC, a Intervenção de Terceiros está contida dentro da parte geral do Código, estando disciplinada a partir do artigo 119. Em função dessa localização no Diploma, é possível concluir que a partir de agora a Intervenção de Terceiros será aplicável a todos os procedimentos, diferentemente do que ocorria no CPC/1973, no qual em regra, admitia-se a Intervenção apenas no procedimento comum ordinário. Resumidamente, a Intervenção de Terceiros a partir do CPC/2015 passará a ter as seguintes modalidades: Assistência; Denunciação da Lide; Chamamento ao Processo; Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica; Amicus Curiae. INTERVENÇÕES ESPONTÂNEAS X INTERVENÇÕES PROVOCADAS Intervenções espontâneas são aquelas de iniciativa de um terceiro que não faz parte da relação processual, sendo o caso da Assistência e do Amicus Curiae. As intervenções provocadas ocorrem quando uma parte do processo chama um terceiro estranho à relação para integrá-la, sendo, portanto, o que ocorre na Denunciação da Lide, no Chamamento ao Processo, no Incidente de Desconsideração de Personalidade Jurídica e também no Amicus Curiae, sendo este, portanto, uma figura híbrida. www.acasadoconcurseiro.com.br 3

DA ASSISTÊNCIA A Assistência pode ser entendida como a modalidade de Intervenção de Terceiros espontânea, cuja finalidade é que um terceiro estranho à relação processual auxilie a parte em uma causa em que tenha interesse jurídico. Tal modalidade poderá ser admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição. Feito o pedido de assistência, as partes terão o prazo de 15 dias para impugná-lo. Havendo a impugnação, o juiz decidirá o incidente sem suspender o processo. Não sendo realizada a impugnação nesse prazo, ou não sendo o caso de rejeição liminar (quando faltar ao terceiro interesse jurídico), o pedido será deferido e o assistente ingressará no processo, recebendo-o no estado em que se encontra, ou seja, não haverá novamente a prática de atos já realizados quando do seu ingresso na demanda. Assistência pode se dar de duas formas: simples e litisconsorcial. DA ASSISTÊNCIA SIMPLES A Assistência Simples é aquela realizada por terceiro que pretende, apenas, auxiliar uma das partes da vitória do feito, estando disciplinada do artigo 121 ao 123 do NCPC. O assistente simples exercerá os mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, ou seja, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, por exemplo, caso o assistido não recorra de determinada decisão, o assistente não poderá recorrer. Todavia, ressalta-se que, embora a atuação do assistente esteja adstrita aos atos praticados pelo assistido, poderá o assistente ser considerado o substituto processual do assistido caso este seja revel ou omisso. Além disso, ainda que haja a Assistência Simples, a parte principal poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação, renunciar ao direito sobre que se funda a ação ou transigir sobre direitos incontroversos. DA ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL Disposta no artigo 124 do NCPC, a Assistência Litisconsoricial restará configurada quando o terceiro intervir no processo com a intenção de formar um litisconsórcio ulterior, sempre que a sentença vá influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. Isso ocorre porque o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte adversa do assistido. Nesse caso, o assistente defende direito seu em juízo, em litisconsórcio com o assistido. É a clássica situação de uma ação de despejo entre locador e locatário, em que ainda há um contrato de sublocação. 4 www.acasadoconcurseiro.com.br

Direito Processual Civil Da Intervenção de Terceiros Prof. Giuliano Tamagno IMPORTANTE Não cabe nos processos que tramitam sob a Lei nº 9.099/95. Sendo revel o assistido, o assistente será seu substituto processual (Art. 121). É cabível até o trânsito em julgado (Art. 996). Assistência Litisconsorcial pratica atos sem subordinação ainda que em sentido contrário ao assistido. Assistência Simples assistente é coadjuvante e não pode ir contra as vontades do assistido. DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE Denunciação da Lide é a modalidade de intervenção provocada em que o autor e réu pretendem resolver demanda regressiva contra um terceiro, sendo que aquele que eventualmente perder a demanda já aciona um terceiro para que este o indenize em ação de regresso. Em suma, pode-se dizer que a denunciação da lide nada mais é do que uma ação autônoma, que, pela economia, tramita incidente a um processo já existente. Com o CPC/2015, não é mais cabível a denunciação per saltum, ou seja, quando o adquirente quiser exercer os direitos, poderá notificar qualquer componente da cadeia negocial, ou seja, o alienante imediato ou alienantes mediatos, demandando, assim, em face daquele que não possui qualquer relação jurídica de direito material. Hipótese de admissibilidade Ao alienante imediato, para exercer os direitos que a evicção lhe resulta. Aquele que estiver obrigado por lei ou pelo contrato a indenizar prejuízo. Características Deferida a denunciação, o juiz deve julgar as duas demandas. Há uma relação de prejudicialidade. Contrato de seguro: reconhecido o contrato, a condenação pode ser direta, desde que a ação seja contra ela proposta (537 STJ). IMPORTANTE Diferentemente do texto do CPC/73, no NCPC deixa claro que a denunciação da lide é medida facultativa, não havendo qualquer espécie de repercussão com a omissão. www.acasadoconcurseiro.com.br 5

O que deverá fazer o sucumbente é ingressar com ação regressiva para buscar a indenização pelo prejuízo sofrido. DO CHAMAMENTO AO PROCESSO Tratado do artigo 130 ao 132 do NCPC, trata-se de direito do réu de chamar, para ingressar no polo passivo da demanda, os corresponsáveis por determinada obrigação. Diferencia-se da denunciação da lide, uma vez que nesta se tem a ação de regresso e deve-se demonstrar que o denunciado é que deverá responder pela condenação. No chamamento ao processo, a condenação é automática, estando, portanto, ligado à ideia de solidariedade. Não é uma modalidade de intervenção obrigatória, podendo ser feito apenas pelo réu, tendo por fim a economia processual, visto que não seria necessário um novo processo de cognição exauriente para regular a corresponsabilidade. Admissibilidade Afiançado, quando o fiador for réu. Demais fiadores, quando proposta contra um ou alguns deles. Demais devedores, quando exigida de um ou de alguns o pagamento de dívida comum. Importante Só é cabível em processo de conhecimento. Não se aplica aos coobrigados cambiários. Não prevê a suspensão do processo até a citação do chamado. Nas ações de alimentos se aquele que deve em primeiro lugar não tiver condições de suportar integralmente, serão chamados aqueles de grau imediato. DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA A desconsideração da personalidade jurídica é instituto previsto no Código de Defesa do Consumidor (art. 28) e no Código Civil (art. 50), que autoriza imputar ao patrimônio particular dos sócios obrigações assumidas pela sociedade, quando e se a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação irregular, entre outros. O instituto contempla, também, a chamada desconsideração inversa, em que se imputa ao patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais do sócio. 6 www.acasadoconcurseiro.com.br

Direito Processual Civil Da Intervenção de Terceiros Prof. Giuliano Tamagno Requisitos Teoria maior: insuficiência patrimonial mais desvio de finalidade ou confusão patrimonial por fraude. Teoria menor: personalidade jurídica deve apresentar obstáculo ao prejuízo causado. Hipótese de Cabimento Cabível em todas as fases do processo de conhecimento no cumprimento de sentença e na execução fundada em título extrajudicial. Processo que tramita pela Lei nº 9.009/95. DESNECESSIDADE DE AÇÃO AUTÔNOMA É considerada mero incidente e não uma ação própria. LEGITIMIDADE A pedido da parte ou do MPO quando couber intervenção. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA Objetivo atingir bens da sociedade em razão de obrigações dos sócios, desde que preenchidos os requisitos. DO AMICUS CURIAE Outra inovação trazida pelo CPC/2015, o Amicus Curiae é uma modalidade de intervenção, tanto espontânea quanto provocada, em que um terceiro, sem interesse jurídico, irá instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida seja mais qualificada, motivada. O Amicus Curiae irá qualificar o contraditório trazendo mais subsídios para a decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à apreciação da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional. A partir do Novo Código, tal intervenção poderá ser aplicada em todos os graus de jurisdição. Ressalta-se que o Amicus Curiae não pode ter interesse jurídico na causa, apenas institucional, pois, se assim fosse, estaríamos diante de outra modalidade de intervenção, a Assistência. www.acasadoconcurseiro.com.br 7

Conceito Trata-se de intervenção judicial que visa democratizar o debate acerca das decisões proferidas pelo Poder Judiciário. Requisitos Relevância da matéria. Especificidade do tema. Repercussão social da controvérsia. Representatividade adequada do postulante. Procedimentos Espontâneo. Provocado. IMPORTANTE O CPC não estabelece o momento da intervenção, mas o STF entende que deve ocorrer até a pauta de julgamento. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO a) A decisão de que solicita ou admite a intervenção do amicus curie é irrecorrível (138). b) Decisão que inadmite a intervenção é recorrível: 1. Por agravo de instrumento, se for decisão de juiz de primeiro grau. 2. Por agravo interno, se decisão monocrática do relator. 3. Por REsp se decisão dos colegiados do TJ ou do TRF. O amicus curie pode interpor ED e recorrer de decisão que julgar o IRDR. Analise as assertivas abaixo sobre intervenção de terceiro: a) O chamamento ao processo é uma modalidade de intervenção de terceiro que pode ser feita tanto pelo autor quanto pelo réu. b) A intervenção de terceiros é admitida somente no processo de conhecimento do procedimento ordinário. 8 www.acasadoconcurseiro.com.br