Etapa 2. Parte 1 A Sociologia. Sociologia Prof.: Appio. Questões: 1. De que maneira é possível se estabelecer a cidadania? É possível?



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Transcrição:

Parte 1 A Sociologia Sociedade - Grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada. - é uma rede de relacionamentos entre pessoas. - coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais. - Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns. Cidadania - direitos relativos ao cidadão, o indivíduo que vive na cidade e ali participa ativamente dos negócios e das decisões políticas. - conjunto de deveres e direitos de um cidadão. - Participação, conscientização, informação... Política no Brasil - estruturação política - eleições Há muitos pesquisadores, de variadas áreas de conhecimento, que vêm pensando no humano na atualidade. Existe um educador que há décadas vem tocando a melodia do resgate dos valores humanos básicos, a saber: A VERDADE, A NÃO-VIOLÊNCIA, honestidade, justiça, ética, disciplina, integridade, paz (auto-estima, autocontrole, autoconfiança, autoaceitação e desapego) e amor. Ele se chama Sathia Sai Baba e é indiano (MESQUITA, 2003). Quando falar de empregabilidade, antes de sair correndo atrás de idiomas, tecnologia ou outras formas de preparo profissional, pense em você inteiro e em ser. A responsabilidade de lembrar de você, é somente sua, de ninguém mais. O maior crescimento é o processo de dar à luz a si mesmo. Questões: 1. De que maneira é possível se estabelecer a cidadania? É possível? VALORES HUMANOS Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. Muito das causas que afligem a humanidade está na negação destes valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e consequentemente do social. 2. Os valores são muito importantes para nosso desenvolvimento. De que maneira se estabelecem? A violência é um sinal, um sintoma de uma sociedade que não criou apreço pelos valores e acabou formando adultos sem referenciais de cidadania e de respeito pelo próximo. A violência é a marca de uma sociedade excludente (que exclui em todos os sentidos, até afetivos). A solução, (a longo prazo) desses problemas seria uma verdadeira revolução na maneira de educar nossas crianças. Muito mais importante do que favorecer uma avalanche de conhecimentos e informações às nossas crianças é o fato de nós os formarmos enquanto pessoas humanas... Devem pensar em ser alguém, não somente no ter... Hierarquia de necessidades de Maslow, 1

Foi desenvolvida por Abraham Maslow em 1943, e procura estabelecer uma escala de valores para as necessidades do ser humano; para isto, tais necessidades são classificadas em grupos relacionados com o sua natureza e com o grau de prioridade. Maslow classificou as necessidades em cinco grupos, ordenando-os conforme a Figura. Da base para o topo da pirâmide, os grupos tornamse menos prioritários. Isto significa que as necessidades dos níveis mais baixos têm de ser atendidas para que o ser humano almeja os níveis superiores. À medida que um nível é satisfeito, a pessoa busca alcançar o nível imediatamente acima. A Família seu papel Família comunidade sociedade A família atual - aumenta os seus valores e as suas funções. A função emocional - garante aos membros da família a saúde mental e a harmonia do lar que gera o equilíbrio emotivo. A educação - prolonga e proporciona à prole os meios necessários para participar da vida em grupo. A vida na sociedade requer em longo aprendizado, através de uma ação perseverante e carinhosa que desce aos mínimos detalhes. A tarefa maior é da mãe embora o pai tenha sempre grande participação. Os pais, nos ensinam a assumir com naturalidade, inúmeros comportamentos e atitudes para enfrentar a vida social. Contudo, a família ainda tem a função da procriação que garante a permanência e a eventual expansão do grupo. alguns pais, procuram assistência externa e esperam que as escolas carreguem boa parte do ônus da socialização da criança e a prepare para papéis adultos. A função econômica é a base material imprescindível ao desempenho das demais funções. Geralmente se realiza pela divisão do trabalho entre marido e mulher, o casal trabalhando, alivia o orçamento do lar e aumenta o conforto da família. A realização destas funções trazem a este grupo a realização profissional e pessoal da vida. Entretanto, não se encontra alguns desses fatores em famílias bem estruturadas. A mulher na sociedade O início: Surgem as sociedade humanas, divididas em clãs, em tribos e aldeias. O modelo de família era multigeracional e todos trabalhavam numa mesma unidade econômica de produção. A função de reprodutora da espécie, que cabe à mulher, favoreceu a sua subordinação ao homem. A mulher foi sendo considerada mais frágil e incapaz para assumir a direção e chefia do grupo familiar. O homem, associado à idéia de autoridade devido a sua força física e poder de mando, assumiu o poder dentro da sociedade. Assim, surgiram as sociedades patriarcais, fundadas no poder do homem, do chefe de família. A mulher passou a ser do homem, como forma dele perpetuar-se através da descendência. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem. As sociedades patriarcais permaneceram ao longo dos tempos, mesmo na sociedade industrial. Porém, nas sociedades industriais o mundo do trabalho se divide do mundo doméstico. As famílias multigeracionais vão desaparecendo e forma-se a família nuclear (pai, mãe e filhos). Permanece o poder patriarcal na família, mas a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril. No século XVIII e XIX o abandono do lar pela mães que trabalhavam nas fábricas levou a sérias conseqüências para a vida das crianças. Na era industrial - Por volta de 1800, com a Revolução Industrial a absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher na produção. Ela passou a ser obrigada a cumprir jornadas de até 17 horas de trabalho em condições insalubres 2

e submetidas a espancamentos e humilhações, além de receber salários até 60% menores que os dos homens. - 1857, primeira manifestação de mulheres, buscando melhores condições e redução da carga horária (129 tecelãs de Nova Iorque foram mortas carbonizadas dentro da fábrica onde trabalhavam porque organizaram uma greve). - Em 1819, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. É reconhecido o direito de organização dos trabalhadores, com a aprovação, em 1824, do direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país. - Em 1910 que surgiu a idéia de criar uma data para marcar as questões femininas e lembrar a morte das operárias. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram, na Europa e a data passou a ser comemorada no mundo inteiro. - aos poucos foram surgindo movimentos pela melhoria das condiçõe de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos. As lutas entre homens e mulheres trabalhadoras estão presentes em todo o processo da revolução industrial. Os homens substituídos pelas mulheres na produção fabril acusavam-nas de roubarem seus postos de trabalho. A luta contra o sistema capitalista de produção aparecia permeada pela questão de gênero. A questão de gênero colocava-se como um ponto de impasse na consciência de classe do trabalhador. Assim, nasceu a luta das mulheres por melhores condições de trabalho. Já no século XIX havia movimento de mulheres reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e o direito de voto. Ao ser incorporada ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado. As mulheres pobres sempre trabalharam. A remuneração do trabalho da mulher sempre foi inferior ao do homem. A dificuldade de cuidar da prole levou as mulheres a reivindicarem por escolas, creches e pelo direito da maternidade. No século XX as mulheres começaram uma luta organizada em defesa de seus direitos. A luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas foi denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol de melhorias na infra-estrutura social foi conhecida como movimento de mulheres. A luta feminina também tem divisões dentro dela. Os valores morais impostos às mulheres durante muito tempo dificultaram a luta pelo direito de igualdade. Questões: 1. Em que momento da história a mulher começa a ter importância? 2. Qual era o papel inicial da mulher? 3. Os direitos das mulheres foram iguais aos dos homens em alguma época? Diversidade Cultural diferenças culturais que existem entre as pessoas, como a linguagem, vestimenta e tradições. forma como as sociedades organizam-se conforme a sua concepção de moral e de religião, a forma como eles interagem com o ambiente... variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. identidade própria de um grupo humano em um 3

território e num determinado período. Para explicar os motivos que fizeram do povo brasileiro: - miscigenação de raças e culturas, pelos fatores históricos. - O povo brasileiro atual é resultado de vários povos diferentes: - europeus que colonizaram o país, - os índios que aqui já habitavam - os negros que vieram para o Brasil trabalhar como escravos, - imigrantes que vieram para o país como italianos, alemães, espanhóis, japoneses e árabes. A partir da inserção desses povos no Brasil, cada um trouxe consigo sua cultura deixando-a como herança que hoje é praticada em nosso cotidiano. Dentre as heranças a mais marcante foi a influência portuguesa, até porque o país foi colonizado por eles, por isso a língua oficial é o português e a religião mais praticada é a católica. Já a herança indígena, transmitiu o hábito de tomar banho todos os dias, utilizar a rede de descanso e o consumo da mandioca e do milho nas dietas. Cultura de consumo e o processo de mercantilização da produção. A Cultura do Consumo se caracteriza por: criar necessidades aos indivíduos, para que sejam reconhecidos, identificados como integrantes desse ou daquele grupo. nos leva a acreditar que o único meio de se construir uma identidade é através do consumo de bens materiais. Isso se torna explícito nos planos de marketing da maior parte das empresas fornecedoras de bens de consumo, nos quais os consumidores em potencial são definidos pelos grupos sócioculturais aos quais pertencem. as campanhas publicitárias se empenham em aproximar afetivamente o consumidor do produto, que comumente é personificado, com o objetivo de solidificar essa relação. o consumidor se reconhece em determinado produto e, analogamente, passa a ser reconhecido através do uso dele. O sistema capitalista gerou em nossa sociedade a ilusória concepção de que o consumo sem limites conduz ao bem-estar e é sinônimo de civilização. O símbolo da felicidade humana na sociedade contemporânea é a possibilidade de poder consumir mais e ter a posse dos bens materiais, mais acentuado no Ocidente. O que torna difícil sair dessa ciranda viciosa é que o sistema realimenta continuamente a sede de consumir, para ter à sua disposição um mercado sempre disponível. Questões: 1. Qual o papel da mídia hoje no consumo em massa? 2. o que deve ser importante hoje, em uma sociedade capitalista baseada no consumo? 3. o que se quer dizer com criar necessidades? Teorias do Modo de Produção Primitivo 4

O modo de produção primitivo foi desenvolvido na pré-história, quando o homem ainda não produzia seu próprio alimento, eram nômades, caçavam, pescavam e colhiam e dividiam os alimentos entre sua tribo. Esse modo de produção não incluía a opressão das classes pobres pelas classes mais poderosas, haja vista que ainda não existia a idéia de classes sociais. Com advento da agricultura, os homens começaram a ter noção de território, se tornaram sedentários, e assim sendo, surgiu toda uma divisão de trabalho: uns plantavam, outros trabalhavam nos moinhos, e alguns teriam de defender as terras de outros que também queriam poder usá-las, formando os primeiros exércitos. Com essa nova estruturação de sociedade, surgiram as classes sociais, a exploração de homem pelo homem, as lutas entre tribos, e nessas lutas, os perdedores começaram a virar escravos, aumentando mais ainda a noção de classes superiores e inferiores. Asiático O chamado modo de produção asiático caracteriza os primeiros Estados surgidos na Ásia Oriental, Índia, China e Egito. A agricultura, base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de servidão coletiva. Na verdade, estes camponeses (ou aldeões) tinham acesso a coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta. Escravista O modo de produção escravista surgiu na Grécia Antiga, e posteriormente, com sua dominação e assimilação por Roma, foi o modo de produção praticado por todo o Império Romano. Com o surgimento da propriedade privada, os parentes mais próximos dos chefes dos clãs ficaram com as melhores terras, ficando com as piores terras e marginalizados os parentes mais afastados. Com o aumento das famílias nobres, eram necessários mais terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era resolvido com guerras de conquista: guerreava-se com povos vizinhos, as terras conquistadas eram repartidas entre os nobres, e o povo derrotado era escravizado. Esses escravos eram propriedades do Estado cedidas aos nobres para o trabalho em suas terras. Um cidadão nãoestrangeiro também poderia se tornar escravo de alguém, se adquirisse dessa pessoa uma dívida da qual não pudesse pagar. Assim, o trabalho passou a ser uma exclusividade dos escravos e dos pequenos camponeses. Então, fica evidente a importância que o trabalho escravo tinha para esses povos, já que ele se tornou a base de suas economias. Para se ter uma idéia dessa importância, basta ressaltar que Atenas chegou ao ponto de ter 20.000 cidadãos, 10.000 metecos (como eram chamados os estrangeiros) e 400.000 escravos, uma média de 20 escravos por cidadão (levando-se em conta que só eram considerados cidadãos os homens adultos nãoestrangeiros). O seu ponto alto foi atingido em Roma, entre os séculos III ac e III dc. Nesse o escravo está totalmente incorporado aos meios de produção, sendo compreendido como um tipo de instrumento que fala 1. Feudal O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e em certas zonas do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei dava-as para eles. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e em troca recebiam o direito a um pedaço de terra para morar e também estavam 1 ROSSI, Luiz Alexandre Solano. In: Modo de Produção Escravista e a Sua Influência na Percepção da Sociedade Judaica no Pós-Exílio. Disponível em: Revista Miriabilia 5

protegidos dos bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando iam cuidar das terras do Senhor Feudal. O exercício da política e da economia acontecia a partir da cidade com o apoio irrestrito de duas instituições fundamentais: o exército e o templo. Numa sociedade de economia tributária o imposto poderia ser pago de várias maneiras, a saber: em produtos, em moeda ou ainda em dias de trabalhos forçados. Capitalista Capitalismo, sistema econômico, político e social no qual os agentes econômicos (empresários), proprietários dos meios de produção permitem que esta produção seja comercializada num mercado, onde as transações são de natureza monetária. As Quatro Fases Do Capitalismo Pré-capitalismo - Período da economia mercantil, em que a produção se destina a trocas e não apenas a uso imediato. Não se generalizou o trabalho assalariado; trabalhadores independentes que vendiam o produto de seu trabalho, mas não seu trabalho. Os artesãos eram donos de suas oficinas, ferramentas e matéria-prima. Capitalismo Comercial - Apesar de predominar o produtor independente (artesão), generaliza-se o trabalho assalariado. A maior parte do lucro concentrava-se na mão dos comerciantes, intermediários, não nas mãos dos produtores. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem produzia. Capitalismo Industrial - O trabalho assalariado se instala, em prejuízo dos artesãos, separando claramente os possuidores de meios de produção e o exército de trabalhadores. Capitalismo financeiro - Fase atual. O sistema bancário e grandes corporações financeiras tornam-se dominantes e passam a controlar as demais atividades. Comunista O Comunismo é um sistema econômico, bem como uma doutrina política e social, cujo objetivo é a criação de uma sociedade sem classes, baseada na propriedade comum dos meios de produção, com a conseqüente abolição da propriedade privada. Segundo esta teoria, no comunismo o Estado passaria a ser desnecessário e seria extinto, sendo substituído por livres associações de produtores. O Comunismo tenta oferecer uma alternativa aos problemas que são entendidos como inerentes à economia capitalista e ao legado do imperialismo e do nacionalismo. De acordo com a ideologia comunista, a forma para superar esses problemas seria a derrocada da rica burguesia, tida como classe dominante, em prol da classe trabalhadora - ou proletariado para estabelecer uma sociedade pacífica, livre, sem classes, ou governo. O pensamento comunista é normalmente considerado parte de um mais amplo movimento socialista, originário nos trabalhos de teóricos da Revolução Industrial e Revolução Francesa, que remontam às obras de Karl Marx. As formas dominantes do comunismo, como o Leninismo e o Trotskismo são baseadas no Marxismo; mas versões não-marxistas do comunismo (como o Comunismo Cristão, e o Anarcocomunismo 2 ) também existem e estão crescendo em importância, desde a Queda da União Soviética. O desemprego estrutural 2 Comunismo libertário ou anarco-comunismo foi a vertente do comunismo adotada pela tradição teórica de alguns autores anarquistas. Num regime comunista libertário, a propriedade privada e o Estado seriam abolidos e a sociedade seria organizada através de federações de trabalhadores que gerenciariam a produção e todas as esferas de decisão por meio da democracia direta. O dinheiro seria abolido, e valeria a máxima "de cada um de acordo com suas capacidades, a cada um de acordo com suas necessidades". 6

O desemprego estrutural resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão-de-obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. Existem duas causas para este tipo de Desemprego: insuficiência da procura de bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos desfavoravéis. Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho. O desemprego causado pelas novas tecnologias, como a robótica e a informática, recebe o nome de desemprego estrutural. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, um dos graves problemas de nossos dias. Os principais setores atingidos pelo desemprego estrutural são: Agricultura, prestação de serviços e indústria. Desemprego conjuntural É o desemprego causado por uma crise econômica. Existem duas formas de designar o desemprego conjuntural, sendo que ambas estão correctas, desemprego cíclico ou conjuntural. Este resulta da variação cíclica da vida econômica, isto é, das épocas de expansão ou "boom" e das épocas de recessão da economia. Existe uma tendência secular de variações sazonais ou cíclicas que têm uma duração de 3 anos. É aquele em que a demissão é ocasionada, na maioria das vezes, por crises passageiras. Portanto a demissão é temporária, uma vez que, superada a crise, o emprego é novamente ofertado. A qualificação profissional A Qualificação Profissional não é uma formação completa. Ela é utilizada como complemento da educação formal podendo ser aplicada nos níveis básico, médio ou superior. Sua carga horária vai depender da necessidade de aprendizagem. Seu objetivo principal é a incorporarão de conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais relacionados à produção de bens e serviços, por meio de processos educativos. Como objetivo também é o discernimento próprio e o senso crítico frente a tudo o que se apresenta. No mundo atual e globalizado que vivemos, o Mercado de Trabalho (economia) mostra-se cada vez mais exigente, e a busca por uma colocação profissional não é mais uma questão de empenho ou de sorte, e sim de qualificação. A qualificação profissional deve ser vista como fator determinante para o futuro daqueles que estão buscando uma colocação no mercado de trabalho, sendo ainda de suma importância aos que buscam manter a posição ocupada, alimentando chances reais de crescimento nas corporações, o que nos leva a crêr que a medida que o tempo passa e o mundo evolui, muito além da experiência, adquirir e renovar conhecimento torna-se inevitável. Necessidade da Qualificação? O termo qualificação profissional, atualmente em evidência, é centro constante de questionamentos, a medida que atribui-se aos indivíduos mais educados e capacitados, a chance maior de inserção no mercado de trabalho, com recebimento de altos salários, promoções, etc. Além,é claro, da tendência do ambiente social que passa a ser diferenciado com a expectativa do aumento do poder aquisitivo, e que acima de tudo demonstra na prática o ideal correto de funcionamento das organizações: pessoas que aumentam a produtividade das empresas e que por sua vez contribuem com o desenvolvimento econômico do país. 7

Desemprego e qualificação As taxas de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil em janeiro de 2008 apresentaram um índice de 8%, registrando uma variação positiva de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2007,segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice recuou, no entanto, em relação a janeiro do ano passado, quando foi de 9,3%. Apesar desta idéia de aborgadem sobre emprego e qualificação profissional não ser novidade, a atual realidade parece apresentar resultados que fazem repensar as causas de mudanças positivas e por que não atribuí-las a busca pela qualificação. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) Manifestação mundial de apoio aos Objetivos reuniu mais de 116 milhões de pessoas, em 131 países, entre 17 e 19 de outubro. Números contabilizados pelos organizadores apontam que 116.993.629 participaram do movimento Levante-se e Faça sua Parte, que convidou as pessoas a trabalhar pelas metas da ONU, representando essa vontade pelo ato simbólico de se levantar. Metas da ONU: 1. Erradicar a extrema pobreza e a fome. O número de pessoas em países em desenvolvimento vivendo com menos de um dólar ao dia caiu para 980 milhões em 2004, contra 1,25 bilhão em 1990. A proporção foi reduzida, mas os benefícios do crescimento econômico foram desiguais entre os países e entre regiões dentro destes países. As maiores desigualdades estão na América Latina, Caribe e África Subsaariana. Se o ritmo de progresso atual continuar, o primeiro objetivo não será cumprido: em 2015 ainda haverá 30 milhões de crianças abaixo do peso no sul da Ásia e na África. 2. Atingir o ensino básico universal Houve progressos no aumento do número de crianças frequentando as escolas nos países em desenvolvimento. As matrículas no ensino básico cresceram de 80% em 1991 para 88% em 2005. Mesmo assim, mais de 100 milhões de crianças em idade escolar continuam fora da escola. A maioria são meninas que vivem no sul da Ásia e na África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, segundo o Unicef, crianças fora da escola somam 4,1 milhões. 3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres A desigualdade de gênero começa cedo e deixa as mulheres em desvantagem para o resto da vida. Nestes últimos sete anos, a participação feminina em trabalhos remunerados não-agrícolas cresceu pouco. Os maiores ganhos foram no sul e no oeste da Ásia e na Oceânia. No norte da África a melhora foi insignificante: Um em cinco trabalhadores nestas regiões é do sexo feminino e a proporção não muda há 15 anos. 4. Reduzir a mortalidade infantil As taxas de mortalidade de bebês e crianças até cinco anos caíram em todo o mundo, mas o progresso foi desigual. Quase11 milhões de crianças ao redor do mundo ainda morrem todos os anos antes de completar cinco anos. A maioria por doenças evitáveis ou tratáveis: doenças respiratórias, diarréia, sarampo e malária. A mortalidade infantil é maior em países que têm serviços básicos de saúde precários. 5. Melhorar a saúde materna Complicações na gravidez ou no parto matam mais de meio milhão de mulheres por ano e cerca de 10 milhões ficam com seqüelas. Uma em cada 16 mulheres morre durante o parto na África Subsaariana. O risco é de uma para cada 3,800 em países industrializados. Existem sinais de progresso mesmo em áreas mais críticas, com mais mulheres em 8

idade reprodutiva ganhando acesso a cuidados pré-natais e pós-natais prestados por profissionais de saúde. Os maiores progressos verificados são em países de renda média, como o Brasil. 6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças Todos os dias 6,8 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5.,7 mil morrem em conseqüência da Aids - a maioria por falta de prevenção e tratamento. O número de novas infeccções vem diminuindo, mas o número de pessoas que vivem com a doença continua a aumentar junto com o aumento da população mundial e da maior expectativa de vida dos soropositivos. Houve avanços importantes e o monitoramento progrediu. Mesmo assim, só 28% do número estimado de pessoas que necessitam de tratamento o recebem. A malária mata um milhão de pessoas por ano, principalmente na África. Dois milhões morrem de tuberculose por ano em todo o mundo. 7. Garantir a sustentabilidade ambiental A proporção de áreas protegidas em todo o mundo tem aumentado sistematicamente. A soma das áreas protegidas na terra e no mar já é de 20 milhões de km² (dados de 2006). O A meta de reduzir em 50% o número de pessoas sem acesso à água potável deve ser cumprida, mas a de melhorar condições em favelas e bairros pobres está progredindo lentamente. 8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Os países pobres pagam a cada dia o equivalente a US$ 100 milhões em serviço da dívida para os países ricos. Parcerias para resolver o problema da dívida, para ampliar ajuda humanitária, tornar o comércio internacional mais justo, baratear o preço de remédios, ampliar mercado de trabalho para jovens e democratizar o uso da internet, são algumas das metas. http://www.pnud.org.br/ http://www.onu-brasil.org.br/ O mapa da exclusão A globalização, conforme alguns teóricos: - promove a exclusão maior das populações menos providas, pois leva a essas populações consumirem, gastando recursos necessários para sua sobrevivência. Por outros: a globalização promove o comércio entre os países subdesenvolvidos, levando também a um crescimento em comum. A exclusão no Brasil: - não é um problema recente, mas um fenômeno recorrente na nossa história. De um lado, constata-se uma minoria usufruindo de riqueza material e cultural (somos considerados a 8ª economia mundial!); de outro, a maioria da população sem direito à moradia, saúde, acesso à educação e à cultura, saneamento básico, emprego. Nas duas últimas décadas, assistiu-se igualmente ao fenômeno de desmantelamento da máquina estatal e do pouco que existia em termos de serviços públicos. O Estado, dessa forma, revelou-se bastante funcional ao perverso modelo de concentração de renda e, assim, um agente reprodutor da desigualdade e da exclusão social. O agravamento da crise e da crise educacional brasileira vem sendo reforçado pelo conjunto das políticas públicas de cunho neoliberal adotadas pelo governo brasileiro, em especial a partir de 1994, as quais obedecem às matrizes definidas pelo Banco Mundial, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (bid) e pela Comissão Econômica para a América Latina (cepal), para o conjunto dos países classificados como em desenvolvimento hoje, somos chamados de emergentes. O Relatório da unesco, de 1992, constata, por exemplo, que se a América Latina destinava, na década de 80, cerca de 4,5% do seu pib para a educação; em 90, esse porcentual se reduz para 3,7%. Hoje, 3,9%. 9

- O Brasil possui cerca de 3 milhões de crianças na faixa etária de 7 a 14 anos que estão fora de qualquer escola de ensino fundamental; - 20 milhões de analfabetos de 15 anos e mais; - em torno de 25 milhões de trabalhadores semi escolarizados, com até quatro anos de escolaridade. - Possuímos uma das mais baixas taxas latinoamericanas de matrículas no ensino médio em torno de 5 milhões de alunos, que correspondem a cerca de 25% da população na faixa etária de 15 a 17 anos ou seja, de cada 6 trabalhadores brasileiros, somente um consegue concluir o ensino médio. - É igualmente baixo o porcentual de matrículas no ensino superior, seja ele público ou privado (cerca de 2,5 milhões de matrículas), da população total na faixa de 24 a 64 anos, somente 9% cursam ou cursaram ensino superior. As crianças e jovens recebem maioria estimada, hoje, em 52% da população se caracteriza pela carência, opressão, descrédito e ausência de perspectivas, ainda que os discursos oficiais considerem a juventude, privilégio e condição de esperança nacional. Paradoxalmente, o compromisso governamental com a educação, considerada variável privilegiada para reversão desse quadro histórico, tem sido pouco significativo. Constitui-se mais em competente marketing político, com apoio generalizado da mídia, do que em atendimento educacional real. Os investimentos em educação correspondem, hoje, a apenas 3,9% do Produto Interno Bruto (pib), inferior aos de outros países que já conseguiram a universalização do atendimento básico em escolas de nível fundamental e médio e que mantém taxa estável de natalidade. o Brasil Estado democrático Na estrutura do Estado brasileiro, o exercício do Poder é atribuído a órgãos distintos e independentes, cada qual com uma função, prevendo-se ainda um sistema de controle entre eles, de modo que nenhum possa agir em desacordo com as leis e a Constituição. 3 Poder Legislativo - elabora leis; composto pelos senadores (representante dos Estados - 81) e deputados (representantes do povo - 513). Poder Executivo - administra, ou seja, realiza os fins do Estado, adotando concretamente as políticas para este fim. Função administrativa, atua direta ou indiretamente na execução de programas ou prestação de serviço público. - formado por órgãos de administração direta, como os Ministérios (encarregados de estabelecer estratégias, diretrizes e prioridades na aplicação dos recursos públicos.), e indireta, como as empresas públicas. 3 A cúpula convexa da Câmara dos Deputados sugere abertura a todas as ideologias, tendências e anseios dos brasileiros lá representados. A cúpula côncava do Senado Federal sugere ponderação e equilíbrio dos representantes das unidades da federação. 10

Poder Judiciário - soluciona conflitos entre cidadãos, entidades e o Estado. O Supremo Tribunal Federal (STF) é considerado o guardião da Constituição. Por isso julga, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal e julgar válida lei ou ato de governo contestado perante a Constituição. Ao STF compete processar e julgar, as causas e os conflitos entre a União, entidades da administração indireta, os Estados e o Distrito Federal. Questões: 1. Frente a isso, de que maneira são elaboradas as leis para toda a população? (p.10) 2. Por que a importância de ciência na hora do voto? 3. Por que o governo não inclui um orçamento maior para educação e pesquisa? 4. O que o autor que dizer com políticas públicas de cunho neoliberal? (p.9) 5. O que seria marketing político? (p.9) 6. Atualmente, qual o tipo de desemprego é mais evidente? (p.8) 7. De que maneira a qualificação profissional é possível? 8. O que a globalização exige do mercado de trabalho atualmente? 9. Qual modo de produção seria mais humano? (p.6) 10. A exploração, em algum momento, deixou de existir? 11. O pensamento comunista remonta as obras de que autor? 12. Os ODM seriam objetivos realmente viáveis? Explique. 11