Código: 04/2011 Propriedade: Chácara Ouro Verde Coordenadas: 56º28 18 W 21º04 21 S Número de mudas plantadas: 30 (Trinta) Data do plantio: 18 de abril de 2011 Patrocinador(es): Agência Ar de Turismo Relator(a): Marilizi Duarte de Oliveira Data do relatório: 17/11/2011 REPOSIÇÃO TV MORENA MIRINS Visando a recuperação de áreas degradadas, a minimização dos gases de efeito estufa (GEE s) e a execução dos plantios do Projeto Ilhas Verdes, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, no dia 18 de abril de 2011, foram plantadas 30 mudas de espécies nativas nas margens do Córrego Barranco localizado no perímetro da Chácara Ouro Verde, distante a aproximadamente 06 km do centro comercial do município de Bonito, Estado de Mato Grosso do Sul, para reposição das mudas que não se adaptaram ao estresse de transferência. 1. Caracterização da área O Córrego Barranco é um dos afluentes do Rio Mimoso, importante rio da região da Serra da Bodoquena. O trecho do córrego analisado apresenta 10 metros de vegetação espaçada com copas unidas, inicio de erosão causada pelo carreamento de sedimentos e falta de vegetação adensada na barranca do rio. Possui algumas árvores de espécies nativas em desenvolvimento, como canafístula e angico, além da presença de caraguatás e trepadeiras como rosquinha, pente-de-macaco e figueira-mata-pau. Com área total de aproximadamente 0,19 hectares, será necessário recuperar outros 40 metros para regularizar a Área de Proteção Permanente do local, conforme Lei Municipal dos Rios Cênicos, n.º 989 de 09 de dezembro de 2003.
Imagem 01: Localização da área de plantio. Fonte: Google Earth, 2011. Acessado em 11/11/2011. A área apresenta solo compactado por se tratar de pastagem e braquiaria adensada. Para a proteção das mudas e auxilio na regeneração, a área foi cercada para conter a entrada do gado e cavalos. O acesso destes animais pode compactar o solo, na busca por alimento podem comer as mudas ou pisotearem a borda do córrego para beberem água, acarretando na entrada de sedimentos para o leito do rio. Transversalmente a área, existe rede Elétrica, sendo que num espaçamento de 5 metros para cada lado não deve conter vegetação, pois a mesma pode danificar os fios. Assim, não ocorreu plantio de mudas nesse perímetro. O solo além de compactado apresenta fragmentos rochosos misturados, o que dificulta a abertura das covas e o desenvolvimento das mudas, assim, em alguns casos, foi necessário completar as covas com terra de outro local, proporcionando assim melhor possibilidade de crescimento. Na região são encontradas diferentes coberturas vegetais, como Savana Florestada a vegetação nativa substituída, pois a região apresenta grande influência da Mata Atlântica, um dos biomas de transição do estado de Mato Grosso do Sul. Porém, ao longo do córrego Barranco a vegetação compatível é a Floresta Estacional Semidecidual. 2. Metodologia Três dias antes do inicio do plantio a área foi preparada com coroamento na braquiaria, que consiste na abertura de um espaço no raio de 1 metro com o carpimento para a retirada do capim, principalmente das raízes. No centro do raio foi aberta uma cova com aproximadamente 30 cm de profundidade. Para a
realização dessas atividades o IASB contou com o auxílio da brigada de incêndio do ICMBio - Parque Nacional da Serra da Bodoquena. No dia do plantio, foram utilizadas 330 espécimes de 21 espécies, segue tabelas com espécies: Tabela 01: Espécies utilizadas no plantio Nome Popular Número de exemplares plantados Angico- vermelho 27 Aroeira 15 Barbatimão 09 Caroba 20 Cedro 15 Cumbaru 07 Embaúba 20 Embiruçu 15 Figueira 08 Gonçalo 14 Ingá 18 Ipê-amarelo 15 Jaracatiá 12 Jatobá- mirim 32 Manduvi 10 Paineira 25 Pitangueira 18 Pitomba 15 Pororoca 20 Tarumã 05 Ximbuva 10 Total 330 As espécies escolhidas para recuperação foram doadas pelo Viveiro RPPN Cabeceira do Prata e solicitadas após análise da área, respeitando os diferentes estágios sucessionais (pioneiras, secundarias e clímax), procurando respeitar a bibliografia como citado em Lorenzi (2002). Foram escolhidas espécies nativas que apresentam bom desenvolvimento em áreas ribeirinhas, sombreadas e com resistência ao sol. Tal escolha também se justifica por apresentar grande potencial para a atração de pássaros e animais
silvestres que possam fazer a dispersão de suas sementes, além de serem espécies frutíferas que podem ser utilizadas na culinária local. As mudas foram retiradas dos tubetes e plantadas diretamente, sem passar por qualquer processo diferenciado. Após o fechamento da cova o solo foi coberto com a palhada seca, visando não deixá-lo exposto para manter a umidade. As mudas foram molhadas e posteriormente não será necessário aguar, pois o período de chuva entre os meses de outubro a março possibilitará boa fixação e crescimento das mudas. Foto 02. Modelo da Ilha Verde em construção. Setas indicando as mudas de espécies nativas. 1
Foto 03. Mudas transplantadas do tubete para o solo. Observar palhada recobrindo o solo sem abafar as mudas, com a proposta de manter a umidade da terra. 3. Educação Ambiental A proposta deste plantio partiu da ação denominada Empresários em Ação em comemoração ao Dia da Árvore, onde empresas privadas patrocinaram mudas de espécies nativas para recuperar a área em questão, sendo que o IASB organizou e executou as ações e as mudas para a doação foram disponibilizadas pelo Viveiro Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Além da recuperação, esta ação visou principalmente despertar na sociedade bonitense a importância da participação e a responsabilidade socioambiental através do consumo consciente, compromisso com os recursos naturais e sensibilização através da vivencia com a natureza. Seguem as principais ações desenvolvidas antes e durante o plantio: Parceria com o Viveiro de Mudas da RPPN Fazenda Cabeceira do Prata, que doou as mudas nativas para o plantio, entre elas Aguaí, Embaúba, Jaracatiá, Goiabinha do Campo, Paineira, Jatobá Mirim e outros. Plantio de 330 mudas nativas patrocinadas por diversas empresas de Bonito e região. As mudas foram destinadas para recuperação de um trecho da mata ciliar do Córrego Barranco, afluente do Rio Mimoso, localizada na Chácara Ouro Verde Rodovia MS 345 (Bonito/Anastácio) KM 7 Zona Rural. Fotos: Arquivos IASB. Parceria com o Parque Nacional da Serra da Bodoquena ICMBio, que liberou a Brigada de Incêndio para implantar metodologia proposta pelo Projeto Ilhas Verdes.