ETAPA II 2013 PARTE 5 CONSTRUINDO E INTERPRETANDO O PERFIL LONGITUDINAL (data?) a) Início da construção. Você poderá utilizar o próprio excel ou plotar os dados em em papel milimetrado. Escolha uma das formas de representação e observe que a escala gráfica, em qualquer uma das escolhas, deverá ser a mesma, ou seja, 1: 100 000 no eixo horizontal e 1: 100 no eixo vertical. Escolhendo o trabalho manual ou a representação pelo excel, você deverá garantir um formato de papel que seja suficiente para incorporar toda a extensão do rio principal. Caso esteja realizando o trabalho em cartografia digital, você deverá utilizar o software adequado a este levantamento de perfil. A representação final deverá ser na mesma escala, seja qual for o método escolhido. b) Recolhendo-se os dados de extensão e altitude : Se escolherem o método da cartografia digital, existem formas automáticas de se obter tal perfil, desde que todas as curvas de nível da carta topográfica original ( 1:50000) estejam vetorizadas e sejam consideradas. É possível obter auxílio nos seguintes laboratórios: Gemorfologia, Cartografia, Sensoriamento Remoto e Biogeografia/Climatologia. Se escolherem o método manual para obtenção dos dados, em primeiro lugar, é preciso utilizar um curvímetro ou até mesmo um barbante para se obter o dado extensão em km (contém erros da ordem de 3 a 4 %, absorvíveis neste trabalho ). O procedimento é o seguinte: passe para uma tira do papel vegetal a extensão total do rio e a seguir, passe todos os cruzamentos de rios e curvas de nível anotando na própria tira, os valores das mesmas. A partir desse procedimento, ficará bem mais fácil ir anotando os dados de extensão e altitude numa tabela. Comece a medir a extensão do rio a partir de sua nascente para jusante. O curvímetro (digital ou mecânico) deverá ser utilizado observando cada cruzamento de rio com curva de nível e os valores de extensão e de altitude anotados. Após essas anotações, o perfil poderá ser construído, com a seguinte escala : os dados de comprimento, no eixo das abscissas, cada cm valerá 1Km. No eixo das ordenadas os dados de altitude deverão iniciar com o zero, onde cada cm valerá 100m. A plotagem dos dados deverá ter o acabamento em azul, anotando-se a hierarquia no próprio perfil. Esta escala de representação deverá ser a mesma para todos os perfís, tendo em vista a necessidade de comparação em sala de aula. O aluno também deverá representar o embasamento geológico no perfil, conforme explicação da professora em sala. c)interpretando. Com esse perfil, você estará mais apto a entender e trabalhar os conceitos de nível de base, perfil de equilíbrio, Knick point, entalhamento fluvial, geodiversidade do leito, hidrodinâmica e gradiente hidráulico. A partir disso, você deverá fazer a interpretação do 1
perfil, procurando descrever e, ao mesmo tempo explicar (ainda que provisoriamente) as mudanças e rupturas de declividade do ponto de vista morfogenético. Para isso, além de acompanhar as explicações em sala de aula, o aluno deve consultar, por exemplo, cartas geológicas e geomorfológicas. PARTE 6 Delimitando-se as sub-bacias ( data?) O mesmo procedimento realizado na delimitação da bacia hidrográfica principal deverá ser observado na delimitação das sub-bacias, iniciando-se da ordem superior às ordens inferiores e das confluências de jusante para montante. Por exemplo, se sua bacia for de ordem 5, a primeira subdivisão a ser feita é a de ordem 4, mas apenas naquela que contém o rio principal. 4. A partir daí, fazer as sub-bacias de ordem 3 apenas dentro da sub-bacia de ordem quatro que contém o rio principal. Isso feito, você deverá delimitar apenas a sub-bacia de ordem 2, que contenha o rio principal, presente na bacia de ordem três onde se encontra o rio principal. Isso feito, deverá delimitar todas as sub-bacias de ordem 1, situadas na sub-bacia de ordem 2 que contenha o rio principal. (esse é um procedimento rápido, de caráter pedagógico, pois o correto seria delimitar todas, de todas as ordens, a partir da maior em direção às menores) Você deverá utilizar-se da seguinte legenda gráfica: preto ou grafite para a maior ordem, marrom para a ordem imediatamente inferior, vermelho para a ordem inferior à marrom, laranja para a ordem inferior à vermelha, amarela para a ordem inferior à laranja e, por último, a verde. Não se esqueça que irão existir coincidências de limites, onde deverá prevalecer o limite da maior ordem. Também existirão áreas de drenagem direta, em formato de asas. Esses limites de sub-bacias também são significativamente úteis a processos de planejamento, conforme os exemplos que serão fornecidos em sala de aula. PARTE 7 Calculando-se áreas e perímetro ( data?) O cálculo da área da bacia deverá ser obtido apenas para a sub-bacia de terceira ou quarta ordem que contenha o rio principal. Caso o aluno trabalhe com cartografia digital, poderá fazer o cálculo utilizando-se de programas como por exemplo: Ilwis, Auto-cad, ou outros, disponíveis em alguns laboratórios (Sens. Remoto e Geomorfologia). Caso isso não seja possível, recomenda-se a utilização de um desses dois métodos: o das quadrículas ou o da pesagem. 2
O método das quadrículas é manual. Você deverá calcular o valor das quadrículas de 4cm X 4cm e contar as que estão totalmente inseridas em sua bacia hidrográfica. As demais deverão ter a contagem de quadrados de 0,5 cm, realizada por meio de uma matriz transparente. As sobras (quadrados incompletos) deverão ser compensadas visualmente. O método da pesagem pode ser realizado utilizando-se de balanças de precisão, e papel de gramatura média e comum. A partir da pesagem de uma área já medida e outra não, uma regra de três simples deverá ser utilizada. O laboratório de Pedologia poderá auxiliar caso esse método seja um dos escolhidos (neste caso, os alunos deverão agendar sua ida ao Laboratório). Cada aluno tecerá comentários a respeito das margens de erro comparando-se os métodos. O perímetro da bacia hidrográfica deverá ser reconhecido por um software ou pelo método do curvímetro (digital ou mecânico). Existe ainda um mais rudimentar : o do barbante, viável para o exercício didático. PARTE 8 Densidade de drenagem ( data?) Esse é um dos principais parâmetros morfométricos utilizados em análises de bacias hidrográficas. Com o cálculo da área e sabendo utilizar-se do curvímetro, você já estará pronto para produzir esse dado. A densidade de drenagem é um índice construído a partir da relação entre dados de área e dados de análise linear. Relaciona a extensão total dos rios de uma bacia ou sub-bacia de interesse com sua área. Portanto : Dd= LT(Km) Área (Km²) Faça esse cálculo apenas para a sub-bacia de quarta ou terceira ordem. Compare com os dados obtidos por um colega noutras condições de embasamento. Interprete as diferenças encontradas. Você poderá, por exemplo, tentar interpretar um valor relativamente mais baixo às condições de permeabilidade que o embasamento rochoso, de acordo com suas características texturais e estruturais, poderá representar. Também poderá associar as diferenças de densidade de drenagem a determinadas características de solos e de declividades ali presentes, pois estas são variáveis relevantes quanto às taxas de infiltração e de escoamento superficial nas vertentes. Quanto mais importante é o escoamento superficial, maior a densidade de drenagem, por exemplo. PARTE 09 Coeficiente de Manutenção ( data?) 3
O coeficiente de manutenção é o inverso da densidade de drenagem. Calcula-se esse coeficiente para se obter a área necessária para se manter, como rio perene, 1metro de canal fluvial. Para transformar o dado da densidade de drenagem em coeficiente de manutenção, na escala métrica, aplica-se a fórmula: 1.1000 Dd Obtem-se o valor em metros quadrados para cada metro linear de curso fluvial. O interesse em produzir esse dado, assim como o próprio dado de densidade de drenagem é a possibilidade de se comparar bacias hidrográficas, em que atributos de formações superficiais, solos e rochas, podem ser apreciados quanto às suas determinações morfométricas e hidrológicas em bacias hidrográficas. A influência da espessura, permeabilidade e porosidade desses materiais, dentre outros dados, podem ser avaliadas e comparadas por meio desse parâmetro. O coeficiente de manutenção também pode auxiliar, em alguns casos, na interpretação de degradação de áreas, quando levantado evolutivamente, em detalhe e em áreas próximas a nascentes. ETAPA III ( data?) Introdução à Análise Hidrológica e de Qualidade de Água (data?) Parte 10 : Levantamento de dados Em primeiro lugar, localize a UGRH, as sub-bacias e os comitês de bacias hidrográficas implicados em sua bacia hidrográfica. Descreva e apresente figuras para isto. Você deverá procurar por meio de sites ( SIGRH/ ANA/ ANEEL/SMA) as fontes de informação que disponibilizam, pela internet, dados hidrológicos, climatológicos e de qualidade de água para a sua bacia ou sua UGRH, iniciando seu trabalho pela localização da UGRH. Aqui será necessário informar quais são as fontes, as formas de acessá-las e os tipos de dados que estão disponíveis. Faça uma análise do caso de sua bacia, como por exemplo, representatividade espacial dos dados (localização dos postos, séries históricas, etc.). Utilize figuras para representá-los em sua bacia ou em sua UGRH. Faça comentários sobre a representatividade espacial dos dados. Parte 11 : Cálculo da entrada de água da bacia. Utilizando-se de postos climatológicos localizados em sua bacia hidrográfica ou proximamente, calcule, em primeiro lugar, a precipitação média anual dos postos em mm/ano para uma série histórica dos últimos dez anos em mm/ano. Após esse procedimento, calcule a entrada de água na bacia, multiplicando, de acordo com o método escolhido, a altura da chuva pela área. Faça o somatório das partes e obtenha a entrada média de água no sistema m³/ano/bacia. Faça o cálculo adotando um dos métodos explicados em sala de aula (Thiessen ou outro).a partir disto, a professora discutirá a questão da disponibilidade hídrica. 4
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