Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 3ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 18/06/2018. Sucessão.

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Transcrição:

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 3ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 18/06/2018. Sucessão. Espécies. Sucessão testamentária é a disposição de última vontade do testador (autor da herança) aos seus herdeiros. Sucessão legítima é aquela respeitada a ordem de vocação hereditária, se tiver herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuges) o testador tiver precisa guardar a legítima 50%. Sucessão a título universal o bem não é determinado, deixa o todo ou porcentagem dos bens, sem especificar os bens. Sucessão a título singular detalhada, legado. deixa um bem específico, de forma Transmissão da herança. A transmissão da herança se dá de forma automática com a morte, princípio da Saisine, como determina o artigo 1.784 CC: Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. O fato gerador é o da morte, assim aplica-se a lei que estava em vigência ao tempo da morte, tanto o código civil como a legislação de ITCM. 1

Abertura do inventário herança (propriedade) por ação de inventário. é o ato pelo qual se formaliza a transferência da Lugar da abertura do inventário. O código de processo civil observa que o foro competente é o do domicílio do autor da herança para propor a ação de inventário ou arrolamento, como segue: Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. O código civil em seu artigo 1.785 descreve como sendo o foro competente para abertura de inventário o último domicílio do de cujus. Representante no inventário. O inventariante representa o espólio do de cujus que é a massa dos bens deixado. Se o processo for consensual nomeia um dos herdeiros para ser o inventariante, contudo, se for litigioso tem uma ordem de nomeação como preceitua o artigo 617 do CPC: Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem: I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; 2

II - o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados; III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio; IV - o herdeiro menor, por seu representante legal; V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança estiver distribuída em legados; VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário; VII - o inventariante judicial, se houver; VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial. Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função. (Grifo nosso). Importante quando fizer testamento nomear o testamenteiro também como inventariante e nomear substituto. No caso do inciso VIII do artigo acima, pessoa nomeada pelo juiz para ser inventariante, neste caso tem honorários. O compromisso de bem e fielmente desempenhar sua função observado no parágrafo único do artigo 617 do CPC, quem assina normalmente é o advogado em nome do inventariante, pois tem a procuração. Em São Paulo está nomeando independente de termo de compromisso, por ser processo eletrônico. Incumbência do inventariante. Prestar as primeiras e as últimas declarações. 3

O inventariante precisa representar o espólio em juízo ou fora dele, ativa ou passivamente. Administrar o espólio como se seu fosse. Pode o inventariante sofrer ação de indenização se não agir com o devido zelo. Se tiver testamento precisa apresentar a certidão de testamento. Precisa ser proposta a ação de abertura e cumprimento de testamento. Trazer a colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente (renunciante ou excluído) recebidos em doação. Prestar contas de sua gestão se deixar o cargo ou se o juiz determinar. Requerer a declaração de insolvência, pois, o inventário possui mais dívida do que crédito. Pode o inventariante, com autorização judicial e ouvida as partes interessadas, alienar qualquer bem do espólio. Alvará é a autorização dada pelo juiz para alienar o bem. Fazer acordo em juízo ou fora dele, desde que com autorização judicial. Objeto. Os bens deixados pelo de cujus (herança) podendo ser bem móvel, imóvel, direito autoral. A herança é considerada bens imóveis enquanto não homologada a partilha. (Fundamento na parte geral do CC) Capacidade para receber a herança. Tem capacidade para receber aquele que não estão excluídos da sucessão (indignos e deserdados) e também aquele que nascer com vida, resguardado o direito dos concebidos (nascituro). A capacidade para receber a herança, se verifica no momento do falecimento do autor da herança (art. 1.787 CC). Pressupostos para a transmissão da herança. Primeiro a morte do autor da herança. 4

Que o de cujos tenha deixado bens. Sobrevivência do sucessor, tem que ter herdeiros. Fundamento jurídico, lei que fundamente a transmissão (artigos 1.784 a 2.027 CC e 610 e seguintes do CPC). Aceitação da herança pelos herdeiros. Aceitação da herança é a vontade do sucessor em receber a herança, a regra é a aceitação tácita. Expressa de forma escrita, na legítima não é necessário ser expressa, exceto se não concorda com a divisão do patrimônio. Tácita presume-se que aceitou se não falar nada. Presumida ocorre dentro do processo de inventário, exemplo, foi deixado em testamento para um determinado beneficiário X imóvel, após a morte do autor da herança o herdeiro toma posse do imóvel. Direta Indireta herdeiro. está sendo recebida pelo próprio herdeiro. é recebida por terceiro em nome do herdeiro, exemplo, credor do Ordem vocacional hereditária. Com o falecimento do autor da herança sem testamento ab intestado segue a ordem vocacional do artigo 1.829 CC, herdeiros legítimos. Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; 5

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. Descendentes (filhos, netos, bisnetos...); Ascendentes (pais, avós, bisavós...); Cônjuge ou convivente sobrevivente; Irmãos (2º grau colateral); Sobrinhos e tios (3º grau colateral). Sobrinho tem preferência sobre os tios (artigo 1.843 CC). Quarto grau primo, tio-avô e sobrinho neto, aqui não tem preferência é dividido em partes iguais e por cabeça. Se não tiver ninguém para herdar, será herança jacente que vai para o Estado (município). O Estado não está na ordem vocacional hereditária, precisa ingressar com a ação para pedir a herança, isso significa que o Estado perdeu o benefício da Saisine. Com o falecimento do autor da herança ab intestato, seus bens vão para os descendentes, o mais próximo exclui o mais remoto, sendo que a distribuição pode ser por cabeça ou estirpe. 6

Sucessão dos descendentes. 1ª Hipótese. Homem morreu em 2018 O mais próximo exclui o mais remoto. Herdam 50% por cabeça cada filho. Filho 1 Filho 2 (pré-morto) morreu em 2017. Neto 1 (25%) Neto 2 (25%) Os netos 1 e 2 herdam 25% cada por representação do pai pré-morto em 2017. 2ª hipótese. Homem morreu em 2018 Filho 1 (pré-morto 2017) Filho 2 (pré-morto 2017) Neto 3 Neto 1 Neto 2 33.3% 33.3% 33.3% Quando recebe na mesma classe é por cabeça. Colocar porcentagem e fração. Art. 1.835 7

Sucessão Ascendente. 1ª Hipótese. AVÔS PATERNOS AVÔS MATERNOS PAI (herda 50%) MÃE (herda 50%) FILHO (morto em 2018, não tem descendentes) O filho falecendo não deixando descendentes a herança vai para os ascendentes. 2ª Hipótese. AVÔS PATERNOS AVÔS MATERNOS PAI (pré-morto em 2017) MÃE (herda 100%) FILHO (morto em 2018, não tem descendentes) Lembrando que a representação só se dá em linha reta para descendente, nunca para ascendente, assim nesta hipótese a mãe recebe 100%. Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. 8

3ª Hipótese. Avô paterno Avó paterna 50% Avô materno 25% Avó materna 25% (pré morto em 2017) PAI (pré-morto 2017) MÃE (pré-morta em 2017) FILHO (morto em 2018, não tem descendentes) Exceção da exceção: metade para cada linha. 50% para a linha paterna (neste caso a avó recebe 50% sozinha) e 50% para a linha materna, sendo 25% para cada avó. Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. 1º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. 2º Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. (Grifo nosso). 9

4ª Hipótese. Avô paterno Avó paterna Avô materna Avó materna Avô materno 2 Avó materna 2 (pré-morta 2017) PAI 1 (pré-morto 2017 Mãe 2 (pré-morta 2017) MÃE (pré-morta em 2017) FILHO (morto em 2018, não tem descendentes) Se tiver mais uma mãe (mãe biológica e mãe socioafetiva), e tem avô e avó materna da segunda mãe também a sucessão se dá de acordo para quem se advoga. Se para os avós maternos, tese que deve ser dividido em três partes iguais, se para os avôs paternos que deve ser dividido em metade para cada linha sucessória. ENUNCIADO 642 Art. 1.836: Nas hipóteses de multiparentalidade, havendo o falecimento do descendente com o chamamento de seus ascendentes à sucessão legítima, se houver igualdade em grau e diversidade em linha entre os ascendentes convocados a herdar, a herança deverá ser dividida em tantas linhas quantos sejam os genitores. 1 Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 1 O enunciado da VIII Jornada de Direito Civil da Justiça Federal propõe uma nova redação ao artigo 1.836 do CC, contudo, não se teve alteração na lei. Disponível em: http://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios- 1/publicacoes-1/jornadas-cej/enunciados-publicacao-site.pdf Acesso em: 24/06/2018. 10