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Ministrador: Prof. Almir Feitosa Transcrição e ilustrações realizadas pela Dra ROSANA DE SOUZA e cedidas como colaboração ao acervo do P.O.A. ODONTOLOGIA HOSPITALAR Hemograma No nosso sangue circulam três tipos básicos de células, todas produzidas na medula óssea. São estas células que estudamos através do hemograma: - Hemácias (glóbulos vermelhos) - Leucócitos (glóbulos brancos) - Plaquetas Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960 após observação de vários indivíduos sem doenças. O que é considerado normal é na verdade os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou para menos, não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia. Não vou me ater muito em valores específico uma vez que os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência sempre vêm impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio, e em geral, são todos muito semelhantes. A- ERITROGRAMA O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos. "

Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes. O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é na verdade composto por células vermelhas. Se por um lado, a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos. A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia. ERITROGRAMA Os eritrócitos, também designados como hemácias ou glóbulos vermelhos dão a cor vermelha característica do sangue. Isso ocorre porque eles contêm um pigmento vermelho, denominado hemoglobina. E, como os eritrócitos estão presentes no sangue em muito maior quantidade que as outras células, incolores, todo o sangue parece ser vermelho. Só para ter uma idéia do volume de glóbulos vermelhos existentes no sangue, basta dizer que em 1mm³ desse líquido, o que equivale a mais ou menos uma gota, pode-se encontrar, em um homem adulto, cerca de 5,5 milhões dessas células, o que corresponde a 45% do volume de sangue. Em mulheres adultas esse valor é reduzido, cerca de 4,85 milhões de células por mm³.

As hemácias vivem em nosso organismo por até 120 dias. Isso significa que no decorrer de uma vida são produzidas e destruídas uma infinidade de eritrócitos, sendo que, a cada dia que passa morrem em média 20 mil hemácias por milímetro cúbico de sangue. Em sua fase terminal, a maioria dessas células estão localizadas no baço, órgão situado no lado esquerdo do abdomen, um pouco abaixo das costelas. É na medula vermelha dos ossos longos que os novos glóbulos vermelhos são produzidos. Nesses verdadeiros berçários de células sanguíneas podemos encontrar hemácias em diferentes estágios de maturação, todas elas descendentes dos hemocitoblastos (células-mãe). A divisão celular simples dessas células-mãe origina novos hemocitoblastos. Aos poucos, essas células começam a se diferenciar. Seu núcleo vai reduzindo de tamanho e em seu citoplasma vão aparecendo cada vez mais moléculas de hemoglobina. Quando os hemocitoblasmos chegam a essa fase, chamamo-os de eritroblastos. O processo de diferenciação celular dá sequência nos eritroblastos, que se transformam em células globulares, sem núcleo e com a cor vermelha, devido a grande quantidade de moléculas de hemoglobina presentes. Os eritrócitos contém água, hemoglobina, íons, enzimas e glicose, sendo que a hemoglobina é o componente essencial e representa um terço do seu peso. A função do eritrócito é apenas a de assegurar a manutenção do estado funcional da hemoglobina, sendo o pigmento respiratório que tem por função transportar oxigênio e a parte do gás carbônico no sangue. Nos sangue de diversos animais também contêm hemácias em grandes quantidades. Porém nem sempre elas possuem o aspecto de pequenos discos bicôncavos como a dos seres humanos. Por exemplo, em anfíbios, aves, peixes e répteis, as hemácias são ovais (elipsóides). Nos mamíferos, exceto o camelo e seus parentes, as hemácias são circulares e, não possuem núcleo. Uma curiosidade é que em seres vivos de dimensões corporais tão diferentes, como o homem e o elefante, o tamanho destas células vermelhas é praticamente igual. Em seres vivos pequenos, como

certas salamandras e rãs, o tamanho das hemácias chega a ser dez vezes maior que o das hemácias de seres vivos de grande porte, como do elefante. Formação: Eritropoiese é o nome científico que se dá a formação das hemácias no corpo humano. Este processo acontece na Medula Óssea. Curiosidades: - Uma hemácia vice, em média, de 100 a 120 dias. - São produzidas cerca de 2,4 milhões de hemácias por segundo em nosso corpo. - A contagem de hemácias presentes no sangue é feito através de um exame laboratorial conhecido como hemograma. - A cor vermelha do sangue é explicada pela presença das hemácias. - A diminuição no tamanho das hemácias é chamada de microcitose. Já o aumento é conhecido por macrocitose. TEM COMO OBJETIVO AVALIAR O ORGANISMO NO TOCANTE DAS TROCAS GASOSAS CARACTERISTICAS hemácia, ou eritrócito, consiste em um disco bicôncavo anucleado, cujo diâmetro mede aproximadamente 7 mcm. A principal função da hemácia é trocar dióxido de carbono por oxigênio na circulação pulmonar, trocar oxigênio por dióxido de carbono nos tecidos periféricos e transportar o dióxido de carbono de volta para os pulmões. A composição físico-química das hemácias otimiza esta função. O estado de oxigenação tecidual, por sua vez, regula a produção de hemácias.

Quando imaturas tem forma de retículo quando regeneração de anemias hemorrágicas ou hemoliticas sao policromáticas A questão cor é um indicativo da capacidade fisiológica Alteração morfológica das hemácias http://www.biomedicinapadrao.com/2012/01/ alteracao-morfologica-das-hemacias.html A série eritrocitária frequentemente é mais estudada por: - Contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina e determinação do volume hematócrito, parâmetros através dos quais são determinados os índices hematimétricos; - Estudo do aspecto morfológico dos eritrócitos, feito

em extensão sanguínea corada; - Determinação da presença de eventuais eritroblastos no sangue periférico; - Contagem de reticulócitos. A observação da MORFOLOGIA DOS ERITRÓCITOS é de grande importância para o diagnóstico do tipo de ANEMIA. É obvio que para esta observação é necessário que a lâmina em exame tenha sido preparada dentro das condições técnicas recomendadas. As alterações morfológicas dos eritrócitos podem ser agrupadas segundo as variações de TAMANHO ( anisocitose ), de FORMA ( poiquilocitose ) e de COR ( anisocromia ). ANISOCITOSE Os eritrócitos de tamanho normal são chamados NORMÓCITOS e apresentam diâmetro com cerca de 6,5 8,5µ (média 7,5µ). Quando alterados em relação ao tamanho são denominados: Micrócito: apresenta-se menor que o normal, com diâmetro abaixo de 6µ; origina-se de microeritroblastos e é a forma alterada mais comum; geralmente ocorre nas DEFICIÊNCIAS de FERRO e nas TALASSEMIAS; Macrócito: apresenta-se maior que o normal, com diâmetro de 8,5-10µ; origina-se de macroeritoblastos e geralmente ocorre por DEFICIÊNCIA de VITAMINA B12 e de ÁCIDO FÓLICO;

Megalócito: apresenta-se bem maior que o normal, com diâmetro acima de 10 µ; geralmente apresenta forma ovalada e origina-se de megaloblastos, ocorrendo nas ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS. POIQUILOCITOSE O eritrócito normalmente possui a forma de um disco bicôncavo. Quando visto de frente apresenta uma região central mais clara (halo) do que a da zona periférica. Isto decorre em virtude da distribuição da hemoglobina no interior do disco. Quanto às alterações de forma as hemácias podem ser: Hemácia em Alvo ( target cell ) ou codócito: a hemácia apresenta dupla biconcavidade de tal maneira que, quando projetada em um plano, a hemoglobina é visualizada em uma pequena faixa periférica e, geralmente, na parte central, o que lhe dá o aspecto em alvo. Ocorre em alta porcentagem na Anemia de COOLEY ou TALASSEMIA Major (Talassemia onde ocorre um aumento da Hemoglobina fetal); em menor quantidade na TALASSEMIA Minor, embora também possa ser encontrada em outras Anemias Hemolíticas, em algumas DOENÇAS HEPÁTICAS, e outras.

Hemácia Esferocítica: apresenta forma esférica (a proteína da membrana é alterada a ponto de não manter a biconcavidade); a hemoglobina distribui-se uniformemente, dando a impressão de a célula estar mais corada que o normal; geralmente apresenta-se na forma de MICROESFERÓCITO. Pode haver diminuição de espectrinas, de anquirina, etc. na membrana destas hemácias. Ocorre nas Anemias Hemolíticas Esferocíticas Hereditárias e Adquiridas.

Hemácia Ovalocítica e Eliptocítica: apresentam formas ovaladas e eliptocíticas, respectivamente, ocorrendo em apreciável quantidade na Anemia Hemolítica Hereditária Ovalocítica ou Eliptocítica e segundo alguns autores também podem ser encontradas, secundarimante, às LEUCEMIAS, TALASSEMIAS. Pode ocorrer por diminuição de espectrina, glicoforina C, etc.

Hemácia Falciforme: apresenta-se com a forma de foice ou de meia lua, com espículas nas extremidades (às vezes apresenta-se com múltiplas espículas). Usualmente a hemácia adquire esta forma quando submetida a condições de hipóxia; ocasionalmente podemos encontrar hemácias falciformes na extensão sanguínea. O encontro desta forma de hemácia na Prova de Falcização e na Eletroforese de Hemoglobinas, caracteriza a HEMOGLOBINOPATIA- S.

Hemácia Acantocítica ( akantha=espinho ): apresenta forma geralmente arrendondada, com proeminências ponteagudas. Ocorre em um tipo de ANOMALIA HEREDITÁRIA, caracterizada por uma alteração do metabolismo dos fosfolípides, ocasionando ausência de Betalipoproteínas. Com maior frequência, pode ser observada forma semelhante em pacientes portadores de cirrose e em pacientes submetidos à medicação com heparina.

Hemácia Dacriocítica: são células com forma de lágrima ou gôta, e o nome também tem origem grega (dacry significa lágrima). O tamanho dos dacriócitos é variável, e pode ser normocrômico ou hipocrômico. Os dacriócitos são observados na mielofibrose com metaplasia mielóide, devido à atividade fagocitária dos macrófagos do SRE do baço, que nesta doença apresenta-se aumentado. Em outras doenças, como são os casos de anemia mielotísica, anemia perniciosa, talassemia beta, em oxidações da hemoglobina com formação de corpos de Heinz, e tumor metastático na medula óssea.

Hemácia Estomatocítica: geralmente apresenta a hemoglobina distribuída de tal forma que o halo claro central toma um aspecto elíptico, assemelhando-se a uma boca ; isto se deve ao formato do eritrócito e caracteriza um tipo de ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA rara, onde há extrema hipermeabilidade da membrana à cátions monovalentes; com certa freqüência, esta forma de eritrócito pode ser observada como decorrência de artefato de técnica.

ANISOCROMIA Normalmente, quando coradas por corantes panóticos, as hemácias normais apresentam uma coloração rósea, com um halo central mais claro. Quando às alterações de cor, as hemácias podem ser: Hemácia Hipocrômica: o halo central é maior que o normal (maior que 1/3 do diâmetro celular); a hemácia contém menor quantidade de hemoglobina, devido a um achatamento da célula. Geralmente é m i c r o c í t i c a, o c o r r e n d o n a s A N E M I A S FERROPRIVAS. TALASSEMIAS e outras.

Hemácia Hipercrômica: na realidade não há uma hemácia hipercrômica verdadeira, pois a hemácia normal está saturada com hemoglobina. Nos casos em que a célula é mais espessa a coloração aparece mais intensa (ex: esferócito), apresentando uma aparência densa ou HIPERCRÔMICA. Portanto, deve-se empregar o termo HIPERCROMIA, que indica a hemácia na qual o conteúdo de hemoglobina ( medido pelo Índice Hematimétrico HCM ) é maior que o normal. Isto ocorre nos macrócitos e megalócitos, porém a Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHM) não excede a do normal, ou seja, a hemácia não transporta hemoglobina além da sua capacidade de saturação.

Hemácia Policromática: designa a hemácia que, quando corada por corantes panóticos, apresenta uma basofilia (devido à presença de RNA ribossômico) e uma acidofilia (devido à presença de hemoglobina), mistas ( na realidade uma coloração ligeiramente azulada ou acinzentada). Em geral, ocorre nas células que perderam o núcleo antes da hemoglobinização completa no citoplasma e que ainda não perderam os ribossomas. Aparece em casos de ANEMIAS HEMOLÍTICAS, secundariamente às leucemias, e outras. ÍNDICES HEMATIMETRICOS

Os índices hematimétricos avaliam indiretamente as características dos eritrócitos quanto ao volume e o conteúdo de hemoglobina. SAO DADOS IMPORTANTES DE QUADRO CLINICO DE ANEMIA FAZ A CIRURGIA OU NÃO. O TRATAMENTO É DA CLINICA MÉDICA. VCM: expressa o volume das hemacias em micras volume corpuscular médio é calculado dividindo-se o hematócrito pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10. Representa o tamanho médio dos eritrócitos e sua unidade é fentolitros (fl.). VCM=(Ht/nº eritrócitos) x 10-80 a 98fL ANEMIA CONTRA INDICA A CIRURGIA Esse índice indica se a anemia é normicitica, microcítica ou macrocítica. O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias. Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, ou de tamanhos diminuídos. Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas (leia: ANEMIA FERROPRIVA Carência de ferro). Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal. Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO). HCM: expressa o peso de hemoglobina em uma hemacia. dado importante para avaliar anemia. hemoglobina corpuscular média é calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10, sua unidade é picogramas (pcg ou pg.). HCM=(Hb/Nº eritrócitos) x 10-27 a 32 pcg Esse índice indica se a anemia é normocromica ou hipocromica. O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.

CHCM: Expressa a relação entre a saturação da Hb e o volume da hemacia. Quando de quadro de anemia é HIPOCROMICA. Concentração de hemoglobina corpuscular média, calculado pela razão entre hemoglobina e hematócrito deve ser expressa em %. CHCM=(Hb/Ht)X100 CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia. HCM e CHCM avaliam a concentração de hemoglobina dentro da hemácia e indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muitas, são hipercrômicas. São usados para diferenciar os vários tipos de anemia RDW: índice fornecido por contadores automáticos, que indica a variação no volume (tamanho) dos eritrócitos determinando o grau de anisocitose. VALOR NORMAL: 11,5 a 14,5 %. O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entra as hemácias. Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido. ANEMIA MANIFESTA-SE SISTEMICAMENTE POR: - ANOREXIA - FADIGA - DEFICIENCIA REPARACIONAL PODE SER EVIDENCIADA ATRAVÉS DE: hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht) - LEUCOPENIA - TROMBOCITOPENIA(PLAQUETOPENIA)

ANEMIA FERROPRIVA HEMACIAS com carência de ferro http://pt.wikipedia.org/wiki/anemia_falciforme Anemia falciforme (do latim falci-, foice e -forme, formato de) ou drepanocitose é uma doença hereditária caracterizada pela mal formação das hemácias, que assume forma semelhante a foices, causando deficiência no transporte de oxigênio e gás carbônico nos indivíduos acometidos pela doença. É mais comum na África, na Europa mediterrânea, no Oriente Médio e na Índia. A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.

As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal. Causas A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta. Sintomas São sintomas da anemia falciforme: * Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sangüíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; * Dores articulares; * Fadiga intensa; * Palidez e icterícia; * Atraso no crescimento; * Feridas nas pernas; * Tendência a infecções; * Cálculos biliares; * Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais; * Priapismo. Diagnóstico

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce. Tratamento Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. O que é Talassemia? fonte http://www.abrasta.org.br/forumdiscussoes-talassemia Sinônimos: Anemia mediterrânea; Anemia de Cooley; Talassemia beta; Talassemia alpha A talassemia é uma doença sanguínea herdada entre os membros de uma família (hereditária) na qual o organismo produz uma forma anormal de hemoglobina, a proteína encontrada nos glóbulos vermelhos que carrega o oxigênio. Essa doença resulta em destruição excessiva dos glóbulos vermelhos, causando anemia. Causas A hemoglobina é formada por duas proteínas: Globina alfa e globina beta. A talassemia ocorre quando há um defeito em um gene que ajuda a controlar a produção de uma dessas proteínas. Existem dois tipos principais de talassemia: A talassemia alfa ocorre quando um gene ou genes relacionados à proteína globina alfa está asente ou sofreu uma alteração (mutação). A talassemia beta ocorre quando defeitos genéticos similares afetam a produção da proteína globlina beta. As talassemias alfa ocorrem mais comumente em pessoas originárias do sudoeste asiático, do Oriente Médio e da China e afrodescendentes.

As talassemias beta ocorrem em indivíduos originários da região do mediterrâneo e, em menor extensão, chineses, demais asiáticos e afrodescendentes. Existem muitas formas de talassemia. Cada tipo possui muitos subtipos diferentes. Tanto a talassemia alfa quanto a talassemia beta incluem as duas formas abaixo: Talassemia maior Talassemia menor É necessário herdar o gene defeituoso de ambos os pais para desenvolver a talassemia maior. A talassemia menor ocorre se o indivíduo receber o gene defeituoso somente de um dos pais. Indivíduos com essa forma da doença são portadores do distúrbio, mas geralmente não apresentam sintomas. A talassemia beta maior também é denominada anemia de Cooley. Os fatores de risco para a talassemia incluem: Etnia asiática, chinesa, mediterrânea ou afrodescendente Histórico familiar da doença Exames Um exame físico pode revelar inchaço (aumento) do baço. Uma amostra de sangue é coletada e enviada a um laboratório para ser examinada. Os glóbulos vermelhos parecerão pequenos e com formato anormal quando observados por meio de um microscópio. Um hemograma completo revela anemia. Um exame denominado eletroforese de hemoglobina identifica a presença de uma forma anormal de hemoglobina.

Um exame denominado análise mutacional pode ajudar a detectar uma talassemia alfa que não pode ser observada por meio da eletroforese de hemoglobina. Tratamento e prevenções O tratamento da talassemia major precisa ser feito ao longo de toda a vida do indivíduo, com transfusões sangüíneas periódicas, em média a cada três ou quatro semanas, para atenuar a anemia crônica, prevenir o déficit do desenvolvimento ósseo e a interferência no funcionamento do coração e assegurar que os tecidos e órgãos recebam a quantidade de oxigênio suficiente. No entanto, como as freqüentes transfusões levam a pessoa a acumular ferro no organismo, a terapêutica também inclui o uso de medicamentos para extrair esse excesso do corpo, potencialmente capaz de provocar danos irreversíveis para órgãos vitais. Outro problema do recebimento constante de sangue é o risco de adquirir doenças infecciosas. Uma forma alternativa de tratamento da talassemia major é um transplante de medula óssea, que igualmente requer uma série de cuidados para ser bem-sucedido. Vale lembrar que a talassemia minor não requer tratamento, a não ser durante a gravidez ou em caso de associação com outra doença do sangue. Infelizmente, não existem medidas preventivas contra as mutações que interferem na produção de hemoglobina. Dessa maneira, o diagnóstico precoce continua sendo um grande instrumento para aumentar a proteção ao portador dessa hemoglobinopatia e prolongar sua expectativa de vida, com ou sem transplante. Para os casais com história de moléstias do sangue na família, uma estratégia interessante de prevenção pode ser o aconselhamento com um geneticista, de modo que possam conhecer exatamente a probabilidade de ter filhos com essa ou outras anemias hereditárias e, assim, fazer um planejamento familiar mais consciente. Dependendo do centro de tratamento pelo qual a pessoa com talassemia é servida, haverá ao seu dispor profissionais de todas as área para assistência à saúde dos pacientes. Afinal, uma doença nunca afeta apenas um grupo de células, um órgão ou uma região do corpo. As reações fisiológicas geradas pelos sintomas ou pelos efeitos colaterais do próprio tratamento podem causar outros problemas de saúde e requerer conhecimento de médicos de várias especialidades, isso sem mencionar os impactos emocionais e mesmo comportamentais e sociais que usualmente se seguem à maioria dos diagnósticos.

Portanto, quando se trata de uma doença crônica, e que requer cuidados pelo resto da vida, tal como é o caso por exemplo da Talassemia Major, a importância do suporte por uma equipe multiprofissional é ainda mais evidente. Veja abaixo os especialistas que, através da vida, em parceria com o hematologista de confiança, devem monitorar a pessoa com talassemia que faz transfusões periódicas e se submete à terapia quelante: Optometrista e otorrinolaringologista: O uso dos agentes quelantes para eliminar o excesso de ferro do organismo pode afetar a capacidade visual e auditiva. Cardiologista: O coração é um dos alvos principais do ferro, e usualmente sofre sobrecarga. A despeito da existência de um agente quelante de eficiência certificada contra o acúmulo do mineral no coração, as cardiopatias insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar, causada por tromboses, continuam como primeira causa de morte entre os portadores de Talassemia. Infectologista: Para descartar a possibilidade de infecções hematológicas, infecções transmitidas pelo sangue, por agentes e vírus que causam doenças transmitidas através do sangue, tais como Hepatites B e C, HIV, Doença de Chagas. Endocrinologista: A sobrecarga de Ferro pode afetar direta ou indiretamente a produção de alguns hormônios, causando desequilíbrios no organismo, e favorecendo o desenvolvimento de algumas doenças, tais como o Hipotireoidismo (um distúrbio na Tireóide), e o Diabetes Mellitus (tipo 2). Ginecologista e Urologista: Uma vez que a Talassemia pode retardar a puberdade e o desenvolvimento sexual. Ortopedista: Em casos de retardo de crescimento, e também para controlar os riscos de fragilidade óssea, e a tendência a osteoporose. Psicólogo: Para auxiliar a pessoa com talassemia a lidar com o tratamento invasivo, os efeitos colaterais, possíveis preconceitos, e o fato de que sua doença é crônica e necessita de cuidado pelo resto da vida. Assistente Social e mesmo advogado: Para garantir seus direitos assegurados pela lei, e cuja não observância possam vir a prejudicar o tratamento e evolução. Enfermeiros: Para assegurar que o processo de transfusão de sangue seja feito com eficácia e segurança adequadas à pessoa com talassemia. Odontologia:Como qualquer pessoa, o portador de talassemia deve receber intenso tratamento dentário. Seu acompanhamento dentário deve começar em idades tenras, preferencialmente no primeiro ano da infância. Com isso, será poupado de apresentar cáries, e verá o dentista como seu amigo, e como a pessoa que cuida da saúde de seus dentes. A pessoa com talassemia tem características de aparelho oral e respiratório (bucal), com atrevia de mandíbula, expansão maxilar e hipotonia de musculatura dos lábios. A partir dos quatro anos de idade, há indicação de aparelhos

ortodônticos (funcionais) da mandíbula, para a correção das anormalidades de orofaringe (anomalias estomatognáticas), em busca do balanço das funções: respiração, deglutição, sucção, mastigação e fono-articulação. Este tratamento é multidisciplinar e envolve não apenas o dentista especializado em ortopedia móvel das mandíbulas, mas também pediatras odontólogos, otorrinolaringologistas, terapeutas da fala, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Com todos estes profissionais ao lado da pessoa com talassemia, é possível um crescimento harmonioso de face, dentes fortes e saudáveis, e uma melhor qualidade de vida.