RESISTÊNCIA À DOENÇAS EM LINHAGENS DE ALGODOEIRO DESENVOLVIDAS PARA CONDIÇÕES DE CERRADO 1

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Transcrição:

RESISTÊNCIA À DOENÇAS EM LINHAGENS DE ALGODOEIRO DESENVOLVIDAS PARA CONDIÇÕES DE CERRADO 1 Camilo de Lelis Morello (Embrapa Algodão / cmorello@cnpa.embrapa.br), Nelson Dias Suassuna (Embrapa Algodão), Eleusio Curvelo Freire (Cotton Consultoria Ltda.), Washington Bezerra (Embrapa Algodão), Clarice Machado da Luz (UEPB), Wirton Macedo Coutinho (Embrapa Algodão). RESUMO - Cultivares com alto potencial produtivo, qualidade de fibra e resistência ou tolerância a doenças são as principais demandas tecnológicas dos produtores de algodão no cerrado. Neste estudo, avaliou-se o potencial produtivo e a resistência de 30 linhagens em fase avançada e final, obtidas pelo núcleo de desenvolvimento da Embrapa Algodão em Goiás, às principais doenças que acometem o algodoeiro no cerrado brasileiro, em condições naturais e artificiais de infecção. Foram realizados três ensaios. No ensaio I, avaliaram-se a incidência de mosaico das nervuras, a severidade de mancha-de-ramulária e a severidade de mancha angular, além da produtividade, sob condições naturais de infecção. No ensaio II, avaliaram-se o índice de doença de ramulose e a produtividade em campo, sob inoculação artificial de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, agente causal da ramulose. No ensaio III, avaliou-se o Fator de Reprodução (FR) de Meloidogyne incognita, raça 3, sobre o conjunto de linhagens testadas, em casa-de-vegetação. As linhagens CNPA GO 2002-4785, CNPA GO 2002-2043 e CNPA GO 2003-1947, pela sua produtividade e pela maior resistência à ramulose e/ou mosaico das nervuras constituem-se em genótipos potenciais para lançamento como cultivares. Palavras-chave: Gossypium hirsutum, ramulose, mosaico das nervuras, resistência genética INTRODUÇÃO O ecossistema cerrado, principal região produtora de algodão do país, tem entre suas principais demandas tecnológicas o desenvolvimento de cultivares com elevado potencial produtivo de pluma, resistência ou tolerância às principais doenças e elevada qualidade tecnológica da fibra. Essas características, aliadas à práticas agronômicas, tais como plantio direto e rotação de culturas, conferem segurança, rentabilidade e sustentabilidade à cultura do algodoeiro nesta região. Diversos programas públicos e privados de melhoramento de algodoeiro buscam o desenvolvimento de cultivares para cultivo no cerrado brasileiro. Dentre esses, destaca-se o da Embrapa Algodão em parceria com a Fundação GO, que desenvolve, nas condições edafo-climáticas do cerrado, um programa voltado para a obtenção de cultivares com resistência múltipla a doenças. No âmbito internacional e com o mesmo propósito, porém voltado para as regiões de clima temperado, destaca-se o programa MAR (Multi-Adversity Resistant), conduzido pela Texas A&M University, o qual tem proporcionado grandes contribuições (THAXTON e EL-ZIK, 1994). Nas condições do cerrado brasileiro, vários trabalhos têm sido realizados com o intuito de avaliar o potencial produtivo e a resistência de genótipos a doenças, a fim de validá-los para uso (METHA et al., 2003; ARAÚJO et al., 2003a; CIA et al., 2003). 1 Em parceria com a FUNDAÇÃO GO e com apoio financeiro do FIALGO

Diante da disponibilidade de um conjunto de linhagens avançadas e finais de algodoeiro, desenvolvidas pelo programa Embrapa Algodão/Fundação Goiás, objetivou-se realizar estudos sistemáticos, em campo e em casa-de-vegetação, avaliando-se a resistência desses genótipos em relação às principais doenças que ocorrem no cerrado brasileiro e seu desempenho produtivo. Essas informações são fundamentais no processo de tomada de decisão acerca de futuros lançamentos das linhagens como cultivares. MATERIAL E MÉTODOS Na safra 2005/2006, trinta linhagens avançadas e finais e três cultivares foram avaliadas quanto à resistência a doenças (mosaico das nervuras, mancha angular, mancha-de-ramulária, ramulose e nematóide das galhas) e desempenho produtivo. Foram conduzidos três ensaios, descritos a seguir: Ensaio I Avaliação da severidade de mancha angular, mancha-de-ramulária e incidência de mosaico das nervuras em condições naturais de infecção Neste ensaio, conduzido na área experimental da Fundação Goiás, em Santa Helena de Goiás, GO, as linhagens avançadas e finais e as cultivares testadas foram avaliadas quanto a resistência ao mosaico das nervuras, mancha angular e mancha-de-ramulária em condições naturais de infecção. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso com duas repetições. A unidade experimental foi composta por duas linhas de cinco metros lineares, espaçadas 0,9 m entre si, com densidade de oito plantas por metro linear. Para simular as condições naturais de infecção, não houve o controle químico das doenças e do pulgão Aphis gossypii, vetor do Cotton leafroll dwarf virus, agente causal do mosaico das nervuras. Aos 80 DAE (dias após a emergência), realizaram-se as avaliações de incidência de plantas com mosaico das nervuras e severidade de mancha angular e mancha-deramulária. Para as duas últimas doenças, atribuiu-se, em cada parcela, uma nota que variou em escala de 1 a 5 (ARAÚJO et al., 2003b), por meio da qual foi estimada a severidade da doença. Após a abertura dos capulhos, colheu-se a fibra e determinou-se a produção de algodão em caroço, percentagem de fibra e produção de algodão em pluma por parcela. Os dados de produtividade de algodão em caroço, produtividade de algodão em pluma e porcentagem de fibra foram submetidos à análise de variância. Quando se constatou efeito de tratamentos, as médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (1974). Os dados de severidade de mancha-de-ramulária e de severidade de mancha-angular foram analisados por meio do teste de Friendman a 5% de probabilidade, em razão de não terem homogeneidade de variâncias. Ensaio II Avaliação da severidade de ramulose em condições artificiais de infecção Neste ensaio, conduzido na mesma área do ensaio I, as linhagens avançadas e finais e as cultivares testadas foram avaliadas quanto à resistência à ramulose em condições artificiais de inoculação. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso com duas repetições. A unidade experimental foi composta por duas linhas de cinco metros lineares, espaçadas 0,9 m entre si, com densidade de oito plantas por metro linear. Aos 30 DAE, procedeu-se a inoculação artificial de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, agente causal da ramulose, por meio de pulverização de suspensão de esporos na concentração de 5x10 5 esporos/ml. A severidade da doença foi avaliada em vinte plantas escolhidas aleatoriamente por parcela aos 100 DAE. Em cada planta, atribuiu-se uma nota de 1 a 5, conforme escala de notas proposta por Araújo et al. (2003b). A partir das notas, calculouse o índice de intensidade de infecção para cada distribuição de freqüência obtida na parcela (AMARAL, 1969).

Após a abertura dos capulhos, colheu-se a fibra e determinou-se a produção de algodão em caroço por parcela, sendo esses valores transformados em kg/ha. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. As médias de produtividade de algodão em caroço foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade, enquanto as médias de índice de ramulose foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Ensaio III Avaliação do fator de reprodução de M. incognita em condições artificiais de inoculação Este ensaio foi conduzido em casa-de-vegetação na Embrapa Algodão, em Campina Grande, PB. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualisado, com três repetições. As linhagens avançadas, as finais e as cultivares foram plantadas em vasos contendo três litros de solo previamente esterilizado. A unidade experimental constituiu-se de um vaso contendo duas plantas. Para inoculação das plantas, utilizou-se uma população identificada como raça 3, a qual foi mantida em tomateiro (Lycopersicon esculentum) cultivado em canteiros em casa-de-vegetação. Procedeu-se à extração de ovos a partir de raízes com boa reprodução do nematóide, seguindo a metodologia descrita por Hussey e Barker (1973). Após a contagem e ajuste da suspensão de inóculo, depositou-se um volume desta contendo 6.000 ovos do nematóide sobre o colo de cada plântula, aos 12 DAE. Aos 69 dias após a inoculação, determinou-se o número de ovos e juvenis de nematóides no solo. Realizou-se a extração dos juvenis e ovos por meio do método de centrifugação em gradiente de sacarose. O fator de reprodução (FR) foi calculado segundo metodologia descrita por Oostenbrink (1966). Os dados obtidos foram analisados por meio do teste de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade, em razão de não terem homogeneidade de variâncias. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na avaliação da severidade da mancha angular e mancha-de-ramulária, em condições naturais de infecção no campo (Tab. 1), os genótipos não diferiram estatisticamente entre si. Verificou-se, entretanto, a não incidência de mosaico das nervuras em 16 genótipos dos 33 avaliados. Com relação à variável porcentagem de fibra, houve diferenças estatísticas significativas entre tratamentos (p=0,0001), com destaque para as linhagens CNPA GO 2003-395, CNPA GO 2003-2172 e CNPA GO 2003-1947 com 43,25, 42,87 e 41,88%, respectivamente, de percentagem de fibra, nas quais não se constatou a incidência de mosaico das nervuras. Neste ensaio, não se constataram diferenças estatísticas significativas entre os genótipos testados com relação à produtividade de algodão em caroço (p=0,3196) e algodão em pluma (p=0,2977).

Tabela 1. Resistência de linhagens a doenças em campo (ensaio I), Santa Helena de Goiás, GO, safra 2005/2006. Genótipos Algodão caroço (Kg/ha) Algodão Pluma (Kg/ha) Algodão Fibra 1 Incidência Mosaico Nervuras Severidade Mancha Ramulária 2 Severidade Mancha Angular 2 BRS 269 - Buriti 2384,10 969,70 40,68 b 0,73 6,25 3,75 FM 966 1692,30 737,60 43,59 a 2,13 10,00 5,00 IAC 24 1770,70 675,30 38,20 c 0,00 6,25 2,50 CNPA GO 2003 AR+ 2025,60 782,10 38,61 c 7,26 6,25 3,75 CNPA GO 2000-999 1989,60 768,40 38,56 c 3,44 8,75 5,00 CNPA GO 2001-2161 1867,20 740,50 39,68 c 0,60 8,75 3,75 CNPA GO 2001-2984 2650,60 1082,70 40,85 b 0,00 8,75 3,75 CNPA GO 2002-2043 2791,30 1127,00 40,40 b 0,00 10,00 3,75 CNPA GO 2002-7315 2464,10 1004,30 40,81 b 0,00 8,75 3,75 CNPA GO 2002-3537 1635,60 640,00 39,46 c 1,67 8,75 5,00 CNPA GO 2002-1689 2245,20 858,80 38,22 c 0,00 6,25 3,75 CNPA GO 2002-6525 1981,80 788,60 39,81 c 0,00 8,75 2,50 CNPA GO 2002-8022 1897,60 766,70 40,37 b 3,85 7,50 2,50 CNPA GO 2002-4785 2893,70 1144,10 39,54 c 0,00 7,50 2,50 CNPA GO 2002-6886 1671,30 660,70 39,59 c 0,00 8,75 3,75 CNPA GO 2002-2418 1902,60 773,40 40,67 b 1,85 7,50 5,00 CNPA GO 2002-7984 2326,40 907,90 39,08 c 0,54 5,00 3,75 CNPA GO 2002-3131 1969,40 772,90 39,14 c 2,60 7,50 3,75 CNPA GO 2003-395 2000,00 867,60 43,25 a 0,00 8,75 3,75 CNPA GO 2003-641 2641,00 1090,80 41,19 b 1,90 6,25 2,50 CNPA GO 2003-1279 2166,10 869,60 40,11 c 1,71 10,00 3,75 CNPA GO 2003-638 2356,50 972,20 41,33 b 0,00 11,25 5,00 CNPA GO 2003-1278 1493,60 576,40 38,48 c 0,00 8,75 3,75 CNPA GO 2003-1947 2543,10 1064,80 41,88 a 0,00 8,75 2,50 CNPA GO 2003-2172 2428,00 1044,40 42,87 a 0,00 6,25 2,50 CNPA GO 2003-2678 1504,50 613,60 40,62 b 0,00 7,50 6,25 CNPA GO 2003-1963 1754,10 739,70 42,23 a 1,47 6,25 3,75 CNPA GO 2003-3517 1864,10 774,30 41,53 b 6,06 8,75 5,00 CNPA GO 2003-4724 1699,90 687,40 40,44 b 1,17 7,50 3,75 CNPA GO 2003-4744 2212,20 901,90 40,53 b 0,00 10,00 5,00 CNPA GO 2003-4771 2318,70 881,20 38,10 c 1,63 7,50 5,00 CNPA GO 2003-4996 2063,10 844,60 41,03 b 0,00 11,25 5,00 CNPA GO 2003-5803 1687,50 654,30 38,39 c 1,85 6,25 3,75 Média 2087,60 841,92 40,20 CV 23,40 24,16 1,98 p 0,3196 0,2977 0,0001 Médias com as mesmas letra na coluna diferem não estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade. 2 Não significativo ao nível de 5% pelo teste de Friedman.

Tabela 2. Resistência de linhagens a doenças em campo (Ensaio II), Santa Helena de Goiás, GO, e em casa-de-vegetação (Ensaio III), Campina Grande, PB, safra 2005/2006. Genótipos Ensaio II Ensaio III Algodão em Caroço Fator de Reprodução Índice de Ramulose (Kg/ha) 1 2 (M. incognita) 3 BRS-269 Buriti 1391,00 c 54,67 abc 5,19 FM-966 1106,00 c 46,67 abc 6,64 IAC 24 1508,00 c 40,01 abc 1,24 CNPA GO 2003 AR+ 1098,50 c 46,48 abc 4,21 CNPA GO 2000-999 1012,50 c 48,13 abc 4,79 CNPA GO 2001-2161 1069,50 c 51,69 abc 3,31 CNPA GO 2001-2984 1286,50 c 43,71 abc 4,04 CNPA GO 2002-2043 2349,50 a 36,76 c 2,79 CNPA GO 2002-7315 1622,00 b 39,78 abc 6,64 CNPA GO 2002-3537 1403,00 c 44,35 abc 3,40 CNPA GO 2002-1689 2175,00 a 41,48 abc 3,68 CNPA GO 2002-6525 1443,50 c 46,98 abc 6,96 CNPA GO 2002-8022 1384,00 c 45,3 abc 2,03 CNPA GO 2002-4785 1998,50 a 38,58 bc 3,32 CNPA GO 2002-6886 1418,00 c 42,92 abc 2,90 CNPA GO 2002-2418 1422,00 c 50,39 abc 6,73 CNPA GO 2002-7984 1767,00 b 40,46 abc 4,79 CNPA GO 2002-3131 1586,50 b 43,79 abc 2,80 CNPA GO 2003-395 1255,50 c 52,22 abc 4,11 CNPA GO 2003-641 1297,50 c 45,74 abc 9,40 CNPA GO 2003-1279 892,50 c 59,56 a 4,04 CNPA GO 2003-638 1705,00 b 40,78 abc 6,65 CNPA GO 2003-1278 764,50 c 57,81 ab 3,73 CNPA GO 2003-1947 1998,50 a 42,68 abc 4,80 CNPA GO 2003-2172 1374,50 c 48,36 abc 4,16 CNPA GO 2003-2678 1347,00 c 45,21 abc 5,59 CNPA GO 2003-1963 1368,00 c 50,38 abc 3,51 CNPA GO 2003-3517 1522,50 c 46,38 abc 4,23 CNPA GO 2003-4724 1357,50 c 49,23 abc 3,02 CNPA GO 2003-4744 1609,50 b 47,29 abc 6,66 CNPA GO 2003-4771 1640,00 b 46,61 abc 4,71 CNPA GO 2003-4996 1160,00 c 49,38 abc 4,14 CNPA GO 2003-5803 1244,00 c 42,39 abc 7,24 Média 1441,74 46,25 CV 17,22 10,57 F 0,0001 0,0103 1 Médias seguidas das mesmas letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (1974) a 5% de probabilidade. 2 Médias com as mesmas letras na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 3 Não significativo ao nível de 5% pelo teste de Kruskal-Wallis.

No ensaio em que se avaliou a resistência à ramulose das linhagens avançadas, das finais e das cultivares em condições artificiais de infecção no campo (Tabela 2 Ensaio II), verificaram-se diferenças estatísticas significativas (P=0,0103) apenas entre as linhagens CNPA GO 2003-1278 e CNPA GO 2003-1279, com os maiores índices de ramulose (57,81 e 59,56, respectivamente), e as linhagem (Tab. 2 Ensaio II), verificaram-se diferenças estatísticas significativas (p=0,0103) apenas entre as linhagens CNPA GO 2003-1278 e CNPA GO 2003-1279, com os maiores índices de ramulose (57,81 e 59,56, respectivamente), e as linhagem CNPA GO 2002-2043 e CNPA GO 2002-4785, com os menores índices da doença.(36,76 e 38,58, respectivamente). As linhagens com menores índices de ramulose no campo, descritas anteriormente, e as linhagens CNPA GO 2002-1689 e CNPA GO 2002-1947, foram as que tiveram maior produtividade de algodão em caroço, diferindo estatisticamente dos demais genótipos testados. Os valores de produtividade de algodão em caroço verificado nessas linhagens (entre 1998,50 e 2349,50 g/ha), são significativos frente à elevada pressão da doença. Na avaliação do Fator de Reprodução (FR) de Meloidogyne incognita sobre as linhagens avançadas, as finais e as cultivares (Tab. 2 Ensaio III) não se verificaram diferenças estatísticas significativas entre os genótipos testados. O conjunto de ensaios com informações acerca da resistência a diversas doenças e de produtividade de algodão em caroço, algodão em fibra e percentagem de fibra, possibilita a escolha de linhagens promissoras. As linhagens CNPA GO 2002-4785, CNPA GO 2002-2043 e CNPA GO 2002-1947 são boas opções, conciliando razoável nível de resistência a ramulose, resistência a virose e alta produtividade. CONCLUSÕES Detectou-se, neste estudo, diversidade entre genótipos quanto à incidência do mosaico das nervuras e ao índice de ramulose; As linhagens CNPA GO 2002-4785, CNPA GO 2002-2043 e CNPA GO 2003-1947, por sua produtividade e maior resistência à ramulose e/ou mosaico das nervuras, constituem-se em genótipos potenciais para serem lançados como cultivares. CONTRIBUIÇÃO PRÁTICA E CIENTÍFICA DO TRABALHO Diante da demanda do setor produtivo por cultivares que proporcionem produção com maior nível de segurança e menores custos, são identificadas, neste trabalho, algumas linhagens com razoável nível de resistência a algumas das principais doenças de ocorrência no cerrado, sendo, portanto, genótipos passíveis de serem lançadas no futuro como cultivares e/ou utilizadas como fontes de resistência aos patógenos estudados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, E. Novo índice de intensidade de infecção. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 4, n. 1-2, 1969. ARAÚJO, A. E.; SUASSUNA, N. D.; FARIAS, F. J. C.; FREIRE, E. C. Avaliação da resistência de linhagens de algodoeiro às manchas de alternária, stemphylium e ramularia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 4., 2003, Goiânia. Algodão: um mercado em evolução - Anais. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2003. CD-ROM. ARAÚJO, A E.; SUASSUNA, N. D.; FARIAS, F. J. C.; FREIRE, E. C. Escalas de notas para aavaliação de doenças foliares do algodoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 4., 2003, Goiânia. Algodão: um mercado em evolução - Anais. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2003b. CD-ROM.

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