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Transcrição:

Lei nº 6.766, de 19.12.1979, que dispõe Federal sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providências. - Considera o equipamento urbano de escoamento das águas pluviais como integrante da infraestrutura básica do parcelamento do solo, tanto para o parcelamento comum como para aqueles situados em zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) (art. 2º). O sistema de coleta de águas pluviais é considerado requisito mínimo dos loteamentos (art. 4º, I e parágrafo único). Além disso, a execução das obras de escoamento de águas pluviais é condição para a realização do Registro Imobiliário do loteamento ou desmembramento (art. 18, V). - Prevê que as áreas destinadas a espaços livres de uso público constituem requisito mínimo do loteamento (art. 4º, I). Tais espaços livres, assim como os coeficientes máximos de aproveitamento (art. 4º, 1º) têm incidência na capacidade de permeabilidade que a cidade terá em caso de chuvas. A inclusão da variável climática no cômputo dessas áreas e coeficientes para considerar o possível incremento de chuvas intensas pode reduzir inundações, e, consequentemente, desastres, razão pela qual estes dispositivos têm incidência na adaptação às mudanças climáticas. - Veda o parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; e em áreas de preservação ecológica (art. 3º). - Estabelece como requisito dos loteamentos que ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica (art. 4º, III). - A Prefeitura Municipal ou o Distrito Federal poderá indicar nas plantas apresentadas pelo empreendedor, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal, as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis, assim como a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis (art. 7º, IV e V). - A exigência de equipamento urbano de escoamento das águas pluviais é relevante, tendo em vista que com o possível aumento das chuvas em determinadas regiões, o dimensionamento desse equipamento considerando a variável climática minimizará as ocorrências de alagamentos nas cidades. - A vedação de parcelamento do solo em áreas de proteção ambiental reforça a proteção atribuída pela legislação florestal, auxiliando a evitar o desmatamento em razão da mudança de uso do solo. Além disso, a vedação de parcelamento, como regra geral, de áreas alagadiças, sujeitas a inundações e com declividade igual ou superior a 30% também contribui para evitar desastres decorrentes de inundações ou deslizamentos de terra. O estabelecimento de faixa não-edificável de 15 metros de cada lado ao longo das águas correntes vai na mesma linha.

- Por fim, cabe mencionar a necessidade de observância de diretrizes fixadas nos planos estaduais e municipais para a indicação, pela Prefeitura, das faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis, assim como a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. Caso os instrumentos de planejamento incluam a variável climática, identificando as zonas mais vulneráveis, a aprovação de parcelamentos baseada nessas diretrizes tornará a ocupação do solo mais segura. Lei nº 10.257, de 10.07.2001, que Federal regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. - Define uma série de instrumentos para a ordenação das cidades, tais como planejamento das regiões metropolitanas, plano diretor, entre outros, que complementam e detalham em nível local o planejamento feito pelas 3 esferas da federação. Conforme já mencionado na análise da legislação sobre o ZEE e o Plano de Gerenciamento Costeiro, os instrumentos de planejamento podem, ao incluírem a variável climática, mediante a identificação de zonas vulneráveis aos efeitos deste fenômeno e o estabelecimento de medidas preventivas que vinculem as autorizações urbanísticas e licenciamentos ambientais, podem tornar-se um importante instrumento de adaptação. - O Estudo de Impacto de Vizinhança EIV, destinado a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, deverá abordar, entre outras questões, a geração de tráfego e demanda por transporte público (art. 37, V). Empreendimentos que venham a gerar tráfego intenso e congestionamentos contribuem para a geração de GEEs emitidos pela queima de combustíveis fósseis. Nesse sentido, o controle e a adoção de medidas para minimizar essas situações podem reduzir as emissões, contribuindo para a mitigação. - Obriga as cidades com mais de quinhentos mil habitantes a elaborar um plano de transporte urbano integrado (art. 41 2º). Na mesma linha dos comentários anteriores, a elaboração de um plano que preveja medidas que visem à redução do tráfego, à utilização e à disponibilidade de transporte público podem resultar na diminuição de emissões de GEEs. Decreto-Lei nº 3.365, de 21.06.1941, que Federal dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. - A norma considera como de utilidade pública para fins de desapropriação (art. 5º): o socorro público em caso de calamidade (alínea c); a salubridade pública (alínea d); o melhoramento de centros de população (alínea e); a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo,

com ou sem edificação, para sua melhor utilização higiênica (alínea i); o funcionamento dos meios de transporte coletivo; e, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza (alínea k). Assim, permite a atuação do Poder Público em caso de desastres, tanto para evitá-los nos casos de salubridade pública e intervenções urbanísticas, como para reduzir ou corrigir suas consequências nos casos em que se produzam os desastres, como na hipótese de socorro público, incidindo em adaptação. A desapropriação por utilidade pública também pode incidir em mitigação, ainda que indiretamente, ao viabilizar atuações que reduzam ou evitem emissões de GEEs, como nas hipóteses de funcionamento de transporte coletivo e proteção ambiental (caso utilizado para a criação de unidades de conservação). Decreto nº 5.376, de 17.02.2005, que dispõe Federal sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC e o Conselho Nacional de Defesa Civil, e dá outras providências. - Cria o Sistema Nacional da Defesa Civil SINDEC (arts. 1º e 5º), com os seguintes objetivos: prevenção de desastres; preparação para emergências e desastres; resposta aos desastres; reconstrução e a recuperação (art. 2º). - Conceitua desastre como: o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais ou ambientais e conseqüentes prejuízos econômicos e sociais (art. 3º, II). Diferencia situação de emergência de estado de calamidade pública, sendo o primeiro o reconhecimento pelo poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando danos superáveis pela comunidade afetada; e o segundo, o reconhecimento pelo poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando sérios danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes (art. 3º, IV e V). - O Decreto estabelece as competências de todos os integrantes do Sistema (art. 5º a 16), de forma coordenada, para a atuação na prevenção, resposta e reconstrução em caso de desastres. Entre as muitas competências estabelecidas, se atribui aos órgãos estaduais a competência de orientar as vistorias de áreas de risco, intervir ou recomendar a intervenção preventiva, o isolamento e a evacuação da população de áreas e de edificações vulneráveis (art. 12, IV). Já às Coordenadorias Municipais de Defesa Civil COMDEC se atribui a responsabilidade de vistoriar edificações e áreas de risco e promover ou articular a intervenção preventiva, o isolamento e a evacuação da população de áreas de risco intensificado e das edificações vulneráveis (art. 13, VIII). Também cria o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres CENAD, com as funções de consolidar as informações de riscos e desastres; monitorar os parâmetros de eventos adversos; difundir alerta e alarme de desastres e prestar orientações preventivas à população; coordenar as ações de respostas aos desastres; e mobilizar recursos para pronta resposta às ocorrências de desastres (arts. 10, e 21). - Estabelece como instrumentos do SINDEC o Sistema de Informações sobre Desastres no Brasil SINDESB; Sistema de Monitorização de Desastres; o Sistema de Alerta e Alarme de Desastres;

o Sistema de Resposta aos Desastres; o Sistema de Auxílio e Atendimento à População; e, o Sistema de Prevenção e de Reconstrução, este último responsável por coordenar os estudos sobre ameaças, vulnerabilidades e riscos relacionados aos desastres (art. 22). - O Decreto cria a estrutura e os instrumentos fundamentais para o funcionamento do Sistema Nacional de Defesa Civil, o que constitui peça fundamental na adaptação às mudanças climáticas, dentro de um cenário de incremento de desastres provocados por episódios climáticos extremos. A atuação eficaz do SINDEC pode não só contribuir para evitar desastres, como também para reduzir os seus efeitos negativos. Decreto s/nº, de 01.11.1991, que cria o Federal Comitê Brasileiro do Decênio Internacional para a Redução dos Desastres Naturais CODERNAT, e dá outras providências. - O Comitê atua na esfera da cooperação internacional, não estabelecendo nenhuma medida que se possa identificar como geradora de uma relação mais direta de causa e efeito com mitigação e/ou adaptação. - Além disso, o Decênio se encerrou no ano de 2000. Decreto s/nº, de 26.09.2005, que institui a Federal Semana Nacional de Redução de Desastres, e dá outras providências. - A instituição da Semana Nacional de Redução de Desastres tem por finalidade aumentar o senso de percepção de risco da sociedade brasileira, mediante a mudança cultural da população relacionada à sua conduta preventiva e preparativa, principalmente das comunidades que vivem em áreas de risco (art. 1º). Nesse sentido, por atuar na educação da população, provendo-a de informações que possam auxiliá-la na redução de riscos relacionados à ocorrência de desastres, a norma em tela tem incidência, ainda que indireta, na adaptação às mudanças climáticas. Resolução CONDEC nº 2, de 12.12.1994, que Federal aprova a Política Nacional de Defesa Civil. - Reconhece a interação entre desenvolvimento sustentável, redução de desastres, proteção ambiental e bem-estar social. - Afirma que a redução de desastres é o objetivo geral da Defesa Civil, lograda mediante a diminuição de sua ocorrência e intensidade. As ações de redução abarcam os seguintes

aspectos: prevenção de desastres, preparação para emergências e desastres, resposta aos desastres e reconstrução. - Define como instrumentos da Política: o SINDEC, o planejamento em defesa civil e os recursos financeiros. - Define as diretrizes da política, dentre as quais se destaca: Promover a ordenação do espaço urbano, objetivando diminuir a ocupação desordenada de áreas de riscos de desastres, com a finalidade de reduzir as vulnerabilidades das áreas urbanas aos escorregamentos, alagamentos e outros desastres (Diretriz nº 4); Estabelecer critérios relacionados com estudos e avaliação de riscos, com a finalidade de hierarquizar e direcionar o planejamento da redução de riscos de desastres para as áreas de maior vulnerabilidade do território nacional (Diretriz nº 5); Priorizar as ações relacionadas com a Prevenção de Desastres, através de atividades de avaliação e de redução de riscos de desastres (Diretriz nº 6). Também traz as metas a serem alcançadas. - Prevê o conteúdo do Plano Diretor de Defesa Civil, tido como a base do planejamento em defesa civil. É no plano diretor onde são identificadas as áreas de risco. - Define os Programas de atuação, os quais são divididos, subsequentemente, em subprogramas e projetos: Programa de Prevenção de Desastres PRVD; Programa de Preparação para Emergências e Desastres PPED; Programa de Resposta aos Desastres PRED; Programa de Reconstrução PRRC. - Ao mencionar os Projetos de Redução das Vulnerabilidades às Inundações e aos Escorregamentos em Áreas Urbanas, a política estabelecida reconhece que as inundações urbanas resultam da desproporção entre as áreas impermeabilizadas pelas edificações e vias de transporte e a capacidade de drenagem dos sistemas de esgotamento das águas pluviais e afirma que nesses projetos, as medidas não-estruturais, relacionadas com a urbanização e o uso e manejo adequados do solo, devem ser consideradas com prioridade (4. Projetos de Redução das Vulnerabilidades às Inundações e aos Escorregamentos em Áreas Urbanas). - Ao discorrer sobre a classificação dos desastres, aponta a categoria de desastres mistos relacionados com a atmosfera, na qual o efeito estufa é um dos tipos. - A Política Nacional de Defesa Civil traz os lineamentos, diretrizes, objetivos, instrumentos e conceitos básicos imprescindíveis à estruturação do sistema de defesa civil, cuja atuação é fundamental tanto para prevenir os desastres como para minimizar suas conseqüências nos casos em que estes de produzam. Resolução CONDEC nº 3, de 02.07.1999, que Federal aprova o Manual para a Decretação de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública - Volumes I e II. - O Manual traz as informações necessárias para orientar as autoridades a atuar em caso de desastres, especialmente nos casos em que deve ser decretada situação de emergência ou estado de calamidade. A observância de tais procedimentos propicia uma ação mais rápida e coordenada entre os três níveis de governo, além de permitir acesso aos recursos financeiros para fazer frente ao problema. Nesse sentido, a norma tem incidência na adaptação.

Decreto nº 3.415, de 12.09.2008, que dispõe Acre sobre a criação da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais do Acre. - O Decreto cria a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais do Acre, com objetivo de propor e avaliar programas, ações e atividades voltadas para a prevenção, controle e mitigação dos impactos decorrentes de queimadas, secas, desmatamentos, enchentes, acidentes com produtos químicos perigosos e outros eventos de riscos ao meio ambiente decorrente das atividades antrópicas e dos efeitos das mudanças climáticas globais (art. 1º). Além disso, dentre as suas atribuições está a de estabelecer protocolos de atuação para atendimento à emergência definindo suas competências, atribuições e ações de resposta (art. 4º, VIII). - O Decreto faz mais de uma menção expressa às mudanças climáticas. Primeiro, ao prever: Considerando a probabilidade de aumento da ocorrência de acidentes envolvendo enchentes, queimadas descontroladas, incêndios florestais, secas severas, desmatamento e acidentes com produtos químicos perigosos e outros eventos de riscos ao meio ambiente decorrente das atividades antrópicas, desastres naturais e dos efeitos das mudanças climáticas globais ; após, no art. 1º, se afirma: Criar a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais do Acre, com objetivo de propor e avaliar programas, ações e atividades voltadas para a prevenção, controle e mitigação dos impactos decorrentes de queimadas, secas, desmatamentos, enchentes, acidentes com produtos químicos perigosos e outros eventos de riscos ao meio ambiente decorrente das atividades antrópicas e dos efeitos das mudanças climáticas globais, vinculada a Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA. - Este Decreto demonstra uma preocupação do Estado expressamente relacionada aos desastres que podem advir das mudanças climáticas. Ao criar estrutura específica, atribui obrigações aos seus órgãos para atuar na linha de adaptação. Lei Ordinária nº 3330 23.12.2008, que cria o Amazonas Subcomando de Ações de Defesa Civil, estabelece normas para a sua organização e manutenção, e dá outras providências. - Cria o Subcomando de Ações de Defesa Civil, órgão central do Sistema Estadual de Defesa Civil, que tem por finalidade estabelecer medidas permanentes de proteção da população, visando minimizar os efeitos de desastres. Tem um importante papel de adaptação às mudanças climáticas frente ao incremento de desastres provocados por episódios climáticos extremos. - Prevê a criação de uma Coordenadoria de Articulação e Adaptação Climática, à qual cabe a deliberação dos estudos, pesquisas e políticas de mudanças e adaptações climáticas, suas causas

e efeitos; promoção da triagem e inspeção de relatórios, laudos, processos de homologação e reconhecimento de situação adversa; promoção, junto às instituições competentes de parceria, intercâmbio e capacitação necessárias ao entendimento e à interação aos assuntos pertinentes as mudanças climáticas; gerenciamento do monitoramento hidrológico, ambiental e meteorológico; entre outras competências (art. 4º, IV). - Prevê, ainda, a criação de outras unidades, cujas atribuições são coordenar e fiscalizar a recuperação de áreas atingidas por desastre (art. 4º, V Coordenadoria Técnico-Administrativa); a elaboração e simulação de planos de ação para os principais desastres existentes no Estado do Amazonas, como inundações graduais, incêndios florestais, estiagens, desbarrancamentos, vendavais; a realização do diagnóstico e da análise do mapeamento de risco do Estado; execução do plano de mobilização e resposta para fins de preparação da resposta a desastres; coordenação de maneira integrada das ações de resposta ao socorro em situações adversas de combate a incêndio; promoção da operacionalização de abrigos provisórios e montagem de acampamentos emergenciais (art. 4º, VI Coordenadoria de Resposta ao Desastre e Suporte); programação de campanhas educativas, referente à prevenção e minimização de desastres (art. 4º, VII Departamento de Preparação e Assistência Pós-Desastre). Lei Ordinária 3331, de 23.12.2008, que Amazonas dispõe sobre o Sistema Estadual de Defesa Civil - SIEDEC, e estabelece outras providências. - Na mesma linha do Decreto Federal nº 5.376/2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil, a lei estadual cria o Sistema Estadual de Defesa Civil e define suas competências. Diante do incremento de desastres provocados por episódios climáticos, a atuação do Sistema tem um papel fundamental na adaptação às mudanças climáticas, através da prevenção de desastres e da redução de seus efeitos negativos. Lei nº 10.549 de 28.12.2006, que modifica a Bahia estrutura organizacional da Administração Pública do Poder Executivo Estadual e dá outras providências. - Transfere a Comissão Interinstitucional de Defesa Civil CIDEC, e a Coordenação de Defesa Civil CORDEC, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte - SETRE, para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza SEDES (art. 4º, I, alíneas g e h ).

Decreto nº 697 de 18.11.1991, que aprova o Bahia Regimento da Comissão Interinstitucional de Defesa Civil - CIDEC e dá outras providências. - O decreto dispõe sobre composição, organização, funcionamento, atribuições e competências da Comissão Interinstitucional de Defesa Civil CIDEC. - Estabelece como competências da CIDEC: a promoção da integração de diferentes instituições nos programas e projetos de prevenção, ou de atendimento nos programas e projetos de prevenção, ou de atendimento emergencial a situações de calamidade pública; e propor e recomendar à Coordenação de Defesa Civil CORDEC, a execução de medidas referentes à Defesa Civil no Estado (art. 1º). Diante do incremento de episódios climáticos extremos, é uma medida que tem incidência em adaptação. Decreto nº 698 de 18.11.1991, que dispõe Bahia sobre a organização da Coordenação de Defesa Civil - CORDEC, e dá outras providências. - O decreto dispõe sobre as finalidades, a organização, as competências e as atribuições da Coordenação de Defesa Civil CORDEC, do Estado da Bahia. - Compete à CORDEC planejar, executar e supervisionar, diretamente ou em convênio, as medidas de natureza preventiva ou corretiva de Defesa Civil; estabelecer normas para o atendimento às situações de emergência ou de calamidade pública; avaliar, para adoção das medidas pertinentes, a extensão dos danos ou prejuízos decorrentes de adversidades climáticas; propor, através da SETRAS, ao Governador do Estado, a decretação de estado de emergência ou de calamidade pública; implementar medidas resultantes de proposições e recomendações da Comissão Interinstitucional de Defesa Civil - CIDEC; e exercer outras atividades inerentes à Defesa Civil (art. 1º). - Entre as competências de suas Coordenadorias Adjuntas estão a realização do levantamento de áreas susceptíveis à ocorrência de fenômenos anormais ou adversos (art. 3º - Coordenação Adjunta de Prevenção e Defesa de Fenômenos Climáticos); a coordenação, a execução e a supervisão das ações de socorro e assistência às populações residentes nas áreas atingidas por fenômenos climáticos adversos (art. 4º - Coordenação Adjunta de Auxílio a Comunidades Flageladas); o incentivo e a supervisão da participação de diferentes segmentos da sociedade, no processo de ajuda aos flagelados (art. 6º - Coordenação Adjunta de Voluntários de Defesa Civil); e a manutenção de informações sistematizadas acerca de ocorrências resultantes de anormalidades climáticas no Estado (art. 7º -Coordenação Adjunta de Informações Estatísticas). Lei nº 7.551, de 03.12.2001, que institui, na Mato rede pública escolar e nos estabelecimentos Grosso

particulares de educação, o ensino de noções gerais de Defesa Civil e sua organização. - Institui o estudo e ensino de Noções de Defesa Civil e sua Organização, como tema transversal a ser ministrado em todas as áreas do conhecimento, no Ensino Fundamental e Médio. O ensino de noções de defesa civil para as crianças pode auxiliar, ainda que de forma indireta, a reduzir perdas em caso de desastres. A educação da população é fundamental para reduzir a ocupação de áreas de risco. Lei nº 8.221, de 26.11.2004, que dispõe Mato sobre a Política Estadual de Habitação de Grosso Interesse Social, reestrutura o Conselho Estadual de Habitação e Saneamento, e altera a Lei nº 7.263, de 27 de março de 2000, e dá outras providências. - Define os critérios para a classificação de área de risco, entre os quais se encontram: localização em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações; sujeitos a deslizamentos; e apresentem conformação geológica de risco, natural ou resultante da ação antrópica (art. 2º, I). Também conceitua o Sistema Estadual de Defesa Civil (art. 2º, I). - Na execução da Política Estadual de Habitação de Interesse Social, o Estado deverá atuar no remanejamento ou reassentamento de famílias localizadas em áreas de risco, de preservação permanente ou assentadas em áreas não passíveis de regularização fundiária (art. 26). - Os projetos de núcleos habitacionais deverão contar com sistema de escoamento de águas pluviais. Além disso, os projetos de edificações habitacionais e aquelas destinadas a equipamentos deverão ser elaborados de forma que as unidades apresentem conforto térmico (art. 32). - Atribui à SEMA a coordenação dos trabalhos referentes ao cadastramento das famílias em área de risco, em área de preservação permanente ou residentes em áreas não passíveis de regularização fundiária ou daquelas famílias atingidas por desastres (art. 32-A). - A existência de dispositivos que assegurem a retirada das populações de áreas de risco e de áreas de preservação permanente, auxiliam na minimização das conseqüências negativas no caso de produção de desastres. Ademais, ao retirar-se as populações das APPs, se permite que estas se regenerem, atuando na absorção de carbono. - A exigência de sistemas de coleta de águas pluviais também pode reduzir as possibilidades de inundação, ao passo que a exigência de se obter conforto térmico nas unidades habitacionais, reduzindo o uso de ar condicionado, tem incidência na mitigação de lançamento de GEEs na atmosfera.

Decreto nº 8.187, de 10.10.2006, que dispõe sobre a regulamentação dos critérios e procedimentos da Política Estadual de Habitação e Interesse Social de que trata a Lei 8.221, de 26 de novembro de 2004, alterada pela Lei nº 8.539, de 18 de agosto de 2006. FICHAS DE ANÁLISE Mato Grosso - Integra o Programa Estadual de Habitação de Interesse Social o remanejamento ou reassentamento de famílias localizadas em áreas de risco, de preservação permanente ou assentadas em áreas não passíveis de regularização fundiária (art. 3º, III). - Os desenhos do projeto deverão conter a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais (art. 7º, 1º, VI). - Estabelece as diretrizes para o remanejamento ou reassentamento e determina o cadastramento das famílias localizadas em áreas de risco, de preservação permanente ou residentes em áreas não passíveis de regularização fundiária (art. 20). - A existência de dispositivos que assegurem a retirada das populações de áreas de risco e de áreas de preservação permanente, auxiliam na minimização das conseqüências negativas no caso de produção de desastres. Ademais, ao retirar-se as populações das APPs, se permite que estas se regenerem, atuando na absorção de carbono. A exigência de sistemas de coleta de águas pluviais também pode reduzir as possibilidades de inundação. Decreto nº 8.190, de 10.10.2006, que institui Mato o Serviço de Voluntariado em Defesa Civil do Grosso Estado de Mato Grosso e dá outras providências. - Institui o Serviço de Voluntariado em Defesa Civil com a finalidade de desenvolver e executar atos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social e de socorro imediato a emergências e desastres humanos ou naturais (arts. 1º e 2º). Lei nº 7.157, de 07.12.1977, que dispõe Minas sobre a Coordenadoria Estadual de Defesa Gerais Civil - CEDEC, cria o Fundo Especial para Calamidade Pública - FUNECAP e dá outras providências.

Lei nº 15.660, de 06.07.2005, que institui a política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas e dá outras providências. FICHAS DE ANÁLISE Minas Gerais - Institui a política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas com a finalidade de preservar a vida e a incolumidade das pessoas, do ambiente e de bens materiais em face de desastres decorrentes de chuvas intensas (art. 1º). - Considera como desastres de correntes de chuvas intensas: transbordamento de corpos d'água; inundação ou alagamento de áreas urbanas e rurais; deslizamento de solos e rochas; danificação de edificações e de obras de infra-estrutura; e, disseminação de doenças e epidemias (art. 2º). Lei nº 10.116, de 23.03.1994, que institui a Rio Lei do Desenvolvimento Urbano, que dispõe Grande sobre os critérios e requisitos mínimos para do Sul a definição e delimitação de áreas urbanas e de expansão urbana, sobre as diretrizes e normas gerais de parcelamento do solo para fins urbanos, sobre a elaboração de planos e de diretrizes gerais de ocupação do território pelos municípios e dá outras providências. - O Estado deve auxiliar os municípios na elaboração dos seus respectivos planos diretores ou diretrizes gerais de ocupação do território, bem como na implantação das diretrizes, projetos e obras por eles definidos, mediante assistência técnica e financiamento (art. 4º, VII). Também cabe ao Estado exigir dos beneficiários públicos ou privados o cumprimento do plano diretor ou das diretrizes gerais de ocupação do território para a concessão ou repasse de auxílios ou financiamentos para investimentos em projetos e obras de natureza urbanística. (art. 4º, I). - Na promoção do desenvolvimento urbano deve ser observado, pelo Estado e pelos municípios, o controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a possibilidade de desastres naturais (art. 2º, ). - O município deverá: definir a política municipal de desenvolvimento urbano, em consonância com as diretrizes nacionais e estaduais; instituir o sistema de planejamento urbano; instituir o plano diretor ou as diretrizes gerais de ocupação do território; instituir o programa prioritário de obras concernente à realização das obras previstas no plano diretor ou nas diretrizes gerais de ocupação do território (art. 5º). A lei estabelece o prazo de 2 (dois) anos após a publicação da lei para os Executivos Municipais submeterem às respectivas Câmaras de Vereadores os projetos de lei instituindo: o sistema de planejamento urbano; o plano diretor ou as diretrizes gerais de ocupação do território; e o programa prioritário de obras do município (art. 6º) - A lei define uma série de instrumentos para o desenvolvimento urbano, tais como as diretrizes

de organização urbano-regional constantes dos planos estadual e regionais de desenvolvimento, plano diretor ou as diretrizes gerais de ocupação do território, entre outros, que complementam e detalham em nível local a ordenação das cidades (art. 9º). Os instrumentos de planejamento podem, ao incluírem a variável climática, mediante a identificação de zonas vulneráveis aos efeitos deste fenômeno e o estabelecimento de medidas preventivas que vinculem as autorizações urbanísticas e licenciamentos ambientais, podem tornar-se um importante instrumento de adaptação. - Estabelece critérios mínimos que deverão ser considerados pelo plano diretor e pelas diretrizes gerais de ocupação do território, tais como a delimitação das áreas de proteção e preservação permanente que serão, no mínimo, aquelas definidas na legislação federal e estadual, a identificação de áreas impróprias à ocupação urbana e os dispositivos de controle do uso, ocupação e parcelamento do solo urbano e da edificação, que assegurem condições de salubridade, conforto, segurança e proteção ambiental, além da integração das atividades e equipamentos urbanos e rurais e do meio ambiente municipal (art. 10). - Veda o parcelamento do solo para fins urbanos em terrenos sujeitos a inundações, em terrenos alagadiços (antes de proceder-se à drenagem definitiva e à compactação do solo), em terrenos ou parcelas de terreno com declividade superior a 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes, em terrenos onde as condições geológicas e hidrológicas não aconselhem a edificação e nas áreas de preservação permanente (art. 17). Veda também a descaracterização, a edificação e o parcelamento do solo nas áreas de preservação permanente e, quando a legislação determinar, nas áreas de proteção (art. 39). Ainda, considera as áreas vulneráveis a alagamento, desmoronamentos ou outras condições adversas como áreas de urbanização restrita, onde se revela conveniente conter os níveis de ocupação (art. 43, I). A vedação de parcelamento, como regra geral, de áreas alagadiças, sujeitas a inundações e com declividade igual ou superior a 30% também contribui para evitar desastres decorrentes de inundações ou deslizamentos de terra. No que concerne à vedação de parcelamento do solo em áreas de proteção ambiental reforça a proteção atribuída pela legislação florestal, auxiliando no combate ao desmatamento. - No parcelamento do solo, sob a forma de loteamento, é obrigatória a implantação de equipamentos para, entre outros, o esgotamento pluvial e sanitário (art. 21). A exigência de equipamento para o escoamento das águas pluviais é relevante, tendo em vista o possível aumento das chuvas em determinadas regiões. - Estabelece que, nos condomínios por unidades autônomas, serão preservadas áreas livres de uso comum em proporção a ser definida pelo município e nunca inferior a 35% de área total da gleba (art.26). Essa medida tem incidência na capacidade de permeabilidade que a cidade terá em caso de chuvas. No possível incremento de chuvas intensas decorrente das mudanças climáticas, pode auxiliar a reduzir inundações e, consequentemente, desastres. Tem assim, incidência na adaptação às mudanças climáticas. Lei nº 12.488, de 15.05.2006, que institui Rio Política Estadual de Combate, Prevenção e Grande Administração das Conseqüências do Sul

Ocasionadas Pela Seca e Estiagem no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. - A Política Estadual de Combate, Prevenção e Administração das Conseqüências Ocasionadas pela Seca e Estiagem orienta-se pelo princípio do primado da prevenção dos efeitos da seca e estiagem no Estado do Rio Grande do Sul sobre o tratamento (art. 2º, II). - Considera combate, prevenção e administração das conseqüências ocasionadas pela seca ou estiagem como o conjunto de ações, serviços e obras que tem por objetivo alcançar níveis satisfatórios da evolução regular dos processos ecológicos essenciais ao ecossistema, disciplinando a execução das ações, obras e serviços necessários para a implementação da mesma. (art. 4º, II). - Tem incidência em adaptação às mudanças climáticas, pois um dos efeitos esperados do aquecimento global é o aumento da ocorrência de secas em determinadas regiões. Decreto nº 36.498, de 11.03.1996, que Rio aprova o Regimento Interno da Casa Militar. Grande do Sul - Compete à Casa Militar a coordenação das ações de defesa civil e o assessoramento do Governador do Estado nos atos de reconhecimento das situações de emergência ou estado de calamidade pública, bem como a administração do auxilio às comunidades e a distribuição e controle dos recursos transferidos (art. 1º, IV). - Estabelece as competências da Subchefia de Defesa Civil, tais como organizar grupos voluntários e desenvolver atividades preventivas de interesse do Estado, gerenciar as Regionais de Defesa Civil, definido-lhe suas atribuições, programas, planos e metas (art. 12). - Estabelece as competências da Divisão de Relações Comunitárias, entre elas cadastrar e treinar o Corpo de Voluntários da Defesa Civil no Estado (art. 16). - Também, estabelece as competências das Regionais de Defesa Civil REDEC, entre elas: integrar a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil às Coordenadorias ou Comissões Municipais de Defesa Civil - COMDEC -, visando diminuir o tempo resposta aos desastres, bem como atuar de maneira preventiva junto às comunidades; coordenar as ações de Defesa Civil na respectiva área de atuação; vistoriar os municípios atingidos por eventos adversos nos quais o Executivo Municipal tenha declarado situação de emergência ou estado de calamidade pública, mediante decreto, a fim de assessorar o Governo do Estado no processo de homologação desses atos, bem como administrar o auxílio às comunidades e a distribuição e controle dos recursos transferidos; realizar estudos complementares sobre a possibilidade de ocorrência de desastre de qualquer origem, sua incidência, extensão e conseqüência a nível regional, nos municípios vulneráveis; acompanhar a coordenação do órgão local de Defesa Civil na execução imediata das medidas que se fizerem necessárias, em casos de desastres, nas atividades assistências e de recuperação das comunidades afetadas; coordenar a distribuição e o controle de suprimentos à população carente atingida por desastre em sua região, articulando-se com os órgãos

assistências dos municípios sinistrados; e manter a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - CEDEC - informada sobre as ocorrências de desastres e atividades de Defesa Civil em sua área de atuação (art. 16-A). Decreto nº 37.313, de 20.03.1997, que Rio dispõe sobre o funcionamento dos serviços Grande civis auxiliares de combate ao fogo, de do Sul prevenção de incêndios e de atividades de defesa civil. - O decreto estabelece que aos serviços civis auxiliares de combate ao fogo, de prevenção de incêndios e de atividades de defesa civil somente serão concedidos registro e autorização de funcionamento para auxiliar na missão do Corpo de Bombeiro da Brigada Militar, se satisfeitas as prescrições técnicas e operacionais do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar e os procedimentos determinados pela Secretaria da Justiça e da Segurança (art. 1º), a qual compete a elaboração de normas gerais para o registro e o funcionamento desses serviços (art. 3º). São eles os Corpos de Bombeiros Municipais, Particulares, Voluntários ou Mistos. Decreto nº 42.327, de 09.07.2003, que cria o Rio Centro de Pesquisas da Defesa Civil e dá Grande outras providências. do Sul - Considerando a necessidade de se realizar uma análise técnica preventiva dos fatores que contribuem para as situações de emergência, o decreto cria, junto à Subchefia de Defesa Civil na Casa Militar do Gabinete do Governador, o Centro de Pesquisas da Defesa Civil - CPDEC - com o objetivo de realizar análises como fator primordial para o desenvolvimento de ações preventivas para amenizar situações de emergência nos Municípios do Estado e a implementação de projetos e programas na área da Defesa Civil (art. 1º). Em razão da produção e difusão de estudos sobre os fatores que contribuem para os desastres, pode constituir-se num instrumento auxiliar na adaptação às mudanças climáticas. Decreto nº 42.710, de 25.11.2003, que Rio institui o Dia Estadual de Prevenção de Grande Desastres. do Sul - Institui o Dia Estadual de Prevenção de Desastres (art. 1º), no qual a Subchefia de Defesa Civil da Defesa Civil Estadual promoverá campanhas destinadas à adoção de medidas preventivas,

visando à redução de desastres anormais dentro do território estadual (art. 2º). Portanto, tem incidência em adaptação. Decreto nº 43.011, de 08.04.2004, que Rio institui o Comitê Estadual de Mobilização Grande contra a Situação de Emergência. do Sul - Institui o Comitê Estadual de Mobilização contra a Situação de Emergência para coordenar, acompanhar e avaliar as ações de mobilização em todo o Estado, bem como avaliar o impacto das ações de Defesa Civil contra a estiagem (art. 1º). Tem incidência em adaptação às mudanças climáticas, pois um dos efeitos esperados do aquecimento global é o aumento da ocorrência de secas e estiagens em algumas regiões. Decreto nº 45.745, de 09.07.2008, que Rio dispõe sobre o Sistema Estadual de Defesa Grande Civil do Estado, e dá outras providências. do Sul - Em moldes similares ao estabelecido pelo Decreto Federal nº 5.376/2005, o Decreto dispõe sobre a estrutura e define as competências para o funcionamento do Sistema Estadual de Defesa Civil, o que constitui peça fundamental na adaptação às mudanças climáticas, dentro de um cenário de incremento de desastres provocados por episódios climáticos extremos. A atuação eficaz do sistema pode não só contribuir para evitar desastres, como também para reduzir os seus efeitos negativos. Decreto nº 40.151, de 16.06.1995, que São reorganiza o Sistema Estadual de Defesa Civil Paulo e dá outras providências. - Em moldes similares ao estabelecido pelo Decreto Federal nº 5.376/2005, o Decreto cria a estrutura e define as competências para o funcionamento do Sistema Estadual de Defesa Civil, o que constitui peça fundamental na adaptação às mudanças climáticas, dentro de um cenário de incremento de desastres provocados por episódios climáticos extremos. A atuação eficaz do SISTEMA pode não só contribuir para evitar desastres, como também para reduzir os seus efeitos negativos.

Decreto nº 42.565, de 01.12.1997, que redefine o Plano Preventivo de Defesa Civil - PPDC específico para Escorregamentos nas Encostas da Serra do Mar, e dá outras providências. FICHAS DE ANÁLISE São Paulo - O Decreto estabelece plano específico para Escorregamentos nas Encostas da Serra do Mar, com vigência, em princípio durante o período de anual de chuvas na região (arts. 1º e 6º). - O Plano baseia-se na possibilidade de se tomar medidas antecipadas à deflagração de escorregamentos, a partir do acompanhamento dos seguintes parâmetros: Índices Pluviométricos; Previsão Meteorológica; e Vistorias de Campo, os quais indicam o nível do Plano Preventivo em que este se encontra (arts. 2º e 4º do Anexo). - Aponta a chuva como o principal agente deflagrador dos escorregamentos e estabelece as diretrizes técnicas para a previsibilidade de chuvas potenciais à ocorrência de escorregamentos (art. 3º do Anexo). O Plano está estruturado em 4 níveis: observação; atenção; alerta; e alerta máximo, para os quais estão previstos procedimentos operacionais preventivos, que visam à minimização das conseqüências desses eventos, como, por exemplo, a retirada da população das áreas de risco (art. 4º do Anexo). - O Plano pressupõe o cadastro das áreas de risco do Município, o qual deve ser constantemente atualizado, em função do adensamento e da expansão urbana (arts. 6º e 9º do Anexo). - É patente a importância deste plano, assim como de todos os planos similares, considerando a possibilidade de incremento de chuvas em decorrência das mudanças climáticas, na medida em que estrutura e organiza o plano de ação para a atuação da defesa civil nesses casos, minimizando a ocorrência de desastres. Decreto nº 45.897, de 03.07.2001, que São aprova e implanta o Plano Preventivo de Paulo Defesa Civil Específico para as Inundações do Vale do Ribeira - PPDC/VAR. - O "Plano Preventivo de Defesa Civil Específico para as Inundações do Vale do Ribeira - PPDC/VAR" tem como objetivo principal dotar as Comissões Municipais de Defesa Civil - COMDEC de instrumentos de ação para, em situações de risco, evitar ou reduzir a perda de vidas humanas e bens materiais, em virtude de inundações (art. 1º do Anexo). - Determina que as Comissões Municipais de Defesa Civil COMDEC deverão atualizar o levantamento das áreas urbanas e rurais vulneráveis às inundações (art. 3º do Anexo), a partir do que a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - CEDEC manterá o mapeamento das áreas inundáveis para consulta e elaborará planilha individualizada de cada Município, com as informações necessárias para o desenvolvimento de ações de Defesa Civil (art. 4º do Anexo). - Também determina a seleção e disponibilização de abrigos para serem usados nas situações de emergência (art. 5º do Anexo), além da organização de toda a infra-estrutura necessária para a distribuição de alimentos, águas e roupas, depósito de objetos dos desabrigados, alojamento

das equipes de defesa civil, etc. (art. 6º do Anexo). - A Coordenadoria Regional da Defesa Civil emitirá boletins diários, contendo as informações relativas ao comportamento hidrológico, as possibilidades de cheias e a previsão meteorológica (art. 10 do Anexo). - Prevê as ações e responsabilidades para as fases de socorro, assistência e reabilitação (arts. 13 a 24). - É patente a importância deste plano, assim como de todos os planos similares, considerando a possibilidade de incremento de chuvas em decorrência das mudanças climáticas, na medida em que estrutura e organiza o plano de ação para a atuação da defesa civil nesses casos, minimizando a ocorrência de desastres. Decreto nº 53.417, de 11.09.2008, que São institui, na Coordenadoria Estadual de Paulo Defesa Civil, o Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas do Estado de São Paulo - CEANTEC e dá providências correlatas. - Institui o Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas do Estado de São Paulo CEANTEC (art. 1º). Este Comitê tem como função básica a produção e difusão de informações e de estudos sobre as ameaças naturais e tecnológicas e, nesse sentido, podem constituir-se num instrumento auxiliar na adaptação às mudanças climáticas.