Instituto de Educação infantil e juvenil Outono, 2013. Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total: Edição IX MMXIII texto Grupo A ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Há alguns meses estamos trabalhando com a espiritualidade e o desejo, inerente ao ser humano, de saber sua origem, de saber se existe algo que permanece mesmo após a morte. Com certeza você já leu e trabalho em sala de aula com um texto, que foi escrito pela Luiza, sobre o senso religioso. Vamos relembrar alguns aspectos importantes sobre esse texto. O homem é um ser vivo dotado de corpo físico, razão, e espírito. A razão e o espírito são características que apenas o homem apresenta e é isso que o faz diferente de um animal, um vegetal. Desde que apareceu no mundo, o homem tem a necessidade de explicar o porquê de todas as coisas serem como são. Foi assim que nasceram as Ciências, a Matemática e etc. Através de observação e experimentação, o homem utilizou seu raciocínio para explicar o que o cercava. Algumas perguntas, porém, não eram possíveis de serem respondidas pela razão. De onde eu vim? Para onde eu vou? Quando eu morro, existe algo em mim que não morre? Essas perguntas são respondidas pela religião. Além de responder às perguntas existenciais do Homem através da existência de um ser supremo Deus as religiões também propõem cultos de agradecimento pela vida, pedidos de graças e glorificação a Ele. A grande maioria das pessoas não escolhe sua religião. Geralmente ela é passada de pai para filho há muito tempo, e hoje está fortemente ligada à cultura do povo, de determinada comunidade. Qualquer que seja a religião (ou até o ateísmo negar as religiões) deve ser seguida em sua essência, para poder satisfazer à sua necessidade de infinito, para responder à insatisfação do Homem frente à morte, à dor, e até ao prazer, ao poder e ao dinheiro. Adaptação de texto escrito por Luiza Leonor Cavazoti Silva. Dialogar para integrar Na última quinta-feira (23) nos reunimos para dialogar a respeito de espiritualidade e educação com o objetivo de promover uma integração das diferentes formas de pensamento. Convidamos representantes de algumas religiões e também de não-religiões para que expusessem seus pensamentos. Uma das contribuições da filosofia é que nos ensina a termos um senso crítico, investigativo das coisas. E, isso nos leva a quebrar preconceitos. Preconceitos são, de acordo com a etimologia da palavra, pré conceitos que temos a respeito de determinado assunto. São conceitos, julgamentos que fazemos previamente, sem uma reflexão prévia. Opiniões que formamos sem fundamento justo ou conhecimento suficiente. Então, somente pelo conhecimento podemos deixar os pré conceitos e aí sim, falar, omitir
opinião, com algum embasamento no assunto. Esse encontro teve por objetivo, ouvirmos, aprendermos um pouco sobre pensamentos que talvez sejam diferentes do nosso. Mas, para que possamos aprender, precisamos nos abrir. Quando nos fechamos dentro de nossas convicções, achando que estamos com a verdade final, perdemos a oportunidade de aprender, de crescer, de enxergar que o mundo é muito maior do que pensamos. Diálogos são sempre importantes em um mundo marcado por desentendimentos, intolerâncias. Assistimos a humanidade junto com toda a criação sendo ameaçadas. A violência, a destruição da natureza, a maldade, a ganância e o egoísmo crescem de maneira assustadora. Nesse momento percebemos o quanto precisamos uns dos outros. Aprender a convivência através do respeito mútuo. Barreiras que temos em relação ao outro, são superadas a partir do momento em que buscamos o caminho da alteridade, procurando interagir, colocando-nos no lugar do próximo. Precisamos conhecer o outro, e conhecendo, é necessário respeitar. Porque o respeito ao outro é o respeito a si próprio. Para tanto precisamos, além do respeito, de: paciência, humildade, amor à verdade, ouvir sem preconceito, reconhecer o valor alheio, sentir alegria pelo bem que outros realizam. Apesar das diferentes formas de pensar, de viver a espiritualidade, temos muito em comum. É possível dispor-nos ao desafio de dialogar sobre as diferenças e contribuir visando o bemestar comum e superação das intolerâncias. No essencial, a unidade. No que é próprio de cada um, a liberdade. Em tudo, o amor, a caridade. (Agostinho de Hipona). Essa frase de Agostinho, um filósofo e teólogo, resume o que buscamos. Viver a unidade no meio da diversidade. Buscar uma convivência pacífica e cooperação nas causas comuns. E, temos que concordar, fazer amigos é mais gratificante do que combater concorrentes... Adaptação de texto escrito por Eleanor Abel Oda Teruya