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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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UNIÃO ESTÁVEL. 2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união estável.

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

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Transcrição:

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.547.968 - SP (2015/0193054-0) RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO. REGIME DE BENS. COMUNHÃO PARCIAL. COMUNICABILIDADE DAS VERBAS ORIUNDAS DE AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. POSSIBILIDADE. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte Superior, comunicam-se, no regime da comunhão parcial de bens, as verbas decorrentes de ação previdenciária originada na constância do casamento. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti (Presidente), Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 02 de fevereiro de 2016(Data do Julgamento) MINISTRO RAUL ARAÚJO Relator Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 1 de 7

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.547.968 - SP (2015/0193054-0) RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão monocrática desta Relatoria que negou seguimento ao recurso especial ao entender pela comunicabilidade das verbas oriundas de ação previdenciária referentes ao período em que perdurou o casamento. O agravante, em suas razões recursais, sustenta, em síntese, que: a) "a decisão discorre sobre VERBAS TRABALHISTAS. Mas frisa- se novamente, trata-se de proventos oriundos de APOSENTADORIA. De certo que o patrimônio das contribuições ao sistema previdenciário advém do trabalho. Porem, o que temos é que o trabalho o qual houve a incidência das contribuições previdenciárias se iniciou antes mesmo do casamento" (e-stj, fl. 145); b) "sem contar ainda, que, contrariando até mesmo as jurisprudências colacionadas na decisão recorrida (todas versando sobre CREDITOS TRABALHISTAS ), o artigo 1659, VI e VII versam sobre a incomunicabilidade das pensões, monte pios e OUTRAS RENDAS SEMELHANTES" (e-stj, fl. 145); e c) "o benefício de aposentadoria advém dos proventos do trabalho pessoal. Sem trabalho não haveria contribuição aos cofres da Previdência. Logo, se o recorrente houvesse por gozar o benefício, mensalmente, estaria obrigado a pagar 50% de seus vencimentos previdenciários a recorrida? São dois pesos e duas medidas?" (e-stj, fl. 145). É o relatório. Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 2 de 7

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.547.968 - SP (2015/0193054-0) RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): A Corte de origem, ao dirimir a controvérsia acerca da comunicabilidade dos valores oriundos de ação previdenciária, consignou o seguinte: "A decisão recorrida está em plena consonância com o entendimento jurisprudencial a respeito. O celebrado em 16.12.80 pelo regime da comunhão parcial de bens perdurou até 02/06/2007. Parte dos valores trabalhistas auferidos com a procedência da Ação Previdenciária, portanto, provêm de período aquisitivo anterior ao término da sociedade conjugal e, portanto, devem compor a partilha. Conforme bem esclareceu o i. sentenciante a fl. 36: 'Não se excluem da comunhão os bens adquiridos com os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, pois o que não se comunica são os próprios proventos. Do contrário, ficaria muito difícil imaginar um casal conseguir amealhar algum patrimônio comum que não pelo produto do trabalho, considerando as demais ressalvas legais quanto à comunicação, como a sub-rogação. Desse modo, todo o dinheiro amealhado durante a sociedade conjugal deve ser partilhado igualitariamente, pois a lei já presume o esforço comum, em partes iguais, ainda que um deles sequer exerça alguma atividade remunerada, o que não é o caso dos autos.' No caso dos autos, o valor a ser recebido pelo réu naquela Ação Previdenciária, a que a autora faz jus na proporção de 50%, refere-se, somente, àquilo que a ele deveria ter sido pago na época oportuna e na constância do casamento." (e-stj, fls. 81/82) O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que "o direito ao recebimento dos proventos não se comunica ao fim do casamento, mas, ao serem tais verbas percebidas por um dos cônjuges na constância do matrimônio, transmudam-se em bem comum, mesmo que não tenham sido utilizadas na aquisição de qualquer bem móvel ou imóvel (arts. 1.658 e 1.659, VI, do Código Civil)." (REsp 1.358.916/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 16/9/2014, DJe de 15/10/2014). Confira-se, Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 3 de 7

ainda: "AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE SOBREPARTILHA - REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS - VERBA TRABALHISTA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO RECURSO. IRRESIGNAÇÃO DO CÔNJUGE VARÃO. 1. A indenização trabalhista recebida por um dos ex-cônjuges após a dissolução do vínculo conjugal, mas correspondente a direitos adquiridos na constância do casamento celebrado sob o regime da comunhão universal de bens, integra o patrimônio comum do casal e, portanto, deve ser objeto da partilha. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido." (AgRg no REsp 1.467.151/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 16/4/2015, DJe de 23/4/2015) "RECURSO ESPECIAL. CASAMENTO. COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTE DE 28,86%. LEI 8.622 E 8.627 DE 1993. DIFERENÇAS DE REMUNERAÇÃO. PATRIMÔNIO COMUM. PARTILHA DE BENS. 1. Os rendimentos do trabalho, pertinentes a fato gerador ocorrido durante a vigência da sociedade conjugal, integram o patrimônio comum na hipótese de dissolução do vínculo matrimonial, desde que convertidos em patrimônio mensurável de qualquer espécie, imobiliário, mobiliário, direitos ou mantidos em pecúnia. 2. Os atrasados oriundos de diferenças salariais relativas ao reajuste de 28,86% concedido aos servidores públicos federais pelas Leis 8.622 e 8.627, ambas de 1993, recebidos por um dos ex-cônjuges por força de decisão judicial, após a dissolução do vínculo conjugal, mas correspondentes a direitos adquiridos na constância do casamento celebrado sob o regime da comunhão parcial de bens, integram o patrimônio comum do casal e devem ser objeto da partilha decorrente da dissolução do vínculo conjugal. Precedentes. 3. Recurso especial provido." (REsp 1.096.537/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 23/10/2014, DJe de 7/11/2014) "AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. REGIME DE BENS DO CASAMENTO. COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. CRÉDITOS TRABALHISTAS ORIGINADOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO. COMUNICABILIDADE. 1. A jurisprudência da Terceira Turma é firme no sentido de que integra a comunhão a indenização trabalhista correspondente a direitos adquiridos na constância do casamento. 2. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO." (AgRg no REsp 1.250.046/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 6/11/2012, DJe de 13/11/2012) Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 4 de 7

"Direito civil e família. Recurso especial. Ação de divórcio. Partilha dos direitos trabalhistas. Regime de comunhão parcial de bens. Possibilidade. - Ao cônjuge casado pelo regime de comunhão parcial de bens é devida à meação das verbas trabalhistas pleiteadas judicialmente durante a constância do casamento. - As verbas indenizatórias decorrentes da rescisão de contrato de trabalho só devem ser excluídas da comunhão quando o direito trabalhista tenha nascido ou tenha sido pleiteado após a separação do casal. Recurso especial conhecido e provido." (REsp 646.529/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/6/2005, DJ de 22/8/2005, p. 266) Não derroga esse entendimento o fato de que, na hipótese dos autos, não se trataria de verbas trabalhistas, e sim de proventos de aposentadoria oriundos de ação previdenciária, pois subsistem os mesmos fundamentos utilizados para a partilha dos valores originados e não recebidos na constância do casamento. Nesse sentido: "AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. PARTILHA. COMUNICABILIDADE DOS SALDOS BANCÁRIOS ADVINDOS DE VERBA TRABALHISTA E APOSENTADORIA. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 1.658 E 1.659, VI, DO CC E ART. 5 DA LEI N. 9.278/1996. 1. No regime de comunhão parcial ou universal de bens, o direito ao recebimento dos proventos não se comunica ao fim do casamento, mas, ao serem tais verbas percebidas por um dos cônjuges na constância do matrimônio, transmudam-se em bem comum, mesmo que não tenham sido utilizadas na aquisição de qualquer bem móvel ou imóvel (arts. 1.658 e 1.659, VI, do Código Civil). 2. O mesmo raciocínio é aplicado à situação em que o fato gerador dos proventos e a sua reclamação judicial ocorrem durante a vigência do vínculo conjugal, independentemente do momento em que efetivamente percebidos, tornando-se, assim, suscetíveis de partilha. Tal entendimento decorre da ideia de frutos percipiendos, vale dizer, aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. Precedentes. 3. Na hipótese, os saldos bancários originam-se de economias advindas de salários e aposentadoria do falecido, sendo imprescindível que o montante apurado seja partilhado com a companheira no tocante ao período de vigência do vínculo conjugal. 4. Agravo regimental não provido." (AgRg no REsp 1.143.642/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 26/5/2015, DJe de 3/6/2015) "RECURSO ESPECIAL - DIREITO DE FAMÍLIA - COMUNHÃO UNIVERSAL - FRUTOS CIVIS - VERBAS RECEBIDAS A TÍTULO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - DIREITO QUE NASCEU E FOI PLEITEADO PELO VARÃO DURANTE O CASAMENTO - INCLUSÃO NA Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 5 de 7

PARTILHA DE BENS - RECURSO NÃO CONHECIDO. 200600187233 1. No regime da comunhão universal de bens, as verbas percebidas a título de benefício previdenciário resultantes de um direito que nasceu e foi pleiteado durante a constância do casamento devem entrar na partilha, ainda que recebidas após a ruptura da vida conjugal. 2. Recurso especial não conhecido." (REsp 918.173/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/6/2008, DJe de 23/6/2008) Desse modo, diferentemente do alegado nas razões do agravo regimental, tem-se que devem integrar a partilha os valores oriundos de ação previdenciária, restritos ao período em que perdurou o casamento. Ante o exposto, nega-se provimento ao agravo regimental. É como voto. Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUARTA TURMA AgRg no Número Registro: 2015/0193054-0 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.547.968 / SP Números Origem: 00249249820128260602 20120249246 249249820128260602 602012012049246 EM MESA JULGADO: 02/02/2016 SEGREDO DE JUSTIÇA Relator Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO Presidente da Sessão Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. LUCIANO MARIZ MAIA Secretária Bela. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI RECORRENTE RECORRIDO ASSUNTO: DIREITO CIVIL AUTUAÇÃO AGRAVO REGIMENTAL CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti (Presidente), Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1480540 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2016 Página 7 de 7