EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL E DE 2º GRAU COMO AGENTES DE MUDANÇAS NAS QUESTÕES AMBIENTAIS

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Transcrição:

EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL E DE 2º GRAU COMO AGENTES DE MUDANÇAS NAS QUESTÕES AMBIENTAIS Monaliza Rodrigues Claudino 1 ; José Pires Dantas 2 1 Bióloga. Aluna da Pós-Graduação em Metodologia do Ensino de Biologia e Química. FACINTER. monalyzza2010@hotmail.com 2. Professor Doutor em Engenharia Agronômica UEPB/UFCG. Orientador. pires_uepb@yahoo.com.br RESUMO Nas últimas décadas, vêm se intensificando as preocupações inerentes à temática ambiental e, concomitantemente, as iniciativas dos variados setores da sociedade para o desenvolvimento de práticas educativas, das reflexões sobre as relações dos seres humanos entre si, com ele mesmo e com seus semelhantes, logo, estas são condições imprescindíveis para que a Educação Ambiental ocorra. Portanto, esta pesquisa busca apresentar a Educação Ambiental como um componente essencial no processo de formação e educação permanente do individuo e como uma agente de mudanças na vida escolar, do corpo docente e discentes que forma esta organização, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, que contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas. Palavras-chave: Educação. Agentes. Questões Ambientais. ABSTRACT In recent decades, have escalated the concerns related to environmental issues and, concomitantly, the initiatives of various sectors of society for the development of educational practices, reflections on the relationship of humans with each other, with himself and with his fellows, thus are essential conditions for environmental education occurs. Therefore, this research seeks to introduce environmental education as an essential component in the process of training and continuing education of the individual and as an agent of change in school life, faculty and students to form this organization, with a targeted approach to solving problems, which contributes to the active involvement of the public education system becomes more relevant and more realistic and provides a greater interdependence between these systems and the natural and social environment, with the goal of an increasing well-being of human communities. Keywords: Education. Agents. Environmental Issues. 1. INTRODUÇÃO As idéias ligadas à temática ambiental não surgiram de um dia para outro. Numerosos fatos de âmbito internacional foram delineando o que conhecemos hoje por Educação Ambiental (EA). Assim como, tantas as outras áreas do conhecimento, pode se tornar um processo intelectual a serviço da solução dos problemas da comunidade, a Educação Ambiental encontra-se totalmente ligada à sociedade; na conscientização do ser humano, quanto a sua cidadania; os seus direitos e deveres para com a natureza, pois se trata de um aprendizado social, onde o diálogo e a troca de informação podem advir da sala de aula ou da experiência pessoal. Na necessidade de refletir e compreender a relação do homem com a natureza, no que se refere a um processo de reconstrução interna dos indivíduos, faz-se urgente, buscar o conhecimento 62

em sua área específica. O maior desafio é de formular uma educação ambiental, que seja crítica e inovadora, sendo, portanto um ato político, voltado para a transformação social. Essa consciência já chegou à escola e muitas iniciativas têm sido desenvolvidas em torno desta questão, por educadores de todo o País. Por estas razões, vê-se a importância de se incluir a temática do Meio-Ambiente como tema transversal dos currículos escolares, permeando toda prática educacional (DIAS, 2001). Porém, implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva, pelas grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Diante do exposto, fica evidente a importância de uma educação transformadora que envolva não só uma visão ampla de mundo, como também a clareza da finalidade do ato educativo, uma posição política e competência técnica para programar projetos a partir do aporte teórico e formador de profissional competente. (JR PHILIPPI; PELICIONI, 2005). 2. OBJETIVOS Este trabalho tem por objetivo apresentar a realidade do ensino fundamental e médio, como agentes de mudanças nas questões ambientais, dando ênfase na questão da Educação Ambiental. Mostrar o contexto histórico da educação ambiental, suas dificuldades e seus desafios para a introdução de práticas desta no ambiente escolar. E assim, conscientizar no processo ensinoaprendizagem a inclusão da Educação Ambiental em todos os ramos de ensino. 3. METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em: livros, anuários, revistas, artigos científicos, teses e dissertações, entre outros tipos de comunicação de âmbito científicos, cuja finalidade é buscar, a partir das opiniões dos autores, a realidade quanto à inserção da Educação Ambiental na vida escolar. Com características de uma pesquisa bibliográfica do tipo Qualitativa, segundo KÖCHE (2000), este gênero de trabalho acadêmico que envolve uma busca por matérias de âmbito acadêmico, que servira como adjetivos para o objeto da pesquisa, qualificando-o, de modo a, apresentar uma nova visão para os leitores. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Embora o estudo da Educação Ambiental sempre estivesse presente no currículo escolar, a preocupação com relação a uma ética, no sentido de cuidar e preservar a natureza para gerações futuras, só teve mais ênfase a partir das décadas de 50 e 60 do século XX, quando movimentos sociais por toda à parte do mundo começaram a levantar questões sobre a degradação e a extinção dos recursos naturais, provocadas pelo modelo econômico adotado nos últimos 200 anos VASCONCELLOS (1997). Segundo PILETTI (1989), A nossa educação se constrói nos espaços de convivência da nossa vida, vivemos em modelo desenvolvimentista baseado no consumo exacerbado, que além de proporcionar um esgotamento dos recursos naturais, produz uma quantidade de resíduos impossíveis de ser reabsorvida pela natureza, na escala de tempo de vida de uma geração e, em muitos casos, de outras. Segundo ANDRADE (2000),... fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que irá alterar a rotina na escola, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos 63

à implementação da Educação Ambiental. Estudando tal assunto, pode-se verificar que autores como: Guerra, Dias, Godinho entre outros, possuem pontos bastante em comum e relevantes, quanto às dificuldades e obstáculos que os educadores enfrentam em sua docência ao tentarem introduzir as práticas educativas no meio escolar, tais como: OBSTÁCULOS E DIFICULDADES Falta de projetos e textos de educação ambiental em livros didáticos (fundamental e médio), onde apenas livros de ciências ou geografia abordam contextos superficiais (GUERRA, 2005); Falta de formação continuada para professores (DIAS, 2001); Dedicação extrema dos profissionais de toda área da educação (GODINHO, 2008); Criação de projetos e planos de ação correntes a realidade e as necessidades do ambiente; Educação voltada para o meio ambiente (mudança de hábitos); Ensinamentos que conduzam ao uso racional dos recursos naturais; Professores que se acham velhos para mudarem os seus métodos de trabalho; Realidade Escolar; Falta de apoio do corpo técnico escolar; No Brasil, a educação ambiental não proporciona metodologias e objetivos com ações metodológicas nas escolas; Governo impõe cursos de reciclagem, mas não favorece meios para a manutenção das propostas abordadas no curso (GUERRA e GUSMÃO, 2004); Distanciamento entre universidade e os ensinos fundamentais e médio (GUERRA,2004); Carência de explicações políticas, econômicas e sociais que dê sustentabilidade a uma educação ambiental de consciência e conhecimento publico; Divulgação dos projetos nacionais e internacionais sobre a educação ambiental; Mesmo com tantos impecílios, muitos educadores ambientais vêm tentando propiciar métodos pedagógicos que possam ser relacionados e desenvolvidos conforme as questões ambientais necessitam. Visto que as dificuldades são varias, a UNESCO na conferencia de Belgrado (1975) define a seguinte finalidade para a educação ambiente: "Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam (GUERRA, 2004). Segundo Dias (1992) criar condições para que, no ensino formal, a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado, são propostas importantes para o desenvolvimento deste projeto. Com isso os participantes do Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação Ambiental (MEC/SEMAM, 1991) sugerem algumas propostas para o desenvolvimento dos trabalhos relacionados à Educação Ambiental na escola, como podemos observar abaixo: 64

SOLUÇÕES DESAFIOS Dedicação extrema dos profissionais de toda área da educação (GODINHO, 2008); Criação de projetos e planos de ação correntes a realidade e as necessidades do ambiente; Educação voltada para o meio ambiente (mudança de hábitos); Ensinamentos que conduzam ao uso racional dos recursos naturais; Necessidade de tornar a educação ambiental voltada para uma pratica pedagógica efetiva; Interdisciplinaridade; Mudanças nos livros didáticos; Uso de currículos adaptados as questões ambientais; Processo educativo provocar mudanças significativas e alterar o atual modelo de degradação do meio ambiente; Profissionais capazes de planejar e gerenciar a qualidade do meio ambiente; Mudanças no comportamento do homem em relação à natureza; Atualização de professores e a revisão de suas práticas e conceitos. 5. CONCLUSÕES Considerando que este trabalho possui um cunho qualitativo e expansor do assunto, para novas pesquisas advindas deste, acreditamos que o mesmo tenha atingido os seus objetivos, uma vez que propôs apresentar a realidade do ensino fundamental e médio, como agentes de mudanças nas questões ambientais na vida escolar como um todo. Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Que apresenta grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Mas a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra. Dado que a Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais contundentes. Portanto, devemse buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, conseguiremos implementar, em nossas escolas, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes. Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários, potenciais multiplicadores de informações e atividades relacionadas à Educação Ambiental implementada na escola. Com isso, o 65

estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola. Porém, ainda deparamos com dificuldades de materiais básicos para propiciar um ensino mais completo. Os projetos precisam ampliar as possibilidades de crianças e jovens pensarem de forma mais sustentável desde seus primeiros passos no ambiente escolar, para que no futuro, quem sabe, tenhamos uma nova possibilidade de viver, em harmonia com nosso meio ambiente. 6. REFERÊNCIAS ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v.4. Out/Nov/Dez 2000. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 2001. GODINHO, E. M. O. Educação Ambiental nas praticas escolares dificuldades e desafios no ensino fundamental. Art.2008. GUERRA, R. T. GUSMÃO, C. R. C. A implantação da Educação Ambiental numa escola pública de Ensino Fundamental: teoria versus prática. João Pessoa, Anais do Encontro Paraibano de Educação Ambiental 2004 e 2005 Novos Tempos. 08-10 Nov 2005. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica. Petrópoles - RJ, Editora Vozes, p.122-126, 1997. PHILIPPI, Arlindo Jr. PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Editora Manole, 2005. VASCONCELLOS, H. S. R. A pesquisa-ação em projetos de Educação Ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 1997. COSTA, A. A. S.; RODRIGUES, E. M. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e suas implicações na aprendizagem. Revista Brasileira de Informações Científicas. v. 2, n.1, p. 62-66. 2011. ISSN 2179-4413 66