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Transcrição:

Transporte dos gametas Professor: Arturo Arnáez Vaella

Ovocitação O folículo terciário pressiona contra a parede do ovário (formação do estigma). Entre 10 a 12 horas antes da ovocitação: retoma-se a meiose (até 2. a paralisação). Lembrar a importância do pico de LH. LH: estímulo para a ovocitação.

Ovocitação Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Ovocitação Eventos importantes desencadeados por LH: Mudança da expressão gênica folicular. Mudanças vasculares: aumento do fluxo sanguíneo e edema local. Proteólise: realizada por metaloproteinases Afrouxamento das células: devido à secreção de ácido hialúrônico.

Ovocitação Resultado: rompimento da parede folicular. As metaloproteinases são necessárias para a degradação do colágeno da matriz extracelular folicular. Exp Clin Endocrinol Diabetes 107 (1999) 1-11 Fonte: Schoenwolf G, Larsen W. Larsen's human embryology. 5th ed. Churchill Livingstone; 2015.

Ovocitação Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Ovocitação Qué é liberado? 1) Ovócito secundário 2) Zona pelúcida 3) Corona radiata 4) Células do cúmulus oophurus Os 4 elementos constituem o complexo cúmulusovócito (CCO)

Ovocitação Fonte: http://biologia-no-vestibular.blogspot.com.br/2012/06/ufpb-reproducao-humana.html

Ovocitação Mittelschmerz ( dor do meio ): Fonte: http://erinatc.blogspot.com.br/2013/05/mittelschmerz.html

Transporte do ovócito secundário Eventos importantes: As fimbrias se aproximam ao ovário varrendo sobre sua superfície (previamente aumentam células ciliadas na tuba). Interação adesiva CCO tuba uterina. Captura do CCO pela tuba uterina.

Transporte do ovócito secundário O volume adicional das estruturas e células que acompanham ao ovócito é fundamental para a captura.

Transporte do ovócito secundário Algumas adaptações não são imprescindíveis: Extremidade fimbriada Proximidade entre ovário e tuba uterina Movimento ciliar (síndrome dos cílios imóveis)

Transporte do ovócito secundário Ovário e a tuba contralateral extirpados: Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm (adaptado)

Transporte do ovócito secundário Com o sem fertilização: Transporte lento (ampola): 72 h Transporte rápido (do istmo até o útero): 8 h Duas possibilidades: fagocitose ou implantação.

Transporte do ovócito secundário Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Transporte do ovócito secundário Nota: na figura a posição do embrião com duas células não é correta (no istmo entra depois de 72 horas) Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Transporte dos espermatozoides. No trato masculino: maturação estrutural e funcional. No trato feminino: importante para fecundar o ovócito.

Transporte dos espermatozoides.maturação no epidídimo (12 dias): Antes são imóveis e incapazes de fertilizarem o ovócito. Implica mudanças bioquímicas (e.g. glicoproteínas da membrana plasmática da cabeça).

Transporte dos espermatozoides

Transporte dos espermatozoides Na ejaculação: Mistura com as secreções das vesículas seminais e a próstata. Líquido prostático: rico em ácido cítrico, fosfatase ácida, colesterol, Zn 2+ e Mg 2+. Líquido da vesícula seminal: rico em frutose e prostaglandinas. É ejaculado 2 a 6 ml de sêmen (ph alcalino) que contêm entre 40 e 250 milhões de espermatozoides.

Transporte dos espermatozoides Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Transporte dos espermatozoides Fonte: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-genital/sistema-genital-feminino/utero/

Transporte dos espermatozoides No trato reprodutivo feminino: Começa na parte superior da vagina e acaba na ampola da tuba uterina. Na vagina (ph ácido) é importante a capacidade de tamponamento do sêmen.

Transporte dos espermatozoides No trato reprodutivo feminino: No canal cervical devem atravessar o muco cervical (processo complicado) que contem mucina cervical. Entre os dias 9 e 16 aumenta o % H2O (muco E) ---> estrógenos. Posteriormente diminui o % H2O (muco G) ---> progesterona.

Transporte dos espermatozoides No trato reprodutivo feminino: Transporte rápido pelo colo: espermatozoides podem chegar às tubas uterinas em 5 a 20 min. Baseado na contração muscular. Transporte lento pelo colo: Baseado no movimento próprio das células. Demora 2 a 4 dias para sair do colo.

Transporte dos espermatozoides No trato reprodutivo feminino: No corpo do útero provavelmente predomina a contração muscular como causa do transporte. A maioria entra na tuba uterina que contém o ovócito.

Transporte dos espermatozoides No trato reprodutivo feminino: Mantêm-se unidos ao epitélio do istmo por 24 h. Nesse intervalo acontece a reação de capacitação: remoção de colesterol e glicoproteínas. Importante para a fertilização. Finalmente se tornam hiperativos e se desprendem do epitélio. Os movimentos peristálticos da tuba uterina promovem o encontro dos gametas masculino e feminino.

Transporte dos espermatozoides Nota: a posição do embrião com duas células não é correta (no istmo entra depois de 72 horas) Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Transporte dos espermatozoides Fonte: Carlson B. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5th ed. Elsevier; 2014.

Transporte dos espermatozoides Tem sido demostrada a importância da quimiotaxia e termotaxia no transporte dos espermatozoides (e.g. progesterona em humanos e coelhos). Nat Rev Mol Cell Biol 7:276 285, 2006. Fonte: Nat Rev Mol Cell Biol 7:276 285, 2006.

Referências bibliográficas Carlson, B. (2014). Embriologia humana e biologia do desenvolvimento (5 ed.). Rio de Janeiro: Elsevier/Saunders. (Capítulo 2)