IPI ICMS - SP LEGISLAÇÃO - SP ANO XXI - 2010-3ª SEMANA DE JULHO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 29/2010



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Transcrição:

IPI ANO XXI - 2010-3ª SEMANA DE JULHO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 29/2010 INDUSTRIALIZAÇÃO - DEFINIÇÕES E CONCEITOS CONFORME O NOVO RIPI/2010 Introdução - Industrial - Equiparados a Industrial - Aqueles Que São Equiparados a Industrial Por Opção - Parecer Normativo CST nº 482/1971 - Atacadistas - Varejistas - Outros Conceitos... ICMS - SP Pág. 243 INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA - OPERAÇÃO TRIANGULAR Introdução - Definição de Operação Triangular - Industrialização Por Encomenda - Procedimentos do Estabelecimento Fornecedor - Procedimentos do Estabelecimento Encomendante - Procedimentos do Estabelecimento Industrializador... LEGISLAÇÃO - SP Pág. 241 Resolução SEFAZ nº 61, de 05.07.2010 (DOE de 06.07.2010) - Empresas Estrangeiras - CAUFESP - Disposições... Resolução SEFAZ nº 62, de 05.07.2010 (DOE de 06.07.2010) - Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal - Alterações... Pág. 239 Pág. 239

JULHO - Nº 29/2010 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - SÃO PAULO IPI INDUSTRIALIZAÇÃO Definições e Conceitos Conforme o Novo RIPI/2010 Sumário 1. Introdução 2. Industrial 3. Equiparados a Industrial 3.1 - Aqueles Que São Equiparados a Industrial Por Opção 3.2 - Parecer Normativo CST nº 482/1971 4. Atacadistas 5. Varejistas 6. Outros Conceitos 1. INTRODUÇÃO Estaremos abordando conceitos e trazendo algumas definições acerca de enquadramento das atividades previstas no Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. 2. INDUSTRIAL Considera-se estabelecimento industrial aquele que executa qualquer das operações que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo em que resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0 (zero) ou isento. 3. EQUIPARADOS A INDUSTRIAL Serão equiparados a estabelecimento industrial: a) os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos; b) os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; c) as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento da mesma firma, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese da letra b; d) os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos; e) os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda; f) os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas Posições 71.01 a 71.16 da TIPI; g) os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas Posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos: g.1) industriais que utilizarem os produtos mencionados como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas; g.2) atacadistas e cooperativas de produtores; ou g.3) engarrafadores dos mesmos produtos; h) os estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos importadores produtos de procedência estrangeira, classificados nas Posições 33.03 a 33.07 da TIPI; i) os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora; j) os estabelecimentos atacadistas dos produtos da Posição 87.03 da TIPI; k) os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de fabricação nacional, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que trata o art. 222; l) os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o letra k, diretamente de estabelecimento industrial, ou de encomendante equiparado na forma da letra m; m) os estabelecimentos comerciais de produtos de que trata a letra k, cuja industrialização tenha sido por eles encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda; n) os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de procedência estrangeira, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que trata o art. 222; o) os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata a letra n, diretamente de estabelecimento importador. 243

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - SÃO PAULO 3.1 - Aqueles Que São Equiparados a Industrial Por Opção Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção: a) os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para estabelecimentos industriais ou revendedores, observado o disposto na alínea a do inciso I do art. 14; e b) as cooperativas, constituídas nos termos da Lei n o 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização. 3.2 - Parecer Normativo CST nº 482/1971 Estamos transcrevendo a íntegra do Parecer Normativo CST nº 482/1971, que traduz entendimento quanto à equiparação a industrial de filiais atacadistas que realizam vendas de produtos recebidos da matriz e, igualmente, de produtos adquiridos de terceiros. PARECER NORMATIVO CST Nº 482/1971 01 - IPI 01.03 - ESTABELECIMENTO EQUIPARADO A INDUSTRIAL 01.03.03 - FILIAIS ATACADISTAS Equiparam-se a estabelecimentos industriais (RIPI, Dec. nº 61.514/ 67, art. 3º, 1º, II). Direito ao crédito do imposto. Obrigatoriedade da emissão de notas fiscais (art. 83, inc. I). Estabelecimento comercial, filial de estabelecimento industrial, realiza vendas de produtos recebidos da matriz e, igualmente, de produtos adquiridos de terceiros. Essas vendas são feitas quer no balcão, a consumidores, quer a comerciantes e industriais. 2. Na forma do inciso II, 1º, do art. 3º do RIPI (Decreto nº 61.514/ 1967), é o referido estabelecimento equiparado a industrial, uma vez que efetua vendas por atacado, como tais incluídas no inc. III do art. 4º, do RIPI (efetuadas a revendedores). 3. Por consequência, caberá ao estabelecimento focalizado, como contribuinte que é, creditar-se do imposto constante das notas fiscais recebidas da matriz, ficando obrigado ao recolhimento do imposto, lançado nas notas fiscais que é obrigado a emitir (art. 83, inc. I), quando da saída dos produtos recebidos da referida matriz. 4. Quanto às obrigações acessórias relativas ao documentário fiscal, atente-se para a recomendação constante do item 10 do Parecer Normativo CST nº 483/1970. 5. Por outro lado, faz-se também conveniente o exame do Parecer Normativo CST nº 205/1970, no que tange à interpretação que deve ser dada, após o advento do Decreto-lei nº 400/1968, às exigências do art. 6º do RIPI, combinado com o 6º do art. 21". 4. ATACADISTAS A Legislação do IPI considera estabelecimento comercial atacadista aquele que efetuar vendas: a) de bens de produção, exceto a particulares em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso; JULHO - Nº 29/2010 b) de bens de consumo, em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; e c) a revendedores. 5. VAREJISTAS São considerados estabelecimentos comercial varejista os que efetuarem vendas diretas a consumidor, ainda que realizem vendas por atacado esporadicamente, para tanto considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre-civil, o seu valor não exceder a 20% (vinte por cento) do total das vendas realizadas. 6. OUTROS CONCEITOS Interdependência Basicamente, são interdependentes 2 (duas) empresas: a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% (quinze por cento) ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem assim por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; b) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercida sob outra denominação; c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% (vinte por cento), no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50% (cinquenta por cento), nos demais casos, do volume de vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; d) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente, de 1 (um) ou de mais de 1 (um) dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira apenas à padronagem, marca ou tipo de produto; e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado. Controladora/controlada - Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Coligadas - São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. Interligadas - Consideram-se interligadas as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Fundamentos Legais: Arts. 4º a 14 do RIPI/2010; Parecer Normativo CST nº 482/1971. 242

JULHO - Nº 29/2010 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - SÃO PAULO ICMS - SP INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA Operação Triangular Sumário 1. Introdução 2. Definição de Operação Triangular 3. Industrialização Por Encomenda 3.1 - Procedimentos do Estabelecimento Fornecedor 3.2 - Procedimentos do Estabelecimento Encomendante 3.3 - Procedimentos do Estabelecimento Industrializador 1. INTRODUÇÃO Considerando que a operação triangular de remessa para industrialização por encomenda é um dos procedimentos mais questionados em nossa Consultoria, nesta matéria iremos relacionar esses procedimentos baseados na Legislação do ICMS e do IPI, para que nossos Assinantes encontrem maior facilidade quando realizarem tais operações. Por se tratar de uma matéria em âmbito nacional, nos baseamos nos procedimentos contidos no Convênio ICM s/nº, de 1970, e suas alterações. 2. DEFINIÇÃO DE OPERAÇÃO TRIANGULAR É aquela na qual estão envolvidos 3 (três) ou mais estabelecimentos. 3. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA Industrialização de mercadoria sob encomenda, com fornecimento de matérias-primas(mp), produtos intermediários (PI) e material de embalagem (ME), adquiridos de outro estabelecimento, os quais, sem transitar pelo estabelecimento adquirente (encomendante) forem entregues pelo fornecedor diretamente ao industrializador. 3.1 - Procedimentos do Estabelecimento Fornecedor O estabelecimento fornecedor deverá observar os seguintes procedimentos: a) emitir Nota Fiscal em nome do estabelecimento adquirente (encomendante), com lançamento do IPI e com destaque do ICMS (se devidos), contendo todos os requisitos legais e, especialmente: a.1) CFOP: 5.122 ou 6.122 - Venda de produção do estabelecimento remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento do adquirente ou 5.123 ou 6.123 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento do adquirente ; a.2) natureza da operação: Venda; a.3) o nome, o endereço, as inscrições, estadual e no CNPJ do estabelecimento em que os produtos serão entregues para industrialização; a.4) a menção de que as mercadorias se destinam à industrialização; b) escriturar a referida Nota Fiscal no livro Registro de Saídas, utilizando-se das colunas próprias para lançamento com débitos do IPI e do ICMS; c) emitir Nota Fiscal para acompanhar a remessa efetiva das mercadorias para industrialização, sem lançamento do IPI e sem destaque do ICMS, contendo todos os requisitos legais e, especialmente: c.1) CFOP: 5.924 ou 6.924 - Remessa para industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente ; 241

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - SÃO PAULO c.2) o número, a série e a data da Nota Fiscal de venda emitida para o estabelecimento adquirente (encomendante); c.3) o nome, o endereço, as inscrições, estadual e no CNPJ do estabelecimento adquirente (encomendante), por quem à conta e ordem a mercadoria será industrializada; d) escriturar a Nota Fiscal citada na letra c anterior, no livro Registro de Saídas, utilizando-se das colunas Documento Fiscal e Observações (nessa coluna devese mencionar os elementos indicativos da Nota Fiscal emitida para o estabelecimento encomendante). 3.2 - Procedimentos do Estabelecimento Encomendante O estabelecimento encomendante deverá observar os seguintes procedimentos: a) escriturar a Nota Fiscal de venda, emitida pelo estabelecimento fornecedor, no livro Registro de Entradas, utilizando-se das colunas próprias para lançamentos com créditos do IPI e do ICMS; b) emitir Nota Fiscal referente à remessa simbólica de mercadorias para industrialização, sem lançamento do IPI e sem destaque do ICMS, contendo os requisitos legais e, especialmente: b.1) CFOP: 5.949 ou 6.949 - Remessa Simbólica para Industrialização ; b.2) natureza da operação: Remessa Simbólica para Industrialização ; b.3) a menção de que se tratam de mercadorias adquiridas da empresa, através da Nota Fiscal nº, série, data de e remetida diretamente ao industrializador (qualificá-lo fiscalmente); c) escriturar a Nota Fiscal na letra b anterior, no livro Registro de Saídas, utilizando-se das colunas próprias para lançamentos sem débitos do IPI e do ICMS; d) escriturar a Nota Fiscal referente ao retorno de industrialização (emitida pelo industrializador) no livro Registro de Entradas, utilizando-se das colunas próprias; e) emitir Nota Fiscal referente à venda da mercadoria resultante da industrialização sob encomenda, com lançamento do IPI e com destaque do ICMS, contendo todos os requisitos legais; f) escriturar a Nota Fiscal citada na letra e deste item, no livro Registro de Saídas, utilizando-se das colunas próprias para lançamentos dos débitos do IPI e do ICMS. 3.3 - Procedimentos do Estabelecimento Industrializador O estabelecimento industrializador deverá observar os seguintes procedimentos: a) escriturar a Nota Fiscal referente à remessa efetiva das mercadorias para industrialização emitida pelo fornecedor, no livro Registro de Entradas, utilizando-se das colunas próprias para lançamentos sem créditos do IPI e do ICMS; JULHO - Nº 29/2010 b) anexar à Nota Fiscal de Remessa Simbólica para industrialização, emitida pelo estabelecimento encomendante, a Nota Fiscal referente à remessa efetiva das mercadorias para industrialização emitida pelo fornecedor; c) anotar o número, a série e subsérie e a data da Nota Fiscal de Remessa Simbólica para industrialização, na coluna Observações do livro Registro de Entradas na linha correspondente ao lançamento da Nota Fiscal referente à remessa efetiva das mercadorias; d) emitir Nota Fiscal em nome do estabelecimento encomendante, contendo todos os requisitos legais e, especialmente: d.1) CFOP: 5.925 ou 6.925 - Retorno de mercadoria recebida para industrialização por conta e ordem do adquirente da mercadoria, quando aquela não transitar pelo estabelecimento do adquirente e 5.125 ou 6.125 - Industrialização efetuada para outra empresa quando a mercadoria recebida para utilização no processo não transitar pelo estabelecimento adquirente; d.2) o nome, o endereço, as inscrições, estadual e no CNPJ do estabelecimento fornecedor; d.3) o número, a série, e subsérie e a data da Nota Fiscal emitida pelo fornecedor para acompanhar o deslocamento das mercadorias até o estabelecimento industrializador; e) a indicação, em separado, do valor da mercadoria recebida do fornecedor (por conta e ordem do encomendante) para essa industrialização, do valor da mercadoria industrializada, importada ou adquirida no mercado nacional, pelo industrializador e por ele diretamente aplicada nessa industrialização, e do valor da mão-de-obra também aplicada nessa industrialização; f) o lançamento do IPI incidente sobre o valor cobrado pela industrialização sob encomenda (valor da mercadoria industrializada, importada e adquirida no mercado nacional, pelo industrializador e por ele diretamente aplicada nessa industrialização, adicionado do valor da mão-de-obra também aplicada nessa industrialização); g) o destaque do ICMS, se devido, sobre o valor cobrado pela industrialização sob encomenda; h) a menção da suspensão do IPI sobre o valor das mercadorias recebidas do fornecedor por conta e ordem do encomendante e que foram aplicadas nessa industrialização sob encomenda, e, por outro lado, a indicação do respectivo fundamento legal; i) a menção da suspensão do ICMS sobre o valor das mercadorias recebidas do fornecedor, por conta e ordem do encomendante e que foram aplicadas nessa industrialização sob encomenda e, por outro lado, a indicação do respectivo fundamento legal; j) escriturar a Nota Fiscal referente ao retorno de industrialização, no livro Registro de Saídas, utilizando-se das colunas específicas. Fundamentos Legais: Os citados no texto e os artigos 415 a 419 do RIPI, Decreto nº 4.544, de 26.12.2002. 240

JULHO - Nº 29/2010 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - SÃO PAULO LEGISLAÇÃO - SP EMPRESAS ESTRANGEIRAS CAUFESP - DISPOSIÇÕES RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 61, de 05.07.2010 (DOE de 06.07.2010) Dispõe sobre a inscrição de empresas estrangeiras que não funcionem no Brasil no Cadastro Unificado de Fornecedores do Estado de São Paulo - Caufesp. O SECRETÁRIO DA FAZENDA, com fundamento no disposto no artigo 13, do Regulamento Anexo ao Decreto nº 52.205, de 27.09.2007, resolve: Art. 1º - As empresas estrangeiras que não funcionem no Brasil, interessadas em participar de procedimento licitatório internacional para a aquisição de bens, serviços e obras, poderão se cadastrar no Cadastro Unificado de Fornecedores do Estado de São Paulo - Caufesp, instituído pelo Decreto nº 52.205, de 27.09.2007, na forma prevista por esta Resolução. Art. 2º - Para a inscrição de que trata o artigo 1º as empresas deverão: I - acessar as páginas www.bec.fazenda.sp.gov.br ou www.bec.sp.gov.br, acionar o ícone cadastre sua empresa, opções cadastro de novo fornecedor, empresa estrangeira que não funcione no Brasil e preencher a ficha identificação do responsável pelo cadastro e os campos: dados cadastrais, endereço e indicação de responsáveis; II - apresentar os seguintes documentos: a) ato constitutivo e eventuais alterações, em vigor; b) procuração outorgada a representante, contendo poderes específicos para a promoção da inscrição da empresa no Caufesp e para sua representação em procedimentos licitatórios. Parágrafo único - Sem prejuízo de outros que poderão constar da procuração, os poderes a que alude a alínea b, do inciso II, deste artigo, são os seguintes: preencher e enviar formulários eletrônicos, bem como prestar informações necessárias à inscrição da outorgante no Caufesp; representá-la em procedimentos licitatórios, podendo para tanto formular propostas e lances, desistir de propostas formuladas, negociar preços, interpor recursos e desistir de sua interposição e praticar todos os demais atos inerentes aos certames. Art. 3º - Os documentos indicados no artigo 2º deverão estar certificados por repartição consular brasileira com jurisdição sobre o local onde foram expedidos e, quando redigidos em língua estrangeira, acompanhados das respectivas traduções elaboradas por tradutor juramentado reconhecido pela legislação brasileira, tudo devidamente registrado em Cartório de Títulos e Documentos brasileiro. 1º - Para participação em licitações internacionais cujo pagamento seja feito com produto de financiamento concedido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, admitir-se-á para deferimento da inscrição no CAUFESP, a apresentação dos documentos indicados na alínea a, do inciso II, do artigo 2º, desta resolução, sem os requisitos estabelecidos no caput deste artigo, desde que tais documentos sejam apresentados acompanhados das respectivas traduções para o idioma português. 2º - A inscrição deferida nos moldes do 1º deste artigo será cancelada, automaticamente, se o seu beneficiário deixar de cumprir as exigências estabelecidas no caput deste artigo, em relação aos documentos indicados na alínea a, do inciso II, do artigo 2º, desta resolução, no prazo improrrogável de 90 dias, contado da data de deferimento da inscrição. Art. 4º - As empresas que pleitearem a inscrição nos termos desta resolução, obterão o Registro Cadastral Simplificado - RCS, de que trata o Decreto Estadual 52.205, de 27-09-2007. Art. 5º - A inscrição no Caufesp não exime a empresa inscrita nos termos do 1º do artigo 3º desta Resolução, da apresentação dos documentos exigidos no caput do artigo 3º, no momento da habilitação, aplicando-se em cada caso, a disciplina específica estabelecida no respectivo ato convocatório. Art. 6º - As empresas inscritas no Caufesp nos moldes desta Resolução receberão informações sobre licitações a serem realizadas por meio eletrônico, cujos objetos sejam compatíveis com os seus objetivos sociais. Art. 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. PROGRAMA DE ESTÍMULO À CIDADANIA FISCAL ALTERAÇÕES RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 62, de 05.07.2010 (DOE de 06.07.2010) Altera o Anexo Único da Resolução SF nº 61, de 5 de novembro de 2008, que trata do cronograma do sorteio de prêmios no âmbito do Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado de São Paulo. O SECRETÁRIO DA FAZENDA, considerando o disposto no inciso III do artigo 4º da Lei nº 12.685, de 28.08.2007, e no item 2 do regulamento anexo à Resolução SF nº 58, de 24.10.2008, resolve: Art. 1º - Fica alterado o Anexo Único da Resolução SF nº 61, de 5 de novembro de 2008, quanto às seguintes datas relativas ao sorteio de prêmios número 20: I - data limite para divulgação dos números dos bilhetes de cada consumidor: de 05.07.2010 para 08.07.2010; II - data da extração da Loteria Federal que servirá de base para a apuração dos contemplados: de 07.07.2010 para 10.07.2010. Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 239