MUNICIPAL C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A 2.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL SUMÁRIO RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO CÂMARA MUNICIPAL Deliberação (Reunião Pública de Câmara realizada em 24 de abril de 2013): - Proposta n.º 303/2013 (Subscrita pela Vereadora Helena Roseta) - Aprovou a submissão a consulta pública do projeto de Regulamento de Subsídio Municipal ao Arrendamento, nos termos da proposta [pág. 680 (14)] ANO XX N. o 1001 -FEIRA ABRIL 2013 SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1. o -B 1749-099 LISBOA DIRETOR: ALBERTO LUÍS LAPLAINE GUIMARÃES
RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO CÂMARA MUNICIPAL Deliberação Reunião Pública de Câmara realizada em 24 de abril de 2013 A Câmara Municipal de Lisboa, reunida no dia 24 de abril de 2013, deliberou aprovar a seguinte Proposta que lhe foi presente e que tomou a forma de Deliberação, como se segue: - Deliberação n.º 303/CM/2013 (Proposta n.º 303/2013) - Subscrita pela Vereadora Helena Roseta: Projeto de Regulamento do Subsídio Municipal ao Arrendamento Pelouro: Habitação. Serviços: DMHDS e DMF. Considerandos: 1 - O Subsídio Municipal ao Arrendamento (SMA) é uma medida incluída no Programa de Emergência Social (PES) Municipal, apresentado com o Plano de Atividades e o Orçamento para este ano, aprovados pela CML pela Deliberação n.º 859/CM/2012; 2 - Os montantes do PES municipal foram incluídos no Plano e Orçamento Municipal transposto de 2012, aprovado pela CML, na sequência da rejeição pela Assembleia Municipal da Deliberação n.º 859/CM/2012. A dotação prevista de 3 milhões de euros, em 2013, para o Subsídio Municipal ao Arrendamento foi incluída na 2.ª Alteração Orçamental de 2013, que transpôs o Plano e Orçamento de 2012, aprovados pela CML pela Deliberação n.º 62/CM/2013, na Ação A5.05.P001.03, Orgânica 13.02, Económica 04.08.02; 3 - O SMA tem por objetivo apoiar agregados familiares em situação económica muito difícil, inscritos no Regulamento do Regime de Acesso à Habitação Municipal e sem habitação atribuída, ou que estejam na iminência de perder, ou já tenham perdido, a sua habitação em Lisboa, permitindo-lhes aceder ao mercado de arrendamento na cidade por um valor justo; 4 - O presente projeto de Regulamento inspirou-se nas normas do programa Porta 65 Jovem, da responsabilidade do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, que visa a promoção da emancipação dos jovens e o arrendamento urbano. Em 2012, no concelho de Lisboa, este programa financiou, com diferentes percentagens, 562 candidatos, dos quais apenas 0 foram novos candidatos, vindo os restantes serem provenientes de concursos de anos anteriores; 5 - Tendo em conta as carências habitacionais existentes e as dificuldades acrescidas pelo contexto da crise e pelo impacto da nova lei do arrendamento urbano, optou-se por alargar o âmbito de aplicação do SMA a todos os agregados familiares, independentemente da idade, que pretendam arrendar habitação na cidade de Lisboa, desde que preencham os requisitos previstos no Regulamento. Também se incluíram as situações de perda iminente de habitação por incapacidade de solvência de empréstimo bancário para aquisição de habitação, em condições especificadas na proposta de Regulamento; 6 - O Regulamento do Regime de Acesso à Habitação Municipal (RRAHM), que entrou em vigor em dezembro de 2009, responde às situações sociais mais graves, mas não consegue abarcar uma grande fatia da população de Lisboa que tem dificuldade em arrendar uma habitação. A desproporção entre o número de pedidos pendentes homologados (que era de 1879 em 31 de dezembro de 2012) e o número de fogos municipais para atribuição mantém-se elevada, não apenas porque a CML tem de atender a outras necessidades de habitação, previstas nas exceções do RRAHM, mas também porque há 10 anos que a Autarquia não constrói habitação social, estando disponíveis para atribuição apenas os fogos que ficam desocupados e são reabilitados para o efeito, que foram 685, entre novembro de 2009 e dezembro de 2012, estando para obra ou vistoria, no final de 2012, mais 351; 7 - A entrada em vigor da Lei n.º 31/2012, de 17 de agosto, que procedeu à revisão do Regime Jurídico do Arrendamento Urbano, trouxe consigo a revogação do artigo 46.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, que previa o direito a um subsídio de renda, em termos específicos, para arrendatários cujo agregado familiar recebesse um rendimento anual bruto corrigido inferior a três remunerações mínimas nacionais anuais, ou inferior a 5 remunerações mínimas nacionais no caso de terem mais de 65 anos. Segundo informação do IHRU, os subsídios de renda atribuídos no quadro do NRAU de 2006, por efeito deste artigo, foram relativamente poucos, mas a CML ainda não dispõe destes dados; 8 - No atual regime de arrendamento urbano, só está previsto subsídio de renda, ou outra resposta social, findo o período de 5 anos sobre a atualização da renda, vigorando até lá a proteção dos inquilinos idosos, deficientes ou com rendimentos mais baixos através da definição de valores máximos para as atualizações de renda a levar a cabo pelos senhorios; 9 - A experiência que temos colhido através das sessões realizadas pela CML e pelo IHRU sobre esta matéria, da consulta ao Conselho Municipal de Habitação e da auscultação da Associação de Inquilinos Lisbonenses, entre outras entidades, é que as proteções legais previstas na nova lei das rendas são insuficientes, ineficazes e não respondem aos novos casos de insolvência, agravados pela crise e pelo desemprego; 10 - Assim, considerando embora que a responsabilidade da atribuição de um subsídio de renda não é só da Administração Municipal, mas tendo também em conta a extensão dos casos que podem ser afetados pela Lei n.º 31/2012, em Lisboa (só em termos de arrendamento habitacional, o Censo de 2011 aponta para cerca de 40 000 arrendamentos anteriores a 1990), entendemos que o Poder Local deve tomar medidas para minorar as dificuldades que as famílias portuguesas atravessam, designadamente aqueles agregados que conseguiram arrendar ou adquirir habitação mas, fruto da presente situação do país, repentinamente se viram confrontados com uma diminuição do seu rendimento disponível, por diferentes motivos; 680 (14) ABRIL 2013
11 - O projeto de Regulamento do SMA dá prioridade aos candidatos que efetuaram candidatura no âmbito do RRAHM e não beneficiaram até agora de atribuição de habitação municipal, bem como aos agregados com menor rendimento, mas não exclui a situação de agregados familiares até agora solventes, mas se veem na contingência de não poder fazer face aos seus compromissos e não beneficiam de nenhum apoio ou proteção legal; 12 - O Conselho Municipal de Habitação, com a presença da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tomou conhecimento da intenção da CML de criar o Subsídio Municipal ao Arrendamento, que foi saudada como positiva, desde que ficasse clara a distinção entre este programa municipal e o subsídio social de arrendamento, proporcionado pela SCML em condições específicas e apenas para famílias com rendimentos muito baixos ou nulos; 13 - O presente projeto de Regulamento retoma o anterior anteprojeto de Regulamento, distribuído em 27 de março de 2013, acrescentando apenas a nota introdutória, o preâmbulo e a expressão «ou de empréstimo bancário à habitação», aditada no n.º 1 do artigo 1.º. Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos das seguintes normas legais: artigo 118.º do Código de Procedimento Administrativo, alínea d) do artigo 24.º da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, da 2.ª parte da alínea c) do n.º 4 e da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e ainda da alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, proponho que a Câmara Municipal de Lisboa delibere aprovar e submeter a consulta pública, por um período de 10 dias seguidos após publicação em Boletim Municipal, o Projeto de Regulamento do Subsídio Municipal ao Arrendamento em anexo, que faz parte integrante da presente proposta, para posterior apreciação pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal. (Aprovada por maioria, com 12 votos a favor e 1 abstenção.) Anexo 1: Projeto de Regulamento do Subsídio Municipal ao Arrendamento. ABRIL 2013 680 (15)
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Publica-se às 5. as -feiras ISSN: 0873-0296 Depósito Legal n. o 76 213/94 Tiragem 11 O Boletim Municipal está disponível no sítio da Internet oficial da Câmara Municipal de Lisboa (http://boletimmunicipal.cm-lisboa.pt). O Boletim Municipal pode ser adquirido nos Serviços Municipais através de impressão/fotocópia e pago de acordo com o preço definido na Tabela de Taxas, Preços e Outras Receitas Municipais [Deliberação n.º 35/CM/2008 (Proposta n.º 35/2008) - Aprovada na Reunião de Câmara de 30 de janeiro de 2008] Composto e Impresso na Imprensa Municipal Toda a correspondência relativa ao Boletim Municipal deve ser dirigida à CML - Imprensa Municipal Estrada de Chelas, 101 1900-150 Lisboa Telef. 21 816 14 20 E-mail: boletim.municipal@cm-lisboa.pt 680 (28) ABRIL 2013