(Código INF) Capítulo 1. Generalidades. 1.1 Definições. 1.1.1 Para os efeitos deste Código:



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Transcrição:

CÓDIGO INTERNACIONAL PARA O TRANSPORTE SEGURO DE COMBUSTÍVEL NUCLEAR IRRADIADO, PLUTÔNIO E RESÍDUOS COM ELEVADO NÍVEL DE RADIOATIVIDADE, SOB A FORMA EMBALAGEM, A BORDO DE NAVIOS (Código INF) Capítulo 1 Generalidades 1.1 Definições 1.1.1 Para os efeitos deste Código:.1 Administração significa o Governo do Estado cuja bandeira o navio está autorizado a arvorar..2 Convenção significa a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, de 1974, como emendada..3 Carga INF significa o combustível nuclear irradiado, plutônio e resíduos com elevado nível de radioatividade transportados como carga, sob a forma de embalagem, de acordo com a classe 7 do Código IMDG..4 Combustível nuclear irradiado significa o material que contém isótopos de urânio, de tório e/ou de plutônio, que tenha sido utilizado para manter uma reação nuclear auto-sustentável em cadeia..5 Plutônio significa a mistura de isótopos resultante dos materiais extraídos de um combustível nuclear irradiado através de um rebeneficiamento.6 Resíduos com um elevado nível de radioatividade significa os resíduos líquidos resultantes da operação do primeiro estágio do sistema de extração, ou os resíduos concentrados dos estágios de extração posteriores, numa instalação para rebeneficiamento de combustível nuclear irradiado, ou os sólidos em que foram transformados aqueles resíduos líquidos..7 Código IMDG significa o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas, definido na Regra VII/1.1 da Convenção.

.8 Código IBC significa o Código Internacional para a Construção e o Equipamento de Navios Transportadores de Produtos Químicos Perigosos a Granel, como definido na Regra VII/8.1 da Convenção..9 Incidente significa qualquer ocorrência, ou série de ocorrências, abrangendo a perda da integridade de um recipiente, tendo a mesma origem que resulte, ou que possa resultar, numa liberação, ou numa provável liberação, de carga INF..10 Liberação significa o escapamento de carga INF do seu sistema de contenção, ou a perda de uma embalagem de carga INF. 1.1.2 Para os efeitos deste Código, os navios que transportam carga INF são designados para as três classes seguintes, dependendo da atividade total da carga INF que for transportada a bordo: Navio da Classe INF 1 - Navio da Classe INF 2 - Navio da Classe INF 3 - Navios que estão certificados para transportar carga INF com uma atividade agregada inferior a 4.000 TBq. Navios que estão certificados para transportar combustível nuclear irradiado, ou resíduos com um nível elevado de radioatividade, com uma atividade agregada inferior a 2 10 6 TBq, e navios que estão certificados para transportar plutônio com uma atividade agregada inferior a 2 10 5 TBq. Navios que estão certificados para transportar combustível nuclear irradiado, ou resíduos com um nível elevado de radioatividade, e navios que estão certificados para transportar plutônio sem qualquer restrição quando à atividade agregada máxima dos materiais. 1.2 Aplicação 1.2.1 Este Código se aplica a navios empregados no transporte de carga INF como estabelecido na Regra VII/15 da Convenção. 1.2.2 Além das exigências deste Código, devem se aplicar ao transporte de carga INF as disposições do Código IMDG. 1.2.3 A carga INF para a qual seria exigido que fosse transportada em navios da Classe INF 3 não deverá ser permitida em navios de passageiros. 2

1.3 Vistoria e certificação 1.3.1 Antes de ser realizado o transporte de uma carga INF, um navio destinado a transportar carga INF deverá ser submetido a uma vistoria inicial, que deverá incluir um exame completo da sua estrutura, dos seus equipamentos, acessórios, dispositivos e do seu material, na medida em que o navio for abrangido por este Código. 1.3.2 A Administração, ou uma organização reconhecida por ela de acordo com a Regra I/6 da Convenção, deverá, após a vistoria inicial exigida em 1.3.1, fornecer ao navio o Certificado Internacional de Conformidade para o Transporte de Carga INF, cujo modelo é apresentado no apêndice. 1.3.3 Um navio certificado para o transporte de carga INF deverá ser submetido a inspeções e vistorias com base nas disposições aplicáveis do Capítulo I da Convenção, para assegurar que a estrutura, os equipamentos, acessórios, dispositivos e o material atendem ao disposto neste Código. 1.3.4 O Certificado Internacional de Conformidade para o Transporte de Carga INF deixará de ser válido se a vistoria exigida por 1.3.3 não for realizada, ou se revelar que o navio não atende às disposições deste Código, ou quando o período de validade de um certificado exigido pela Convenção tiver expirado. 3

Capítulo 2 Estabilidade em avaria 2.1 A estabilidade em avaria de um navio da Classe INF 1 deverá ser aprovada pela Administração. 2.2 Um navio da Classe INF 2 deverá:.1 se for construído de acordo com os padrões para um navio de passageiros, atender às exigências relativas à estabilidade em avaria da parte B do Capítulo II-1 da Convenção; ou.2 se for construído de acordo com os padrões para um navio de carga, atender às exigências relativas à estabilidade em avaria da parte B-1 do Capítulo II-1 da Convenção, independente do tamanho do navio. 2.3 Um navio da Classe INF 3 deverá atender:.1 às exigências relativas à estabilidade em avaria referentes à capacidade de sobrevivência e à localização dos espaços de carga para navios do tipo 1, apresentadas no Capítulo 2 do Código IBC; ou.2 independente do comprimento do navio, às exigências relativas à estabilidade em avaria apresentadas na parte B-1 do Capítulo II-1 da Convenção, utilizando o índice de compartimentagem R INF como fornecido abaixo: R INF = R + 0,2(1 R) 4

Capítulo 3 Medidas de segurança contra incêndio 3.1 As medidas de segurança contra incêndio de um navio da Classe INF 1 deverão ser aprovadas pela Administração. 3.2 Os navios das Classes INF 2 e 3, independente do seu tamanho, deverão ser dotados dos seguintes sistemas e equipamentos:.1 um sistema de extinção de incêndio que utilize água, que atenda às exigências da Regra II-2/4 da Convenção;.2 arranjos fixos de extinção de incêndio nos espaços de máquinas da categoria A, como definido na Regra II-2/3.19 da Convenção, que atendam às exigências da Regra 1-2/7 da Convenção;.3 arranjos fixos de refrigeração do espaço de carga que atendam às exigências da Regra II-2/54.2.1.3 da Convenção; e.4 um sistema fixo de detecção de incêndio e de alarme de incêndio, protegendo os espaços de máquinas, os espaços habitáveis e de serviço, que atendam às exigências da Regra II-2/13 da Convenção. 3.3 Em um navio da Classe INF 3, os espaços habitáveis, os espaços de serviço, as estações de controle e os espaços de máquinas da categoria A deverão ser instalados por ante-a-vante ou por ante-a-ré dos espaços de carga, levando-se na devida consideração a segurança total do navio. 5

Capítulo 4 Controle da temperatura dos espaços de carga 4.1 Nos navios das Classes INF 1, 2 e 3:.1 deverá haver uma ventilação, ou uma refrigeração, adequada dos espaços de carga fechados, de modo que a temperatura ambiente média no interior daqueles espaços não ultrapasse em momento algum 55 C;.2 os sistemas de ventilação ou de refrigeração que servem aos espaços de carga destinados a transportar carga INF deverão ser independentes daqueles que servem a outros espaços; e.3 para cada espaço de carga, os itens essenciais à operação, como ventiladores, compressores, trocadores de calor, suprimento de água de resfriamento deverão ser duplicados e deverá haver uma quantidade de peças sobressalentes que seja aprovada pela Administração. 6

Capítulo 5 Considerações de natureza estrutural A resistência estrutural das áreas do convés e dos arranjos de sustentação deverá ser suficiente para suportar a carga a que deverão ser submetidos. 7

Capítulo 6 Arranjos de fixação da carga 6.1 Deverá haver adequados dispositivos de fixação permanentes para impedir o movimento das embalagens no interior dos espaços de carga. Ao projetar os dispositivos permanentes, a orientação das embalagens deverá ser levada na devida consideração, e deverão ser levados em conta os seguintes níveis de aceleração do navio: 1,5 g longitudinalmente; 1,5 g transversalmente; 1,0 g verticalmente para cima; 2,0 g verticalmente para baixo. 6.2 Alternativamente, quando forem transportadas embalagens no convés aberto, ou num convés para veículos, elas deverão ser fixadas de acordo com os princípios de fixação e armazenagem com segurança de carga pesada unitizada e carga sobre rodas (rodante), aprovada pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização 1. 6.3.1 Os calços para impedir colisão, quando utilizados, deverão estar dispostos de modo a não interferir ou impedir o fluxo de ar de resfriamento que possa ser necessário com base no disposto em 4.1. 1 Consultar:.1 o Código de Práticas Seguras para a Armazenagem e a Fixação de Carga, adotado pela Organização através da Resolução A.714(17);.2 as diretrizes para dispositivos de fixação para o transporte de veículos rodoviários em navios ro-ro, adotadas pela Organização através da Resolução A.581(14); e.3 MSC/Circ.745, Diretrizes para a elaboração do Manual de Fixação de Carga. 8

Capítulo 7 Fontes de suprimento de energia elétrica 7.1 As fontes de suprimento de energia elétrica num navio da Classe INF 1 deverão ser aprovadas pela Administração. 7.2 Em navios das Classes INF 2 e 3:.1 deverá haver uma fonte alternativa de energia elétrica, que atenda às exigências de padrões internacionais que sejam aceitáveis para a Administração 2, de modo que avarias que envolvam o suprimento principal não afetem a fonte alternativa; e.2 a energia disponível, proveniente da fonte alternativa, deverá ser suficiente para alimentar os seguintes serviços pelo menos por 36 horas:.2.1 os equipamentos destinados aos arranjos de alagamento e de refrigeração mencionados em 3.2.3 e em 4.1; e.2.2 todos os serviços de emergência exigidos pela Convenção. 7.3 Em um navio da Classe INF 3, a fonte alternativa de energia mencionada em 7.2.1 deverá estar localizada fora da extensão de qualquer avaria considerada com base no Capítulo 2. 2 Consultar as recomendações publicadas pela Comissão Eletrotécnica Internacional e, em especial, a Publicação 92 Instalações Elétricas em Navios. 9

Capítulo 8 Proteção radiológica Dependendo das características da carga INF a ser transportada e do projeto do navio, deverá haver, se for necessário, arranjos adicionais ou equipamento para proteção radiológica, que sejam aprovados pela Administração. 10

Capítulo 9 Gerenciamento e formação O gerenciamento e a formação para um navio que transporta carga INF deverão ser aprovados pela Administração, levando em consideração as evoluções ocorridas na Organização. 11

Capítulo 10 Plano de emergência de bordo 10.1 Todo navio que transporta carga INF deverá levar a bordo um plano de emergência de bordo. 10.2 Este plano deverá ser aprovado pela Administração com base nas diretrizes elaboradas pela Organização 3 * e escrito num idioma de trabalho, ou em idiomas que sejam compreendidos pelo comandante e pelos oficiais. O plano deverá consistir, no mínimo:.1 do procedimento a ser seguido pelo comandante, ou por outras pessoas encarregadas do navio, para informar um incidente envolvendo carga INF, como exigido pelo Capítulo 11 deste Código;.2 da lista de autoridades ou de pessoas a serem contatadas em caso de um incidente envolvendo carga INF;.3 de uma descrição detalhada das ações a serem realizadas imediatamente pelas pessoas que estiverem a bordo para impedir, reduzir ou controlar a liberação de carga INF, e para atenuar as conseqüências da perda daquela carga após o incidente; e.4 dos procedimentos e os pontos de contato no navio para coordenar as ações realizadas a bordo com as autoridades nacionais e locais. 10.3 Se for exigido por algum outro instrumento internacional que um navio tenha um plano de emergência de bordo, os vários planos podem ser reunidos num único plano denominado Plano Marítimo de Emergência de Bordo 4. 3 Consultar as Diretrizes para a elaboração de planos de emergência de bordo para navios que transportam materiais sujeitos ao Código INF, adotadas pela Organização através da Resolução A.854(20). 4 Consultar as Diretrizes para uma estrutura de um sistema integrado de planejamento de contingência para emergências a bordo, adotadas pela Organização através da Resolução A.852(20). 12

Capítulo 11 Notificação em caso de um incidente envolvendo carga INF 11.1 As exigências da Regra VII/7-1 da Convenção relativas às informações a serem enviadas deverão se aplicar tanto à perda como à probabilidade de perda de carga INF por queda no mar e a qualquer incidente de liberação, ou de uma provável liberação de carga INF, qualquer que seja a razão desta perda ou liberação, inclusive sido provocada com a finalidade de assegurar a segurança do navio ou de salvar vidas no mar. 11.2 Estas informações deverão ser enviadas também em caso de avaria, falha ou paralisação de um navio que esteja transportando uma carga INF que:.1 afete a segurança do navio, abrangendo, mas não se restringindo a, colisão, encalhe, incêndio, explosão, falha estrutural, alagamento e deslocamento da carga; ou.2 resulte em prejuízos à segurança da navegação, inclusive a falha ou avaria na máquina do leme, no sistema de propulsão, no sistema de geração de energia elétrica e nos auxílios a navegação de bordo. 13

APÊNDICE Modelo do Certificado Internacional de Conformidade para o Transporte de Carga INF 5 CERTIFICADO INTERNACIONAL DE CONFORMIDADE PARA O TRANSPORTE DE CARGA INF (Timbre oficial) emitido com base no disposto no CÓDIGO INTERNACIONAL PARA O TRANSPORTE SEGURO DE COMBUSTÍVEL NUCLEAR IRRADIADO, PLUTÔNIO E RESÍDUOS COM ELEVADO NÍVEL DE RADIOATIVIDADE, SOB A FORMA DE EMBALAGEM, A BORDO DE NAVIOS sob a autoridade do Governo de (CÓDIGO INF) (Resolução MSC.88(71))... (designação oficial completa do país) por... (designação completa da pessoa ou organização competente reconhecida pela Administração) Dados relativos ao navio 6 Nome do navio... Números ou letras identificadoras... Porto de registro... Arqueação bruta... Número IMO... Classe INF do navio (1.1.2 do Código)... ESTE DOCUMENTO É PARA CERTIFICAR: 1 que o navio foi vistoriado de acordo com o disposto em 1.3.1 do Código; e 2 que a vistoria revelou que a estrutura, os equipamentos, acessórios, arranjos e material do navio atendem às disposições aplicáveis do Código. 5 O certificado deve ser redigido no idioma oficial do país que o emite. Se o idioma utilizado não for o inglês, nem o francês, nem o espanhol, o texto deve conter uma tradução para um destes idiomas. 6 Alternativamente, os dados relativos ao navio podem ser colocados horizontalmente em retângulos. 14

Este certificado é emitido com base no disposto em 1.3.4 do Código. Data de término da vistoria em que se baseia este certificado... (dd/mm/aaaa) Emitido em...... (local de emissão do Certificado) (data) O abaixo assinado declara que está devidamente autorizado pelo mencionado Governo a emitir este Certificado.... (assinatura do funcionário que emite o Certificado e/ou carimbo da autoridade emitente) 15