Observação da célula eucariótica vegetal: Amiloplastos e grãos de amido em batata (Solanum spi);



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Transcrição:

Escola Secundária Francisco Franco Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco I Observação da célula eucariótica vegetal: Amiloplastos e grãos de amido em batata (Solanum spi); Cromoplastos e grãos de licopénio tomate (Lycopersicon esculentum); Grãos de licopénico e pimentão (Capsicum annum) Relatório elaborado: Eduardo Freitas Nº5 12º6 Funchal, 5 de Novembro 2003

2 1. Índice 1.Índice...2 2.Objectivo...3 3.Introdução...3 4.Material / Reagentes... 5 5.Procedimento Experimental...5 5.1.Procedimento... 5 6.Resultados...6 7. Discussão dos Resultados... 7 8. Conclusão...7 9. Bibliografia...7 Ano Lectivo 2003/2004 2

3 2. Objectivo Este trabalho experimental relativo à observação dos amiloplastos (e os seus grãos de amido) da batata, os cromoplastos (e os seus grãos de licopéneo) do tomate e grãos de licopéneo pimentão teve como objectivo conhecer a constituição da célula eucariótica vegetal ao microscópio, identificar as diferentes estruturas celulares e verificar a importância da utilização de corantes em microscopia. 3. Introdução A batata é um tubérculo subterrâneo da batateira, muito empregue na alimentação. As células que o constituem formam um tecido o parênquima amiláceo com forma arredondada em que o citoplasma apresenta inúmeros corpúsculos ovóides ou elípticos: os amiloplastos. Estes organitos têm como principal função o armazenamento de uma substância de reserva, o amido, sob a forma de grãos de amido. Já o tomate e o pimentão são hortaliças, no entanto em muito locais da Europa o tomate é classificado como um fruto, também muito empregues na alimentação em especial destaque para saladas e molhos. As células que os constituem tem no seu interior muitos organelos, sendo que vamos prestar maior atenção nos cromoplastos, sendo que estes possuem grãos de amido. As células dividem-se em dois grandes grupos: as células eucarióticas e as células procarióticas. As células eucarióticas são organismos complexos que podem ser agrupadas em células animais ou células vegetais. As células eucarióticas vegetais possuem organelos similares aos das células eucarióticas animais, no entanto têm organelos únicos como a parede celular, os plasmodesmos, os plastidios e possuem vacúolos que embora em número inferior aos das células animais são de dimensões maiores. Existem diversos tipos de plastídios, que alias se podem transformar uns nos outros, podendo ser classificados em função do material que se encontra no seu interior em três grandes grupos: os cromoplastos e os leucoplastos. Leucoplastos são plastos incolores, desprovidos de pigmentos, que se caracterizam por acumular substâncias nutritivas. Os leucoplastos, quanto ao tipo de reserva acumulada, recebem a denominação de amiloplastos (acumulam amido), oleoplastos (acumulam lipídios) e proteoplastos (acumulam proteínas). Sendo os amiloplastos que observaremos. Já os restantes que observaremos pertencem aos cromoplastos, visto que são plastos coloridos, portadores de pigmentos diversos. Entre os vários pigmentos encontradas nos plastos, destacam-se as clorofilas e os carotenóides. As clorofilas são os mais importantes pigmentos dos plastos. Têm a função de absorver a energia luminosa, indispensável para a ocorrência da fotossíntese. Os cromossomos, de acordo com a sua coloração podem ser classificados em: Eritroplastos (eritro = vermelho), plastos vermelhos cuja coloração se deve à predominância de carotenos. (sendo estes que iremos observar nas células do tomate e pimentão) Xantroplastos (Xanto = amarelo), plastos amarelos, com predominância de xantofilas. Cloroplastos (cloro = verde), plastos verdes, com predominância de clorofilas. Ano Lectivo 2003/2004 3

4 A observação de material microscópico exige a aplicação de diversas técnicas que permitem uma melhor visualização dos seus componentes, uma vez que as células para além das suas reduzidas dimensões não apresentam contraste entre os seus constituintes. A técnica de coloração é utilizada sempre que se quer por em evidência certas estruturas celulares o que se torna possível visto que determinados constituintes celulares tendem a absorver certos corantes enquanto que outros não têm essa capacidade. As substâncias que se usam como corantes criam, ao nível das células e dos seus organitos, diferença no grau de absorção da luz e por isso cada corante cora especialmente um determinado organito (corantes selectivos). Embora existam inúmeros corantes, cingirme-ei aos utilizados por nós nas aulas. Assim sendo, o vermelho neutro é um corante que, usado em baixa concentração, penetra na célula sem a matar (corante vital); introduzindo-se vacúolo, corando-o de vermelho. Pelo contrário, o azul metileno é um corante básico que actua preferencialmente sobre o núcleo, corando-o de azul. A solução de Lugol é um corante não vital que evidencia os amiloplastos, o núcleo e a parede celular corando-os de roxo ou castanho. Ano Lectivo 2003/2004 4

5 4. Material Material Reagentes / Material Biológico - MFO - solução de Ringer - Água destilada - solução de Lugol - Lâminas/lamela - Batata - Bisturi - Tomate - Pinça - Pimentão 5. Procedimento Experimental A actividade experimental subdividiu-se em três procedimentos, sendo que a diferença entre eles foi que no primeiro se utilizou a batata no segundo a tomate e no terceiro o pimentão. Assim sendo, encontra-se aqui um único procedimento, relativo ás duas observações efectuadas. 5.1. Procedimento 1. Com um bisturi, retirei diferentes fatias de batata, o mais finas que foi possível; 2. Pus uma gota de solução de Ringer numa lâmina limpa e sobre ela coloquei a fatia mais fina que obtive; 3. Cobri a minha preparação com uma lamela e observei-a ao MFO; 4. Esquematizei a minha melhor preparação; 5. Retirei a preparação da platina e adicionei-lhe uma gota de solução de Lugol (método de irrigação); 6. Procedi novamente á observação da preparação; 7. Esquematizei novamente a melhor observação; 8. Reiniciei o procedimento, fazendo-o com o tomate e também com o pimentão (no entanto não foi utilizado a corantes já que aqui são cromoplastos sendo já coloridos, e também foi utilizado a técnica de esmagamento para que as células não ficassem sobrepostas). Ano Lectivo 2003/2004 5

6 6. Resultados Ano Lectivo 2003/2004 6

7 7. Discussão dos Resultados A partir dos resultados obtidos posso verificar que as células da batata são arredondadas. Os grãos de amido que observei tornaram-se castanhos escuros quando utilizei a solução de Lugol, tendo o núcleo e a parede ficado semelhantemente corados. Contudo, as células encontravam-se sobrepostas o que poderá estar relacionado com o corte feito com bisturi que deu origem a uma camada demasiado espessa, que deveria ter sido o mais fina possível para que a observação fosse melhor. Já no tomate pode observar as suas células em que pode destacar os cromoplastos e que o seu interior possuía grãos de licopénio. No entanto no pimentão consegui destacar unicamente os grãos de licopénio. É de notar que nestes últimos dois materiais biológicos não foi necessário a utilização de corante, e também conseguimos observar as suas paredes celulares e os seus citoplasmas de cada uma das células tanto no tomate como no pimentão. 8. Conclusão Relativamente a esta experiência poderei concluir que a batata possui plastidios, organelos exclusivos da célula vegetal, mais exclusivamente amiloplastos, onde é reservado o amido sob a forma de grãos, que por não serem coloridos não se evidenciam quando é feita a observação microscópica. Assim sendo, utilizando o soluto de Lugol pude corar e evidenciar estas estruturas que se tornaram castanhas, tal como o núcleo e a parede, sendo que a função do soluto de Lugol é exactamente corar o núcleo, a parede celular e os amiloplastos. No entanto, em relação ao tomate e ao pimentão poderei concluir que também possui plastidios e também organelos exclusivos da célula vegetal, sendo neste caso os cromoplastos, onde é reservado os grãos de licopénio. Concluo, que conseguimos observa os seus organelos, contrariamente à batata, sem utilizarmos algum corante. 9. Bibliografia GONÇALVES, Salomé, 1999, A vida ao Microscópio Técnicas Laboratoriais de Biologia, Porto Editora FERREIRA, Maria; QUINTAS, Célia, et al; No Laboratório Bloco 1, Areal Editora MARINHO, Mª. F., CARVALHO, Olga; Tecnicamente falando de Biologia Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco 1, Lua Viajante Ano Lectivo 2003/2004 7