Oportunidades e desafios de conservação na regularização ambiental das propriedades rurais Frederico Machado WWF-Brasil
222 MILHÕES em uso produtivo no Brasil e o agronegócio responde por DE 22% do PIB; HA 365 MILHÕES de vegetação nativa fora da proteção pública. Boa parte está sob proteção do DE HA código florestal.
BENEFÍCIOS DO CÓDIGO FLORESTAL segurança jurídica que o setor agropecuário brasileiro reivindica regularização ambiental; capacidade Capacidade de acesso ao crédito e comprovação de legalidade da produção na relação com o mercado; recuperação do que foi desmatado ilegalmente nas últimas décadas, convertendo sanções e multas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente; manutenção de serviços ecossistêmicos vitais ao setor produtivo produção de água, polinização, estabilização de solos, manutenção de inimigos naturais das pragas; Deverá progressivamen te trazer ainda mais oportunidades que já constam
20 Milhões ha de Passivo APP 22% do passivo. Áreas sensíveis e fundamentais à conectividade, ao abastecimento e qualidade da água etc. Prioridade nos programas de restauração. Não é possível compensar APP. Reservas Legais 78% do passivo. Proprietário/posseiro rural pode optar por restaurar ou compensar. Critérios: áreas de maior fragilidade ambiental, relevância em biodiversidade, formação de corredores ecológicos e outros serviços ambientais
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA áreas prioritárias a. recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas; b. criação de corredores ecológicos; c. conservação de grandes áreas protegidas; e d. conservação ou recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA opção mais vantajosa A compensação em áreas prioritárias pode ser uma opção mais vantajosa em alguns casos do que um processo de regeneração ou recomposição. entretanto em muitos casos, o WWF defende que a recomposição ou regeneração pode ser a opção mais apropriada, especialmente, em regiões que apresentem riscos de colapso de serviços ecossistêmicos: abastecimento de água, declínio da polinização, inviabilização de populações de espécies etc.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA a. governos federal, estaduais e distrital adotem como mecanismo chave nas regulamentações e planos de ação para a implementação do PRA, assim como internalizem esse conceito nas demais políticas públicas, como o futuro Plano Nacional de Restauração de Vegetação Nativa (Planaveg), Plano de Ação das Metas Brasileiras de Biodiversidade, Plano ABC, planos municipais da Mata Atlântica etc.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA b. empresas desenvolvam planos empresariais e estratégias, por exemplo, identificando grupos de produtores com passivo ambiental que gostariam de compensar conjuntamente, canalizando o fluxo de compensação para áreas prioritárias (realizando o levantamento dominial e negociando valores); e também desenvolvendo incentivos comerciais que valorizem ou priorizem a produção advinda desses produtores.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA c. Empresas do ramo de transações comerciais criem mecanismos de mercado que facilitem a compensação em áreas prioritárias, simplificando procedimentos de compra e venda de terras (ou de arrendamento e CRA), com indicações claras do passo a passo, explicitando as garantias e a segurança jurídica das transações.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA d. Legisladores, poder executivo e iniciativa privada estabeleçam instrumentos econômicos, como linhas de crédito específicas e com condições mais favoráveis, isenção fiscal, ICMS Ecológico, Imposto de Renda Verde, Imposto Territorial Rural (ITR) diferenciado, preferência de compra da produção, pagamento por serviços ambientais etc.
COMPENSAÇÃO PRIORITÁRIA e. Todos os setores da sociedade principalmente os detentores da terra, após feita a compensação, transformar as áreas em alguma categoria de unidade de conservação e, assim, aumentar as garantias de sua conservação no longo prazo. Entre as alternativas de UC que mantêm a posse privada, está a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) ou, em articulação com o poder público, a criação de Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre ou Área de Relevante Interesse Ecológico. Outra oportunidade é a doação das áreas para a criação de UC a serem geridas pelos governos federal, estadual, distrital ou municipal.
BENCHMARKS GLOBAIS: SOJA E CARNE A Moratória da Soja na Amazônia o Acordo Em vigor desde 2006. União entre: as maiores traders (>80% da exportação), ONGs, governo, BB e empresas compradoras. Melhorou a imagem da soja brasileira e abriu mercados internacionais. resultados que chamam a atenção do mundo Menos de 1% do desmatamento na Amazônia foi provocado por soja desde o acordo. A produção cresceu mais de 300%. O produtor sente orgulho e se apresenta como altamente técnico e, ao mesmo tempo, conservacionista. São mantidos os recursos naturais e serviços ambientais fundamentais à produção.
BENCHMARKS GLOBAIS: SOJA E CARNE Acordos na cadeia de carne da Amazônia TACs e Acordos Em vigor desde 2009. Ênfase atual: os maiores frigoríficos e grandes empresas compradoras. Vem aumentando a rastreabilidade da produção e trazendo maior segurança jurídica às empresas. resultados em andamento Produtor: separação do joio e do trigo, bons produtores não têm sua imagem arranhada pelos inconformes. Governos: melhores perspectivas de arrecadação de impostos. Bancos: menor risco associado ao crédito. Empresas consumidoras: suprimento em acordo com os valores demandados pelos consumidores. São mantidos os recursos naturais e serviços ambientais fundamentais à produção.
OBRI GADO Frederico Machado WWF-Brasil! fredericomachado@wwf.org.br