FATORES CONTRIBUINTES PARA O AUMENTO DA INCIDÊNCIA DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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Bacharel em jornalismo e graduanda em Direito, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2

Transcrição:

FATORES CONTRIBUINTES PARA O AUMENTO DA INCIDÊNCIA DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Bruno César Gomes Fernandes 1 ; Giovanna Gabrielly Custódio Macêdo 2 ; Rennan Michell dos Santos Macedo 3 ; José Lindemberg Bezerra da Costa 4 ; Thaila Carla Freire de Oliveira 5 Universidade Federal de Campina Grande, bruno.fern@hotmail.com 1 ; Universidade Federal de Campina Grande, cmacedogiovanna@hotmail.com 2 ; Universidade Federal de Campina Grande, ren_michell@hotmail.com 3 ; Universidade Federal de Campina Grande, lindembergbcosta@gmail.com 4 ; Enfermeira. Pós-Graduanda em Urgência, Emergência e UTI pela Faculdade Integrada de Patos (FIP), Caicó, RN, thailacarla1005@gmail.com 5 INTRODUÇÃO: A Lei n 10.741 de 1 de outubro de 2003 que institui o Estatuto do Idoso, destina-se a assegurar os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, garantindo, desse modo, a preservação da saúde física e mental, no que tange o processo de envelhecimento saudável da população idosa 1. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o envelhecimento populacional brasileiro é evidenciado por um aumento da população idosa entre o período de 1960 e 2010, ocasionando o elevado número de 3 milhões para quase 20 milhões de indivíduos em 50 anos 2,3. A parcela de indivíduos acima de 60 anos cresce constantemente na sociedade brasileira. De maneira a assegurá-la melhor qualidade de vida, grandes avanços tendem a proporcionar ações que favorecem a continuidade do desenvolvimento de suas atividades, dentre elas a prática de sexo 4. É notório que a prática do sexo não é realizada apenas por jovens, já que as pessoas idosas, em sua maioria, relatam também permanecerem ativas diante da prática sexual. Apesar disso, observa-se que na juventude esses indivíduos não tiveram informações amplas acerca de infecções sexualmente transmissíveis, de maneira a contribuir, por exemplo, para que esse grupo se torne bastante vulnerável a adquirir algum tipo de doença infectocontagiosa, como a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Nesse cenário, a epidemia HIV/AIDS em pessoas idosas é considerada alarmante e tornou-se um problema de saúde pública 2. Associado a ausência de informações, a prática sexual de forma insegura contribui para que o atual cenário da infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 5.

A AIDS é uma doença crônica marcada por profunda imunossupressão, que é causada por intermédio dos linfócitos TCD4+ e glóbulos brancos do sistema imunológico. A AIDS caracteriza-se por várias manifestações clínicas, destacando-se perda de peso, astenia, dermatose, entre outros. É causada pelo HIV, um tipo de retrovírus pertencente à subfamília Lentivírus, caracterizado por ocasionar a fragilização do sistema imunológico e, com isso, debilitando o portador da síndrome. Tem o homem como o reservatório do vírus 6,7. Diante do exposto, este estudo objetiva identificar os principais aspectos que favorecem o aumento da infecção do vírus HIV/AIDS em idosos, a fim de fornecer dados e informações que despertem o interesse dos profissionais da saúde e da população científica. METODOLOGIA: Para a realização desta pesquisa, utilizou-se como metodologia a revisão sistemática de caráter descritivo a partir de artigos científicos resultantes do cruzamento em trio dos descritores Infecção por HIV, Saúde do Idoso e Cuidados de Enfermagem. O cruzamento foi feito por meio do operador booleano AND. As pesquisas foram feitas nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE): Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed Unique Identifier (PMID/PubMed) e Base de dados em Enfermagem (BDENF). Após o cruzamento, amostra total inicial resultou em 40 artigos, sendo: 11 BVS, 8 LILACS, 3 SciELO, 16 MEDLINE, 2 BDENF e 0 PubMed. Diante disso, os 40 artigos passaram por critérios de inclusão: I) artigos indexados; II) idiomas português, inglês e espanhol; III) publicados dentre os anos de 2012 a 2017; IV) trabalhos originais ou de revisão relevantes para o tema. Em seguida, o critério norteador a assistência de enfermagem diante do idoso com síndrome metabólica; e exclusão: I) artigos não disponíveis na íntegra; II) componentes de literatura cinzenta, como manuais e livros; III) artigos repetidos. Após a filtração por meio dos critérios de inclusão e exclusão, o corpus para análise constituiu-se de 5 artigos, onde: 1BDENF, 2 LILACS, 1 SciELO, 0 BVS, 1 MEDLINE, e 0 PubMed. Após submissão do corpus à leitura analítica e integral de cada estudo, futilizou-se o processo de análise temática 8, constituído pelas etapas a seguir: pré-análise (organização dos dados por meio da leitura de cada artigo, sistematizando as principais ideias sob a forma de tabelas); exploração do material (após a tabulação dos dados, a síntese de cada artigo foi cruzada); interpretação dos dados (a partir das

sínteses realizadas, os achados foram categorizados em temáticas). Com a finalização da análise temática, foram estabelecidos três eixos temáticos, são eles: (Des)conhecimento do HIV/AIDS antes do contágio, Estigmatização social do idoso assexuado e Estimulação sexual através de medicamentos, organizados sistematicamente no quadro a seguir: Quadro 1: Categorização dos dados. CATEGORIA BASE DE DADOS TÍTULO (Des)conhecimento do HIV/AIDS antes do contágio BDENF LILACS Elderly with human immunodeficiency virus: infection, diagnosis and living with The disease Social representations of quality of life in HIV/AIDS: the role of time since diagnosis Estigmatização social do idoso assexuado Estimulação sexual através de medicamentos SciELO BDENF MEDLINE LILACS Sexually transmitted diseases among the elderly: a systematic review Elderly with human immunodeficiency virus: infection, diagnosis and living with The disease Vulnerability of the elderly to HIV/AIDS: public politics and health professionals in the context of integral care: a literature review Aids epidemic in brazil: analysis of current profile RESULTADOS E DISCUSSÃO: (Des)conhecimento do HIV/AIDS antes do contágio Evidencia-se que a ausência de conhecimento sobre o HIV é um dos fatores predominantes de maior contribuição para se contrair a infecção, já que muitos idosos nunca tiveram conhecimento acerca dessa doença. Além disso, o desconhecimento da forma de contágio, quando associado à prática do sexo desprotegido no público idoso, torna-se um

aspecto de vulnerabilidade para a transmissão do vírus 4,9. O uso do preservativo não fazia parte das relações sexuais, visto que, as mulheres idosas desconheciam a necessidade, pois, se sentiam protegidas por possuíram um parceiro fixo, bem como, por não terem mais possibilidade de engravidar, e por se encontrarem na fase do climatério ou pós-menopausa 9. Estigmatização social do idoso assexuado A prática do sexo é algo que é pouco discutido diante da sociedade, até mesmo pelos próprios profissionais e, quando diz respeito especificamente à população idosa, considera-se que esse público não tinham mais condições de realizar a prática 4. Os profissionais da saúde, por exemplo, os enfermeiros, Não possuem uma rotina implementada em suas consultas para uma abordagem ao paciente idoso sobre aspectos que envolvem o sexo e a sexualidade em todo seu contexto. Desse modo, é imprescindível que a educação sexual seja difundida na população idosa. É importante que os profissionais de saúde estejam preparados para transmitir informações seguras sobre essa temática, garantindo a diminuição dos índices de contágio do HIV 5. Estimulação sexual através de medicamentos Com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, os medicamentos para tratamento de disfunção erétil provocaram uma mudança no padrão sexual dos homens idosos proporcionando-lhes uma atividade sexual mais intensa 10. Nesse sentido, a utilização desses medicamentos impulsionou o crescimento da qualidade e do número das relações sexuais entre adultos maiores de 50 anos sem se fazer acompanhar de maior adesão ao uso de preservativos, aumentando significativamente o risco de infecção e transmissão do vírus, bem como o número de soropositividade em pessoas idosas 11. CONCLUSÕES: O estudo permitiu tornar evidente o aumento expressivo do número de idosos portadores do vírus HIV, o que reforça a necessidade de se ampliar o olhar para a vulnerabilidade desta parcela da população quanto à infecção e disseminação desse vírus. Diante do exposto, vale salientar a importância do desenvolvimento de programas de saúde pública, especialmente para o público idoso, onde possam fornecer informações necessárias relacionadas ao HIV/AIDS, bem como, ressaltar sobre a existência dos riscos quando relacionado a pratica do sexo inseguro.

Por sua vez, o profissional enfermeiro tem um papel fundamental, na orientação sexual desses idosos por meio de ações educativas, buscando promover uma mudança no comportamento dos mesmos, a fim de incentivar a realização de uma prática sexual segura, e com isso, ajudar esse público a obter uma melhor compreensão sobre o HIV/AIDS. Portanto, para que as práticas de saúde sexual ocorram satisfatoriamente, faz-se necessário que os profissionais enfermeiros, utilizem uma linguagem compreensiva e direcionada, para a efetivação dessa comunicação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Brasil. Lei nº 10.741 de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. 2003 [acesso em 10 set. 2017]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. 2. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. 2010 [acesso em 05 ago 2017]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento. Brasília: Ministério da Saúde; 2010 [acesso em 05 ago 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_pessoa_idosa_envelhecime nto_v12.pdf. 4. Araldi LM, Pelzer MT, Gautério-Abreu DP, Saioron I, Santos SSC, Ilha S. Elderly With Human Immunodeficiency Virus: Infection, Diagnosis And Living With The Disease. Revista Mineira de Enfermagem. 2016. [acesso em 10 set. 2017]; 20:948. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-835257. 5. Neto JD, Nakamura AS, Cortez LER, Yamaguchi UM. Sexually transmitted diseases among the elderly: a systematic review. Ciências e Saúde Coletiva. 2015 [acesso em 10 set. 2017]; 20(12):3853-3864. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/630/63043240023/. 6. Pieri FM, Laurenti R. HIV/AIDS: perfil epidemiológico de adultos internados em hospital universitário. Ciência, Cuidado e Saúde. 2012 [acesso em 10 set. 2017]; 11(5):144-152. Disponível em: http://ojs.uem.br/ojs/index.php/cienccuidsaude/article/view/17069. 7. Rezende MIR, Brito FG, Madi RR, Melo CM. Perfil Epidemiológico de Portadores do Vírus da Imunodeficiêcia Humana e Síndrome

da Imunodeficiência Adquirida no estado de Sergipe, 2007-2012. Interfaces Científicas-Saúde e Ambiente. 2014. [acesso em 10 set. 2017]; 2(2):59-7. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index.php/saude/article/view/1250. 8. Triviños ANS. Introdução à pesquisa em ciências sociais: A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas; 1987 [acesso em: 10 set. 2017]. Disponível em: http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/39624806/trivinos Augusto_ N. Introducao_a_pesquisa_em_Ciencias_Sociais.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIW OWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1499903084&Signature=5tm2YBPTpvz%2FR936m xgxcvxo354%3d&responsecontentdisposition=inline%3b%20filename%3dtrivi NOS_Augusto_N._-_Introducao_a_pesqu.pdf. 9. Hipolito RL, Oliveira DC, Gomes AMT, Costa TL. Social representations of quality of life in HIV/AIDS: the role of time since diagnosis. Revista de enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro. 2014. [acesso em 10 set. 2017]; 22(6):753-9. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v22n6/v22n6a05.pdf. 10. Silva ARS, Duarte FHS, Nelson ARC, Holanda JRR. A epidemia da aids no Brasil: análise do perfil atual. Revista de enfermagem UFPE, Recife. 2013. [acesso em 13 out. 2017]; 7(10):321-7. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/12233/14841. 11. Santos AFM, De Assis M. Vulnerabilidade das idosas ao HIV/AIDS: despertar das políticas públicas e profissionais de saúde no contexto da atenção integral: revisão de literatura. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro. 2011. [acesso em 13 out. 2017]; 14(1):147-157. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/4038/403834041015.pdf.