PROJECTO DE EXECUÇÃO

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Transcrição:

Tipo de Obra: Reabilitação da Quinta de São Cristóvão para Sede Local da Obra: Largo de São Sebastião, nº 5 a 8 Paço do Lumiar - Coimbra PROJECTO DE EXECUÇÃO 3. PROJECTO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA INTEGRADA 3.2 Condições Técnicas

Condições técnicas ÍNDICE 3.2.1 HIDRANTES EXTERIORES 3.2.1.1 Tipos de hidrantes exteriores e sua utilização 3.2.1.2 Especificações dos marcos de incêndio 3.2.1.3 Especificações de Boca-de-incêndio de fachada 3.2.1.4 Protecção e sinalização dos hidrantes 3.2.1.5 Dados adicionais dos marcos de incêndio 3.2.2 PROTEÇÃO E SELAGEM VÃOS ABERTURAS 3.2.2.1 Campo de aplicação 3.2.2.2 Protecção passiva 3.2.2.3 Reação ao fogo 3.2.2.4 Resistência ao fogo 3.2.2.5 Compartimento 3.2.2.6 Desenfumagem 3.2.2.7 Sinalização de Segurança 3.2.2.8 Equipamento para proteção passiva contra incêndio 3.2.2.9 Condutas de ar 3.2.2.10 Cablagens 3.2.2.11 Madeiras e outros produtos da construção ou revestimento 3.2.2.12 Estruturas de betão 3.2.2.13 Proteção de paredes e tetos resistentes ao fogo 3.2.3 CONFIGURAÇÃO DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS 3.2.3.1 Tipos de protecção 3.2.3.2 Proteção de equipamentos 3.2.3.3 Zonas 3.2.3.4 Seleção de detetores e botões manuais 3.2.3.5 Detectores de fumo Telefone: 239 428 177 e-mail: habipoiares@gmail.com

3.2.3.6 Detetores de temperatura 3.2.3.7 Detetores de chamas 3.2.3.8 Botões de alarme manual 3.2.3.9 Localização e distribuição de detetores e botões de alarme 3.2.3.10 Detetores térmicos e de fumo 3.2.3.11 Tetos planos 3.2.3.12 Tetos inclinados 3.2.3.13 Paredes, divisórias e obstáculos 3.2.3.14 Ventilação e Movimento do ar 3.2.3.15 Detetores em condutas de ar 3.2.3.16 Deteção acima de tetos falsos 3.2.3.17 Botões de alarme manual 3.2.3.18 Dispositivos e equipamentos de alarme 3.2.3.19 Localização da CDI 3.2.3.20 Alimentação de emergência 3.2.3.21 Alerta 3.2.3.22 Outros equipamentos ou sistemas 3.2.4 INSTALAÇÕES DE SISTEMAS 3.2.4.1 Tipos de cabos 3.2.4.2 Ductos, condutas e caleiras 3.2.4.3 Caminhos de cabos 3.2.4.4 Proteção contra incêndio 3.2.4.5 Proteção contra danos mecânicos 3.2.4.6 Proteção contra interferência electromagnética 3.2.4.7 Áreas de risco 3.2.4.8 Exploração dos sistemas 3.2.4.9 Documentação 3.2.4.10 Responsabilidade Telefone: 239 428 177 e-mail: habipoiares@gmail.com

PROJECTO DE EXECUÇÃO / SISTEMA DE SEGURANÇA INTEGRADA Reabilitação da Quinta de São Cristóvão para Sede Paço do Lumiar Lisboa Condições técnicas 3.2.1 Hidrantes Exteriores Nos termos regulamentares o fornecimento de água para abastecimento dos veículos dos bombeiros deve ser assegurado por hidrantes exteriores, alimentados pela rede de distribuição pública ou, excecionalmente, por rede privada na falta de condições daquela. 3.2.1.1 Tipos de hidrantes exteriores e sua utilização Consideram-se os seguintes tipos de hidrantes exteriores: Marcos de incêndio (hidrantes de incêndio de coluna) para colocação acima do solo; Bocas-de-incêndio de fachada (ou de parede), para embutimento mural; Bocas-de-incêndio enterradas (ou de passeio), para colocação sob os passeios ou outros pavimentos. As bocas-de-incêndio devem ser instaladas em nicho próprio, dotadas de válvula de seccionamento, sendo o nicho protegido por portinhola com chave para acesso restrito dos bombeiros. 3.2.1.2 Especificações de boca-de-incêndio de fachada O corpo das bocas deverá ser fabricado em material resistente a solicitações mecânicas e ambientes corrosivos. As bocas devem ser equipadas com válvula de seccionamento do tipo globo, com abertura por volante. A ligação das bocas às mangueiras deve ser feita por sistema de aperto rápido (STORZ) com diâmetro nominal de junção DN 52. O diâmetro do ramal de alimentação deve ser, no mínimo DN 45.

A saída das bocas deve ser tamponada e o seu tamponamento, com as bocas submetidas a uma pressão de teste de 2500 kpa, deve garantir uma estanqueidade total. Os tampões devem estar ligados às bocas por corrente. O volante deve indicar de forma indelével o sentido de abertura e fecho da válvula. 3.2.1.3 Proteção e sinalização dos hidrantes Os marcos de incêndio deverão ser protegidos contra choques de viaturas por três tubos com diâmetro igual ou superior a 40 mm, dobrados em U invertido com as pernas fixas ao solo, formando o conjunto dos três tubos um triângulo na periferia do marco e a 0,60 m do mesmo. Os tubos devem ser pintados a vermelho fogo (RAL 3000). As bocas-de-incêndio de fachada, instaladas nas paredes exteriores dos edifícios ou nos muros exteriores delimitadores dos lotes, devem ser instaladas, no mínimo a 0,50 m acima da cota do passeio ou do pavimento e o nicho onde estão instaladas, deve possuir portinhola de acesso, fabricada em material resistente ao choque e à humidade, dotada de chave própria e claramente sinalizada com as iniciais SI. Este nicho deve ter as dimensões mínimas de 290 x 235 mm e a sua portinhola, quando fechada, deve estar afastada da parte mais saliente da união STORZ de, no mínimo, 75 mm. O nicho da válvula respetiva deve ter secção circular com um raio mínimo de 100 mm e estar protegido por portinhola com características semelhantes de construção, sinalização e fecho às indicadas para a boca. 3.2.1.4 Dados adicionais dos marcos de incêndio A documentação comercial de acompanhamento do fabricante (por exemplo catálogo) deve fornecer a informação mencionada no ponto 3 Marcação, assim como os dados seguintes: Dimensões; Material da carcaça; Detalhes do obturador; Aprovação dos materiais para contacto com a água destinada a consumo humano (se aplicável): Detalhes da conformidade com os requisitos nacionais no país de utilização; Resistência às forças de operação: Gama (MOT - binário máximo de operação, mst - binário de resistência mínimo);

Flanges de entrada: EN 1092-1 ou EN 1092-2; Guia de instalação e manutenção; Ligações de saída: Detalhes de acordo com os requisitos nacionais no país de utilização; Válvula de drenagem (se aplicável): Volume de água retida; Tempo de drenagem; Características hidráulicas: coeficiente KV; Resistência à corrosão interna e externa; Revestimentos (se aplicável): Detalhes relativos ao tipo, cor e espessura do revestimento; Resistência à corrosão de outras partes construtivas; Resistência aos produtos de desinfeção (se aplicável); Compatibilidade com o líquido transportado (se aplicável): Hidrantes para sistemas de água não potável; Hidrante para sistemas de água potável, EN 1074-6. A documentação que deve ser fornecida após a instalação de um marco de incêndio (hidrantes de incêndio de coluna) é a seguinte: Declaração de conformidade CE emitida pelo fabricante conforme o Anexo ZA da NP EN14384:2007; Certificado de conformidade CE conforme Anexo ZA da NP EN 14384:2007; Declaração de conformidade do instalador garantindo que o marco de incêndio foi instalado conforme especificado no projeto e que cumpre as disposições do RT-SCIE. 3.2.1.5 PROTECÇÃO E SELAGEM VÃOS ABERTURAS O RT-SCIE consagra o Capítulo V (Isolamento e Proteção de Canalizações e Condutas) do Título III (Condições Gerais de Comportamento ao Fogo, Isolamento e Proteção) à caracterização dos elementos

e materiais, incluindo os de revestimento e seus locais de aplicação ou zonas de atravessamento, de forma a se garantirem os objectivos do Regulamento: preservação da vida humana, do ambiente e do património, assim como a continuidade das atividades essenciais à vida do País, em caso de deflagração de um incêndio. 3.2.1.6 Campo de aplicação O referido Capítulo V do Título III aplica-se às canalizações elétricas, de gases e de esgoto, às condutas de ventilação, de tratamento de ar e de desenfumagem, de extração de efluentes da combustão e de descarga dos lixos, desde que estejam aplicadas em edifícios com altura superior a 9 m, edifícios que possuam locais de risco D ou E e sirvam locais de risco C. No RT-SCIE é dito entre os artigos 29.º e 33.º, mas como estas canalizações e estes ductos atravessam paredes e lajes resistentes ao fogo há que manter o mesmo nível de resistência e não permitir que sejam um elemento propagador do incêndio. As portas e elementos similares que se aplicam no fecho de vãos de paredes corta-fogo, necessários à operacionalidade da exploração dos edifícios, pelas suas especificidades e características justificam que tenham um tratamento separado. 3.2.1.7 Proteção passiva A proteção passiva contra incêndios compreende todos os materiais e sistemas técnicos projectados para impedir ou retardar a propagação dos incêndios. A proteção passiva assume um papel de relevo no âmbito geral da proteção contra incêndio de um edifício e visa cumprir as seguintes funções: compartimentação, desenfumagem, proteção de estruturas e melhoria do comportamento ao fogo dos materiais de construção Resistência ao fogo de elementos estruturais e de elementos integrados em instalações técnicas, que inclui a manutenção das respetivas funções mesmo em caso de incêndio; Compartimentação horizontal e vertical dos edifícios (isolamento e proteção), que inclui as paredes e lajes com características de resistência ao fogo e todos os sistemas complementares (portas e envidraçados resistentes ao fogo e sistemas de obturação de ductos e condutas);

Materiais e elementos de construção e de revestimento, através do recurso a materiais com a adequada reação ao fogo ou a produtos de tratamento de materiais e elementos de construção visando melhorar o comportamento ao fogo desses materiais e elementos; Sistemas de desenfumagem, que compreendem a aplicação de aberturas de admissão de ar novo e de escape de fumo, de painéis de cantonamento de fumo (fixos ou escamoteáveis), bem como, condutas de desenfumagem e registos resistentes; Sistema de sinalização de segurança, que é composto por conjunto de sinais e outros produtos de marcação com características fotoluminescentes. O seu projeto e aplicação implicam conhecimentos adequados sobre reação ao fogo, resistência ao fogo, compartimentação, desenfumagem e sinalização. A Diretiva Comunitária sobre os produtos da construção (89/106 /CEE de 21.12.88) refere: a) Materiais de construção como sendo os produtos utilizados ou diretamente na construção de um edifício ou indiretamente na composição dos elementos de construção, tais como tijolos, cimento, madeira, vidro, tintas, etc.; b) Elementos de construção são compostos pelos produtos acima referidos e que integram a construção do edifício, tais como paredes, lajes, estruturas metálicas, portas, janelas, etc. Em termos de análise do comportamento ao fogo, os materiais são classificados na base da reação ao fogo, enquanto os elementos na base da resistência ao fogo. 3.2.1.8 Reação ao fogo Presentemente, a classificação europeia de desempenho de reação ao fogo para os produtos de construção é a indicada no Anexo I do RJ-SCIE, tendo a ver com fatores, tais como: aumento de temperatura, perda de massa, tempo de presença da chama, taxa de propagação do fogo, etc.. No referido Anexo I estão indicados três quadros: Um sobre as classes de reação ao fogo para produtos de construção, excluindo pavimentos, com classes de A1 a F; Um segundo sobre as classes de reação ao fogo para produtos de construção de pavimentos, incluindo os seus revestimentos, com classes de A1FL a F FL;

O último sobre as classes de reação ao fogo de produtos lineares para isolamento térmico de condutas, com classes de A1L a FL. 3.2.1.9 Resistência ao Fogo Do mesmo modo, em vez da tradicional classificação EF, PC, CF, as normas europeias introduziram uma classificação de desempenho da resistência ao fogo padrão para os produtos de construção, atendendo a múltiplos parâmetros, tais como R (capacidade de suporte de carga), E (estanquidade a chamas e gases quentes, I (isolamento térmico, C (fecho automático), etc.. O Anexo II do RJ-SCIE apresenta seis quadros com a classificação para elementos com funções diversas: O primeiro quadro com a classificação (R) para elementos com funções de suporte de carga e sem função de compartimentação resistente ao fogo, com duração de 15 a 360 min; O segundo com a classificação (RE, REI, REI-M, REW) para elementos com funções de suporte de carga e de compartimentação resistente ao fogo, com duração de 15 a 240 min; O terceiro com a classificação para produtos e sistemas para proteção de elementos ou partes de obras com funções de suporte de carga; O quarto com a classificação (E, EI, EI-M, EW) para elementos ou partes de obras sem funções de suporte de carga e produtos a eles destinados, com duração de 15 a 240 min; O quinto com a classificação (E, EI) para produtos destinados a sistemas de ventilação, excluindo exaustores de fumos e de calor, com duração de 15 a 240 min; O último quadro apresenta a classificação (P, PH) para produtos incorporados em instalações, com a duração de 15 a 120 min. 3.2.1.10 Compartimentação Entende-se por compartimentação as medidas construtivas adotadas com o objetivo de limitar a propagação de incêndios, incluindo fumos e gases de combustão.

A compartimentação tem também a finalidade de fragmentar a carga de incêndio e de facilitar a evacuação rápida e segura dos ocupantes. Simultaneamente limitam-se os prejuízos e facilita-se a intervenção das forças exteriores de socorro. A contenção de um incêndio é conseguida através da divisão dos espaços de um edifício em vários compartimentos individuais, e através do tratamento dos seus elementos de construção limítrofes de modo a suportarem os efeitos de um incêndio. Um compartimento corta-fogo é, essencialmente, constituído por paredes e pavimentos resistentes ao fogo com capacidade de o circunscrever durante determinado período de tempo, o que implica que todos os vãos e atravessamentos na fronteira do compartimento corta-fogo mantenham as mesmas características de resistência. No RT-SCIE, o compartimento de fogo base é de 1600 m² (ver artigo 18.º). 3.2.1.11 Desenfumagem O fumo apresenta quatro perigos para as pessoas e para os bens patrimoniais: temperatura, opacidade, toxicidade e corrosividade. Para que estes perigos não atinjam valores críticos é fundamental uma correta desenfumagem dos espaços, quer de modo passivo, quer de modo ativo. Para tal, ver Capítulo IV (Controlo de fumo) do Título VI (Condições Gerais dos Equipamentos e Sistemas de Segurança) do RT-SCIE. O controlo de fumo pretende: Garantir a praticabilidade das vias de evacuação; Permitir a visibilidade ao longo dos percursos e nos locais; Evitar o perigo de intoxicação dos ocupantes ou das equipas de intervenção; Baixar a temperatura do fumo e dos gases, para proteção das pessoas e da construção. 3.2.1.12 Sinalização de Segurança Os sistemas de sinalização de segurança consistem no conjunto de sinais e outros produtos de marcação que fornecem indicações ou prescrições relativas à segurança contra incêndios, por intermédio de mensagens usando símbolos e pictogramas que poderão ser complementadas com textos.

O seu objetivo é garantir aos ocupantes de um edifício ou recinto, a correta identificação dos caminhos de evacuação, a localização dos meios de alarme e luta contra incêndios, prevenir comportamentos de risco e alertar para procedimentos que contribuam para a segurança em geral. Os sistemas de sinalização de segurança devem permanecer visíveis em quaisquer circunstâncias, pelo que são constituídos de materiais com características fotoluminescentes. 3.2.1.13 Equipamento para proteção passiva contra incêndio Ductos técnicos Os ductos técnicos que atravessem, quer vertical quer horizontalmente, os limites dos compartimentos corta-fogo devem ser objeto de aplicação de soluções de selagem, estudadas, projetadas, instaladas e certificadas para assegurar a adequada função complementar de resistência ao fogo. Os sistemas de selagem aplicados aos ductos técnicos devem cumprir com os requisitos de resistência ao fogo exigidos pela Normativa aplicável, nomeadamente: Estabilidade mecânica; Estanqueidade às chamas e produtos da combustão; Ausência de emissão de gases inflamáveis; Isolamento térmico. Soluções técnicas possíveis: Almofadas intumescentes - granulado intumescente encerrado em sacos de tecido ignífugo - para locais onde os atravessamentos não estão concluídos ou são provisórios, com escalões de tempo máximos na ordem de 120 min; Argamassas - produto hidráulico incombustível constituído por inertes leves expandidos e aglomerados por ligante nos locais com atravessamentos concluídos ou onde seja necessária uma maior resistência mecânica. Podem ser acompanhados da aplicação de uma grade metálica e cantoneira na base de aplicação e completado com spray ou massas vedantes resistentes ao fogo ou recorrer a outras soluções construtivas; Golas intumescentes de estrangulamento - corpo em aço preenchido por um material intumescente que em contacto com o fogo expande até ao estrangulamento do tubo onde está aplicada,

podendo ser aplicada saliente - quando os atravessamentos são feitos com tubagens de PVC ou outro material combustível. Mangas intumescentes - constituídas por um material intumescente que em contacto com o fogo expande até ao estrangulamento do tubo onde estão instaladas, sendo aplicadas embutidas na parede ou laje. Para aplicações em atravessamentos quando são feitos com tubagem de PVC, ou outro material combustível; Sistemas de selagens constituídos por painéis de lã mineral, interligados com betume e revestidos em ambas as faces com resina intumescente ou resina termoplástica ignífuga em atravessamentos técnicos de paredes e lajes; Sistemas modulares - sistemas especiais prefabricados à base de módulos concebidos segundo o tamanho dos ductos e os tipos e diâmetros das cablagens, sendo normalmente instalados à pressão - especialmente adequados para cabos e tubos de diferentes diâmetros que atravessem paredes e lajes em edifícios e construções metálicas. 3.2.1.14 Condutas de ar São várias as soluções para a construção ou revestimento destas condutas: Revestimento com argamassa fibrosa composta de ligantes tipo cimento, cargas refractárias e fibras minerais; Construção das condutas com painéis compostos de silicatos de cálcio e fibras, com espessuras de 5 a 25 mm ou com outras soluções conforme as Normas EN 13501-2, EN 13501-3, EN 1366-1 ou EN 1366-5 (consultar Anexo II do RJ-SCIE). As condutas de ar (de sistemas de ventilação) que atravessem fronteiras de compartimentos corta- fogo devem ser dotadas, nesses locais, de registos corta-fogo, com escalão de tempo igual ao do elemento atravessado, com comando automático pelo SADI ou térmico e com rearme manual, preferencialmente à distância a partir do posto de segurança. A estrutura dos registos deve resistir às vibrações da conduta e da parede de inserção. Em alternativa aos registos corta-fogo podem usar-se grelhas intumescentes, desde que não estejam inseridas em sistemas que sejam também usados para controlo de fumo ou ventilação de sistemas ou equipamentos necessários à segurança contra incêndio. Estas grelhas são constituídas com lâminas de material intumescente que, ao serem aquecidas expandem, obturando a abertura.

3.2.1.15 CABLAGENS A cablagem elétrica, de fibra óptica e sinal se não tiver as propriedades resistentes ao fogo conforme Normas EN 13501-3 e EN 50200 (consultar Anexo II do RJ-SCIE), nem propriedades retardadoras da combustão e de libertação de gases tóxicos e corrosivos, deve ser revestida para evitar a propagação do incêndio. Podem ser protegidas por: Finas camadas de argamassa (filme húmido que seca após 24 h); Resinas intumescentes, tipo betume, necessitando de vários dias para secar. Os referidos revestimentos devem ser aplicados em ambos os lados do elemento atravessado, com o comprimento mínimo de um metro A proteção das cablagens de uma esteira de cabos pode ser efetuada através de: Placas de silicatos de cálcio - através da construção de condutas. Revestimentos intumescentes - constituídos por um revestimento de proteção intumescente que, sob a ação do calor, aumenta de volume formando uma camada de material termo - isolante que protege, desta forma, as superfícies. 3.2.1.16 MADEIRAS E OUTROS PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO OU REVESTIMENTO Aos produtos como a madeira, a cortiça ou os têxteis de decoração ou revestimento é possível melhorar a reação ao fogo através da ignifugação. A ignifugação consiste num tratamento que permite limitar as propriedades de combustibilidade dos materiais/superfícies. Os métodos de ignifugação possíveis neste caso são os seguintes Por imersão em líquidos impregnantes, quando possível; Por aplicação direta de tintas ou vernizes intumescentes. A madeira inflama-se a, mais ou menos, 350 C e a sua velocidade de carbonização progride, do exterior para o interior dos elementos, cerca de 2 cm em cada meia hora. 3.2.1.17 ESTRUTURAS DE BETÃO

O betão armado é utilizado geralmente em pilares, vigas, pavimentos e paredes resistentes, sendo o seu comportamento ao fogo bastante razoável. No entanto, quando sujeito a temperaturas muito elevadas e a choques térmicos consideráveis, como acontece num incêndio, podem surgir fendas que além de fragilizarem o betão podem conduzir à deterioração do aço, verificando-se uma perda significativa da capacidade de suporte do elemento. Assim, é essencial a proteção dos elementos estruturais em betão armado. Das soluções possíveis destaca-se a aplicação de placas de silicato de cálcio e lã mineral que apresentam características de estabilidade dimensional, durabilidade e resistência mecânica adequadas à proteção de estruturas em betão armado, e ainda a aplicação de argamassas pastosas e fibrosas. 3.2.1.18 PROTEÇÃO DE PAREDES E TETOS RESISTENTES AO FOGO A compartimentação corta-fogo deve ser obtida por elementos de construção que, para além da capacidade de suporte, garantam a estanqueidade a chamas e gases quentes, assim como o isolamento térmico durante um período de tempo determinado. Para além dos sistemas tradicionais, na proteção de paredes e tetos corta-fogo é possível a utilização de sistemas de compartimentação concebidos a partir de painéis de silicato de cálcio e lã mineral, pela sua estabilidade dimensional, durabilidade, resistência mecânica e possibilidade de várias combinações construtivas. As paredes de alvenaria de pedra asseguram a resistência ao fogo necessária á compartimentação corta-fogo inerente ao edifício, que terá de ser complementada por portas corta-fogo. Uma vez que os pavimentos com estrutura e revestimento de madeira existentes ao nível do andar do edifício serão mantidos, e uma vez que não se agravam as condições do edifício, a aplicação de revestimento de gesso cartonado nos tectos, vai conferir maior resistência ao fogo aos tectos, aumentando o tempo de estabilidade da estrutura existente, atendendo a que o edifício é um local de risco A. No entanto, nos compartimentos de categoria de risco C (copa e arquivo) os tectos serão revestidos a placas de gesso laminado revestida de fibra de vidro com uma reacção ao fogo de A1 e cumprindo com a EN 13501-1:2007+A1:2009 3.2.2 CONFIGURAÇÃO DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIOS

Um sistema automático de deteção de incêndios (SADI) é uma instalação técnica capaz de registar um princípio de incêndio, sem a intervenção humana, transmitir as informações correspondentes a uma central de sinalização e comando (CDI central de deteção de incêndios), dar o alarme automaticamente, quer local e restrito, quer geral, quer à distância (alerta) e acionar todos os comandos (imediatos ou temporizados) necessários à segurança contra incêndios dos ocupantes e do edifício onde está instalado: fechar portas resistente ao fogo, comandar elevadores, comandar registos corta-fogo, comandar sistemas automáticos de extinção de incêndios (SAEI), comandar ventiladores, comandar energia elétrica, desbloquear retentores, etc. A configuração tipo de um SADI é a seguinte: Um sistema de deteção de incêndios deve ser concebido de tal maneira que permita, tanto quanto possível, a deteção precoce do incêndio. Assim, a escolha, o número e a disposição dos detetores devem ser tais que a relação sinal/perturbação seja suficiente, evitando-se falsos alarmes e alarmes intempestivos. A organização do alarme depende da organização de segurança do edifício ou recinto onde o sistema está instalado, isto é, se há vigilância permanente ou não. Se houver vigilância presente ou permanente, o sistema pode estar em situação dia o que permitirá reconhecimento e confirmação do alarme. Caso contrário o sistema deve estar em estado dito noite, em que as temporizações poderão estar anuladas e o alarme às forças de socorro (alerta) ser imediato. A CDI (central de deteção de incêndios) deve ter duas temporizações programáveis, a de presença que corresponde à aceitação do alarme por parte do operador e a de reconhecimento que corresponde à confirmação local do alarme. Um fluxograma possível desta organização é a que se apresenta na página seguinte em que se considerou que o alarme originado num botão de alarme é sempre verdadeiro não necessitando de confirmação e o alarme oriundo dum detetor automático que pode ser verdadeiro ou não. Para planeamento dos trabalhos de conceção, projeto, instalação e exploração dos SADI tem sido hábito, no mercado português, o recurso à Regra Técnica nº 4 dos Seguros que, neste momento está descontinuada. O CEA (Comité Européen des Assurances) começou, recentemente, a publicar várias especificações, entre as quais a CEA 4040, de Julho 2003: Planning and Installation for Automatic Fire Detection and Fire Alarm Systems.

Por outro a Comissão Europeia de Normalização (CEN), há vários anos a esta parte tem desenvolvido uma norma, a EN 54, dedicada à Detecção de Incêndios, com várias partes. Recentemente foi elaborado o projeto da parte 14 (Especificações técnicas para planeamento, projeto, instalação, colocação em serviço, exploração e manutenção) cujos conceitos estão incorporados nesta CT. É assumido que a primeira etapa do processo do projeto é fazer o levantamento das necessidades do edifício, no que respeita à deteção e ao alarme de incêndio, sem perder de vista o cumprimento do RT- SCIE. Isto não impede que se faça um levantamento de: Se o edifício deve ser protegido na totalidade ou em parte; O tipo de sistema a ser instalado; A interação do sistema com outras medidas de proteção de incêndio. A segunda etapa é o planeamento e projeto do sistema, que deve incluir: A seleção do tipo de detetor para os diversos locais do edifício; A subdivisão do edifício em zonas de deteção e/ou alarme; O dimensionamento do sistema de controlo e do visionamento das suas indicações; O dimensionamento das fontes de alimentação. A terceira etapa é o processo de instalação e interligação dos equipamentos. A quarta etapa é a verificação técnica do sistema e do seu correto funcionamento. Assume-se que a verificação técnica inicial seja executada pelo instalador, ao que se seguirá uma verificação feita em associação com o dono de obra, ou um seu representante, e com a entidade fiscalizadora. Uma vez que o sistema tenha sido entregue ao dono de obra, um desempenho satisfatório dependerá de uma exploração e manutenção apropriadas. É compreensível que este CT não abranja todos os casos que possam ocorrer. Por essa razão são possíveis desvios destas recomendações, desde que tenham sido discutidos e aprovados pela entidade fiscalizadora (ANPC). A fiscalização das condições de operacionalidade do sistema realiza-se através de inspeções periódicas ou extraordinárias da responsabilidade da entidade fiscalizadora (ANPC). O padrão descrito anteriormente representa-se no fluxograma: Conceito Inicial Levantamento de necessidades Planeamento e projeto Instalação Verificação técnica

Utilização Manutenção Fiscalização A responsabilidade pelo planeamento, projeto, instalação e desempenho inicial do sistema instalado deve ser claramente definida e documentada. É normalmente desejável que no ato contratual uma entidade assuma a inteira responsabilidade do projeto. Deve ser dada particular atenção ao estabelecimento da responsabilidade pela documentação a ser entregue à pessoa responsável pela exploração das instalações, cobrindo instruções de utilização, verificações de rotina e procedimentos de teste. Após a entrega do sistema, a responsabilidade pela manutenção do desempenho inicial será normalmente assumida pelo utilizador final e/ou proprietário do sistema (responsável de segurança). 3.2.2.1 TIPOS DE PROTECÇÃO Apesar do RT-SCIE especificar as configurações dos SADI conforme as UT e as categorias de risco convém esclarecer que tipos de proteção são possíveis de praticar. Devem ser considerados, no levantamento do risco de cada área, os seguintes aspetos: Probabilidade de ignição; Probabilidade de propagação no interior do compartimento de origem; Probabilidade de propagação para lá do compartimento de origem; As consequências de um incêndio (incluindo probabilidade de morte, ferimentos, perda de bens e danos ambientais); A existência de outras medidas de proteção contra incêndios. A extensão da proteção pode descrever-se como segue: Proteção total: proteção de todas as partes do edifício; Protecção parcial: protecção de um ou mais compartimentos corta-fogo dentro do edifício; Proteção dos caminhos de evacuação: proteção restrita aos meios necessários para garantir que os caminhos de evacuação possam ser utilizados antes de serem bloqueados pelo incêndio ou fumo; Proteção local: proteção de um equipamento ou função específicos (que não caminhos de evacuação) dentro do edifício, não constituindo necessariamente o total de um compartimento corta-fogo; Proteção de um equipamento: proteção de um aparelho ou equipamento específico.

Proteção total Um sistema de proteção total, é um SADI cobrindo todos os espaços do edifício, exceto os especificamente excluídos pela legislação mas incluídos os espaços confinados, designadamente delimitados por tetos falsos com mais de 0,8 m de altura ou por pavimentos sobreelevados em mais de 0,2 m, desde que neles passem cablagens ou sejam instalados equipamento ou condutas suscetíveis de causar ou propagar incêndios ou fumo. Sem prejuízo do referido no parágrafo anterior, as áreas cobertas que não necessitam de ser protegidas por deteção automática incluem: Quarto de banho, zonas de duche (excepto vestiários), ou sanitários, desde que não sejam utilizados exclusivamente para essa função; Vazios verticais ou condutas verticais para cabos com secções inferiores a 2 m2, desde que sejam devidamente protegidas contra o fogo e estanques ao fogo no atravessamento de pisos, tetos ou paredes, e que não contenham cabos relacionados com sistemas de emergência (a menos que os cabos tenham uma resistência ao fogo de, pelo menos, 30 minutos); Armazéns de alimentos congelados sem ventilação; Vazios (excluindo chão falso e tecto falso) com a verificação de uma das seguintes condições: o Menos de dez metros de comprimento; o Menos de dez metros de largura; o Que sejam totalmente separados de outras áreas por material incombustível; o Que não contenham cargas de incêndio superiores a 25 MJ/m2; o Que não contenham cabos relacionados com sistemas de segurança (a menos que tenham uma resistência ao fogo superior a 30 min.). Os espaços que cumulativamente: o Estejam protegidos totalmente por sistema fixo de extinção automática de incêndios por água que respeite as disposições do RT-SCIE, incluindo as referentes à difusão do alarme; o Não possuam controlo de fumo por meios ativos. PROTEÇÃO PARCIAL Um sistema de protecção parcial é um SADI cobrindo apenas algumas partes do edifício (normalmente as mais vulneráveis). A envolvente de um espaço com sistema de protecção parcial deve ser resistente ao fogo.

No caso de se utilizar um sistema de proteção parcial, as partes do edifício a serem protegidas devem ser especificadas. A proteção local pode ser feita para funções particulares, especialmente requeridas para áreas de alto risco ou equipamentos especiais. A área local a proteger não necessita ser isolada; pode fazer parte de uma área total ou parcialmente protegida, sendo-lhe atribuído um nível mais elevado de proteção que o da área envolvente. A proteção local pode por si própria garantir proteção adequada contra incêndios que se iniciem no local protegido, ainda que assegure pouca ou nenhuma proteção contra incêndios que se iniciem fora dessa área. 3.2.2.2 PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS A proteção de equipamentos destina-se a proteger contra incêndios que tenham o seu início no interior destes. Os detetores para proteção dos equipamentos podem ser instalados no interior destes, podendo assim detetar o incêndio numa fase anterior a detetores de uma proteção geral, ou recorrer-se ao uso de câmaras de aspiração ou análise. Tal como na proteção local, a proteção dos equipamentos pode por si própria garantir proteção adequada contra incêndios que se iniciem no local protegido, ainda que assegure pouca ou nenhuma proteção contra incêndios que se iniciem fora dessa área. 3.2.2.3 ZONAS A divisão do edifício em zonas de deteção e alarme deve satisfazer os requisitos da estratégia da resposta a um alarme de incêndio. O edifício deve ser dividido em zonas de detecção de modo a que o local de origem do alarme possa ser determinado rapidamente a partir das indicações fornecidas pelo equipamento de sinalização. Devem adotar-se as medidas necessárias para identificar sinais provenientes de botões de alarme manual, de modo a prevenir a ocorrência de informações confusas. A divisão por zonas deve ter em conta a compartimentação interior do edifício, quaisquer possíveis obstáculos ao reconhecimento ou movimento, a existência de zonas de alarme e a presença de qualquer risco especial.

Nos casos em que o sistema de deteção de incêndios é utilizado para ativar outros sistemas de proteção contra-incêndio deve ter-se um particular cuidado na divisão por zonas. A divisão do edifício em zonas de alarme depende da necessidade de diferenciação do tipo de alarmes a desencadear. Não é necessária qualquer divisão em zonas de alarme no caso do sinal de alarme ser comum a todo o edifício. Qualquer divisão em zonas de alarme deve estar de acordo com a estratégia da resposta a um alarme de incêndio. Em instalações protegidas por SADI as zonas devem estar de acordo com o seguinte: A área de pavimento de uma zona não deve exceder os 1600 m2; Quando uma zona se prolonga para lá de um único compartimento corta-fogo, os limites da zona devem ser os limites dos compartimentos corta-fogo e a área dessa zona não deve exceder os 400 m2; Uma zona deve ser restrita a um só piso, a menos que: A zona se aplique a uma caixa de escada, túnel de cabos ou de elevadores, ou uma estrutura similar que se prolongue para além de um piso, mas contida num compartimento corta-fogo; 3.2.2.4 SELECÇÃO DE DETECTORES E DE BOTÕES MANUAIS Nos fatores que condicionam a seleção do tipo de detetor, incluem-se os seguintes: Requisitos legais; Materiais existentes no local e as manifestações da sua combustão; Configuração do local (particularmente o pé direito); Efeitos da ventilação e do aquecimento; Condições ambientais no interior dos compartimentos vigiados; Possibilidade de falsos alarmes; Os detetores selecionados devem ser, na generalidade, os que proporcionarem mais rapidamente um aviso fiável nas condições ambientais dos locais em que serão instalados. Nenhum tipo de detetor é o mais adequado para qualquer situação, e a escolha final dependerá das circunstâncias individuais. Por vezes, é útil utilizar uma mistura de diferentes tipos de detetores.

Os detetores de incêndio são normalmente concebidos para detetar uma ou mais características de um incêndio: fumo, calor, radiação (chama) e outros produtos de combustão. Cada tipo de detetor responde com rapidez diferente aos diferentes tipos de incêndio. Em geral um detetor de temperatura tem uma resposta mais lenta; no entanto um incêndio que produza um rápido aumento de temperatura e muito pouco fumo pode acionar um detetor de temperatura antes de acionar um detetor de fumo. No caso de um incêndio de combustão lenta, como a fase inicial de um incêndio envolvendo cartão, um detetor de fumo reagirá geralmente em primeiro lugar. No caso de um fogo de líquidos inflamáveis a primeira deteção será em geral feita por um detetor de chamas. Os produtos detetados por detetores pontuais de fumo e calor são transportados desde o incêndio até ao detetor por convecção. Estes detetores pressupõem a existência de um teto (ou de uma superfície semelhante) que dirija os produtos da combustão desde o foco do incêndio até ao detetor. São por conseguinte adequados para utilizar na maioria dos edifícios, mas geralmente inadequados para utilização no exterior. A radiação detetada por detetores de chamas desloca-se em linha reta, e não requer por isso um teto para dirigir as radiações para os detetores. Os detetores de chamas podem por isso ser utilizados no exterior, ou em compartimentos com um teto muito elevado, nos quais os detetores de fumos e temperatura são inadequados. Alguns gases, tais como o CO, o CO2 e o NH3, são produzidos em todos os fogos. Os detetores de gás são capazes de detetar esses gases e interpretar a sua presença como um incêndio. Como no entanto este tipo de detetor é muito recente, não existe muita experiência disponível acerca da sua correta aplicação. Os detetores multisensores combinam um ou mais tipos de detetores (fumo/temperatura ou fumo/temperatura/chama) e processam os sinais de cada tipo utilizando cálculos matemáticos. Assim, pelo menos em teoria, pode-se obter uma melhor distinção entre alarmes reais e intempestivos. 3.2.2.5 Detetores de fumo Os detetores de fumo do tipo ótico têm uma resposta suficientemente vasta para permitir uma utilização generalizada. Existem, contudo, riscos específicos para os quais um dos tipos é particularmente adequado (ou particularmente inadequado). Os detetores de fumo funcionando segundo o princípio de difusão da luz são sensíveis a partículas opticamente ativas de maiores dimensões, que se encontram em fumos visivelmente densos, mas são menos sensíveis a pequenas partículas produzidas em incêndios de combustão limpa. Certos materiais

quando sobreaquecidos (pexe. PVC), ou quando entram em combustão lenta (pexe. espuma de poliuretano), produzem fumo que contém principalmente grandes partículas, às quais os detetores óticos são particularmente sensíveis. Os detetores de fumo por aspiração utilizam um sistema de tubagem para recolher ar ambiente da área protegida e para transportar a amostra a um sensor que pode estar colocado fora dessa área. A tubagem de recolha tem normalmente vários orifícios, e a densidade do fumo no sensor será o valor médio da densidade do fumo de todos os orifícios da tubagem. Os detetores de aspiração são frequentemente utilizados para proteção de equipamento eletrónico. Os detectores de feixe na generalidade são sensíveis ao obscurecimento de um feixe luminosos e por isso sensíveis ao valor médio da densidade do fumo ao longo do feixe. São particularmente adequados onde o fumo se pode dispersar por uma grande área antes de ser detetado e pode ser a única forma de se utilizar detetores de fumo sob tetos muito altos. Regra geral os detectores de fumo dão respostas apreciavelmente mais rápidas do que os detectores de temperatura, mas são mais suscetíveis de provocar alarmes intempestivos caso não sejam corretamente instalados. Os detetores de fumo não detetam os produtos de combustão limpa de líquidos inflamáveis (tal como o álcool). Se previsivelmente o fogo se restringir a esse tipo de materiais e não envolver outros materiais combustíveis, devem ser utilizados nesse local detetores de temperatura ou de chamas. Nos locais em que exista produção de fumos, vapores, poeiras, etc. que possam activar os detectores de fumo, deve ser considerado um tipo alternativo de detetor, tal como temperatura ou chama. 3.2.2.6 DETETORES DE TEMPERATURA Os detetores de temperatura são geralmente considerados como os menos sensíveis dos vários tipos de detetores disponíveis. Como simples orientação, um detetor de temperatura atuará quando as chamas produzidas por um incêndio atingirem um terço do trajeto desde o foco do incêndio até ao teto. Os detetores de temperatura com elementos Termo velocimétricos são mais adequados em locais onde as temperaturas ambientes são baixas ou variam lentamente, enquanto os detectores de temperatura fixa são mais adequados em locais onde se prevê que a temperatura ambiente possa variar rapidamente em curtos espaços de tempo. Regra geral, os detetores de temperatura têm uma maior resistência a condições ambientais adversas do que outros tipos de detetores.

3.2.2.7 DETETORES DE CHAMAS Os detetores de chamas detetam a radiação de incêndios. Pode ser utilizada a radiação ultravioleta, a radiação infravermelha, ou a combinação das duas. O espectro da radiação da maioria dos materiais inflamáveis tem uma banda suficientemente larga para permitir que a chama seja detetada por qualquer tipo de detetor de chamas, mas com alguns materiais (tal como materiais inorgânicos) pode ser necessário escolher o detetor de chamas capaz de responder a partes específicas do espectro dos comprimentos de onda. Os detetores de chamas podem responder a um incêndio com chama mais rapidamente do que detectores de temperatura ou de fumo. Como são inadequados para detectar incêndios de combustão lenta, os detetores de chama não devem ser considerados como de utilização generalizada. Como a transmissão é feita por radiação, não é necessário que estejam montados no teto. Os detetores de chamas são particularmente adequados para ser utilizados em situações tais como a vigilância geral de grandes áreas abertas em armazéns ou depósitos de madeiras, ou para a vigilância local de áreas criticas em que os incêndios com chama se possam propagar rapidamente, p.ex. em bombas, válvulas ou condutas contendo combustíveis líquidos, ou áreas com materiais combustíveis dispostos em finos planos de orientação vertical, tais como painéis ou pinturas a óleo. Os detetores de chamas só deverão ser utilizados no caso de haver uma clara linha de vista para a área a ser protegida. As radiações ultravioletas e infravermelha diferem na sua capacidade de passagem através de diversos materiais. A radiação ultravioleta na gama de comprimentos de onda utilizados para a deteção de incêndios pode ser absorvida por óleo, gorduras, a maioria dos vidros comuns e vários fumos. A radiação infravermelha é muito menos afetada. Deverão ser tomadas precauções contra a deposição de óleo, gordura ou poeiras. A radiação ultravioleta de um incêndio pode ser impedida de atingir um detetor caso o fogo produza bastante fumo antes do aparecimento da chama. Caso os detetores de ultravioletas sejam utilizados em locais cujos materiais terão, em princípio, uma combustão lenta, deverão ser apoiados por detetores de outro tipo. Deve haver cuidado na utilização de detetores de chamas onde a atividade ou qualquer outro processo produza radiação.

No caso dos detetores de chamas estarem expostos à luz solar, devem ser utilizados detetores de chamas imunes à luz solar. 3.2.2.8 BOTÕES DE ALARME MANUAL Os botões de alarme manual devem normalmente ter o mesmo método de operação e preferencialmente ser do mesmo tipo em todo o edifício. Deve haver cuidado para que os botões previstos para desencadear um sinal de incêndio sejam claramente diferenciados de dispositivos destinados a outros fins. 3.2.2.9 LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE DETECTORES E BOTÕES DE ALARME Os detetores automáticos de incêndio devem ser posicionados de forma que os produtos resultantes de qualquer incêndio dentro da área protegida possam chegar aos detetores sem grande dissipação, atenuação ou demora. Deve haver cuidado para assegurar que o posicionamento dos detetores também cubra áreas ocultas onde o incêndio poderá começar ou propagar-se. Tais áreas podem incluir espaços sob o chão ou sobre tetos falsos. Os botões de alarme manual devem ser posicionados de forma que possam ser fácil e rapidamente acionados por qualquer pessoa que detete um incêndio. Deve ser prestada atenção a instruções especiais nas informações prestadas pelo fabricante. Devem ser previstos acessos para operações de manutenção. Se não for dada nenhuma orientação em regulamentação nacional, os detectores devem ser usados de acordo com as recomendações do fabricante. 3.2.2.10 DETETORES TÉRMICOS E DE FUMO são: A cobertura de cada detetor deve ser limitada. Alguns fatores a ser levados em conta na limitação Área protegida; Distância entre qualquer ponto na área vigiada e o detetor mais próximo; Proximidade de paredes;

Altura e configuração do teto; Movimento do ar da ventilação; Quaisquer obstruções ao movimento por convecção dos produtos resultantes do incêndio, deve ser tomado um cuidado especial para que os feixes dos detetores de feixe ótico não sejam obstruídos. 3.2.2.11 TECTOS PLANOS Na generalidade o desempenho de detetores de fumo ou calor dependem da existência de um teto fechado por cima dos detetores. Os detetores devem ser colocados de modo a que os seus elementos sensitivos se situem nos 5% superiores do pé direito da sala. Para prevenir a possível existência de uma camada envolvente fria, os detetores não devem ser embebidos no teto. Para detetores do tipo pontual, a distância horizontal de qualquer lugar numa zona protegida até ao detetor mais próximo não deve exceder, em princípio, o raio de operação indicado na Tabela 1. Para detetores de feixe ótico, a distância horizontal de qualquer local numa área protegida ao feixe mais próximo não deve exceder o raio de operação indicado na Tabela 1. Os detetores óticos de feixe devem ser instalados numa estrutura estável. Para detectores de fumo ou calor que estejam fora do âmbito das normas existentes (com requisitos diferentes dos compatíveis com as EN-54-13), devem ser seguidas as instruções de espaçamento dadas pelo fabricante. Tais detetores só devem ser utilizados caso tenha sido obtido um acordo no decorrer do projeto ou análise de parecer. Caso existam gradientes de temperatura adversos na área protegida, a coluna de fumo que sobe a partir do fogo pode-se achatar e formar uma camada antes de atingir o tecto. Se a altura desta camada for previsível, então, adicionalmente aos detetores instalados perto do teto, devem ser instalados mais detetores à altura da estratificação esperada. 3.2.2.12 TETOS INCLINADOS Para detetores instalados em tetos inclinados, o raio indicado na tabela 1 pode ser aumentado em1% por cada 1º de inclinação do teto, até um aumento máximo de 25%. No caso de os tectos serem curvos, a inclinação deve ser obtida através da média da inclinação total em toda a área.

No caso do espaço protegido ter um teto em escada os detetores devem ser instalados em cada um dos vértices. No caso da diferença de altura entre o cimo e a base de cada vértice ser inferior a 5% da altura total do vértice acima do chão, a sala deve ter o tratamento de uma sala de teto plano. 3.2.2.13 PAREDES, DIVISÓRIAS E OBSTÁCULOS Os detetores (exceto os detetores óticos de feixe) não devem ser instalados a menos de 0,5 m de qualquer parede ou divisória. No caso de o espaço ter menos de 1,2 m, o detetor deve ser instalado no terço do meio. Quando as salas estão divididas em secções por paredes, divisórias ou estantes de armazenagem que fiquem a uma distância inferior a 0,3 m do teto, as divisórias devem ser consideradas tal como se chegassem ao teto e as secções devem ser consideradas como salas diferentes. Deve existir um espaço desobstruído mínimo de 0,5 m à volta de cada detetor. 3.2.2.14 VENTILAÇÃO E MOVIMENTO DO AR No caso da renovação do ar de uma sala exceder as cinco vezes por hora, podem ser necessários mais detetores para além dos recomendados acima. É recomendado nestes casos a utilização de métodos de testes adicionais (tais como fumos visíveis) para detetar o fluxo de ar padrão e determinar a localização adequada de detetores adicionais. Os detetores não devem ser instalados diretamente nas entradas de ar fresco dos sistemas de ar condicionado. Quando a entrada de ar se faz através de um teto perfurado, o teto deve ser tapado pelo menos num raio de 0,6 m à volta de cada detetor. No caso de os detectores serem instalados a menos de um metro de qualquer entrada de ar, ou em qualquer ponto onde a velocidade do ar exceda 1 m/s, deve ser dada uma especial atenção aos efeitos do fluxo de ar sobre o detetor. 3.2.2.15 DETECTORES EM CONDUTAS DE AR Os detetores de fumo podem ser instalados em condutas de ar, como prevenção contra a difusão de fumo através de um sistema de ar condicionado, ou como fazendo parte da proteção loca l do equipamento. Conquanto eles devam estar ligados ao sistema de deteção de incêndios, estes detetores de fumo devem apenas ser considerados como elementos de proteção local e como suplemento de um sistema de deteção de incêndios normal. A diluição provocada pela extração de ar limpo misturado com fumo reduz a

eficiência de detectores instalados em condutas como sistema genérico de deteção e alarme de incêndios, e caso o sistema de ventilação esteja desligado o fumo de um incêndio chegará lentamente aos detetores. Sempre que o ar proveniente de diversos pontos de extração for dirigido para uma única conduta a eficiência de um detetor de fumo nessa conduta pode ser reduzida devido à diluição ou estratificação do fumo. Para se evitar os efeitos da turbulência do ar, os detetores de fumo e as sondas devem ser instalados numa secção reta da conduta, a uma distância da curva, junção ou inclinação mais próxima pelo menos três vezes superior à largura da conduta (ver a fig.1). Alguns detetores de fumo podem ter um design que funcione mal perante correntes de ar de alta velocidade. Os fabricantes de tais detetores habitualmente fornecem tubos de amostragem ou pára-ventos, e estes dispositivos devem ser utilizados quando necessário. Os detetores de aspiração podem ser particularmente adequados em locais onde se preveja que a velocidade do ar nas condutas seja particularmente elevada ou tenha grandes variações. 3.2.2.16 DETECÇÃO ACIMA DE TECTOS FALSOS Quando uma sala tem um teto falso perfurado, a colocação dos detectores deve ter em consideração dois objetivos: 1) Protecção contra fogos que comecem abaixo do teto falso; 2) Protecção contra fogos que comecem acima do teto falso. No caso das perfurações do teto falso serem pequenas, e não exista ventilação pressurizada que empurre o fumo através deste, a proteção contra fogos que comecem abaixo do teto falso requer a colocação de detetores abaixo do teto falso. Caso não exista qualquer risco do fogo começar abaixo do teto falso, os detetores devem ser colocados acima deste. No caso: - Das perfurações perfazerem mais do que 40% em qualquer secção de1 m x 1 m do teto, - As dimensões de cada orifício excederem 10 mm x 10 mm, e - A espessura do teto não exceder três vezes a dimensão mínima de uma furação, os detectores acima do teto falso podem ser utilizados para detetar um fogo que comece abaixo do teto falso, e podem ser dispensados detetores abaixo deste. Estes casos requerem uma avaliação individual baseada no tipo, número e área das perfurações, o tipo e a quantidade de combustível, e o grau de ventilação necessário para empurrar o fumo através do teto falso.