A Lei de Murphy na instalação de sistemas de deteção automática de incêndio. Casos de insucesso. JOÃO PAULO AJAMI LOGO
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- Vera Marreiro Duarte
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1 A Lei de Murphy na instalação de sistemas de deteção automática de incêndio. Casos de insucesso. JOÃO PAULO AJAMI 1
2 SINOPSE Edward Aloysius Murphy Jr. foi um engenheiro aeroespacial da Força Aerea Americana que desempenhou funções em sistemas de segurança criticos e que é conhecido mundialmente como autor da expressão: Anything that can go wrong will go wrong.. A expressão referia-se ao principio de Defensive Design no qual deveriam ser assumidos os piores cenários durante a fase de projecto e/ou implementação. 2
3 SINOPSE (cont.) Ter uma ficha que só permite a ligação numa só orientação é um dos exemplos mais simples desta abordagem. Irei abordar algumas causas dessa instabilidade, o seu impacto e também exemplos da abordagem defensiva para os evitar no medio-longo prazo. 3
4 INTRODUÇÃO Durante esta apresentação iremos abordar os principais fatores geradores de instabilidade nos sistemas SADI nomeadamente: Cablagem Condições Ambientais 4
5 CABLAGEM - Introdução Qualquer transmissão de energia elétrica através de condutores está sujeita à lei de Ohm, seja numa linha de 300KV gerada por uma central elétrica ou numa linha de 24V para alimentar um circuito de deteção de incêndio. A lei de ohm relaciona a queda de tensão num condutor com a sua resistência em função da corrente que o atravessa. 5
6 CABLAGEM - Variaveis Resistência do condutor (ohm) Comprimento do cabo (km) Secção do cabo (mm2) Material do condutor (ohms por quilometro) Ex: Alumínio é 60% superior (pior) ao Cobre Secção do cabo (mm2) Resistência de contacto em pontos derivação (milésimas de ohm) Carga total ligada no cabo (Ampere) 6
7 CABLAGEM - Conclusão 7
8 CABLAGEM - Aplicação prática aos sistemas SADI Sistemas convencionais: A central fornece energia aos dispositivos de deteção e os mesmos fornecem informação do seu estado à central modificando a sua carga. A carga máxima é limitada (Ex: 30mA). 8
9 CABLAGEM - Aplicação prática aos sistemas SADI (cont.) Em caso de Alarme a central alimenta os dispositivos de sinalização audiovisual aplicando tensão. A carga máxima é limitada a 500mA. 9
10 CABLAGEM - Aplicação prática aos sistemas SADI (cont.) Sistemas endereçáveis: A central fornece energia aos dispositivos de deteção e os mesmos fornecem informação do seu estado à central. Em caso de Alarme a central alimenta os dispositivos de sinalização audiovisual e comando. A central monitoriza o estado de todos os dispositivos através de um protocolo de comunicação. 10
11 CABLAGEM - Aplicação prática aos sistemas SADI Nos sistemas endereçáveis os dispositivos de deteção podem estar ligados em conjunto com os dispositivos de sinalização. O cabo pode chegar até 2000m. Como existe comunicação, o nível de segurança é mais elevado mas por outro lado é mais sensível a flutuações causadas pela queda de tensão no cabo e eventuais interferências. 11
12 CONDIÇÕES AMBIENTAIS - variáveis As principais variáveis ambientais que podem afetar sistemas SADI são: Humidade relativa Salinidade Temperatura Velocidade do ar Poeiras 12
13 HUMIDADE RELATIVA Este fator pode afetar a performance de um sistema SADI nas seguintes formas. Oxidação da cablagem, nomeadamente em pontos de contacto, aumentando a resistência de contacto de milésimas de ohm para ohms. Descargas eletrostáticas no manuseamento do sistema durante a instalação. Ocorrência de falsos alarmes nos detetores pontuais óticos devido ao processo de condensação desencadeado por variações temperatura. 13
14 SALINIDADE Mais uma vez estamos perante um processo corrosivo que vai afetar a resistência total da cablagem e causar a já mencionada queda de tensão nos condutores. Tal como a humidade, a melhor forma de evitar é ter boas práticas de instalação (derivações, uniões corretamente efetuadas e isoladas),utilizar as tecnologias mais adequadas (ex: detetores de fumo por feixe linear) e com o Índice de Proteção indicado. 14
15 AMPLITUDE TERMICA, VELOCIDADE DO AR E POEIRAS Estas variáveis embora, completamente distintas afetam negativamente detetores óticos pontuais na medida em que podem causar situações de falso alarme. Igualmente é na fase de projeto que se pode prevenir estas situações tendo em conta a utilização do edifício e sua geometria. 15
16 CONSIDERAÇÕES FINAIS A instalação é um dos pontos mais importantes na estabilidade de um sistema ao longo do tempo de vida útil do sistema, principalmente nos sistemas analógicos endereçáveis. Quando bem efetuada, as tarefas de manutenção passam por testar a operacionalidade do sistema, pois é possível aferir a condição dos dispositivos analógicos através da central. 16
17 CONSIDERAÇÕES FINAIS (cont.) Tendo por base o nosso histórico de milhares de sistemas instalados em cerca de 90 países os problemas devem-se a: 90-95% cablagem e maus contactos 5-9% dispositivos <1% interferências eletromagnéticas Nos países onde a cablagem é efetuada pelas empresas que instalam os equipamentos a ocorrência de instabilidade de sistemas é ínfima em relação restantes. 17
18 Obrigado pela vossa presença. 18
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