Rev. Brasil Biol., 39(2): 393-399 Maio, 1979 - Rio de Janeiro, RJ OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XII (OPILIONES, GONY LEPTIDAE, PACHYLINAE) HELIA E. M. SOARES e BENEDICTO A. M. SOARES Instituto Básico de Biologia Médica e Agrícola (IBBMA), Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP), Campus de Botucatu, SP. (Com 32 figuras no texto) São estudados dois lotes de Opiliões, um do Peru, gentilmente enviado pelo Prof. Dr. Salvador de Toledo Piza Jr., e outro do Brasil, coligido no Estado da Bahia pelo Dr. Max de Menezes. Punrunata Roewer, 195 2, até agora conhecido apenas do Peru, é assinalado pela primeira vez no Brasil. Sokkupia Mello-Leitão, 1949 é posto na sinonímia de Acrographinotus Roewer, 1929, gênero que propomos emenda. Aproveitamos o ensejo para figurar as genitálias das espccies do Peru já estudadas por H. Soares & Bauab (1972). Acrographinotus Roewer, emend. e Acrographinotus Roewer, 1929: Soares & Soares, 1954: 235. Sokkupia Mello-Leitão, 1949: Soares & Soares, 1954: 296; H. Soares & Bauab, 1972: 341 (=Liographinotus Roewer, 1957). Nova sin. Liographinotus Roewer, 1957: 78. Cômoro ocular inerme (com dois grânulos ou com um grânulo mediano, rombos ou pontiagudos). Áreas I a V do escudo dorsal e tergitos livres I e 11 inermes, tergito livre 111 com uma apófise. Fêmur dos palpos inerme. Tarsos I de 6 artículos, os outros de mais de 6. Distitarsos I e I1 de 3 artículos. Espécie-tipo: Acrographinotus erectispina Roewer, 1929, por designação original de Roewer. Comparando a genitália do lectótipo ora designado entre os três exemplares machos, tipos Recebido para publicação a 28 de junho de 1978. de Sokkupia olivacea Mello-Leitão, 1949: 17, com a de Acrographinotus luteipalpis Roewer, 1957: 77, pl. 3, figs. 7,8, espécie que H. Soares & Bauab (1972) haviam determinado sem nenhuma dúvida, chegamos agora facilmente à conclusão de que Sokkupia olivacea, espécie-tipo de Sokkupia C sinônimo da espécie de Roewer. Confrontem-se as genitálias de Sokkupia olivacea (3,20 mm de comprimento, figs. 1,2) com a de Acrographinotus luteipalpis (2,90 mm de comprimento, figs. 3,4). Assim sendo, Sokkupia é também sinônimo de Acrographinotus Roewer, 1929. No que tange à armadura do cômoro ocular nos três espécimes tipos da suposta espécie de Mello-Leitão, pudemos observar o seguinte: é sempre inerme, com um par de grânulos num dos exemplares, com um grânulo mediano rombo em outro, e, no terceiro, com um grânulo mediano pontiagudo. A julgar pelo sistema roeweriano, poderia haver forte grau de subjetividade na apreciação dessa armadura, a ponto de considerar-se o comoro ocular, a) armado de um tubérculo ou espinho mediano, b) armado de um par de tubérculos. As espécies de Acrographinotus são as seguintes: A. curvispina Roewer, 1929;A. erectispina Roewer, 1929; A. olivaceus (Mello-Leitão, 1949); e A. ortizi (Roewer, 1957). Figuramos os pênis dos quais foram tomados os comprimentos, indicados em sequência aos respectivos nomes, das seguintes espécies: Acrographinotus ortizi (Roewer, 1957) (3,40 mm; figs. 5,6) ; Ctatoproceros ceratopygus H. Soares
394 HELIA E. M. SOARES e BENEDICTO A. M. SOARES Figs. 1 e 2 - Sokkapia olivacea Mello-Leilão, lectótipo, pênis, vistasdorsal e lateral. Figs. 3 e 4 - Acrographinotus luteipalpis Roewer, 1957, pênis, vistas dorsal e lateral. Figs. 5 e 6 - Acrographinotus ortizi (Roewer, 1957), pênis, vistas dorsal e lateral. Figs. 7 e 8 - Ctatoproceros ceratopygus H. Soares & Bauab, 1972, holótipo, pênis, vistas dorsal e lateral. Figs. 9 e 10 - Goyazelloides peruvicus H. Soares & Bauab, 1972, holótipo, pênis, vistas dorsal e late rai. Figs. 11 e 12 - Punagraphinotus punae H. Soares & Bauab, 1972, holótipo, pênis, vistas dorsal e lateral. Figs. 13 e 14 - Punrunata femoralis H. Soares & Bauab, 1972, holótipo, pênis, vistas dorsal e lateral. & Bauab, 1972 (3,40 mm; ris. 7,8); Goyazelloides peruvicus H. Soares & Bauab, 1972 (2,50 mm; figs. 9,lO); Atnagraphinotus punae H. Soares & Bauab, 1972 (2,80 mm; figs. 11,12); Punrunata femoralis H. Soares & Bauab, 1972 (2,70 mm; figs. 13,14). Punrunata brasiliensis sp. n. (Figs. 15-22) Holótipo d. Comprimento do corpo: da borda anterior do cefalotórax à borda posterior da área V 2,75 mm, da borda anterior do cefalotórax à borda posterior do tergito livre I11 3,00 mm; lar- gura do cefalotórax 130 mm; comprimento do cefalotórax 1,20 mrn; largura do abdômen 3,OO mm. Face dorsal - herda anterior do cefalotórax com elevação mediana granulosa, com fda de grânulos obsoletos, com forte dente entre as quelíceras, e com dois robustos espinhos divergentes de cada lado junto aos ângulos. Cefalotórax quase liso, com poucos grânulos de cada lado ao nível das pernas I1 e com quatro grânulos atrás do cômoro ocular. Este, oval-transverso, mais próximo da borda anterior que do sulco I, elevado em alto cone, inerme, com poucos grânulos irregularmente dispostos. Área I dividida, IV inteira. Todas
OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XII Punrunata brasiliensis sp. n., holótipo macho - Fig. 15: Vista dorsal do corpo; fig. 16: còmoro ocular, vista 12- teral; fig. 17: tarso I esquerdo; fig. 18: fêmur, patela e tíbia IV esquerdos, vista dorsal; fig. 14: dedos da quelícera esquerda. Punrunata brasiliensis sp. n., parátipo fêmea - Fig. 20: Vista dorsal do corpo; fig. 21: còmoro ocula~, vista lateral; fig. 22: fêmur IV esquerdo, vista dorsal. I. as áreas do escudo inermes; I e I1 lisas, apenas com dois grânulos piliferos medianos, os da área I1 pouco maiores que os da área I. Áreas I11 e IV com fila transversal de grossos grânulos, piliferos, os da área IV maiores que os da área 111. Área V com dois grossos grânulos de cada lado. Áreas laterais com duas curtas filas de grânulos pilíferos, os da fila externa maiores. Tergitos livres I a I11 inermes, muito pouco distendidos, I com quatro grossos grânulos, 11 e 111 com três de cada lado, junto aos bordos, lisos na porção mediana. Opérculo anal inerme, com duas filas transversais de grânulos. Face ventral - OpBrculo anal com fila transversal de grânulos piliferos. Esternitos livres com grossos grânulos laterais junto aos bordos e com fila de minúsculos grânulos piliferos espaçados. Área estigmática com poucos grânulos piiíferos. Opérculo genital pequeno, mais ou menos arredondado, pouco elevado na parte subapical, com Ma circular de grânulos piliferos. Ancas I a I11 granulosas, com os grânulos piiiferos. Quelíceras - Pequenas e normais. Palpos - Trocanteres levemente globulosos, com dois pequenos grânulos dorsais, ventralmente
3 96 HELIA E. M. SOARES e BENEDICTO A. M. SOARES com um tubérculo e um grânulo pilíferos; fêmures inermes, com curta fda dorsal de grânulos e com dois grânulos ventrais, o mediano maior; tíbias com 4-4 e tarsos com 3-4 espinhos inferiores. Pernas - Os artículos, com filas longitudinais de grânulos pilíferos. Fêmures I e I1 sub-retos, I com fila dorsal de grânulos pontiagudos; I11 curvos, com fda ínfero-anterior de tubérculos no terço apical. Pernas IV: ancas pouco salientes dos lados, com leve depressão transversal (o que dá a impressão de truncadas na base), granulosas, com robusta, curta e larga apófise apical externa, incudiforme, levemente bífida, e sem espinho apical interno; os grânulos da face ventral são menores que os dorsais; trocanteres tão longos quão largos, granulosos, com duas robustas apófises, uma dorso-apical, levemente curva para cima, outra mais robusta, oblíqua, apical interna; Emures muito curvos em C, com a curvatura voltada para dentro, estreitados na base, a seguir um pouco mais largos, mantendo o mesmo diâmetro até o ápice, com filas longitudinais de grânulos pilíferos, com curta fda dorso-basilar de sete tubdrculos e mais dois ao lado dessa fila, com rubustíssima apófise apical interna, com curta fila apical externa de,cinco espinhos, o último maior; tíbias e metatarsos com filas longitudinais de grânulos pilíferos. Artículos tarsais: 5-7-6-6; distitarsos I e I1 de 3 artículos. Medidas em mm Pernas Trocanter Fêmur Patela Tíbia Me tatarso I 0,35 1,25 0,50 0,75 1,lO I I 0,45 1,50 0,75 1,lO 1,70 I I1 0,45 1,50 0,75 1,OO 1,50 I V 0,75 2,lO 1,O0 130 2,OO Palpo 0,25 0,85 0,50 0,65 - Quelícera: segmento I0,50; segmento I1 0,75 (dedos não incluídos) Tarso Total Colorido geral castanho-oliváceoclaro. Cefalotórax fulvoclaro com retículo castanho-oliváceo. Áreas I a V castanho-oliváceas. Sulcos do escudo fulvoclaros. Áreas laterais fulvas, com larga faixa ondulada castanho-olivicea, ao nível das áreas I11 e IV. Pernas castanho-oliváceas, os trocanteres fulvos; tíbias IV fulvoclaras, as porções basilares e os terços apicais castanho-oliváceos. Parece que o exemplar sofreu ecdise recente. Parátipo O. (Figs. 20-22). Comprimento do corpo: da borda anterior do cefalotórax à borda posterior da área V 2,50 mm, da borda anterior do cefalotórax à borda posterior do tergito livre 111 3,00 mm; largura do cefalotórax 1,50 mm; comprimento do cefalotórax 1,00 mm; largura do abdômen 2,25 mm. Semelhante ao macho. Cômoro ocular menos elevado. Cefalotórax menos granuloso. Áreas 111 e IV com fila de pequenos grânulos pilíferos. Áreas laterais com três espinhos em sua porção mais dilatada. Tergitos livres I a 111 com fila transversal de pequenos grânulos pilíferos. Pernas IV: ancas com baixa depressão transversal, basilar, com espinho apical externo, oblíquo; trocanteres pouco mais longos que largos, com espinho apical interno, dirigido para trás; fêl mures menos curvos que os do macho, com filas longitudinais de grânulos pilíferos, com espinho mediano, dorsal, apical, e com três espinhos ínfero-externos, apicais, o último maior. Artículos tarsais: 5-617-6-6; distitarsos I e I1 de 3 artículos. Colorido geral castanho-enegrecido. Quelíceras fulvas, com retículo negro. Cefalotórax fulvo, com retículo negro irregular, em toda a extensão. Áreas do escudo castanho-enegrecidas. Sulcos das áreas fulvos. Áreas laterais fulvas, com estreita faixa castanhaenegrecida, irregular, ondulada ao nível das áreas I11 e IV. Ancas IV fulvas, os grânulos dorsais enegrecidos. Ventre fulvoescuro, com retículo negro. Área estigmática muito escura. Sob o álcool e com incidência luminosa o colorido fulvo se mostra brilhante. Material estudado - Holótipo d, parátipo 9, no 663, parátipo 9 adulta e 2 99 jovens, no 664, na Coleção H. Soares. Max de Menezes (19120.V. 1977). Localidade-tipo (CEPLAC). - Brasil, Bahia, Ilhéus
OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XII Medidas em mm 1 Pernas Trocanter Fêmur Patela Tíbia Metatarso Tarso Total I 0,30 1,00 0,40 0,65 0,75 0,75 3,85 I1 0,35 1,25 0,50 1,O0 1,20 1,45 5,75 111 0,40 1,O0 0,50 0,80 1,O0 1,00 4,70 IV 0,49 1,50 0,75 1,25 1,50 1,O0 6,49 Palpo 0,25 0,70 0,50 0,55-0,50 2,50 Quelícera: segmento I 0,50; segmento I1 0,65 (dedos não incluídos) Etimologia - brasiliensis, nome específico, do Latim = do Brasil. Diagnose - Punrunata Roewer, 1952: 54, gênero exclusivo do Peru, é agora constatado pela primeira vez no Brasil. A espécie acima descrita é mais próxima de P. femoralis H. Soares & Bauab, 1972: 327, figs. 7-9, do Peru (Pampa de Junin). É menor e difere pela distribuição de grãnulos no escudo dorsal e pela armadura das pernas IV do macho; nas fêmeas são elas muito semelhantes. Infelizmente a genitália, ao ser desenhada, foi inadvertidamente perdida. Punrunata pulchra sp. n. (Figs. 23-3 1) Holótipo d. Comprimento do corpo: da borda anterior do cefalotórax à borda posterior da área V 4,50 mm, da borda anterior do cefalotórax à borda posterior do tergito livre I11 5,50 mm; largura do cefalotórax 2,25 mm; comprimento do cefalotórax 1,75 m ; largura do abdômen 4,50 mm. Face dorsal - Borda anterior do cefalotórax lisa, com elevação mediana provida de raros grânulos, e dentículo entre as quelíceras. Cefalotórax muito pouco granuloso. Cômoro ocular oval-transverso inerme, com raros grânulos. Áreas I e IV inteiras. Todas as áreas do escudo inermes, com fila transversal de grânulos pilíferos..áreas laterais com duas filas de grânulos, a fila interna curta ao nível das áreas I1 e 111. Tergitos livres I a I11 inermes, com fila transversal de grânulos pontiagudos, pilíferos. Opérculo anal inerme, pouco granuloso, com os grânulos pilíferos de vários tamanhos. Face ventral - Esternitos livres com fila transversal de grânulos pilíferos. Área estigmática com grânulos pilíferos obsoletos. Ancas I a I11 com pequenos grânulo8 pilíferos, irregularmente dispostos; ancas I com fila transversal de grânulos pontiagudos, pilíferos. Queliceras normais; dedos como na fig. 3 1. Palpos - Trocanteres dorsalmente globulosos, com pequeno tubérculo ventral; fêmures inermes; tíbias e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Pernas I a I11 com os artículos providos de filas longitudinais de grânulos pilíferos obsoletos. Fêmures I e I1 sub-retos, I11 curvos. Pernas IV: ancas com pequenos grânulos pilíferos quase obsoletos, com robustíssima apófise apical externa, longa, dirigida para trás e com robusta e curta apófise apical interna levemente curva para fora; trocanteres mais longos que largos, com robusta apófise submediana, externa, curva, dirigida para trás, com largo e grosso espinho mediano, lateral, externo, e com dois espinhos internos, um sub-basilar e outro apical; fêmures levemente curvos, granulosos, com pequeno espinho basilar interno, com duas séries de robustos espinhos, quase todos do mesmo tamanho, uma interna, a outra externa, a qual começa mais ou menos no meio do fêmur e termina no ápice; patelas com grossos grânulos, com pequeno espinho apical dorsal, com fila ínfero-interna de fortes espinhos, e com dois espinhos apicais ventrais; tíbias com grossos grânulos intercalados de outros menores, e com dupla fila inferior de fortes espinhos, mais ou menos no meio da tibia até o ápice; metatarsos com grossos grânulos. Artículos tarsais: 5-7-6-6; distitarsos I e I1 de 3 artículos. Genitália - Pênis como nas figs. 28,29; 2,10 mm de comprimento. Colorido geral negro. Quelíceras, palpos e trocanteres 1-111 fulvos, reticulados de negro. Pernas I-IV negras, ancas, trocanteres IV e suas apófises castanho-avermelhadas. Áreas I, I1 e IV em quase toda a extensão, amarelo-esverdeadas, com exceção dos bordos laterais, que são negros; áreas I11 e IV com mancha amareloesverdeada em sua porção mediana, a mancha da área IV bem menor.
Punrunata pulchra sp. n., holótipo macho - Fig. 23: Vista dorsal do corpo; fig. 24: cômoro ocular, vista lateral; fig. 25: tarso I esquerdo; fig. 26: fêmur IV esquerdo, vista dorsal; fig. 27: fêmur IV esquerdo. vista ventral; fig. 28: patela e tíbia IV direitas, vista ventral; fig. 29: tíbia IV direita, vista dorsal; fig. 30: pênis, vista dorsal; fig. 31: pênis, vista labral; fig. 32: quelícera esquerda. I Medidas em mm Pernas Trocanter. Fêmur Patela Tíbia Me tatarso Tarso Total r I 0,50 1.75 1,O0 1,25 2,OO 1,25 7,75 I1 0,60 2,90 1,25 2,lO 2,40 2,50 11,75 111 0,75 230 1,25 1,75 2,25 130 10,OO IV 1,15 2,65 1,75 2,50 3,50 1,75 13,30 Palpo 030 1,O0 0,70 0,85-0,75 3,80 Quelícera: segmento I 0,75; segmento I1 1,15 (dedos não incluídos) Grãnulos medianos da área I1 castanhos, os da área V amarelos, os grânulos das outras áreas, negros. Tergitos 1-111 e esternitos livres amarelos, tergito I com os bordos enegrecidos. Opér- culo anal negro. Porção mediana de área estigmática amarelada. Espinhos dos fêmures IV amarelo-esverdeados, os das patelas e tíbias verde-escuros.
OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XII 399 Material estudado - Holótipo d, no 654, parátipo d, no 655, na Coleção H. Soares. (28.V. 1974). Localidade-tipo - Peru, Cuzco, Província Urubamba, Distrito Ollantajtambo, localidade Canchapata. Etirnologia - pulchra, nome específico, do Latim (nominativo feminino) = linda. a Diagnose - Pela armação das pernas IV, pela. exuberância de espinhos na genitalia e pelo lindissimo colorido não se aproxima de nenhuma das es- ' pécies já conhecidas do gênero Punrunata. O parátipo d (no 655) apresenta variação de colorido somente no corpo, que em vez de negro, é castanho muito enegrecido. A área estigmática exibe uma faixa longitudinal negra; ancas IV, na face ventral, castanhas manchadas de negro, e na porção mediana, com mancha verde, irregular, esmaecida. In this paper are studied two lots of Opiliones (Gonyleptidae, Pachylinae), one from Peru and the other from Brasil. Two new species of the genus Punrunata Roewer, 1952 are described: P. brasiliensis, n. sp. (Brazil) and P. pulchra, n. sp. (Peru). Sokkupia Mello-Leitão, 1949, is considered synonymous with Acrographinotus Roewer, 1929, and this genus is emendated. Sokkupia olivacea Meiio-Leitão, 1949, is considered a synonym of Acrographinotus luteipalpis Roewer, 1957. Genitalia of the foiiowing species are given: Sokkupia olivacea Mello Leitão, 1949, Acrographino tus luteipalpis Roewer, 1957, A. ortizi (Roewer, 1957), Ctatoproceros ceratopygus H. Soares & Bauab, 1972, Goyazelloides peruvicus H. Soares & Bauab, 1972, Punrunata femoralis H. Soares & Bauab, 1972. MELLO-LEITÃO, C.F. de, 1949, Famílias, subfamília, espécie e gêneros novos de Opiliões e notas de sinonímia. BOI. Mus. Nac., Rio de Janeiro, n. ser., Zool., 94: 1-33, 9 figs. ROEWER, C.F., 1952, Neotropische Arachnida Arthrogastra zumeist aus peru-. Senckenbergiana, 33 (1-3): 37-58, 5 pls., 26 figs. ROEWER, C.F., 1957, Arachnida Arthrogastra aus Peru 111. Senckenbergiana, 38: 67-94, pls.-36. SOARES, BENEDICTO A.M. & SOARES, HELIA E.M., 1954, Monografia dos gêneros de Opiliões neotrópicos 111. Arq. Zool. Est. S. Paulo, 8(9): 225-302. SOARES, HELIA E.M. & BAUAB, M.J., 1972, Contribuição ao estudo dos Opiliões do Peru (Opiliones, Gonyleptidae). Acta 2001. Lilloana, Tucumdn, 29: 317-342, 20 figs.