OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE)
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- Flávio Sebastião Molinari
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1 I Rev. Brasil. Biol., 34 (3) :; Rio de Janeiro, GB OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) HELlA E.M. SOAKES Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, SP CCom 14 figuras no texto) Com o título acima iniciamos uma série de trabalhos sobre Opiliões da Região Neotrópica. Esta primeira nota se refere ao re- 1 sultado do estudo parcial de um lote de I Opiliões do Brasil, coligidbs pelo Dr. Johann Becker, nos Estados da Guanabara, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O material estudado se encontra no Museu Nacional, Rio de Janeiro, e, algumas duplicatas, na coleção da autora. Agradecimentos são devidos aos Srs. Joel Gabriel da Rocha e Artamiro Mantovam, desenhista e taxidermista respectivamente do Depto. de Zoologia da Faculdade citada acima, pela elaboração de desenhos e preparação de genitalias que ilustram o texto. Familia Gonyleptidae Subfamilia Caelopyginae 1 Metarthrodes nigrigranulatus Roewer Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, 1913: , fig. 130; Soares & Soares, 1948: 569. Alótipo O (fig. 1). Artículos tarsais: 7-15/16-14/16-15/16. 1 Recebido para publicação a 7 de maio de Borda anterior do cefalotórax com uma fila de grânulos pilíferos, obsoletos, e com elevação mediana provida de dois conesi- nhos. Cefalotórax com três grânulos atrás do cômoro ocular, que é liso, armado de um par de pequeninos tubérculos e com depressáo longitudinal mediana. Áreas I e I1 com um par de tubérculos; I com um grânulo ao lado do tubérculo direito, I1 com um grânulo ao lado de cada tubérculo; área I11 com um par de espinhos rombos cuja base é dilatada em forma de ampola e com grânulos circundando-a. Áreas laterais, IV e tergito livre I com uma fila de grânulos, os das áreas laterais grossos; tergito livre I1 liso, I11 com uma fila de minúsculos grânulos pilíferos. Opérculo anal com finos pêlos. Esternitos livres com uma fila de-granulozinhos obsoletos, pilíferos. Ancas I a I11 com uma fila de grânulos, IV ventralmente com poucos grânulos. Fêmures I a I11 retos. Patas IV: ancas com dois espinhos apicais, o externo pouco maior que o interno; trocânteres bem mais longos que largos, com dois pequenos tubérculos internos; fêmures subretos, cc.m minúsculos grânulos pilíferos, obsoletos dispostos em filas longitudinais, assim como nas patelas e tíbias.
2 - HELIA E. M. SOARES Comprimento total do corpo: 6,5; largura docefalotórax: 3,O; largura do abdomen: 5,25. - Trocfiiitei - FCmiii - Patela - Tíl>i:t - pp RIei staiso Tario Total - Pala I1 Pata 111 V O,.i 0,í.i 1,O 1,O 0,í.i 4,í.i 12,s 0,O I?,.-) 2,2í> 1,0 1,2:> 1,s I,.i 1,O J,O S,75 4,.i 7,O 1,ii 4,ri ll,.i 8,O l3,o %,O 6,.i :),O :$.i l,.i 1.5,'7;> :;7,63 27,O 24. ii (j,7.5 Quelícera: 1." srgmeiito - 0,7.i; 2.11 segineiito - I,%.? Sot a1 3,O Colorido: corpo e apêndices amarelos. Tubérculos do cômoro ocular e granulas do tergito livre I11 amarelos, as demais granulações, tubérculos e espinhos, negros. Anca IV com uma linha longitudinal lateral brúneo-escura. Opérculo anal dorsal com um par de manchas brancas de cada lado, a porção mediana quase negra; opérculo anal ventral com um par de manchas menores de cada lado. Cefalotórax atrás do cômoro ocular, borda anterior da área I e borda posterior da área I11 com um par de manchas (as da área I alongadas, as da área I11 arredondadas) brancas. Borda anterior do cefalotórax, cômoro ocular, porção mediana das áreas I1 e 111, ápices das ancas I-IV e trocânteres polvilhados de branco; trocânteres IV com faixa transversal mediana polvilhada da mesma cor. Alótipo e 2 8 6, no Museu Nacional, Rio de Janeiro; parátipo O e 8, n.o 418 coleção H. Soares. Procedência. Estado de São Paulo. São José dos Barreiros, Serra da Bocaina. O. A. Roppa 30. X O alótipo exibe um par de manchas brancas mais ou menos arredondadas no cefalotórax e nas áreas I e 111. Roewer não mencionou manchas no exemplar que descreveu. Um dos 6 (n.' 418) não possui mancha na área I e as manchas da área I11 são bem menores que nos demais exemplares; um dos 8, apresenta mancha na área I somente de um dos lados, outro 8 não tem msnchas nessa área. Face a essas variaqõer no colorido, não temos dúvida de que se trata da espécie de Roewer, uma vez que a armação das patas posteriores do macho é idêntica. O cefalotórax pode ter de 2 a 4 grânulos atrás do cômoro ocular. O parátipo O não possui espinho apical interno nas ancas IV. ' Subf amília Gonyleptinae Ilhaia incisa (Mello-Leitão) ' Arleius incisus Mello-Leitão, 1935a: 22, fig. 15. u Ilhaia incisa, Soares & Soares, 1949: 187. Bunoleptes amatus Mello-Leitão, 1935b: 398, fig. 23; Soares & Soares, 1949: 161 (Nova sinonímia j. Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940: 17, 22, fig. 21; Soares & Soares, 1949: 169 (Nova sinonímia). Ao estudar opilióes ocorrentes nos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, mais particularmente os do gênero Ilhaia Roewer, 1913: 221, tivemos a oportunidade de ler as descrições e confrontar as figuras de algumas espécies que, até agora consideradas boas, não passam de sinônimas. São elas Bunoleptes arnzatus Mello-Leitão, 1935, e Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940, idênticas a Ilhaia incisa (Mello-Leit50, 1935). Bunoleptes Mello-Leitão, 1935 gênero monotípico, desaparece, como sin6liin:o de Ilhaia. Quanto a Geraecomobius cerzicmris, foi naturalmente pôsto em Geraecormobius Holmberg, 1888, porque os tergitos livres rio inâcho foram considerados iner-
3 r L mes; realmente a presença de tubérculos aí é de apreciação difícil, mas a excelente figura original desfaz qualquer dúvida a respeito disso. Convém aqui assinalar que há duas espécies de Geraecormobius, G. parvus Roewer, 1916: 133, fig. 30 e G. cheloides Mello-Leitão, 1940: 19, fig. 23, que, não obstante estarem em gênero diferente, parecem extremamente afins de Ilhaia incisa. Isto vem demonstrar a difícil apreciação de certos caracteres usados para separar gêneros. É: possível que o exame dos tipos ou de séries de espécimens dessas duas formas nos levem a deslocar sua posição sistemática atual. Note-se que a fêmea das três espécies referidas era até agora desconhecida. Descreveremos a seguir o alótipo de Ilhaia incisa. OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 355 A armação dos tergitos livres, muito mais difícil de apreciar no macho (o que poderia ter levado o autor a incluí-la em Geraecormobius, de tergitos inermes), é muito fácil de apreciar na fêmea, o que não nos permite mais duvidar de que esta última espécie se situa verdadeiramente no gênero Ilhaia. Alótipo O (fig. 2). Artículos tarsais: Borda anterior do cefalotórax com dois espinhos medianos, erectos, separados, e com dois outros dirigidos para diante, mais robustos que os medianos, junto aos ângulos. Cômoro ocular com dois altos espinhos paralelos e com alguns grânulos atrás desses espirihos. Cefalotórax com algumas pequenas granulações esparsas e dois grânulos maiores atrás do cômoro ocular. Areas I a Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, Fig. 1: Alótipo 0. Ilhaia incisa Mello-Leitão, 1935) - Fig. 2: Alótipo O.
4 356 HELIA E. M. SOARES 111 com um par de tubérculos medianos, irregularmente granulosas. Áreas IV e tergito livre I com um par de tubérculos e uma fila de grânulos. Tergitos livres I1 e I11 com espinho mediano, com um a três espinhos menores ao lado do mediano e com duas filas de grânulos. Áreas laterais com três filas de grânulos, os marginais em sua porção mais dilatada tuberculiformes. Opérculo anal granuloso. Esternitos livres com duas filas de grânulos pilíferos. Áreas estigrnática e ancas densamente granulosas, com as granulaçóes setíferas. s: trocânteres com tubérculo setífero ventral sub-basal; fèmures com fila ventral de pequenos grânulos setíferos e sem espinho apical interno; tíbias e tarsos com 2-2 espinhos inferiores. Patas IV: ancas com granulaçóes setíferas com pequeno tubérculo apical externo oblíquo e com pequeno espinho apical interno; trocânteres granulosos com três ângulos pontuados internos; $mures levemente curvos granulosos com fila de pequenos espinhos externos e com pequeninos tubérculos internos no terc;o apical; patelas e tíbias com grânulos pilíferos dispostos em filas longitudinais. 1 Comprimento total do corpo: 7,O. Largura docefalotorax: 2,5; largura do abdomen: 5,25. Metagonyleptes grandis Roewer, Fig. 3: Pênis, vista dorsal; fig. 4: Pênis, vista ventral; fig. 5: Pênis, vista lateral.
5 z' OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 357 k Colorido: castanho-queimado com o cefalotórax enegrecido. Trocânteres I amarelos IV fulvos manchados de escuro. Tubérculos espinhos e grânulos do escudo quase negros com exceção dos grânulos tuberculiformes das áreas laterais que são fulvos. Alótipo 9 e parátipos 2 9 O, no Museu Nacional, Rio de Janeiro: $ e parátipo 9, n.o 381 coleção H. Soares. Procedência. Estado da Guanabara, Rio de Janeiro, Corcovado. J. Becker 13. I Metagonyleptes grandis Roewer Material estudado. 13 $ 8 e 5 P O. Estado do Rio Grande do Sul. Próximo de Caxias do Sul, Vila Olivia. J. Becker Os espécimes examinados exibem variações somente na área IV do escudo dorsal, sendo os demais caracteres absolutamente constantes. Dois $ 6, apresentam essa área com um par de baixos tubérculos (o da direita pouco mais desenvolvido); 6 $ 8, com armação mediana ímpar (desde baixo tubérculo até tubérculo alto) ; 1 8 tendo a área inerme, com uma fila de grânulos grossos, exceto os dois medianos que são menores) ; com dois grânulos medianos pouco maiores que os demais; Metagonyleptes grandis Roewer, 1913: 208, 210, fig. 87; Soares & Soares, 1949: Y armação mediana ímpar; ; H. Soares, 19.66b: com a área IV inerme. I MACHO - Comprimento total do corpo: 11,O; largura do cefalotórax: 4,25; largura do abdomen: 9,75. Tibia Pai? I1 7,O 1,I.i :;. 2.-) I,.) I.L>,? I,i.; 11 1,Z.j 6,2.i 9,O Pat:i IV 2,O 8,9.i :>,7.i 1,O '> i,< j I,2.i (2iielírei.n: 1.0 segrrieirto - 1,25; 2.0 scgmriito - 2,0 Total 3,'J.i FÊMEA - Comprimento total do corpo: 14,25; largura do cefalotórax: 5,O; largura do abdomen: 8,5. Trocariter Fkrniii I'atela Tilr>la - AIetatilrso -- Tar-o Total - 1 1,O 1,23 4,O m -- /,i.> 1.25 L>,!) 9,:,>,) 4,.i 8,0 L>,?;> 4,2í, 1 i,.? i>s,7.5 Pala III V 1,; 1,íti (475 6,2.i 8,O 2,z.i 2,2<5?,i:> I,2;> 4,O 6.i.i 1,.-I C>,.; ,i.i :<,O J,i5 27,í.i :;?,O i, C) Qiie!ícers: 1.0 segnieiito I,:>; 3 c' segmeiito 2.0 Pênis - Comprimento total: 4,O mm. (figs. 3-5). Totnl '> - *>,.>
6 358 HELIA E. M. SOARES - Paragonyleptes auricola Mello-Leitão tergitos livres I1 e I11 com espinho mediano e uma fila de poucos grânulos. Opérculo ~aragonyleptes auricola Mello-Leitão, 1924: anal com granulações pilíferas. Esternitos 183, fig. 4; Soares Soares, 1949: 202. livres com uma fila de minúsculos grânulos Alótipo 8 (figs. 6, 7). pilíferos. Ancas irregularmente granulosas. Todos os fêmures sub-retos. Tíbias e tarsos Borda anterior do cefalotórax com um par de tubérculos medianos e mais um ou dois grânulos de cada lado próximos aos ângulos. Cômoro ocular com um par de espinhos, com depressão longitudinal mediana e liso. Cefalotórax liso, com dois pequeninos grânulos atrás do cômoro ocular. Área I dividida; áreas I e I1 com um par de tubérculos e, de cada lado, uma granulação; área 111 com um par de altos espinhos e, de um lado, uma granulação, e de outro duas. Áreas laterais com uma fila espaçada de poucos grânulos, os da porção mais dilatada transformados em espinhos; área IV e tergito livre I com uma fila de grânulos; dos palpos com 2-2 espinhos inferiores. Patas IV: ancas com forte apófise apical externa, oblíqua, recurva e com pequeno espinho apical interno; trocânteres mais longos que largos, com dois dentes internos, um sub-basal e outro apical, com tubérculo hemisférico, dorsal, apical, além de poucos grânulos; fêmures subretos, com filas longitudinais de grânulos, com fila dorsal longitudinal de pequenos dentes, com apófise sub-basal, dorsal, curva para dentro, com fila longitudinal interna de dentes, pouco maiores no terço basal e, com espinho apical interno; patelas e tíbias com granulações pilíferas dispostas em filas longitudinais. I Paragonyleptes auricola Mello-Leitão, Fig. 6: Alótipo $ ; fig. 7: Alótipo 8, fêmur IV esquerdo, vista dorsal. Wygodzinskyia gratiosa, sp. n. - Fig. 8: Holótipo $ ; fig. 9: Holótipo 6, perfil do cômoro ocular; fig. 10: Holótipo 8, perfil do espinho da área I11 do escudo dorsal; fig. 11: Holótipo 6, I fêmur IV direito, vista ventral; fig. 12: Holótipo 8, tarso I direito.
7 360 HELIA E. M. SOARES mais próximos. Área estigmática com poucas granulações. Todos os grânulos do corpo sustentam pêlos finos. Ancas muito granulosas, as granulações das ancas I e I1 maiores. s: trocânteres com pequeno tubérculo mediano ventral; fêmures sem espinho apical interno e com dois grânulos ventrais, um adiante do outro; tarso esquerdo com 3-5 espinhos inferiores, direito e tíbias com 3-4. Fêmures I levemente curvos, granulosos; patelas, tíbias e metatarsos com minúsculos grânulos setíferos; o primeiro segmento basal dos tarsos I muito intumescido. Fêmures I1 retos, granulosos; I11 curvos, granulosos, com tubérculo apical externo; patelas e tíbias granulosas, com tubérculo apical externo; patelas e tíbias granulosas, com dupla seriação de tubérculos setíferos ventrais. Patas IV: ancas com granulações pilíferas, com grossa apófise apical externa, relativamente curta, oblíqua e sem espinho apical interno; trocânteres quase tão longos quão largos, mais granulosos ventralmente, com curta e larga apófise sub-apical, lateral, externa, levemente curva para cima e com dois grânulos internos; fêmures levemente curvos, robustos, com granulações pilíferas, com seis espinhos dorsais de vários tamanhos dispostos em fila longitudinal, com duas filas longitudinais de tubérculos e espinhos (uma ínferoexterna e outra ínfero-interna), na fila ínfero-interna sobressaem dois espinhos subapicais fortes, o último mais curvo para cima (o fêmur direito possui mais um espinho ínfero-interno, forte, sub-mediano); patelas, tíbias e metatarsos com grânulos pilíferos dispostos em filas longitudinais, os grânulos dos metatarsos menores que os das patelas e tíbias, todos com dupla seriação de tubérculos ventrais, e as tíbias com dois espinhos apicais ventrais. Comprimento total do corpo: 5,O. Largura do cefalotórax: 2,45; largura do abdomen: 4,O. Tioc.?iiter FPmui Patela Tíhia Totn! 1 11 Y O, 4 O, 5 0, 3 O, :> 1, í?,o 2,0?,?.i 1,0 O, 3 1, ,85 O, 3 ],o 1,s 1,-18 l, lj2,j 1,55 2,O 3,1?.i - 1,2i 1,; 0,6 1,o 0,7.j ,j 5,.3 10,75 'I --.i, I.) Quelícera: 1." segmento - 0,s; 2.O segmerito -- 1,O Pênis - Comprimento total: 2,1 mm, figs Total 1,s Colorido: fulvo enegrecido no dorso. Holótipo 8, no Museu Nacional, Rio de Quelíceras, palpos e patas I - I11 amarelos Janeiro. manchados de negro. Grânulos da borda an- Procedência. Estado do Rio de Janeiro, terior do cefalotórax amarelos. Borda mar- Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos ginal das áreas laterais amarela. Patas IV: Órgãos. J. Becker 28/30.VIII ancas fulvas muito manchadas de negro; apófise apical das ancas, trocânteres e fê- Como a espécie ora descrita exibe armamures castanho-avermelhados; patelas e ti- ção ímpar na área I11 do escudo dorsal, a bias amarelo-enegrecidas e metatarsos ama- primeira impressão causada é de que seja do relos. Granulações do escudo dorsal escu- gênero Therezopolis Mello-Leitão, 1923, mas ras, as dos tergitos livres fulvas. cuja segmentação tarsal é diferente,.
8 OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 359 Comprimento total do corpo: 6,5; largura docefalotórax: 3,5; largura do abdomen: 6,O \- Trocbriter O, ,25 1,; O, 5 Fêmur 3,,í 7,i.i 5,25 7,0 2,1!5 Patela -- I 11,"- 1, t.) 2,O 1,; Tíbia 2,75 6,O 3,5 5,O 1,6 Me! atarso 4, í, S,3.5 6,?,5 8,.í -- Tarso 2,Y.í *a,.> ZJfj 3,,i 1,4 Total 1.5,O 30,O 2O,:> 27,3 '7,l.j Quelicera: 1.0 segmento - 1,0: 2.0 segmento 1,l.j Total 2,1T, I Colorido: castanho-oliváceo. Áreas laterais, área IV e tergitos livres manchados de negro. Espinhos do cômoro ocular, tubérculos da borda anterior do cefalotórax, tubérculos das áreas I e 11, ápices dos espinhos das áreas 111, espinhos das áreas laterais e tergitos livres I1 e 111, bem como os grânulos do escudo dorsal amarelos. Alótipo 8 e O, no Museu Nacional, Rio de Janeiro. Procedência. Estado da Guanabara, Rio de Janeiro, Taquara (na mata em tronco de árvore caída). J. Becker 22.1X.1963; O, no mesmo Museu acima, Rio de Janeiro, Sopé E da Pedra da Gávea. J. Becker, H. Schubart 2. VI1.1963; O no mesmo Museu e 1 O, n.o 403 coleção H. Soares. Rio de Janeiro, Paineiras. J. Becker 19. XII Na descrição do alótipo abstivemo-nos de dar a segmentação taraal do exemplar examinado, em vista do mesmo ser jovem, mas não tanto que não nos permitisse a identificação; sofreu ecdise recente e a quitina ainda está mole. O exemplar que serviu de base para Mello-Leitão descrever a espécie, é uma fêmea e, não, macho como afirmou o autor. No macho o fêmur dos palpos apresenta-se 3 inerme. as quelíceras e, com elevação mediana granulosa. Cômoro ocular granuloso, com alto cone terminando em apófise grossa e romba, dirigida para cima. Cefalotórax irregularmente granuloso. Área I dividida. Áreas I a I11 e as laterais granulosas, I menos granulosas que I1 e 111; I e I1 inermes, I11 com alto espinho mediano curvo para trás; IV inerme com duas filas de grânulos, a anterior interrompida no meio. Tergitos livres inermes com uma fila de grânulos maiores que os do escudo dorsal. Opérculo anal granuloso. Esternitos livres com uma fila de grânulos espaçados, a fila do 6.O esternito com grânulos 1 Wygodzinaskyia gratiosa, sp. n. I (Figs. 8-14) 1 8. Artículos tarsais: Borda anterior do cefalotórax com cinco tubérculos de cada lado, com dentículo entre Wygodzinskyia gratiosa, sp. n. - Fig. 13: Holótipo 8, pênis, vista dorsal; fig. 14: Holótipo 8, pênis, vista lateral,
9 OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I 361 4/ A julgar por este caráter, entra REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS perfeitamente em Wygodxinskyia Soares et MELLO-LEITÃO, C. F. DE, 1924: Quelques arachnides Soares, 1945, que possui a seguinte fórmula nouveaux du Brésil. Ann. Soc. Ent. Francu, tarsal: macho ; fêmea : Distingue-se facilmente de W. viridior- MELLO-LEITÃO, C. F. DE, 1935a, Alguns novos opiliões nata Soares et Soares, 1945: 340, fig. 1, entre do Estado de São Paulo e do Distrito Federal. outros, pelos seguintes caracteres: o espinho Arq. Musc. Nac. Rio de Janeiro, 36 (1934): mediano da área I1 não é bífido; o cômoro MELLO-LEITÃO, C. F. DE, 1935b, A propósito de alocular está situado no meio do cefalotórax, guns opiliões novos. Mem. Inst. But., 9: , 31 figs. tem a forma de um volumoso cone cujo ápice termina em apófise grossa e romba, MELLO-LEITÃO C. F. DE, 1940, Sete gêneros e vinte e oito sepscies de Gonyleptidae. Arq. Zool. Est. dirigida para cima; há na borda anterior do Sáo Paulo, 1: cefalotórax larga proeminência mediana, ar- ROEWER, C. FR., 1913, Die Familie der Gonyleptiden mação das patas posteriores e colorido muito der Opiliones Laniatores. Arch. Naturg., 79A diferentes. (5): ? SUMMARY L A small lot of Opiliones of the family Gonyleptidae are studied. The female allotype of Metarthrodes nigrigranulatus Roewer, 1913 (subfamily Caelopyginae), Wygodzinskyia gratiosa, n. sp., the female allotype of Ilhaia incisa (Mello-Leitão, 1935, and the male allotype of Paragonyleptes auricola Mello-Leitão, 1924 are described. Bunoleptes Mello-Leitão, 1935 is considered synonymous with Ilhaia Roewer, Bunoleptes armatus Mello-Leitão, 1935, and Geraecormobius cervicornis Mello-Leitão, 1940, are considered synonymous with Ilhaia incisa (Mello-Leitão, 1935). A variability of the armature on the fourth area of the dorsal scute of Metagonyleptes grandis Roewer, 1913, is pointed out, and the male genitalia of this species is figured (subfamily Gonyleptinae). ROEWER, C. FR., 1916, 52 neue Opilioniden. Ibidem, 82A (2): SOARES, BENEDICTO A. M. & SOARES, HELIA E. M., 1945: Um novo gênero e dois alótipos de "Gonyleptidae" (Opiliones). Rev. Brasil. Biol., 5 (3): , 3 figs. SOARES, BENEDICTO A. M. & SOARES, HELIA E. M., 1948, Monografia dos gêneros de opiliões neotrópicos. Arq. Zool. Est. SZo Paulo, 5 (9): SOARES, BENEDICTO A. M. & SOARES, HELIA E. M., 1949, Monografia dos gêneros de opiliões neotrópicos. 11. ibidenz, 7 (2): SOARES, HELIA E. M., 1966a: Opiliões da "Coleçáo Gofferjé" (Opiliones: Gonyleptidae, Phalangodzdae). Papéis Avulsos Dep Sâo Paulo, 18 (10): , 17 figs. SOARES, HELIA E. M., 1966b, Opilióes pertencentes à Coleçáo "Eugênio Gruman" (Opiliones: Cosmetidae, Gonyleptidae). Ibidenz, 18 (12) : , fig. 1, la.
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