História de Vida de Elípio Alfredo Muller A história de vida de seu Elípio Alfredo Muller é contada a partir dos depoimentos de dona Gladys Muller e familiares, seleção de documentos, lembranças e recordações a partir de álbuns de fotografia da família. Elípio Alfredo Muller nasceu em 14 de janeiro de 1931 em Linha Brasil, Monte Alverne, terceiro distrito de Santa Cruz do Sul. Era filho de Alfredo Muller e Olinda Pfaffenzzeler Muller. Fez seu primário na escola Dr. Assis Brasil, em Linha Brasil, interior de Monte Alverne. A família preocupada em dar uma boa qualificação e uma profissão para o filho o matriculou no Colégio Mauá. Na época os estudantes do Interior ficavam internos, pois não havia transporte para o deslocamento dos alunos durante a semana. Nos finais de semana podiam ir para casa para ajudar os pais na roça, pois seus pais eram agricultores. (Na foto, Elípio Muller quando criança). Vindo de uma família humilde e pequena, seu Elípio tinha duas irmãs, a Helga e a Erna que atualmente moram no Paraná. Continuou seus estudos no Colégio Mauá até se formar em 1953, como Técnico em Contabilidade. (Na foto, Elípio Muller recebendo o certificado de conclusão do curso de contabilidade).
Assim, depois de formado, poderia trabalhar e mudar-se para Santa Cruz do Sul, era o seu propósito. Mais ou menos em 1949, Elípio cumpriu com o seu dever cívico no antigo Oitavo Batalhão de Infantaria Motorizado, hoje, Sétimo Batalhão de Infantaria Blindada. Após o cumprimento do serviço militar, seu Elípio começou a procurar emprego, almejando sair do interior e se fixar definitivamente em Santa Cruz do Sul. A primeira empresa que deixou o currículo foi a Souza Cruz que logo o admitiu como auxiliar de produção, por volta de 1951. Depois que se formou em Tecnico em Contabilidade em 1953, foi promovido e assumiu o setor contábil da empresa. Sempre gostou de praticar esportes, em suas horas de folga gostava de jogar futebol de salão e um baralho com os colegas da empresa e também com a família nos finais de semana. Seu Elípio e dona Gladys se conheceram em um baile de sociedade no Clube União em 1952, festas tradicionais que aconteciam para reunir os jovens daquela época. Namoraram por dois anos e, como seu Elípio decidiu se casar só após comprar sua casa própria, o noivado foi um pouco mais prolongado, por volta de três anos. Em 26 de maio de 1957, os dois jovens decidiram dizer o seu sim na Catedral São João Batista em santa Cruz do Sul. Como católico fervoroso, seguia rigorosamente os preceitos de sua fé. (Na foto, casamento de Elípio Muller e Gladys Muller)
Após dois anos de casados, nasceu seu primeiro filho, Rony Paulo Muller em 28 de fevereiro de 1959. Três anos mais tarde, em 12 de janeiro de 1962, veio ao mundo para a alegria do casal, Sergio Luiz Muller. Menino inteligente e alegre, Sergio foi logo acometido de uma doença que o levou mais cedo do convívio familiar em 22 de julho de 2003 e foi sepultado também no Cemitério Ecumênico da Paz Eterna. Quando dona Gladys acreditava ter encerrado a suas atividades como procriadora, veio ao mundo mais um rebento para encrementar a família Muller, o pequeno Marcos Cezar Muller. O mais jovem membro da família, Marcos, nasceu em primeiro de dezembro de 1969. Seu Elípio sempre foi um homem batalhador e muito bem humorado conquistou uma vida digna par si e para os seus familiares. Proporcionou aos filhos uma formação adequada para também eles terem uma profissão, pois, acreditava que do estudo provinha às condições para serem pessoas melhores. Seu Elípio trabalhou na Souza Cruz 32 anos, única empresa, vindo a aposentar-se em 1983. Era carinhosamente chamado entre os colegas por Milinha. Fez grandes amizades e construiu uma vitoriosa carreira na Souza Cruz que lhe deram muitas alegrias e um futuro para sua família que tanto prezava. Quando se aposentou foi agraciado com um relógio de ouro pelos anos de dedicação dirigidos a empresa. (Na foto, Homenagem da Souza Cruz na formatura do seu Elípio, em pé, ao centro dona Gladys, e à esquerda o filho Marcos Muller). Deixou grandes amigos ao longo de sua carreira profissional e pessoal com quem dividiu seus muitos momentos, dentre eles podemos citar Astor Bender, Gentil Jordan, Hildo Muller e Nelsi Hoff Muller.
Entre os momentos carinhosamente lembrados por dona Gladys foi uma única viagem de férias que puderam fazer juntos nesses 53 anos de vida conjugal. Foi uma forma de retribuir a esposa todos os sacrifícios e lutas ao longo dos anos passados ao seu lado. Foi num desses verões que puderam passar alguns momentos de lazer na praia de Itapema em Santa Catarina. Aos finais de semana, era de costume reunir os filhos, netos, noras, sogro, pai, mãe, cunhados, para contar historias, fazer brincadeiras (seu Elípio era muito brincalhão e estava sempre bem disposto), fazer um churrasquinho, tomar uma cerveja, jogar carta e festejar com a família e amigos. Elípio era doente gremista, o que influenciou seu filho caçula a defender a bandeira tricolor e ser contagiado pela mesma doença. Não perdia um jogo do timão e na oportunidade palpitava sobre o placar e o adversário, sempre favorecendo o seu time, é claro. Nasceu sob o signo de capricórnio um signo de terra, regido por Saturno, o Senhor do Tempo. O símbolo do cabrito maltês, aquele que sobe a montanha até o topo, que enfrenta qualquer obstáculo para alcançar o mais elevado objetivo mostra exatamente sua personalidade. Capricórnio, assim como o cabrito, escala a montanha do sucesso e da aquisição de poder pessoal. Suas características mais salientes são trabalhador, constante, persistente, obstinado, ambicioso, astuto e dono de uma considerável força de vontade. Em geral, pessoas muito reservadas e quase nunca permitem que alguém entre em seu mundo particular, pois nunca revelam seus segredos a ninguém. Já nascem maduros e envelhecidos e rejuvenescem com o tempo. Outra característica marcante de Capricórnio é sua necessidade de metas ele já sabe exatamente que caminho percorrerá desde muito cedo. Sua vida é detalhadamente planejada e não há nada e ninguém que o tire de seu caminho. Tenaz, leal e fiel amigo.
Nos anos que se seguiram a vida lhe proporcionou muitos momentos de alegria. A formatura dos filhos, casamento e nascimento de seus netos. Sergio não lhe deu netos, Marcos decidiu não casar e ficar na companhia deles e cuidar de sua avó materna, que hoje tem 98 anos e cuidar da mãe. (Na foto, ao centro dona Gladys e seu Elípio, à esquerda Sergio Muller e Roseli, Marcos Muller e a direita do casal, Roni Muller e esposa). Já, Rony lhe presenteou com dois lindos netos, Lucas Fernando Muller e Tómas Augusto Muller, a alegria de ver perpetuado o seu nome de geração em geração. Sempre esteve rodeado da família e geralmente passeava em Venâncio Aires, Lajeado e Linha Brasil, interior de Monte Alverne onde podia encontrar os amigos de infância, os parentes e reviver os momentos vividos com os pais. Como podemos ver seu Elípio era um homem que preservava as tradições familiares e a união dos membros que lhe davam segurança e a certeza que realizou sua missão. Mesmo depois de ficar doente mantinha a sua roça nos fundos do quintal com verduras, frutas, temperos, chás e flores que tinha o maior apreço. O seu jardim e o gramado sempre estavam impecáveis mostrando o capricho e o zelo que tinha pelas conquistas, meta que estipulou ainda muito jovem. Ter a casa própria, criar os filhos com dignidade, ser honesto sem abrir mão dos princípios cristãos recebidos pelos pais. Nossos sinceros e profundos agradecimentos a Família Muller pela disponibilidade em nos fornecer os dados necessários para construir a historia de vida do seu Elípio Muller. Em especial a nossa consideração a dona Gladys
Muller que gentilmente nos recebeu e detalhou os momentos vividos junto ao esposo, companheiro e pai de seus filhos. O Cemitério Ecumênico da Paz Eterna agradece e externa os sentimentos de carinho e amizade e retribui oferecendo um espaço no Memorial Paz Eterna para a Família Muller.